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domingo, 13 de junho de 2021

- Festa Junina

Festa Junina em Blumenau
Foto Colorizada por Anthar Cesar
Desfile de empregados da Empresa Industrial Garcia em 1956. Na foto o desfile passando em frente as instalações da empresa (Rua Amazonas) , proveniente da Rua da Glória, culminando no estádio do Amazonas, bairro do Garcia. Foto que ganhei de meu pai Nicolao Day (1930/1995), o segundo atrás do violeiro a esquerda.
As festas juninas em toda a cidade sempre foram fascinantes. Em minha infância e a de muita gente, lá pelos anos 50, 60 e 70, foram inesquecíveis. As escolas e igrejas promoviam grandes e belas festas. No dia 24 de junho os alunos iam para as aulas a caráter (caipiras) e havia as apresentações de quadrilha.

A Empresa Garcia também promovia magníficas festas juninas, organizadas pelos próprios funcionários da empresa. Minhas recordações são as mais diversas: uma enorme fogueira, foguetórios, pipocas, corujas (roscas de polvilho), maçã do amor, pinhão, quentão, cachorros quente, o tradicional churrasco, brincadeiras, pescarias, roda da fortuna, as famosas e esperadas quadrilhas, parque de diversão, e tantas outras atrações. Era emocionante.

As festividades eram realizadas no estádio do Amazonas, com teatros e desfiles pelas ruas da Glória e Amazonas, festas representativas de índios, sorteios de eletrodomésticos e outras premiações, culminando com um jogo do time anilado ou alvi-celeste, o Grande Amazonas Esporte Clube.

Desfile festa junina em 1956 na Rua da Glória e jogo de caipiras no estádio do Amazonas em 1968,destaque preto e guarda-chuva José Pêra.
Sempre à frente destes trabalhos, lá estava o Sr. José Pêra (ou Zé Pêra) que era o motorista dos diretores e treinador do Amazonas. A supervisão da festa ficava a cargo do gerente de relações industriais, Nelson Salles de Oliveira.
Não há quem não tenha participado ou ouvido falar destas comemorações que emocionavam todo o Garcia. Tenho a convicção que como participante e atuante dessas festividades, elas são um cantinho da saudade que nos parece cada vez mais forte e evidente em nossa memória.
Festa junina no Grupo Escolar São José (Celso Ramos) na Rua da Glória em Blumenau - dança da quadrilha - 1969 e 1971 respectivamente.
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História
Existem duas explicações para o termo festa junina.
De acordo com historiadores, esta festividade foi trazida para o Brasil pelos portugueses, ainda durante o período colonial (época em que o Brasil foi colonizado e governado por Portugal).
Outra versão diz que esta festa tem origem em países católicos da Europa e, portanto, seriam em homenagem a São João.
A primeira explicação surgiu em função das festividades que ocorrem durante o mês de junho. No princípio, a festa era chamada de Joanina.
Nesta época, havia uma grande influência de elementos culturais portugueses, chineses, espanhóis e franceses. Da França veio a dança marcada, característica típica das danças nobres e que, no Brasil, influenciou muito as típicas quadrilhas. Já a tradição de soltar FOGOS DE ARTIFÍCIO veio da China, região de onde teria surgido a manipulação da pólvora para a fabricação de fogos. Da península Ibérica teria vindo a dança de fitas, muito comum em Portugal e na Espanha
A primeira festa junina realizada no Brasil aconteceu no ano de 1603, em comemoração a São João, pelo Frade Vicente do Salvador que se referiu aos nativos que aqui se encontravam da seguinte forma: “os índios acudiam a todos os festejos dos portugueses com muita vontade, porque era muito amigo da novidade, como no dia de São João Batista por causa das fogueiras e capelas”.(Ib p.106 Mariza Lira).
Todos estes elementos culturais foram, com o passar do tempo, misturando-se aos aspectos culturais dos brasileiros (indígenas, afro-brasileiros e imigrantes europeus) nas diversas regiões do país, tomando características particulares em cada uma delas.
Festa Junina no Nordeste
Embora sejam comemoradas nos quatro cantos do Brasil, na região Nordeste as festas ganham uma grande expressão
A tradição deste encontro festivo é tão forte que em algumas regiões do Nordeste ninguém trabalha em dia de Festa de São João, 23 de junho (portanto comemorado na véspera do dia) . O mês de junho é o momento de se fazer homenagens aos três santos católicos: São João, São Pedro e Santo Antônio. Como é uma região onde a seca é um problema grave, os nordestinos aproveitam as festividades para agradecer as chuvas raras na região, que servem para manter a agricultura.
COMIDAS TÍPICAS
Como o mês de junho é a época da colheita do milho, grande parte dos doces, bolos e salgados, relacionados às festividades, são feitos deste alimento. Pamonha, curau, milho cozido, canjica, cuscuz, pipoca, bolo de milho são apenas alguns exemplos.
Além das receitas com milho, também fazem parte do cardápio desta época: arroz doce, bolo de amendoim, bolo de pinhão, bombocado, broa de fubá, cocada, pé-de-moleque, quentão, vinho quente, batata doce e muito mais.
TRADIÇÕES
As tradições fazem parte das comemorações
O mês de junho é marcado pelas FOGUEIRAS, que servem como centro para a famosa dança de quadrilhas. Os BALÕES também compõem este cenário, embora cada vez mais raros em função das leis que proíbem esta prática, em função dos riscos de incêndio que representam.
A FORMAÇÃO DAS FOGUEIRAS
As fogueiras são partes fundamentais para qualquer festa junina, nas cidades, nem sempre, mas no interior, fazer uma fogueira não é tão simples assim.
Aqueles que são devotos de Santo Antônio, São João, São Pedro, sabem para quem é dedicada a festa junina apenas olhando para a formação da fogueira.
Para cada santo existe um tipo de fogueira.
Elas devem ser construídas como diz a tradição, para cada dia e comemoração, elas tem a sua formação.
Santo Antônio: As lenhas são montadas em forma de quadrado.
São Pedro: As lenhas são atreladas em formato triangular
São João: As lenhas são colocadas semelhantes a uma pirâmide.
No NORDESTE, ainda é muito comum a formação dos grupos festeiros. Estes grupos ficam andando e cantando pelas ruas das cidades. Vão passando pelas casas, onde os moradores deixam nas janelas e portas uma grande quantidade de comidas e bebidas para serem degustadas pelos festeiros
Já na REGIÃO SUDESTE são tradicionais a realização de quermesse
Como SANTO ANTONIO é considerado o santo casamenteiro, são comuns as simpatias para mulheres solteiras que querem se casar. No dia 13 de junho, as igrejas católicas distribuem o “pãozinho de Santo Antônio”. Diz a tradição que o pão bento deve ser colocado junto aos outros mantimentos da casa, para que nunca ocorra a falta. As mulheres que querem se casar, diz a tradição, devem comer deste pão.
Estas festas populares são realizadas por igrejas, colégios, sindicatos e empresas. Possuem barraquinhas com comidas típicas e jogos para animar os visitantes. A dança da quadrilha, geralmente ocorre durante toda a quermesse.
Outros Dados
Origem das festas Juninas
Três santos são efusiva e intensamente comemorados em junho em todo o Brasil desde o período colonial: Santo Antônio, São João e São Pedro. No norte e nordeste do país, principalmente, estes santos são reverenciados, e pode-se dizer que a importância dessas festas ultrapassa a do natal, principal festa cristã. Por este motivo, para os moradores desta região, este evento é o mais importante do ano, tanto festiva quanto politicamente.
Acredita-se que essas festas tenham começado no século XII, na região da França, com a celebração dos solstícios de verão (dia mais longo do ano) e também do início da época de colheitas. No hemisfério sul, na mesma época, acontece o solstício de inverno (noite mais longa do ano). Como aconteceram com outras festas de origem pagã, estas também foram adquirindo um sentido religioso, trazido pela igreja católica ao Novo Mundo. A comemoração das festas juninas é certamente herança portuguesa no Brasil, acrescida ainda dos costumes franceses que a eles se mesclaram na Europa.
O ciclo das festas juninas gira em torno de três datas principais: 13 de junho, festa de Santo Antônio, 24 de junho, São João e 29 de junho, São Pedro. Durante este período o Brasil fica praticamente tomado por festas. Do norte ao sul do país comemoram-se os Santos Juninos, com fogueiras e comidas típicas.
Arquivo de Adalberto Day/colaboração Marilia Carqueja

domingo, 6 de junho de 2021

- Os antigos clubes de Blumenau

 
Este foi o local no centro onde foi o primeiro campo de Futebol em Blumenau
Segundo campo de futebol de Blumenau - e o primeiro Ginásio coberto de SC -  1924
“Turnverein Blumenau – Sociedade de Ginástica (1873-1942)” Atual EEB Pedro II
Anteriormente o futebol era praticado somente por equipes formadas pelos jovens do “Turnverein Blumenau – Sociedade de Ginástica (1873-1942)” e operários da Empresa Industrial Garcia, depois Amazonas Esporte Clube. Os jogos eram realizados nos finais de semana, próximo ao hotel Holetz, hoje Grande Hotel. O Pasto era aos fundos, onde se localizava antiga Maternidade/Cavalinho Branco /Casa do Comércio. Foto acima.
As fotos foram batidas em 1963, mas o Álbum circulou entre 1964//6 devido ao enorme sucesso da época. Times de Blumenau que participaram da edição.
LBF - Camisas: Olímpico, Palmeiras, Amazonas, Vasto Verde, Guarani

Depois que a liga LBD – LBF Liga blumenauense de futebol foi fundada em 12 de janeiro de 1941 com o nome de Liga blumenauense de desportos, o Amazonas foi o primeiro campeão oficial de Blumenau, o time do Garcia venceu o Torneio Início no dia 20 de abril. Anteriormente (1910/1940) por vários anos os campeões se revezaram, mas sem registros oficiais. Turnverein Blumenau – Sociedade de Ginástica (1873-1942), Amazonas E.C (1910-1974) Anita Garibaldi (1915-?) Bom Retiro F.C. (1926-1932?),

Depois da oficialização da LBD-LBF, o time que mais venceu de 1941 até 1964 foi o Palmeiras Esporte Clube (BEC), inclusive foi campeão em 1950 no centenário de Blumenau, foram 12 títulos.

Os primeiros clubes filiados foram... Amazonas, Bandeirante de Blumenau bairro Água Verde, Blumenauense (Olímpico), Brasil (Palmeiras), Guarani, Concórdia (Rio do Sul), Indaial, Timboense e Tupi (Gaspar). Os mais tradicionais clubes que disputaram o campeonato Citadino de Blumenau (todos profissionais), entre 1952 até 1963 foram Palmeiras, Olímpico, Amazonas, Vasto Verde e Guarani.

   Leal         Mauro    Quatorze    Meyer     Carlinhos
Para saber mais sobre o Álbum Teixeirinha acesse:

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