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sexta-feira, 19 de março de 2021

- ACAERT e sua História

 ACAERT E A MEMÓRIA DE QUEM VIVEU A HISTÓRIA

 Por Carlos Braga Mueller/Jornalista e Escritor

Braga Mueller
A ACAERT – Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão está completando A ACAERT foi fundada em Lages, no dia 22 de novembro de 1980, e seu estatuto foi aprovado no 1º Congresso Catarinense de Radiodifusão realizado naquela cidade.
E uma das formas encontradas para marcar a data foi a edição de um livro contando muitas histórias que foram vivenciadas, e narradas, pelos profissionais do rádio e da televisão de Santa Catarina.

Foi assim que surgiu o livro “A Memória de Quem Viveu a História”, escrito por Carlos Stegemann, prefaciado por Silvano Silva, atual presidente da Acaert, diretor regional do Grupo ND TV no Estado.

A parte introdutória do livro, “Acaert, 40 anos na estrada”, de autoria de Marco Aurélio Gomes, mostra quão importante foi a presença de Blumenau no panorama das comunicações do Estado.

Lá está

A imagem criada por Beto Fausel no final dos anos 60 mostra o logotipo da TV Coligadas, canal 3, de Blumenau. 

“Na época do surgimento das primeiras entidades representativas da radiodifusão brasileira, a TV ainda engatinhava em Santa Catarina. O esforço era para instalar repetidoras das emissoras de Porto Alegre e Curitiba. Tudo mudou com a inauguração em setembro de 1969 da TV Coligadas, Canal 3, de Blumenau, que começou a produzir programação local. Aliás, a cidade também foi berço da primeira emissora de rádio no estado, a PRC-4 Clube, instalada em 1932. A primeira emissora de televisão do Estado, inaugurada (31 agosto de  1969, em caráter experimental a partir de 06 de maio de 1969) e foi ao ar oficialmente  no dia 1º de setembro de 1969 em Blumenau com o nome de TV Coligadas canal 3. 

Nos anos 70 a TV Coligadas reinou absoluta, chegando a cobrir quase dois terços dos municípios catarinenses, graças a uma rede de repetidoras instalada nas regiões.”

COMO SURGIU A ACAERT

 “A Associação Catarinense das Emissoras de Rádio e Televisão – Acaert tem origem na Associação dos Profissionais de Rádio e Televisão de Santa Catarina – Apert, criada em 1973 por um grupo de radiodifusores formado por: Euclides Simões de Almeida, Ramiro Gregório da Silva, Carlos Jofre do Amaral, Osny Gonçalves, Flávio Rosa, monsenhor Agenor Marques, padre Virgilio Tambosi, padre Névio Capeleti, Acy Cabral Teve, Antônio Luvesa e Darci Lopes” conta Marco Aurélio Gomes.

Podemos divisar nessa relação o nome de Flávio Rosa, blumenauense, um dos diretores da PRC-4 Radio Clube de Blumenau e, mais tarde, um dos fundadores da TV Coligadas de Santa Catarina.

 

O LIVRO

São tantos os acontecimentos enfocados no livro que seria difícil comentar todos neste espaço.

O autor, Carlos Stegemann concorda que a obra é um caleidoscópio do cotidiano de vários profissionais que fizeram e prosseguem produzindo o “rascunho da história.”

Vamos nos ater aqui a alguns fatos históricos envolvendo Blumenau e o Vale do Itajaí: 

100 anos da Cia. Hering e o pioneiro Telejornal Malhas Hering

 

Na página 31 do livro o enfoque é para a comemoração, em 1980, do centenário da tradicional empresa blumenauense.

A matéria faz referência ao patrocínio da Hering do primeiro informativo da televisão catarinense, o “Telejornal Malhas Hering”, que era transmitido pela TV Coligadas desde sua fundação, em 1969, e que me deu a oportunidade de ser o primeiro apresentador de um noticiário de uma TV catarinense. O programa era dirigido pelo abalizado jornalista Nestor Fedrizzi, com vasta experiência em vários periódicos, entre eles  a edição gaúcha do jornal “Última Hora” de Samuel Wainer.

Um pouco da minha vida está ali estampado,  fruto de uma entrevista que Carlos Stegemann fez comigo. Inclusive consta o fato de eu ter também participado, durante vários anos, do quadro de locutores da PRC-4, em uma época que ela era a única emissora de rádio em Blumenau.

A enchente de 1983

Stegemann foi buscar com a repórter e apresentadora de TV Gisela Belz informações da cobertura da enchente pela RBS-TV Blumenau (sucessora da TV Coligadas) da qual ela participou em 1983.

Gisela foi enfática: “Antes de tudo, foi preciso entender o caráter de urgência, o quanto era uma situação excepcional. Todos foram surpreendidos.”

A repórter recorda da equipe que a acompanhou nesse trabalho jornalístico:

“Os cinegrafistas eram Lair e Odir, eu e a Miriam Roza na reportagem e o chefe era José Reinoldo Rosenbrock, muito experiente, que acompanhava as informações do serviço de meteorologia sobre a subida do rio Itajaí-Açú.”

Gisela Belz conta também que as fitas de vídeo eram levadas de mão em mão até a emissora.

 1984 - Nasce a Oktoberfest 

Para esquecer um pouco as agruras provocadas pelas cheias de 1983 e 1984, os blumenauenses criaram a Oktoberfest.

O livro conta que “um cartaz com a ilustração do Vovô Chopão (trabalho imortal do publicitário Luiz Cé) convidava para a 1ª. edição, de 05 a 14 de outubro, que viria a ter 102 mil visitantes (metade da população da cidade) e o consumo de 100 mil litros de chope.” E complementa: “Inspirada no homônimo evento de Munique, a festa ultrapassou os limites do entretenimento e se tornou um eixo gerador de emprego e renda.”

Para escrever esta história, o autor do livro conversou com a radialista Elza Aparecida, que vivenciou as primeiras edições da festa e que até hoje dedica-se a cobertura das tradições germânicas apresentando o programa Blumenfest na Rádio Clube de Blumenau, a antiga PRC-4.

2008 – A grande cheia no Vale do Itajaí

 “As enchentes de 1983/84 ficaram como referência das maiores destas tragédias, mas nada superou o desastre de novembro de 2008, não só pela abrangência territorial, como, em especial, pelo número de mortos, desaparecidos e desabrigados”, relembra Stegemann.

E destaca a cobertura dessa tragédia, da qual José Reinoldo Rosenbrock participou.

Os fatos relacionados neste livro são aqueles que marcaram a história de Blumenau. Mas dezenas de outros são contados nas 179 páginas da obra “A Memória de Quem Viveu a História”.

São fatos que relatam não só momentos de desastres e tragédias, mas também de eventos felizes e que merecem ser relembrados.

E importante: cada história tem o depoimento de um repórter de rádio ou televisão que o vivenciou e o transmitiu para os ouvintes e telespectadores.

Para os interessados, o livro está disponível em edição digital no site da Acaert.

Carlos Braga Mueller/escritor e jornalista; fotos Carlos Braga Mueller e Adalberto Day

7 comentários:

  1. Prezado Amigo Adalberto!

    Excelente sua postagem com o texto sempre preciso do Carlos Braga Mueller, desta vez trazendo ao nosso conhecimento a iniciativa de catarinenses no esforço da difusão da informação naquelas priscas eras de 1960/70.

    E novamente lá estava presente uma figura que tive o privilégio de conhecer e pouco conviver entre as pessoas que, como você, dedicaram seus melhores esforços em prol do coletivo, que foi o ilustre joinvillense de nascimento e blumenauense de coração, que foi o FLAVIO ROSA.

    Grande abraço,
    Flavio Monteiro de Mattos

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  2. Bacana, Adalberto! Parabéns a todos os envolvidos!
    Urda. A Klueger!

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  3. Jones Rocha
    Carlos Braga Muller
    Começava seus comentários com a seguinte frase: bom dia Blumenau,cidade que eu amo

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  4. Meu caro Adalberto!! Mais uma linda história, já conheço um pouquinho da referida entidade, mas não com tanta riqueza de detalhes. Já falava em outros momentos, quão bom é estar sendo oxigenado por estas histórias e informações. Muito obrigado!!

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  5. Márcio Hostert
    Grande Carlos Braga Muller... parceiro da Tv Galega👏🏻👏🏻🙏

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  6. Frederico Carlos Kuhn
    SOU ADMIRADOR DESTE QUE É UM SUPER PROFISSIONAL

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