“A Educação é a base de tudo, e a Cultura a base da Educação”

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quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

- TV Coligadas, Pioneirismo e Aventuras Cap. 2

Por CARLOS BRAGA MUELLER- Jornalista e escritor.

– Capítulo 2 - Como prometi, volto a escrever sobre os tempos pioneiros da TV Coligadas de Santa Catarina, a primeira emissora de televisão do Estado, inaugurada no dia 1º de setembro de 1969 em Blumenau.
- A minha experiência de 9 anos em rádio me havia encorajado a enfrentar um “teste” para ser apresentador de noticiário de televisão.
No rádio, era moda naqueles tempos usar-se pseudônimo, o “nome artístico”, como diziam. Por isso, eu próprio me batizara de Charles Neto. Muitos amigos da adolescência ainda me chamam de Charles.
Teste feito e aprovado, houve a reunião dos futuros apresentadores com Irani Macedo, o diretor artístico da TV Coligadas.
Relação na mão, ele olha para o Carlinhos Mueller, cronista social, depois para mim, também Carlos Mueller de certidão passada. “Dois com o mesmo nome não dá.”
Virando-se para mim: “Você não tem outro nome ?
- Bem, minha mãe é uma Braga...”

Não deu tempo. Você será Carlos Braga”, sentenciou Irani. E dirigindo-se ao Carlinhos: “...e você o Carlos Mueller da nossa TV.” E fim de papo, não deu nem tempo de eu sugerir o nome de rádio, Charles Neto. Mas confesso que gostei daquele Carlos Braga, assim de sopetão, um nome pelo qual eu ficaria muito conhecido nos anos seguintes.
- O NOME TV COLIGADAS:
O nome TV Coligadas, dado à nossa emissora de televisão, teve origem na cadeia de rádios que existia naqueles tempos no Vale do Itajaí, todas de propriedade de Wilson de Freitas Melro e Flávio Rosa, dois dos fundadores da TV. Elas eram conhecidas como as “Emissoras Coligadas de Santa Catarina”.

A rede, liderada pela PRC-4 Rádio Clube de Blumenau, que tinha sido também a primeira estação radiofônica do Estado, compunha-se ainda das seguintes rádios: Difusora de Blumenau, Clube de Gaspar, Clube de Indaial, Araguaia de Brusque e Clube de Itajaí.
Muitos brincavam e diziam: é a TV “Galegada”, referência explícita aos “galegos” de Blumenau.
A PROGRAMAÇÃO DA GLOBO VAI AO AR EM SANTA CATARINA

Desde que surgiu, em 1950, o grupo mais forte da televisão era o dos Diários e Emissoras Associados, do jornalista Assis Chateaubriand, que colocara no ar a Rede Tupi de Televisão..
Corria o ano de 1969. A TV Globo ainda era incipiente, mas já dava mostras de que tinha chegado para incomodar.Fundada em 1965, estava engatinhando.
E por que a TV Coligadas aderiu à programação da Globo e não à da Tupi ?
Flávio de Almeida Coelho, naquela época administrador da TV blumenauense, contou um dia como foi a história:
Ele havia sido encarregado pela diretoria da Coligadas de ir ao Rio fazer um contrato com os Diários Associados.
Na viagem encontrou um amigo, Walter Clark, que havia implantado a Globo e era então o seu diretor-geral. Conversa vai, conversa vem, Flávio foi convencido pelo amigo de que a Globo era a melhor. Os catarinenses agradeceram pela opção.
A PONTE DOS SUSPIROS, A NOVELA QUE DEIXOU SAUDADES
- A primeira novela da Globo que a TV Coligadas levou ao ar chamava-se “ A Ponte dos Suspiros”, estrelada pelo casal que era a coqueluche do momento: Yoná Magalhães e Carlos Alberto (foto), marido e mulher na vida real. Para se ter uma idéia da estrutura da Globo, a novela mostrava cenas gravadas em Veneza, o que iria transformar-se em uma das “marcas registradas” da emissora de Roberto Marinho: filmar cenas externas na Europa, Estados Unidos, etc., impressionando os telespectadores já no primeiro capítulo. Mas por outro lado, o restante foi filmado em um terraço da Globo no Jardim Botânico, improvisado em estúdio.
“A Ponte dos Suspiros” foi também a primeira novela escrita pelo dramaturgo Dias Gomes para a televisão e, mesmo assim, com um pseudônimo: Stela Calderón, idéia da supervisora de novelas da emissora, Glória Magadan.
No elenco, além de Yoná e Carlos Alberto, atuaram Jardel Filho, Mario Lago, Arlete Sales, Carlos Vereza, Ary Fontoura, Paulo Gonçalves, Djenane Macedo e até Marco Nanini, então com 14 anos, começando na TV.
Em nosso próximo capítulo: o telejornalismo da TV Coligadas.
Vinheta da TV Coligadas Canal 3 - Beto Fausel
Arquivo : Dalva e Adalberto Day 

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

- AG Garcia: Ordem de serviço

Atingimos hoje mais uma etapa do objetivo, a mais importante, desde o início de 2007, na luta pela grande necessidade que ainda estava faltando, para a regularização e equilíbrio do atendimento à saúde deste imenso Distrito do Garcia.
- Finalmente, foi assinada a “ordem de serviço” da Obra do novo Ambulatório Geral do Distrito do Garcia - às 19:00 horas do dia 29/01/2008 , no próprio local onde será instalado, prédio da antiga Cantina/Salão da Artex.
A ordem de serviço foi assinada pelo Prefeito Municipal João Paulo Kleinubing e a Secretária da Saúde Dra. Elizabete Ternes Pereira e demais autoridades presentes. A Obra inicialmente ocupará a parte principal da edificação, correspondendo a 1.156 m² e funcionará completamente isolada do restante da construção. A segunda etapa será realizada de forma mais lenta, uma vez que toda a necessidade de espaço e atendimento da atual demanda da região estará e, com folga, suprida. Quando, completamente pronto, este Ambulatório Geral terá um total de 2000 m² de área e será o maior e mais moderno da cidade de Blumenau.

Graças ao trabalho incansável, persistente e perseverante dos bravos membros da Comissão Pró-Construção, consegui-se sensibilizar e impulsionar a atual Administração Municipal, a encontrar as alternativas que estão hoje possibilitando essa Assinatura da Ordem de Serviço, para uma execução acelerada e em seis meses o pleno funcionamento desse Ambulatório, que irá equilibrar e otimizar o atendimento a Saúde da População. Então, de agora em diante a Comissão Pró-Construção AG Garcia passará executar a verdadeira tarefa para a qual foi criada, que é a de acompanhar, fiscalizar e colaborar com a realização e complementação deste Grandioso Projeto. - Ao Prefeito João Paulo, à Secretária Dra. Elizabete e à todos da Comissão os nossos sinceros agradecimentos. A esperança foi revigorada e “O SONHO” desta grande Comunidade começa a tomar forma de realidade. Adalberto Day/Carlos A. Salles de Oliveira COMISSÃO PRÓ-CONSTRUÇÃO AG GARCIAFotos arquivo: Dalva e Adalberto Day

Acompanhe e comente tudo o que foi notícia sobre o AG Garcia
* AG Garcia: MANIFESTO de protesto e repúdio
* AG Garcia: Reunião da comissão com o prefeito e secretário da saúde
* AG Garcia: Reunião da comissão com o prefeito
* AG Garcia: Reunião na SEMUS
* AG Garcia: 1ª Vistoria da Obra
* AG Garcia: Comissão na direção da realidade

domingo, 27 de janeiro de 2008

- Os Primeiros 17 Imigrantes de Blumenau

- Olá meus amigos de Blumenau SC – e todo o Brasil. Novamente estou aqui para contar um pouco mais da história de nossa linda e encantadora cidade jardim. Já mostramos isso em várias postagens, é só conferir fazendo uma procura a direita no arquivo. Tenham todos uma bela semana, e aguardem novas e belas histórias.
História
A região de Blumenau era habitada por índios Kaigangs, Xoklengs e Botocudos, e mesmo antes da fundação da Colônia Blumenau, já havia famílias estabelecidas na região de Belchior, à margem do ribeirão Garcia e margem esquerda do Rio Itajaí-açu.Em 1850, o filósofo alemão Dr. Hermann Bruno Otto Blumenau obteve do governo Provincial uma área de terras de duas léguas, para estabelecer uma colônia agrícola, com imigrantes europeus. Em 02 de setembro de 1850, (data ficou marcada a partir de 1900 como a fundação da cidade, anteriormente era comemorada a data de 28 de agosto – data que Dr. Blumenau escolheu, por ser a data da entrega dos primeiros lotes na região sul –Garcia)-dezessete colonos chegaram ao local onde hoje se ergue a cidade de Blumenau.
Observação: Na realidade os 17 primeiros imigrantes chegaram em Desterro (Florianópolis) nessa data. Em Blumenau a primeira família a chegar foram os FRIEDENREICH no dia 09 de setembro, os outros vieram aos poucos e até a pé. Mas definiu-se em 1900 que a data seria 02 de Setembro de 1850. 
Muitos outros imigrantes atravessavam o Oceano Atlântico em veleiros de companhias particulares. E assim foi crescendo o número de agricultores, povoadores e cultivadores dos lotes, medidos e demarcados ao longo dos rios e ribeirões que banhavam o território da concessão.No princípio, a Colônia era de propriedade do fundador, Dr. Blumenau. Em 1860 o Governo Imperial encampou o empreendimento e Dr. Blumenau foi mantido na direção até a elevação da colônia à categoria de Município, em 1880.Em poucos anos, Dr. Blumenau, dotado de grande energia e tenacidade, fez da colônia um dos maiores empreendimentos colonizadores da América do Sul, criando um importante centro agrícola e industrial influente na economia do país.A Lei nº 860, de 04 de fevereiro de 1880, elevou a colônia à categoria de Município. Entretanto, em outubro, uma grande enchente causou sérios prejuízos à população e à administração pública, com a destruição de pontes e estradas. Com isso, a instalação do Município só foi possível em 10 de janeiro de 1883, quando assumiu o exercício a Câmara Municipal eleita no ano anterior. Depois disso o município recebeu o título de Comarca (1886) e finalmente, em 1928, passou à categoria de Cidade.
OS PRIMEIROS IMIGRANTES

- Dr. HERMANN BRUNO OTTO BLUMENAU, nascido em 1819, em Hasselfelde/Harz;
- REINOLDO GARTNER: com 26 anos de idade, solteiro, natural de Brunsvique, sobrinho, pelo lado materno, do Dr. Blumenau;
- FRANCISCO SALLENTHIEN, com 24 anos, solteiro, lavrador, também natural de Brunsvique;
- PAULO KELLNER; 23 anos, solteiro, lavrador,igualmente de Brunsvique;
- JÚLIO RITSCHER, 22 anos, solteiro, agrimensor, natural de Hannover;
- GUILHERME FRIEDENREICH, com 27 anos de idade, alveitar, natural da Prússia, casado com;
- MINNA FRIEDENREICH, 24 anos de idade, possuindo o casal os seguintes filhos;
- CLARA, com 2 anos de idade;
- ALMA, com 9 meses;
- DANIEL PFAFFENDORFF, 26 anos de idade, solteiro, carpinteiro, natural da Saxônia;
- FREDERICO GEIER, 27 anos de idade, solteiro, marceneiro, natural de Holstein;
- FREDERICO RIEMER, 46 anos de idade, solteiro, charuteiro, natural da Prússia;
- ERICH HOFFMANN, 22 anos de idade, ferreiro, funileiro, também da Prússia;
-ANDRÉ KOLMANN, 52 anos de idade, ferreiro, igualmente da Prússia, acompanhado da esposa;
- JOANNA KOLMANN, 44 anos de idade, e das filhas;
- MARIA, 20 anos de idade, solteira;
- CRISTINA, 17 anos, também solteira, e
-ANDRÉ BOETTSCHER, com 22 anos de idade, solteiro, ferreiro, natural da Prússia.
Fonte Arquivo Histórico de Blumenau – Guia de Blumenau e Adalberto Day

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

- AG Garcia: Reunião na SEMUS

- AG GARCIA NOVO NA CANTINA ARTEX -
Em função do reduzido espaço de tempo, apenas mais alguns meses, que o atual AG permanecerá no CSU, a melhoria das condições de atendimento neste local, também prometido pela Gestora, será restringido na melhoria do instrumental e equipamentos, não havendo então a necessidade de reformas das instalações e do mobiliário, uma vez que praticamente tudo será novo neste novo AG.A esperança foi revigorada e “O SONHO” desta grande Comunidade começa a tomar forma de realidade.Fotos arquivo : Dalva e Adalberto Day
SONHO COM CARA DE REALIDADE
- A Obra do novo Ambulatório Geral do Distrito do Garcia, finalmente, terá a “ordem de serviço” assinada no próximo dia 29/01/2008 (terça-feira), às 19:00 horas, no próprio local onde será instalado, prédio da antiga Cantina/Salão da Artex, conforme comunicação oficial em reunião realizada hoje na Secretaria Municipal de Saúde, com a Secretária da Saúde Dra. Elizabete Ternes Pereira, Engª. Sandra e Diretor Dr. Marcelo Lazarin e Sr. Caleb Zanis, representando o Gabinete do Prefeito, com a Comissão Pró-Construção AG Garcia, representada pelo Sr. Carlos A. Salles de Oliveira, Sr. Adalberto Day, Dalva Day e Diana E.Salles de Oliveira e, Sr. Luiz C.C.Rebellato, presidente do Conselho Municipal de Saúde.
Essa reunião era aguardada pela Comissão desde novembro de 2007, para discutir e cobrar do Gestor Administrativo, o início desta Obra, já licitada, como também, as soluções para a melhoria do atendimento no atual AG do CSU. Após a péssima e alarmante informação inicial a todos os presentes, de que a licitação que estava em andamento foi cancelada, devido à falta de informações precisas da única empresa participante-vencedora, Nakazima Engenharia Ltda., Dra. Elizabete surpreendeu aos já desapontados mas perseverantes Conselheiros da Saúde, com a garantia da transferência do atual “velho” AG, para este novo, até meados de 2008, máximo até o mês de agosto, sendo que, para atingir tal objetivo a Obra será realizada em duas etapas da seguinte forma: a primeira etapa será realizada de “forma acelerada”, e terá tudo que um Ambulatório Geral necessita, isto é, tudo que tem no atual AG, mais a parte Odontológica e de psicologia, hoje localizada nas imediações da Rua Capinzal, e outros complementos, como o Posto de coleta para exames. Já climatizada, esta ocupará a parte principal daquele prédio, correspondendo a 1.156 m² e funcionará completamente isolada do restante da construção. A segunda etapa será realizada de forma mais lenta, uma vez que toda a necessidade de espaço e atendimento da atual demanda da região estará e, com folga, suprida. Quando, completamente pronto, este Ambulatório Geral terá um total de 2000 m² de área e será o maior e mais moderno da cidade de Blumenau.
Para dar maior credibilidade ao acima informado e prometido, a Comissão Pró-Construção foi autorizada a instalar, defronte ao prédio da Obra, um Outdoor convidando a toda a população para a festa de inauguração, em meados de 2008.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

- Casa Brasil


Casa Brasil - Inaugurado dia 23 de janeiro de 2008
O Instituto Gene permaneceu na Intendência do Garcia até o dia 22 de junho de 2016.
- Com a presença de autoridades municipais e estaduais e de todos os segmentos da sociedade, foi inaugurada nesta quarta feira a Casa Brasil.
Histórico
- Outro projeto que o setor de Responsabilidade Social do Instituto Gene está desenvolvendo é o Casa Brasil, uma iniciativa do Governo Federal que visa implantar locais para uso comunitário compostos pelos seguintes módulos: telecentro; auditório; sala de leitura; espaço multimídia; oficina de rádio; laboratório de montagem e manutenção de micros; unidade bancária e módulos de representação do Governo Federal.
- A escolha do Distrito do Garcia ( na sede da Secretaria Distrital do Grande Garcia, sito a Rua Progresso, 167 no Bairro Progresso) foi devido ter o maior IDH - Que mede o nível de desenvolvimento humano dos países a partir de indicadores de educação (alfabetização e taxa de matrícula), longevidade (expectativa de vida ao nascer) e renda (PIB per capita).
O Governo Federal irá apoiar financeiramente o programa no primeiro ano, sendo que o Instituto Gene, por meio do estabelecimento de parcerias, deverá garantir a sua sustentabilidade a partir de então. São parceiros do Instituto Gene neste projeto a Prefeitura Municipal de Blumenau, por meio da concessão de espaço físico e a Universidade Regional de Blumenau (FURB), por meio da disponibilização de metodologias de ensino para as oficinas e de professores, além da dedicação de acadêmicos voluntários. Adicionalmente, são parceiras algumas entidades como o Comitê para a Democratização da Informática (CDI - Blumenau), a Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (FAPESC) e o Sindicato das Indústrias da Construção Civil de Blumenau (SINDUSCON).
- Estes são exemplos de projetos que estão sob o escopo de ação da unidade de Responsabilidade Social do Instituto Gene. A expertise conquistada na área possibilita o desenvolvimento de novos projetos correlatos, junto a empresas individualmente ou a consórcios de empresas comprometidas com o desempenho de seu papel social na comunidade em que estão inseridas.
- Cidadania, inclusão social e desenvolvimento.
Esta unidade de negócios visa o desenvolvimento social. Sua criação parte da percepção de que o investimento em desenvolvimento tecnológico deve incluir os trabalhadores diretamente afetados pelas inovações, evitando comprometer o desenvolvimento econômico sustentável, pilar central de sustentação das políticas do Instituto Gene. Partindo desta premissa, este centro procura fomentar ações nas áreas de inclusão digital, social e cultural, geração de trabalho e renda, ampliação da cidadania, popularização da ciência e da arte, propiciando a inclusão social do cidadão e da comunidade onde o mesmo está inserido.
1. TELECENTROS:
Os telecentros são espaços de inclusão digital e social que visam universalizar o acesso público,livre e gratuito aos meios, ferramentas, conteúdos e saberes através das tecnologias da informação e da comunicação. A combinação de computadores e acesso à internet faz com que o Telecentro seja um espaço de uso intensivo de tecnologias para ampliar o acesso da população à Sociedade do Conhecimento. O Telecentro contribui também para promover a inclusão social e o desenvolvimento sócio-econômico local.São espaços públicos equipados com computadores conectados à internet em banda larga. Cada unidade alocada no PROJETO CASA BRASIL deverá possuir no mínimo 10 e no máximo 20 micro-computadores, com software livre. As principais atividades oferecidas á população são:
- Uso livre;Cursos de introdução à informática;Oficinas especializadas.
- O Telecentro deve ser um espaço que proporcione ao cidadão a interação com o poder público, e a interação social com o mundo exterior à sua realidade. Portanto,é imprescindível que o Telecentro da Casa Brasil esteja conectado à internet em banda larga para possibilitar aos usuários acesso às ferramentas, conteúdos e saberes. O acesso à internet para um Telecentro é tão importante quanto os livros para uma biblioteca.
2. AUDITÓRIO
Compreende-se como Auditório, uma sala com espaço para, no mínimo, 50 assentos, equipamentos para áudio e vídeo com caixas acústicas, tela de apresentação e canhão de projeção de imagens. Este espaço servirá para reuniões da comunidade, apresentação de palestras, filmes e demais usos adequados a um auditório de pequeno / médio porte. Sua estrutura poderá estar, ou não, alocada no mesmo espaço dos outros módulos, tendo em vista a dificuldade de um arranjo de espaço para esta determinada função.
3.SALA DE LEITURA
A Sala de Leitura é um espaço que concentrará as doaçõess de livros, revistas, periódicos para a Casa Brasil. Serão organizada rodas de leitura visando incentivar este hábito. Também haverá a organização de encontros de poesias, leituras dramáticas de peças teatrais e textos escolhidos pelos educadores locais. A estrutura da sala de leitura será simples e contará com estantes, mesas e cadeiras.
4. ESPAÇO MULTIMÍDIA (para o meio do Ano)
O Espaço Multimídia é uma combinação de oficinas para criação de conteúdo multimídia (gravação e tratamento de áudio e vídeo, oficinas de produção de conteúdo para a rede e programação em linguagens de software livre) e de difusão interna/externa (sala com recursos de audio/vídeo/web ou oficina orientada à difusão dos conteúdos produzidos nas oficinas do centro). Desta maneira, o Espaço Multimídia se configura como um nó dentro de uma rede, que absorve e difunde conteúdo, interagindo com outros nós da rede.
- Uma oficina é composta por membros que promovem a identificação do grupo com uma tarefa criativa dentro de uma dinâmica emergente de aglutinação por interesse. Assim, uma mesma pessoa pode integrar mais de uma oficina, embora seja estimulante a dedicação e identificação a uma única oficina. Cada uma das oficinas deve ser alocada em um espaço/laboratório. O projeto concebe a existência de 8 (oito) oficinas.
São elas: -Auditório (Oficina Social);Oficina de Texto;Laboratório Gráfico;Laboratório de Vídeo;Laboratório de Áudio;Laboratório de Rádio;Laboratório de Reciclagem;Laboratório Hacker.
5. LABORATORIO DE INFORMATICA E LABORATORIO DE DIVULGAÇÃO DA CIENCIA
O PROJETO CASA BRASIL propõe dos tipos de laboratórios:
-Laboratório de Informática (montagem e manutenção de equipamentos de informática);Laboratório de Divulgação da Ciência.
O laboratório de Informática ensina a montagem e manutenção de equipamentos de informática com a função de oferecer à população a possibilidade de conhecer o funcionamento eletro-eletrônico dos equipamentos de informática (hardware), aprofundando o processo de inclusão digital e preparando os jovens para o mercado de trabalho.
O Laboratório de Divulgação da Ciência são espaços destinados à popularização e disseminação da ciência em todo o território nacional, e possuem a missão de divulgar a ciência através da técnica, da cultura e da arte. As Oficinas de Ciências, comportarão atividades direcionas a popularização da ciência, exposição, experimentos científicos e manifestações artísticas. Dependendo da vocação local e do plano para a utilização do laboratório apresentado pelo Parceiro Estratégico.
6. OFICINA DE RÁDIO
Oficina de Rádio é um tipo especial de emissora de rádio FM, operada em baixa potencia e de cobertura restrita, criada para propiciar informação, cultura, entretenimento e lazer às comunidades.
Algumas unidades do PROJETO CASA BRASIL poderão contar com uma emissora comunitária dependendo da não duplicação de iniciativas, bem como o estabelecimento de parcerias com setores populares já envolvidos com a comunicação comunitária.
Instituto Gene – Horst Nilton Boeving -Secretário Executivo
Fotos: arquivo família Day/ Fonte Casa Brasil –Instituto Gene e Adalberto Day

domingo, 20 de janeiro de 2008

- Na Baixada: Olímpico x Santos F.C.

A primeira imagem mostra o time do Santos de 1962: em pé - Lima, Zito, Dalmo, Calvet, Gilmar e Mauro. Agachados : Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe.

A segunda imagem mostra o time do Santos de 1972: em pé - Cejas, Orlando, Oberdã, Paulo, Clodoaldo e Zé Carlos. Agachados: Edu, Afonsinho, Alcindo, Pelé, e Ferreira.

- Santos F.C. em Blumenau

- Foi no dia 30 de agosto de 1961, que o famoso time do Santos de Pelé jogou em Blumenau, no estádio da Baixada. O jogo foi contra o Grêmio Esportivo Olímpico, o placar 8x0 em favor do time do rei Pelé. Na oportunidade Pelé marcou cinco gols e Cabralzinho três, embora alguns afirmem que foram quatro gols e não cinco os tentos anotados por Pelé. Um dos gols teria sido marcado por Formiga (segundo meu amigo Arno Buerger, que assistiu o jogo)e atribuído ao rei do futebol. Mas vale os registros, e na súmula do jogo e também na revista Placar e incluído na contagem dos “1000” gols, constam cinco gols de Pelé neste jogo. Faleceu em 29 de dezembro de 2022 aos 82 anos  , em São Paulo no Hospital Albert Einstein as 15:27min. Causa da morte, falência múltipla dos órgãos. O velório em Santos no Clube Santos Futebol Clube.

Um lance do jogo com Pelé

- Gols: Pelé aos 25 min, 30 min, 40 min, 58 min e 88 min, Cabral aos 27 min. 29 min. e 60 min.
- Olímpico(SC): Nazareno (Alemão); Hélio (Acari),Nilson Greuel e Romeu Fischer (Vinícius); Mauro e Garoto; Milton, Valdir (Tião), Orio (Herondi), Aducci (Norberto) e Risada (Matos).
- Santos (SP): Laércio (Silas); Figueiró, Mauro (Calvet) e Décio Brito; Zito (Jorge) e Formiga (Roberto); Tite, Jorge (Juninho), Cabral, Pelé e Pepe (Osvaldo).
Recorte de um jornal de Santos - comentando sobre o 2º jogo do Santos em Blumenau. arquivo de Júlio Diogo/Santos/S.P.
- O Santos voltou a jogar no Estádio da Baixada no dia 05 de junho de 1966, e novamente venceu o Olímpico por 2x0, sem a presença de Pelé. Gols de Coutinho e Amauri.
- No famoso time do Santos de Pelé, jogaram dois Catarinenses Mengálvio e Oberdã.
Mengalvio formou o famoso ataque Santista, o maior de sua história: Dorval, Mengálvio, Coutinho Pelé e Pepe.
Arquivo Adalberto Day Colaboração Júlio Diogo/Santos São Paulo

sábado, 19 de janeiro de 2008

- Rua 12 de Outubro

Rua 12 de Outubro, uma transversal da Rua da Glória, em 1946. Existiam nessa rua mais de 25 casas, todas pertencentes à Empresa Industrial Garcia. Foram demolidas no início da década de 70. Hoje, nesse local estão a Praça Getúlio Vargas e o terminal urbano do Garcia.
- Publicado no Jornal de Santa Catarina, coluna Almanaque do Vale –Jornalista Sérgio Antonello, dias 19/20 janeiro 2008.
Foto: Arquivo de Adalberto Day).

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

- TV COLIGADAS : Pioneirismo e Aventuras.


- Hoje vamos falar sobre o pioneirismo da TV em Santa Catarina, e com orgulho foi em Blumenau, como em tantas outras oportunidades saímos na frente. Em relato exclusivo, o jornalista e escritor Carlos Braga Mueller relata sobre sua participação inicial na TV – Coligadas canal 3 de Blumenau.
- Ela já estava irradiando em caráter experimental imagens produzidas pelo Bebeto Schneider, os excelentes “slides” que anunciavam, na voz marcante do saudoso Carlos Xavier:Por CARLOS BRAGA MUELLER- Jornalista e escritor.
-Corria o ano de 1969. Julho, agosto, e o zum-zum era a estação de televisão que iria começar em breve a transmitir uma programação normal em Blumenau, com shows, novelas e noticiários.
- Já imaginaram? Deixar de ser televizinho, comprar um aparelho de TV só seu, poder assistir imagens locais... Naqueles jurássicos anos da comunicação eletrônica, os sinais da televisão chegavam a Blumenau em forma de chuviscos. Embratel? Estava engatinhando.
- Havia uma repetidora do Canal 6 de Curitiba, instalada no Morro da Companhia Hering, que transmitia a programação da Rede Tupi, dos Diários Associados, então a mais importante das cadeias de comunicação do país. O grupo pertencia ao jornalista Assis Chateaubriand, dono de um império de jornais, emissoras de rádio e televisão. Chatô, como era mais conhecido, foi o pioneiro da televisão do Brasil, tendo inaugurado em 1950 a Tupi de São Paulo e do Rio. Até a nossa Blumenau estava incluída no seu portfólio: possuía aqui um jornal, “A Nação – O Mensageiro das Selvas”, que tinha substituído o “Der Urvaldsbote” quando a guerra proibiu, nos anos quarenta, que se editassem jornais em língua alemã.
Comercial ao Vivo

Mas voltemos à nossa TV:
Aguardem a TV Coligadas, breve.” E este breve como demorava a chegar.
Um colega me disse: “por que você não faz um teste para ser locutor da televisão ?”
Será ? pensei. Experiência de rádio eu tinha. Nove anos de locução comercial no rádio.
E lá fui eu para um teste! Imaginem, com os olhares críticos de Iraní Macedo, diretor artístico da futura TV, e sob o crivo do meu amigo Jeser Jossi, também radialista, na hora do dito teste eu comecei a suar fora do normal.
Mas me saí bem e fui contratado para apresentar telejornal.
Na carteira profissional lá está o registro: TV Coligadas de SC data de admissão: 1º/08/1969.
A emissora deixaria de transmitir só slides para começar uma programação de verdade!
A primeira emissora de televisão do Estado, inaugurada (31 agosto de  1969, em caráter experimental a partir de 06 de maio de 1969) e foi ao ar oficialmente  no dia 1º de setembro de 1969 em Blumenau com o nome de TV Coligadas canal 3. 
Uma data histórica para a comunicação de Santa Catarina.
Muita coisa ainda pode ser contada sobre os feitos pioneiros daqueles tempos. Por exemplo: por que o nome TV Coligadas?
Por que foi contratada a programação da Globo, então uma rede ainda engatinhando ? Por que eu me tornei Carlos Braga na TV?
Com a benevolência do Adalberto Day neste seu espaço dedicado à história, de vez em quando estaremos aqui para contar um pouco mais. Até lá.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

– BAIRRO CENTRO



- Bairro Centro foi criado pela Lei nº 717 de 28 de abril de 1956 pelo Prefeito Frederico Guilherme Busch Junior. O surgimento da cidade se deve ao Dr. Hermann Bruno Otto Blumenau, que vindo da Alemanha, em 1848, subiu o rio Itajaí-Açu, onde explorou os ribeirões Garcia, Velha, os rios do Testo e Benedito, estando acompanhado pelo caboclo canoeiro Ângelo Dias.

- Já existiam alguns moradores distribuídos pelo Garcia, Velha e Ponta Aguda (conhecido por alguns como Capim Volta). Muitas dificuldades surgiram durante a implantação da Colônia, desde a contratação dos imigrantes na Alemanha, os difíceis meios de transporte, os enfrentamentos com os silvícolas, os ataques de feras, as cobras venenosas e as inundações periódicas que destruíram estradas, casas, agricultura e pecuária. Em 2 de setembro de 1850 chegaram pelo rio os primeiros 17 imigrantes que se instalaram provisoriamente às margens do ribeirão da Velha e depois alocados para galpões construídos de ripas de palmitos próximos à desembocadura do ribeirão Garcia.
Nos anos de 1851 chegaram oito imigrantes, em 1852 mais 110, no ano seguinte mais 28. Em 1861, a Colônia era ocupada por 1.531 pessoas; em 1869, eram 5.895; em 1876, atingiram a 10.426; em 1899, havia cerca de 34.000 almas em todo o município. Nesta data o município abrangia quase toda a bacia do rio Itajaí-Açu e Massaranduba.
Fonte: Prefeitura municipal de Blumenau/ SEPLAN Secretaria Municipal de Planejamento Urbano. Guia de Santa Catarina – Blumenau Online e Adalberto Day

domingo, 13 de janeiro de 2008

- A Sirene



A imagem de 1967 mostra a antiga Empresa Industrial Garcia em Blumenau, a torre com seu magnífico relógio e a guarnição do o corpo de Bombeiros. A torre foi construída por volta de 1926, e demolida em 1980. O apito ou sirene, ainda são ouvidos nos dias de hoje, através da Empresa COTEMINAS. Empresa Industrial Garcia A torre da EIG Corpo de bombeiros


- A Empresa Industrial Garcia mantinha uma equipe de bombeiros considerada uma das melhores de Blumenau que prestaram relevantes serviços à comunidade não só do grande Garcia, mas de toda a Blumenau. Essa equipe de corpo de bombeiros era formado por funcionários da empresa, e que também residiam próximos, as casas da própria empresa. O bombeiro era avisado pela sirene (apito) que tocava várias vezes e bem forte, e como moravam próximo a empresa conseguiam ouvir, até uma distância de 3 km. O período de atuação dessa guarnição de bombeiros da Empresa Industrial Garcia, foi anterior a implantação da corporação de bombeiros de Blumenau que iniciaram suas atividades a partir de 13 de agosto de 1958, e que de maneira organizada, a corporação de bombeiros da Empresa Industrial Garcia atuaram a partir de 1930 até 1974 quando da incorporação pela Artex S/A, sendo esta a mais antiga organização de corpo de bombeiros de Blumenau, e não como consta no livro “ACIB 100 anos construindo Blumenau” ao dar referências a antiga Fábrica de Gaitas Alfredo Hering como sendo a pioneira .
Arquivo: Dalva e Adalberto Day

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

- COMUNIDADE KOLPING GARCIA


- A Comunidade Kolping Garcia foi fundada em 14 de março de 1982, em um terreno cedido, em regime de comodato, pela Prefeitura Municipal de Blumenau, na rua Espírito Santo, 117 (hoje, rua Adolfo Kolping), no bairro Valparaíso (ao lado do Centro Comunitário e Esportivo Antônio Zendron), por um grupo de pessoas lideradas pelo Pe. Miguel Rosseto, da Paróquia Santo Antônio.
A Comunidade faz parte da Obra Kolping Internacional, que tem sua sede na Alemanha e atua em mais de 50 países, em todos os continentes; a sede brasileira é em São Paulo e a Obra Kolping Estadual de Santa Catarina tem sede em Rio do Sul, e possui Comunidades em vários municípios, além de Blumenau: três em Rio do Sul, Itapiranga, Ituporanga, Salete, Taió, Anita Garibaldi, Mirim Doce, Vidal Ramos e São Joaquim (Santa Isabel). A Missão da Obra Kolping é a promoção do trabalhador e de sua família. O Lema que segue é: Religião – Trabalho – Recreação – Família e Sociedade. O Ideal que esperamos é que cada membro de nosso movimento se torne: - um cristão autêntico – um trabalhador competente – uma pessoa criativa e recreativa – um membro de família responsável – e um cidadão consciente e comprometido.

- Hoje, além das instalações na área cedida pela prefeitura, a Kolping possui o Centro de Formação Profissional Pe. Arsenio José Schmitz, em área própria, na mesma rua, onde funciona a Tornearia Mecânica, parte do Curso de Mecânica Geral. Possui, ainda os cursos de Costura Industrial, Violão, Crochê, Pintura, Bordado... e Dança nos Bairros. Tem também um Clube de Mães e cede espaço para a Associação Feminina de Blumenau –Afeblu e para o CEI Ignez Demmer Zendron, da Prefeitura.
A Comunidade Kolping é administrada por uma Diretoria voluntária e os membros são chamados de associados, que se reúnem em assembléia uma vez por mês, ou na ampla área de lazer existente, de terça a domingo.
Contato pelo telefone 3336-2088 ou pelo e-mail - kolpingblu@ibest.com.br.
Texto e fotos: Luiz Nestor Pohlmann

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

- FAMOSC, PROEB, Pavilhão A. JASC 1979

FAMOSC -(PROEB - Pavilhão A.) Vila Germânica
Os bastidores de um Atleta
O que me faz escrever e relatar é a analogia da Vila Germânica de hoje com a antiga FAMOSC, PROEB, exatamente no Pavilhão A.
Recentemente, durante o evento da Feira da Amizade, estive percorrendo a atual estrutura da Vila Germânica. Imponente, majestosa, grandiosa, obra digna de uma cidade como a nossa querida Blumenau. Mas, em minha mente, parecia que eu estava em 1979, precisamente em Outubro, quando a PROEB, no Pavilhão A, foi palco da modalidade de futebol de salão durante a realização dos JOGOS ABERTOS DE SANTA CATARINA. Todos os jogos com casa cheia, gente pendurada nas estruturas da PROEB para poder assistir o Futebol de Salão. Parecia que ainda ecoava os gritos de É BLUMENAU, É BLUMENAU, É BLUMENAU, grito de guerra do torcedor da época. Meus ouvidos me traiam e eu escutava: TICANCA, TICANCA, TICANCA, como naqueles dias.
- Seleção Blumenauense de Futebol de Salão Vice-Campeã dos JASC 1979- Em pé, da esquerda para a direita - Luizinho, Marinho, Valdir, Valdecir, Milão e Valentino; Agachados, da esquerda para a direita - Silvinho, Ticanca, Paulista, Kelinha e Júlio César.
Com absoluta certeza, foi a semana mais marcante de minha vida e é fácil de entender as razões.
Todos conhecemos que os saudosos dirigentes da CME da época, Ramiro Riedeger, João Buerger, Daniel Rodrigues, Lourival Beckauser e tantos outros, tinham como estratégia para manter a hegemonia de Blumenau no esporte amador dos JASC, investimentos em modalidades individuais trazendo poucos e competentes atletas de fora da cidade, implicando em despesas modestas. Nas modalidades coletivas, apoiavam o Basquete, Vôlei e o Handebol, trazendo um ou outro atleta de fora da cidade pois eram modalidades que davam medalhas e nós do Futebol de Salão, verdadeiros e todos "pratas da casa", éramos sempre os patinhos feios da delegação blumenauense. Outra razão explicativa estava no fato de o Futebol de Salão não ser uma modalidade olímpica assim como ainda não é o atual futsal cujas regras são muito diferentes do futebol de salão da época. Faz-se necessário esclarecer que na década de 70, jogador de futebol, mesmo amador, não era bem visto pela sociedade, consideravam-no malandro, não tinha o mesmo glamour e prestígio que os multi-milionários atuais conseguiram junto a opinião pública. Também porque a modalidade de futebol de salão era e como também é atualmente o futsal, imprevisível em termos de podium, pois imperava um grande equilíbrio de forças e enorme rivalidade entre as cidades protagonistas. Enquanto o vôlei, o basquete, mesmo o handebol tanto nos naipes masculino e feminino, já sabíamos antecipadamente a formação do podium tamanha a diferença técnica entre os competidores, no futebol de salão, qualquer um dos municípios catarinenses possuía uma equipe competitiva de futebol de salão. Era a modalidade mais difundida e praticada em nosso estado depois do futebol de campo. As regras da época também não ajudavam as equipes mais técnicas e por isso mesmo, o futebol de salão era a modalidade que levava mais público aos ginásios e era uma rivalidade incomum mesmo porque é esporte de contato e bastante competitivo. Em 1979, quando nossa cidade foi sede dos JASC, eu tinha somente 20 anos. Depois de uma péssima estréia contra Jaraguá do Sul no sábado a noite, perdemos. Voltamos a quadra no domingo a tarde e vencemos Canoinhas por 5x0 (marquei duas vezes). Com um desentendimento entre comissão técnica e alguns jogadores mais experientes que foram sacados do time principal, ganhei a braçadeira de capitão e cai na graça do torcedor que se identificou com minha garra, força, juventude e determinação, além da grande maioria me conhecer desde garoto. Acostumado a enfrentar por onde passávamos as vaias e a ira dos torcedores de outros municípios quando o JASC era em qualquer outra cidade que não fosse Blumenau, afinal mesmo sem tradição de conquistas na modalidade, as vaias eram contra BLUMENAU e todos torciam pelo nosso fracasso. Na verdade minha pele se transformava na própria camisa de Blumenau que sempre vesti com muito empenho e orgulho. Ampla cobertura jornalística com rádios, jornais e a própria TV RBS transmitindo jogos ao vivo.
Na segunda feira a noite precisávamos vencer Campos Novos para decidir com Timbó em jogo extra e passar ao hexagonal final. Depois de trabalhar das 07:45 as 17:00 horas na Artex, por volta de 17:30 horas meu querido e saudoso Pai, levou-me para a concentração da equipe de futebol de Salão (na sede da CME). Na mesma viagem, aproveitamos para levar minha esposa Madalena para a maternidade Elizabeth Khöler, pois começava sentir as primeiras contrações após uma gravidez de nove meses do nosso primeiro filho. Deixei a Madalena na maternidade, fui para a concentração e fomos para o jogo. Vencemos por 3x0 (fiz um gol) e nos credenciamos para a decisão em jogo extra contra a vizinha e rival Timbó. Após o jogo, as entrevistas, os tapinhas nas costas do torcedor, me desloquei ainda uniformizado e completamente molhado de suor até a maternidade para saber notícias de Madalena. O relógio já marcava 0:00 horas e fui informado pela parteira que nasceria durante aquela madrugada mas ainda não estava na hora. Como naquela época não podia acompanhar a esposa, não me sobrou alternativa exceto ir para casa, tomar um banho e repousar, pois no dia seguinte, terça feira, logo as 09:00 horas o compromisso era contra Timbó. Obviamente que me debati a noite toda, com pensamento na Madalena. Como ela estava? Será que nascera o bebê? Será que era um menino (torcia muito para que fosse). Por volta de 06:00 horas da manhã de terça feira, horário em que a maternidade passava a dar informações, fiquei sabendo que nascera o bebê mas por telefone não poderiam informar o sexo. Apenas me confortaram que ambos, mãe e bebê passavam bem. Logo as 07:30 fui para a concentração e depois de um empate no tempo normal, vencemos Timbó na prorrogação e nos classificamos para o hexagonal. Após o jogo retornei a maternidade, era um menino, já havia decidido o nome de Adilson Siegel Júnior e na parte da tarde aproveitando o direito legal concedido aos pais, podia faltar um dia ao trabalho e fiz o registro de nascimento do garotão. No mesmo dia a noite, ainda com a Madalena e o Júnior na maternidade, retornávamos a quadra já pelo hexagonal final. Lages o rival da vez. Empatamos e consideramos um bom resultado, pela força da equipe lageana e também pelo desgaste físico de 5 jogos em 4 dias e no meu caso especificamente, a ansiedade de papai de primeira viagem e noites mau dormidas com preocupações normais dos dias que antecedem o parto do primeiro filho. Na quarta feira, depois de cumprir jornada de trabalho de 8 horas durante o dia, a noite, o jogo era contra Joinville, equipe muito credenciada ao título pela experiência de seus atletas e pela tradição de vencedores dos JASC nesta modalidade. O torcedor foi a loucura e nos empurrou de tal forma para cima deles que aos 10 minutos do primeiro tempo, depois que fiz o terceiro gol, os torcedores empolgados, de tanto comemorar arrebentaram a rede de proteção atrás do goleiro (Batata) de Joinville. Afinal Joinville sempre era o arqui-rival na disputa do título geral de campeão dos JASC contra Blumenau. Com 3 x 0 a nosso favor, o torcedor fazendo um barulho ensurdecedor, a rede atrás do gol arrebentada, alegaram falta de segurança, os experientes e veteranos jogadores joinvilenses acataram a decisão de seus dirigentes e sob uma vaia monumental abandonaram a quadra e por conseguinte a própria competição. Com a Madalena e o Júnior já em nossa casa, minha adorável Mãe, além de acender suas velinhas sempre que um de seus três filhos estava em campo ou em quadra, naquela noite fez companhia para a Madalena e o Júnior que berrou praticamente a noite toda e ela astutamente, sabendo da importância de uma noite de sono para um atleta recuperar suas energias, deixou-me dormir num quarto sozinho sem praticamente ouvir o choro do bebê. Na verdade, não dormia, literalmente desmaiava, tamanho o cansaço provocado pelo desgaste natural dos jogos, a ansiedade, o trabalho e papai de primeira viagem. Na quinta feira, as 07:45, plim, mais uma batida no cartão ponto e entrava na Artex para mais um dia de trabalho. Depois de cumprir mais uma jornada de trabalho e praticamente falar com os colegas que queriam saber de tudo, naquela noite, era vez de enfrentarmos a força da equipe da Capital do Estado, outra forte candidata a medalha de ouro na modalidade. Novo empate sem gols. Mais uma noite desmaiado e quando o relógio despertava, o corpo estava ainda totalmente dolorido, estávamos na sexta feira, precisava primeiro cumprir mais 8 horas de expediente na Artex e depois pensar em vencer Campos Novos outra vez, agora valendo pelo hexagonal e valendo vaga na final da competição. Aplicamos 3 x 0 de novo (marquei um) e com a força do torcedor blumenauense, com a superação de nossas forças, estávamos credenciados a decidir o título e seria contra Joaçaba que vencera Florianópolis.
Enfim chegara o sábado, e para minha infelicidade, estávamos em período de recuperação de horas para paralisação em dezembro. Fazia-se muito isso na indústria têxtil na época. Nós da área administrativa trabalhávamos sábados por 8 horas para compensar algum dia de descanso entre o natal e o ano novo. Para piorar ainda mais as coisas, tive uma noite mau dormida por cólicas do Júnior e apesar de ser sábado, tinha que dar expediente no trabalho e o fiz até as 11:45 horas. Fui para casa, sem almoçar e dormi até as 15 horas. A decisão era por volta de 17:00 horas e naquele foi determinado pela comissão técnica que não faríamos concentração e nos encontraríamos direto no local do jogo. Joaçaba era superior ao nosso time. Eram formados por alguns jogadores cariocas (Sidney e Eli), os experientes (Pitol e Edinho), maduros, matreiros e apesar de todo nosso esforço, apesar de todo carinho e incentivo que recebemos do torcedor blumenauense, merecida a vitória sorriu para o time do meio oeste catarinense e com muito orgulho, colocamos no peito, uma pataca, uma medalha de prata enorme que guardo com muito carinho e orgulho. Certamente assim como a minha história, cada atleta, cada blumenauense, seja qual for a modalidade, com absoluta certeza deve ter uma marcante passagem de JASC que o tempo teima em não apagar e mantém viva e intensa esta chama, assim como a chama da pira olímpica da maior competição poli - esportiva do estado barriga verde. Hoje talvez um pouco menos valorizada em razão da avalanche de importação de atletas que se quer viram ou passaram pela cidade que representam e não era o nosso caso, pois além de nascidos aqui, crescemos, trabalhamos, amamos, geramos frutos e continuamos aqui na majestosa e loira Blumenau. Com este relato, quero abraçar a todos os atletas que fizeram e fazem de Blumenau a maior vencedora e ostentadora de uma longa hegemonia em termos de JASC, muito pouco quebrada ao longo destes anos todos.
- Nas fotos dá para perceber a presença contagiante do torcedor formando no Pavilhão A da Proeb, uma verdadeira arena onde nós, com muito orgulho, ouvíamos nossos nomes cantados em verso e prosa.
Sempre que estiver na Vila Germânica, por maior que seja o seu encanto e beleza, dignos de registro, eu, Adilson Siegel, o Ticanca, enquanto viver estarei sempre no pavilhão A da PROEB em outubro de 1979, que jamais sairá de minha da memória.
É e continua sendo assim os bastidores do amadorismo, hoje não mais tão amador. Onde a pessoa no mesmo dia se transforma em operário, pai, esposo, filho e atleta. Foram 9 jogos em 8 dias consecutivos. Foi exaustivo, cansativo, desgastante, mas nada se compara a satisfação, o prazer, o orgulho de representar dignamente a nossa cidade de Blumenau, até mesmo de poder reviver agora que em texto num blog de tamanha repercussão registrando histórias do nosso povo, da nossa gente, da nossa incomparável BLUMENAU.
Abraços,Adilson Siegel
Fotos: Arquivo Adalberto Day/PMB/Adilson Siegel

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

- O Bairro Vorstadt


Ponte dos Arcos e Empresa Sul Fabril

- Este bairro foi criado pela Lei nº 717 em 28 de abril de 1956, na administração de Frederico Guilherme Busch Junior, .
A palavra Vorstadt tem sua origem na lingua alemã, que significa antes da cidade/ entrada da cidade.

- Localiza-se na margem direita do rio Itajaí-Açú, sendo que, inicialmente, era constituído por 14 lotes coloniais, conforme consta no mapa da Colônia de 1864. A Rua Itajaí era conhecida por Beco Lauxe e recebeu o nome oficial em 18 de agosto de 1942. Por ela era feito todo o transporte que originava-se do Planalto até o Litoral.
- A ligação entre Blumenau e Itajaí foi a primeira rodovia asfaltada do Estado de Santa Catarina. Paralelamente a Rua Itajaí seguia a Estrada de Ferro, iniciando na Ponte dos Arcos (concluída em 1950 e reformada em 1996, quando é denominada de Ponte Engenheiro Antônio Ávila Filho) seguindo em direção ao município de Gaspar.
- A Imagem a direita mostra o Centro Esportivo Bernardo W . Werner - SESI
- Em 1854 o Dr. Fritz Müller e seu irmão Augusto se transferiram da rua 15 de Novembro para os lotes comprados à margem direita do rio Itajaí-Açú, onde em 1936, sua casa foi transformada em Museu. Charles Darvin chamava Fritz Müller de “o Príncipe dos Observadores” pela contribuição à teoria evolucionista.
- No ano de 1870 foi construída a primeira Casa de Saúde, que veio a ruir em 1874, quando é iniciada a construção do Hospital de Caridade, sendo que o mesmo foi concluído em 1876. Em 5 de janeiro de 1924 passou a ser administrado pela municipalidade. Em 8 de abril de 1948 passa a denominar-se de Hospital Santo Antônio.
Próximo ao Hospital Santo Antônio, em 1877, foi construído um Asilo de Velhos, sendo este demolido em 1974 para dar lugar a um novo prédio do hospital. Os idosos foram removidos para a Casa São Simeão no bairro do Asilo.
- Em 28 de julho de 1893 um Corpo de Voluntários, formado por 128 blumenauenses, chefiados por Gottlib Reif, que apoiavam os republicanos, travaram uma pequena batalha na rua Itajaí (proximidades do Radtke) contra os Federalistas. Houve alguns feridos e poucos mortos entre os Federalistas que bateram em retirada.
- Em 1947 foi fundada a Sulfabril S.A., por Paulo Fritsche, inicialmente funcionando num galpão do Walter Breitkopf. A empresa cresceu com a compra de vários terrenos nas imediações, que foram usados para construção e ampliação da fábrica, incluindo a compra da Fábrica de Tintas Hering, que estava sendo desativada e a área da Delegacia Regional de Polícia.
Fonte: Prefeitura municipal de Blumenau/ SEPLAN Secretaria Municipal de Planejamento Urbano. Guia de Santa Catarina – Blumenau Online e Adalberto Day

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