domingo, 3 de janeiro de 2021
- Quadro Série Gente: Adalberto Day
segunda-feira, 14 de dezembro de 2020
- Os Quebra-Tigelas
Blumenau e Gaspar
Quebra-Tigelas
A história dos quebra-tigelas é mais antiga que se supõe, mais ou menos entre 1880/1890, quando Gaspar foi Distrito de Blumenau por 54 anos (1880 – 1934) apenas em 18 de março de 1934 houve a emancipação, com Leopoldo Schramm se tornando o primeiro prefeito de Gaspar. As desavenças principalmente bairristas nas festas dançantes onde fechava o tempo (desavenças entre os jovens) e sobrava para as tigelas, copos e outros. Isso ocorria quase sempre nos encontros entre jovens das duas cidades. A mais famosa delas foi em um encontro entre jovens blumenauenses e gasparenses em Belchior Alto, por volta de 1910/1920, onde existia um comércio que vendia tigelas, louças, copos e outros utensílios, e em anexo salão dançante, os gasparenses atacavam nas brigas e desavenças os blumenauenses com tigelas, que pegavam das prateleiras do mercado e salão.
No Grande Garcia
Os reflexos do passado continuavam.
O nome ou menção Quebra-Tigelas, existe desde os anos 1940
final e 1950, atribuídos aos Gasparenses (cidade de Gaspar). Conta-se
que surgiu na Rua da Glória – bairro Glória – Blumenau - onde predominavam os Tijucanos
e alemães.
Na época era muito comum as “festinhas dançantes” nas salas
residências ditas como “Casas de família”.
Como Gaspar faz divisa com Blumenau através de Gaspar
Alto com bairro Glória e Progresso na localidade Jordão, era comum
alguns deles virem a estas festinhas caseiras. E quando se aproximavam os
moradores diziam “lá vem os Quebra-Tigelas” As salas não eram muito
grandes, mas retirando os moveis dava para alguns casais dançar. Permanecia na
sala ou cozinha as tais cristaleiras lotadas de Pratos, Pires, Xícaras, Bules
e outros. Em certas ocasiões, vieram através da localidade de Gaspar Grande,
Gaspar Alto, município de Gaspar, pessoas que vinham a essas residências dançar.
Muitas festas dessas acabavam em brigas e as cristaleiras pagavam o pato, caiam
ao solo e quebravam, era cacos para todos os lados. Esses desentendimentos
entre os blumenauenses e gasparenses apareceu em outros bairros da
cidade e o termo quebra-tigelas, faz parte do folclore das duas cidades. Minha
mãe também foi nascida em Gaspar.
Esse fato era muito comentado quando clubes como o Tupi de
Gaspar vinha jogar no estádio da EIG – ocupado pelo Amazonas Esporte Clube.
Os torcedores anilados comentavam hoje tem jogo do Amazonas contra os quebra-tigelas.
A rivalidade era tão significativa que as brigas entre torcedores e jogadores
eram evidentes, nas duas cidades. Por conta do “destino” o último jogo no
estádio do Amazonas dia 26 de maio de 1974, foi contra os “quebra-tigelas”
representado pelo Tupi. Garanto que neste jogo que terminou com o placar
Amazonas 3x1 Tupi, não houve nenhum incidente. Afirmo, pois, além de
estar no estádio, joguei na preliminar. No Amazonas jogaram três craques
Quebra-Tigelas, o talentoso, formidável Jepe (José Curbani) que não era de
brigas, Valdir da Silva o Poroca e o Goleiro Dolete José Alves, mais conhecido
como Gaspar, esse era bom de briga, apesar de ser um cidadão de uma bondade
infinita, ambos queridos e amigos do
Reino do Garcia.
Adalberto Beto Day cientista social e pesquisador da história de Blumenau.
domingo, 6 de dezembro de 2020
- Natal do imigrante em Blumenau
__________________________________________
terça-feira, 1 de dezembro de 2020
- O Conde d’Eu em Blumenau
Brasil Imperial
Em dezembro de 1884 durante viagem a Santa Catarina, o Genro do Imperador Dom Pedro II, Príncipe Consorte Gastão de Orléans o Conde d’Eu resolvera fazer uma visita ao recém-criado município de Blumenau (colônia agrícola fundada por imigrantes alemães) tendo chegado no dia 15 de dezembro entre 3 e 4 horas da tarde.
Na manhã seguinte foi improvisado um passeio de carruagem até a casa do Sr. Clasen. Antes da entrada naquele bairro, em frente à casa do Sr. Höppner, o príncipe foi recebido por uma delegação de senhoritas e moços a cavalo, onde uma das moças o cumprimentou com uma breve alocução, sendo-lhe ofertado, por parte das moças, vários ramalhetes de flores.
Chegados à sede da
Vila, o príncipe ainda visitou rapidamente as escolas, a Igreja Evangélica,
Cadeia, Hospital, etc., tendo também, na parte da manhã já visitado a
fábrica de malhas e tricotagem do Sr. Hermann Hering Sênior, onde
com muito interesse observou todas as instalações e os maquinários empregados
naquela indústria.
O príncipe mostrou-se de uma forma tão cordial e amável conseguindo de imediato captar os corações e a simpatia dos blumenauenses, e o fato de ter usado, em suas palestras com os alemães a língua materna destes despertou nos mesmos imensa alegria.
Ao deixar Blumenau, o príncipe entregou ainda à Câmara Municipal a quantia de 100.000 Réis para ser distribuída aos pobres.
Fonte: Colônia Blumenau. Por Gilberto Schmidt-Gerlach Bruno Kilian Kadletz e Marcondes Marchetti.
Fernando Luiz Theiss - Antigamente em Blumenau
___________________________________________
Adendo de Wieland Lickfeld : O Conde d'Eu estava em visita às províncias do sul e vinha acompanhado da Princesa Isabel. Por motivos de saúde ela não veio junto a Blumenau, tendo partido de São Francisco do Sul diretamente a Desterro, para onde o marido se deslocou depois a fim de continuar a viagem. Uma pena, o Dr. Blumenau não ter podido vivenciar este momento, dado o bom relacionamento que tinha com D. Pedro II, sogro do Conde d'Eu. Partira para a Alemanha pouco mais de três meses antes.
Adendo:
Conde d´Eu : Nascimento: 28/04/1842, Neuilly, França Falecimento: 28/08/l922, Navio Massilia, Oceano Atlântico.
"Eu" é uma comuna (=município) situado no norte da França, e local de origem do Conde d'Eu.
Gastão de Orléans, o Conde d’Eu,
foi o consorte da princesa Isabel e se tornou um personagem importante para a
história brasileira. Nasceu em 1842 num subúrbio de Paris chamado
Neuilly-sur-Seine e obteve o título de conde ao nascer, concedido por seu avô, o
rei Luis Felipe. O conde recebeu uma educação esmerada, falava várias línguas,
entre elas o português, e estudou na Escola Militar de Segóvia, na Espanha. Era
também sobrinho do rei Fernando II de Portugal e foi por intermédio do tio que
recebeu a proposta para se casar com uma das filhas do Imperador Pedro II, do
Brasil. Não eram incomuns esses matrimônios “arranjados” entre os membros da
realeza e Gastão de Orléans aceitou o convite, porém, com uma condição: queria
conhecer a princesa antes de oficializar o noivado.
Assim, em 2 de setembro de 1864,
o conde desembarcava no porto do Rio de Janeiro para conhecer sua futura
esposa. Junto com ele estava seu primo, o príncipe Augusto de Saxe, que também
aceitara desposar a outra filha de D. Pedro. Um fato curioso dessa combinação é
que pelo plano inicial os pares estavam trocados. Isto é, Dona Isabel que viria
a se casar com o Conde d’Eu estava inicialmente destinada ao primo do conde,
assim como a irmã da Princesa Isabel, a Princesa Leopoldina, deveria desposar o
conde. Ao conhecer os pretendentes, as duas irmãs logo perceberam que o acordo
precisaria ser retificado para atender as simpatias recíprocas. O fato foi
comunicado e prontamente aceito por D. Pedro, que não queria ver as filhas
casadas apenas por conveniência política. Feito o novo arranjo, o Conde d’Eu
casa-se com a Princesa Isabel em 15 de outubro de 1864 e o casal parte em
viagem de núpcias para a Europa. Mas essa viagem logo seria interrompida.
Um ditador põe fim à lua-de-mel
De fato, em novembro daquele mesmo ano, Francisco Solano López, o ditador do Paraguai, aprisionou no porto de Assunção o navio brasileiro Marquês de Olinda e, em seguida, atacou Dourados, na então província de Mato Grosso. A intenção de Solano López era expansionista e essas atitudes hostis obrigaram o império a deflagrar aquele que seria um dos conflitos mais sangrentos da América do Sul, a chamada Guerra do Paraguai. Nela estiveram envolvidos também a Argentina e o Uruguai. Foi da cidade de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, que partiu uma carta de D. Pedro para o casal em lua-de-mel, nela, o imperador solicitava que o conde retornasse para se juntar a ele e ao Exército brasileiro.
Foi somente depois de muitas
vitórias brasileiras nas batalhas e após o comandante supremo do Exército
Brasileiro, o duque de Caxias, demitir-se do comando que o Conde d’Eu pode
assumir o posto para conduzir as últimas operações da guerra. Conflito que
chegaria a seu fim em março de 1870. Ao retornar ao Brasil, o conde é recebido
como herói.
O fim do império
A família real ainda não sabia,
mas a essa altura poucos anos restavam para a sobrevivência do regime imperial
no Brasil, pois vários acontecimentos estavam contribuindo para o agravamento
das dissensões políticas que culminariam com o advento da República.
Para o príncipe Gastão de
Órleans, bem como para toda a família imperial, o exílio durou mais de trinta
anos e só terminou com a revogação da lei do banimento em 1920. Em 1922,
quando, vinha ao Brasil a convite do governo para as comemorações do centenário
da independência, teve um mal súbito e morreu a bordo do navio Massília. O
conde estava com 80 anos de idade e seus restos mortais estão, hoje,
depositados no Mausoléu Imperial na cidade de Petrópolis no Rio de Janeiro.
https://educacao.uol.com.br/biografias/gastao-de-orleans-conde-deu.htm
sexta-feira, 13 de novembro de 2020
- Jornal Metas - Gervásio Tessaleno Luz
Por Gervásio Luz
Cinema e livro brasileiros
Desde guri, curti bastante o produto nacional em termos de cinema. Além das chanchadas do Oscarito e Grande Otelo e as fitas que tinham pouco enredo e intermináveis mais números musicais. Embora sério, longe da chanchada, - também pudera dirigido pelo ator italiano Adolfo Celi, nunca esquecerei Tico- tico no fubá, com a belíssima Tônia Carrero, a quem fui apresentado pelo então prefeito Renato Viana, no Grande Hotel Blumenau. Virou mania agora fazerem filmes sobre artistas de nosso país. A maioria cantores e cantoras. E lá vem, pelas tevês por assinatura, a biografia, pífios retratos desses "estrelos".
Dos que vi, registro:
Hebe, a mulher maravilha. A Hebe Camargo pode ter
sido uma mulher maravilha de programas de auditório. O filme não é um filme
maravilha. Foca mais os bastidores dos programas do que propriamente os shows e
entrevistas. A atriz lembra de longe a apresentadora. Uma Dercy Gonçalves,
apresentada pela Hebe como a mulher mais bonita do Brasil, e também pouquíssimo
parecida com ela, limita-se a levantar-se do desbundante sofá e expor seus
(flácidos?) seios.
Tim Maia - A atuação do ator fica a dever ao seu
enorme vozeirão, Fraco.
Wílson Simonal, que, embora negando, foi um
tremendo dedo- duro, entregando seus colegas "esquerdistas" ao regime
militar. Dispensável.
Chacrinha - Salvo engano, fizeram dois filmes sobre
o Abelardo Barbosa. Suportável o que é vivido pelo Stepan Nercessian
(ex-vereador no Rio e em plena atividade ainda na Sétima Arte.
Gonzagão e Gonzaguinha - Pai do Asa Branca e seu
filho cantor e compositor. Assistível.
Elis - Devo ter esquecido outros e outras, mas o
que com o qual a gauchinha que enriqueceu a música brasileira merece destaque.
Trata-se do melhor dos filmes citados acima.
Eu tinha na minha biblioteca o livro O Cinema em
Santa Catarina, do meu conhecido José Henrique Nunes Pires, cineasta
florianopolitano, que todos chamam de Zeca Pires apenas. A obra sumiu sem
explicação alguma.
Lembrei-me então do também amigo Adalberto Day. Ele
mantém, via internet, um arquivo histórico de Blumenau de deixar qualquer um
boquiaberto. E foi ele que me forneceu os dados necessários. A obra enviada -
Pioneiros do Cinema Catarinense - José Jullianelli e Alfredo Baumgarten, os
primeiros cinegrafistas da região do Vale do Itajaí. Ambos focalizaram o início
do século 20, anos de 20 e 30.
https://adalbertoday.blogspot.com/2018/02/blumenau-e-sua-historia.html
O comerciante Willy Siewert também filmou
cinejornais e documentários na década de 1960.
Portanto, se temos acesso a essas importantes
fontes para a memória de Blumenau e cidades vizinhas devemos a eles.
Na realidade, ficamos gratos aos descendentes de
italiano (Jullianelli) e a alemães (Baumgarten e Siewert).
http://www.jornalmetas.com.br/prosaeverso/cinema-e-livro-brasileiros-1.2271315
----------------------------------
Adendo de Adalberto Day - Cientista Social e pesquisador da história:
O Professor Gervásio Tessaleno Luz, foi (é) um dos grandes amigos e educador que tive o prazer na década de 1970, ter sido seu aluno,foi meu Mestre da disciplina de Português. Eu nunca fui muito bem na disciplina, mas conquistei o Mestre com minhas redações, embora com alguns erros, textos aprovados por ele sempre com as devidas correções. Lembro-me que após tantos anos, ele ao adentra-se a sala, dirigia-se direto ao quadro Negro? e escrevia um pensamento, uma frase, antes de terminar, eu em algumas oportunidades citava quem escreveu. Preferido dele, Vícios de Morais. Quero aqui me render e citar mais alguns grandes Mestres em "Português"; Professor Salles, Barbieri, Nilton Zosky, Bernadete Venera.
Agradecer ao Mestre Gervásio por citar meu nome no jornal Metas da vizinha cidade de Gaspar e também o envio do Livro "Máximas do Barão de Itapuí (ele próprio) Itapuí da rua frente ao 23 BI onde mora desde 2008. Crônicas e Apontamentos.
terça-feira, 10 de novembro de 2020
- Nova Rússia
segunda-feira, 26 de outubro de 2020
- O inicio do Futebol em Blumenau
TVL 2005 Sobre O Inicio do Futebol em Blumenau Programa com Vilmar Minozo sobre a história do Futebol em Blumenau
quinta-feira, 22 de outubro de 2020
- Pelé
Seguindo meu raciocínio de postagens, é necessário constar o nome marca "Blumenau"; Pelé jogou em Blumenau no dia 30 de agosto de 1961.
Depois de mais ou menos um mês treinando com os mais velhos, teve finalmente a chance de jogar uma partida oficial. Foi no feriado de 7 de setembro de 1956, num amistoso do Santos contra o Corinthians, de Santo André-SP. O Santos ganhou de 7 x 1 e Pelé fez seu primeiro gol pelo clube (o sexto da goleada). O goleiro que sofreu o gol "0001" se chamava Zaluar Torres Rodrigues que faleceu em 1995.