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segunda-feira, 25 de abril de 2022

- Rixas políticas em Blumenau

 ABRINDO O BAÚ: RIXAS POLÍTICAS EM BLUMENAU

 por Carlos Braga Mueller/Escritor/jornalista e memorialista em Blumenau

Através dos séculos Blumenau vêm presenciando rixas políticas em seu território. 

José Bonifácio da Cunha
No final do século 19 o então superintendente do município, médico José Bonifácio da Cunha, defensor incansável da causa republicana, teve rixas com Fritz Müller, que o sucedeu no governo municipal. Fritz, que abraçava a causa federalista, durou apenas 27 dias no cargo.
Aristiliano Ramos
Século 20: em 1934 o governo estadual, tendo a frente o então interventor federal Aristiliano Ramos, em retaliação aos poucos votos conquistados em Blumenau, em ação de revanche política, fatiou o município. E assim foram criados e implantados os municípios de Gaspar, Indaial, Ibirama (Hansa-Hamonia) e Timbó, todos desmembrados do então enorme município blumenauense. Rio do Sul (Bella Aliança), já havia sido desmembrado em 1931, por ocasião da implantação do governo Vargas. 

Pesquisando a trajetória política e dos políticos no imenso território que compunha originalmente Blumenau, encontramos fatos interessantes que provocaram distúrbios entre as lideranças políticas.

Os mais velhos não esquecem das rixas havidas entre os tradicionais partidos: a UDN e o PSD.

Os Ramos dominavam o PSD; os Bornhausen e Konder batalhavam nas trincheiras da UDN.

Em minha família havia tradição política.

Primeiro, com a participação efetiva de meu tio-avô, José Bonifácio da Cunha, que foi o primeiro superintendente de Blumenau, cargo ocupado em duas ocasiões. Ele também se elegeu várias vezes deputado estadual, inclusive como Constituinte, ao lado daqueles que votaram a primeira Constituição Republicana de Santa Catarina.

Meu avô, advogado Thomé Braga, foi suplente de vereador em Blumenau.

Eu me elegi vereador duas vezes, exercendo a vereança de 1972 a 1982, dois mandatos de quatro anos cada e mais um mandato "tampão" de dois anos. 

Corria o ano de 1982.

Carlos Braga Mueller
Eu havia sido eleito presidente da Câmara Municipal de Vereadores pelo período de 1981/1982.

Era prefeito Renato Viana e Ramiro Ruediger seu vice.

Renato licenciou-se a partir de maio daquele ano para concorrer ao cargo de deputado federal. Ramiro o sucedeu na missão de governar Blumenau.

Automaticamente, se Ramiro por qualquer motivo não pudesse exercer a função, na linha sucessória seria convocado o presidente do poder legislativo, do PDS, e adversário das hostes de Ruediger.

Na minha trajetória política nunca considerei meus oponentes como inimigos, mas sim como adversários.

Afinal, não fui somente vereador. Disputei uma candidatura a deputado estadual em 1978 (acabei como suplente), e fui vice de Victor Sasse em 1982 na disputa pela prefeitura (nossa chapa fez individualmente mais votos pelo PDS do que o oponente eleito, Dalto dos Reis. Mas a somatória de votos de  nossos três candidatos foi menor do que a dos dois concorrentes pelo MDB, pois valia a somatória da legenda).

Um fato interessante, que passo a relatar, certamente não é do conhecimento geral, mas faz parte da história política de Blumenau e revela fatos pouco divulgados.

Como vimos acima, Ramiro Ruediger havia assumido a Prefeitura e eu estava na condição de vice-prefeito na linha sucessória.

De forma alguma fui convocado para ocupar a função e também essa não era minha intenção. E olha que Ramiro esteve doente na ocasião.

Para que a situação fique bem clara, o que aconteceu foi uma "simples" rixa política.

Senão vejamos:

É o próprio Ramiro Ruediger que justifica, quando no início do ano de 1982 ainda exercia o cargo de vice-prefeito, aos jornalistas Luiz Antônio Soares e Danilo Gomes, em entrevista concedida ao Programa de rádio Censura Livre, gravada e reproduzida na revista "Blumenau em Cadernos", Tomo 50, número 2, de abril de 2009,  páginas 84 a 109, cujo trecho permito-me reproduzir:

 "Danilo Gomes: E então seu  Ramiro ?

Ramiro Ruediger: Bem, de fato não sei a data certa ainda que devo assumir a prefeitura, se dia 15 de fevereiro ou 15 de maio. Acredito que deva ser 15 de maio. Vamos tentar dar continuidade...

Danilo Gomes: Quer dizer que o senhor já se definiu, vai assumir a prefeitura, não vai aceitar a candidatura (a prefeito).

Ramiro Ruediger: Não, em hipótese nenhuma, e nem poderia. Porque se eu fosse sair candidato, eu vou ser bem sincero...

Danilo Gomes:  Teriam que entregar a rapadura...

Ramiro Ruediger: Teríamos que entregar a prefeitura, e isso jamais!"

Mas este não é um caso isolado porque questiúnculas e desentendimentos políticos em Blumenau ocorreram às centenas. O assunto daria para preencher as páginas de muitos livros.

Finalizando, temos que reconhecer que Ramiro foi uma liderança excepcional na área esportiva de Blumenau. Sob sua coordenação éramos imbatíveis nos Jogos Abertos de Santa Catarina.

Merece esse reconhecimento. 

Carlos Braga Mueller/Jornalista/escritor e memorialista; fotos reprodução e divulgação.

Adendo de Adalberto Day

Seria mais que merecido o senhor e amigo Carlos Braga Mueller, ter ocupado o cargo de Prefeito de Blumenau, nem que por um espaço pequeno do tempo, pelas suas enormes contribuições ao nosso município, e região. Muitas vezes o termo utilizado “Rixas políticas” impedem o obvio!   

domingo, 10 de abril de 2022

- Amazonas Esporte Clube “O mais Querido”

O Amazonas Esporte Clube de Blumenau do bairro Garcia, região Sul com mais de 160Km² de área Urbana e Rural, + de 1/4 do tamanho do município, sempre foi desde os primórdios do futebol em Blumenau o Clube mais Amado 💙, mais querido e o primeiro de Blumenau. Sempre foi e será no coração dos Garcienses o Clube eterno.
Complexo Industrial e Esportivo da EIG por volta de 1966/67
Novembro - 1962 - Colorizada por Anthar Cesar 
Apesar da empresa Artex desativar seu futebol a partir de 1974, e destruir o maior e mais belo estádio de Santa Catarina, a paixão continuou. Atua até hoje em futebol de várzea, sua chama jamais será apagada. 
Foi o Clube com mais sócios e ainda hoje aquele que vende mais camisas, mesmo quem não o viu atuar anterior a 1974, torce pelo clube, está no DNA dos seus fanáticos torcedores. Sem nunca ter atuado na primeira divisão do Futebol Catarinense por exigência da EIG, foi por vezes nas décadas de 1910/20/30 considerado o melhor esquadrão do Estado.
    
Com todo respeito que temos por todos os outros clubes antigos e atuais de Blumenau como o grande bicampeão Olímpico, Palmeiras/BEC, Vasto Verde, Guarani, Metropolitano ... O Amazonas é o clube com mais história em Blumenau.
O Clube possui um escudo em madeira de canela e uma das mais antigas bandeiras do Brasil (está preservada e comigo), com dois lados frente e verso diferentes. 
A Bandeira continua a tremular pelos campos da Região Sul de Blumenau.
Como a Flâmula também. Os links sendo pesquisados, poderá servir para trabalhos acadêmicos, de teses, de um clube de operários da Empresa Industrial Garcia.

Para os jovens e até os que torciam por outros clubes, acessem os links abaixo e verifiquem a veracidade, a grandeza deste Clube que foi o último campeão por Blumenau em Campeonatos Regionais em 1974, disputado por equipes como Tupi, Marcilio Dias, Carlos Renaux, Paissandu, Juventus e Humaitá.

 - O Amado Amazonas Esporte Clube:

https://adalbertoday.blogspot.com/2015/07/o-amado-amazonas.html

- Amazonas Esporte Clube:

https://adalbertoday.blogspot.com/2009/09/amazonas-esporte-clube-90-anos-de.html

- O Glorioso Amazonas E.C.:

https://adalbertoday.blogspot.com/2008/09/o-glorioso-amazonas-ec-89-anos-de.html

- O Bicampeonato do Amazonas Esporte Clube:

https://adalbertoday.blogspot.com/2008/12/os-35-anos-do-bi-campeonato-do-amazonas.html

- Torradinho ... torradinho!

https://adalbertoday.blogspot.com/2013/04/torradinhotorradinho.html 

- Ata de fundação do novo Amazonas:

http://adalbertoday.blogspot.com.br/2011/08/ata-de-fundacao-do-novo-amazonas.html

- Rodolfo Sestrem - Maio/2002 - entrevista Adalberto Day 

https://www.youtube.com/watch?v=0n9qVGLRpNk&t=24s 


- A História do Amado Amazonas

Arquivo de Adalberto Beto Day

sexta-feira, 1 de abril de 2022

- Os Magnatas

 A História dos Magnatas!!! 

Por Sérgio Lapolli

Um Conjunto, um Grupo, uma Orquestra que deixou sua marca e muita  saudade na história de Blumenauu!!!



Foto do arquivo pessoal Waldir Annuseck
Em 13 de Junho de 1943, nascia em Blumenau Waldir Annuseck.

Foi um bom aluno na escola Primária, e, na juventude começou a Paixão pela música.

Foi aluno do Professor Rudy Beckauser,   aos 18 anos serviu o exército brasileiro onde em paralelo começou sua carreira de mais de  50 anos de musico de bandas de Baile.

Mesmo com esse tempo todo de músico, colaborou profissionalmente em apenas duas Bandas.

A primeira foi:

Lindolfo e Seu Conjunto, do início dos anos 60 até março de 1969,  quando a banda encerrou suas atividades.

Foto do arquivo pessoal Waldir Annuseck

Participaram do conjunto além do Waldir,
músicos como, Luisinho Deschamps, Pedrinho, Corsini, Loos, Alberto de Oliveira (Fininho), Dirceu e o Lindolfo, líder do conjunto.

Em 15 de Março de 1969, algumas semanas depois da extinção de Lindolfo e seu conjunto, Waldir Annuseck liderou alguns músico da Região  e fundou o Conjunto,  Os Magnatas.

A primeira apresentação do Conjunto foi em 27/04/1969 em um baile do Caça e Tiro Itoupava Norte.

Foto pessoal do arquivo Waldir Annuseck.

Na primeira formação do conjunto participaramWaldir (líder e tecladista) Pedro Paulo da Silva na Bateria, Vicente Reis na percussão, Dico no Saxofone, Borba no trombone, Rubens Giese no Contrabaixo e Celso Marloch na Guitarra. 

Celso Marloch 

Um dos maiores guitarristas que Blumenau já viu. Foto pessoal do arquivo Waldir Annuseck.

Muitas formações e diferentes estilos fizeram a história  dos Magnatas.

Estes são as mudanças de  Identidade do Grupo Musical.

Os Magnatas , que já vimos (Na sua fundação)

 Grupo Magnata ( Final dos anos 1980) Foto pessoal do arquivo Waldir Annuseck.
Silvio Evaristo (guitarra e voz); Décio, Saut (guitarra solo e voz); Waldir Annuseck (teclados); Sérgio Lapolli (baixo e vocal); Odair Frainer (bateria); Silvério Krause (sax tenor e voz).
Foto pessoal do arquivo Waldir Annuseck.
Luizinho Deschamps; Marcos Annuseck; Silvio; Sérgio; Heitor; Santana; Cláudio; Luperce; Borba; Waldir Annuseck.

 Magnata Orquestra (Nos anos 1990 até a última  apresentação em 1998)

Magnata Orquestra foi com certeza, difusora de alegria e boa música, nos quase 30 anos de atividades, nas 1500 apresentações que somam 7.500 horas, de alegria e emoção nos bailes, Soirées, Festivais e Oktoberfest's , em toda a América do Sul. 

CD de 1995 – Magnata Orquestra, produzido Phoenix Productions e me presenteado pelo amigo de infância, Clério José Ribeiro.

Esta é uma relação de músicos que em algum momento fez parte como músico profissional dos Magnatas.

" Sem eles, não teríamos esta história para contar"

Carol Lapolli, Celso Marlock ; Cláudio  Baumann; Décio Saut; Dilson Lino; Erminio; Everson Paladini; Heitor Metzqer; Henrique Jacob Bento; Inacio;Joaquim Branco; José Luiz Dias de Souza(Zecão) ; José Henrique de Borba; Silvio Jair Evaristo; Kelly Cristina; Lino Vieira; Leoni Ramos Nego; Luperce lobo; Luis Fernando (Luisinho); Marcos Annuseck Zizo; Marcos Nowatzki; Marquinhos (Piston); Mauri; Odair Freyner; Osni Siebert; Osni (piston); Pedro Paulo da Silva (Pedrinho); Rubens Giese; Saturnino Travasso; Sérgio krause; Sérgio Lapolli ; Silvério Krause; Valcinio Dias (Valdir Rosario); Valdelino Simas (Dico); Waldir Annuseck; Vicente Reis; Luis Deschamps; A última apresentação da Orquestra Magnatas foi no final de 1998.

Texto e arquivos enviado por Sérgio Lapolli. 

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