“A Educação é a base de tudo, e a Cultura a base da Educação”

Seja bem-vindo (a) e faça uma boa pesquisa.

terça-feira, 26 de julho de 2022

- Blumenau de ontem, hoje, sempre

 BLUMENAU DE ONTEM, HOJE, SEMPRE

Apresentamos mais uma crônica  do amigo Flavio Monteiro de Mattos, carioca de nascimento e "BLUMENAUENSE POR OPÇÃO", contando um pouco de suas lembranças quando vinha do Rio de Janeiro visitar Blumenau com sua família. Flavio é autor do livro A última Armadilha.
Desde que essa proeminente figura da vida blumenauense chamada Adalberto Day abriu seu prestigioso blog e me deu a honra de registrar lembranças das minhas estadas em Blumenau, mas também conhecer personagens e acontecimentos que fizeram a história. 
Casa dos tios-avôs Alameda Rio Branco (acervo Flavio M de Mattos)
Como já mencionei, a ligação familiar com Blumenau teve início lá pelos anos de 1930, quando tios-avôs e um casal de filhos, todos cariocas, aportaram em Santa Catarina, inicialmente em Mafra e mais tarde, em Blumenau, onde ficaram raízes.
Celeste e Anthero, meus pais (acervo Flavio M de Mattos)
Minha mãe, desde sempre, mantinha visitas assíduas aos primos “catarinenses” e estabeleceu uma ligação fraternal que carregou por toda sua vida. Esteve tão presente quando solteira que houve quem dissesse que não nasci blumenauense por mero acaso. Mas nem por isso Blumenau caiu no esquecimento e foi pelas mãos de minha mãe que meu pai e eu desenvolvemos pela cidade e sua gente uma paixão quase instantânea. 

Só para que tenham uma vaga ideia de como estávamos integrados à vida blumenauense, meu pai, bom de violão e de copo, literalmente desaparecia tão logo chegávamos e era visto nas serenatas capitaneadas pelo Nagel Mello, intermediadas pelas pescarias que o saudoso primo Zé Luis programava ou ainda, nos eventos de canários da terra que aconteciam na casa do “seu” Bitú, um personagem folclórico dessa época.

Revista do Sul Cronista Nagel Melo
Para o meu lado não era diferente. Afora as incontáveis “peladas” disputadas na rua de terra ao lado da casa dos tios-avôs ou ainda em um gramado que ficava nos fundos do campo do Olímpico, aconteciam os passeios de bicicleta que terminavam invariavelmente com uma suicida descida da ladeira do morro da antiga Maternidade.
Maternidade Elsbeth Koehler, estabelecida na Rua Pastor Stutzer,319, foi desde 27/04/1982 em definitiva transformada em Ancionato.
Anos depois e já maiorzinho, as blumenauenses eram o principal motivo das idas à cidade e invariavelmente se podia vê-las nas matinês do Cine Blumenau, nos bailes de Debutantes do Carlos Gomes e mais tarde, nas domingueiras motorizadas da Rua XV, nos bailes do Caça e Tiro, nas corridas de kart no Paraíso dos Pôneis, no Foca´s, boate do cronista social Carlinhos Muller ou simplesmente nos passeios pelas ruas da cidade e que estão explicitadas em duas crônicas postagens no blog do Adalberto Day. 

Mas não parei por aí. Morei na cidade lá pelos anos de 1970 e nesta oportunidade fui chancelado no PIS – Programa de Integração Social do Ministério do Trabalho por mãos blumenauenses. Mesmo com tamanha reverência, a iniciativa não vingou e passei um longo período sem retornar à Blumenau, somente quebrando o jejum ao término dos anos 90 e posteriormente, em mais duas ou três oportunidades. 

Há quem diga, mas e daí? Quantos já se encantaram e melhor, sentaram praça na cidade? 

Até concordo, sem dúvida. O que difere, no meu caso, é que parece existir uma configuração cósmica que se estabeleceu desde a época em que fui apresentado à cidade e que se manifesta independente da minha vontade. 

Querem ver? Conheci minha mulher no Rio de Janeiro e novamente a presença de Blumenau se faz presente uma vez que ela é neta de Virgílio Várzea, renomado poeta catarinense cujo pai, João Várzea, comandou o vapor São Lourenço em suas primeiras viagens pelo Itajaí-Açú, na ligação fluvial entre a capital Desterro e Gaspar, isso lá pelas bandas de 1874 como revela um “post” do Adalberto Day! 

Entenderam agora?

Voltar à Blumenau é uma volta para mim mesmo.

Pergunto o que Blumenau ainda me reserva e permaneço aberto às explicações. Para tanto, devotarei atenção dobrada aos comentários dos leitores do blog do Adalberto Day ou ainda, no caso de revelações contundentes e que requeiram privacidade, ofereço o e-mail fmdemattos@gmail.com e desde já os agradeço antecipadamente. 

Flavio Monteiro de Mattos

Julho/2022 - Arquivo de  Flavio Monteiro de Mattos/Adalberto Day

quinta-feira, 14 de julho de 2022

- A enxurrada, a destruição, a recuperação e o aterramento!

 

Foto rara do final de 1960, onde mostra acima a esquerda parte do parque fabril da Empresa Industrial Garcia – rua Amazonas 4.906, à direita antiga Cooperativa da EIG, Ambulatório e escritório Central. Ainda à direita, já em fase final a construção da antiga Ponte com acesso a Rua Emilio Tallmann.

Na parte "murada" a esquerda aparece a antiga portaria e bilheteria do estádio do Amazonas, ao centro pequeno campinho de futebol, na parte frontal (mais abaixo da foto), aparece a esquerda cancha de boxa, ao centro quadra de Basquete e Vôlei, a direita antigo Salão do Amazonas. Nesta imagem não aparece o magnifico campo de futebol.

Na tragédia (enxurrada) de 31 de outubro de 1961, todo local dentro da parte murada foi destruída, e parte da Ponte também.

Já no inicio de 1962 toda esta parte foi aterrada, trazido de uma elevação do parque fabril  da empresa Artex, em frente a antiga Comercial Mistura, e ou rua Oto Huber.

Nesta enxurrada faleceram quatro crianças moradores da rua Emilio Tallmann,  o Soldado Moacir Pinheiro que morava ao lado de nossa residência na rua Almirante Saldanha da Gama.

O estádio Empresa Industrial Garcia  ocupado pelo Amazonas ficou assim conforme algumas fotos em destaque abaixo: 

Parque esportivo e fabril da EIG após a enxurrada
Depois do aterro, em 23 setembro 1962 reinauguração do  estádio lotado. A parte aterrada é arás a partir da arquibancada, O estádio foi modernizado, com pistas e locais para atletismo. O campo medindo 110m x 75m - com uma drenagem espetacular (baseado no estádio Mario Filho, mais conhecido como  Maracanã).
Em nome do "Progresso" a empresa Artex, aterrou a partir de abril de 1974 todo este magnifico estádio, o maior e mais lindo da região de Blumenau. O último jogo neste estádio foi em 26 de maio de 1974. Um fim melancólico em uma tarde sombria, apesar de ensolarada. O jogo foi contra o Tupi de Gaspar, placar 3x1 para o time anilado do Garcia, 2 gols de Bigo (Nilson Siegel, que marcou o último gol neste estádio) e 1 de Tarcisio Torres, gol de falta que antes de entrar bate na trave de "Ferro" que ecoa o estalo até hoje em meus ouvidos. Um registro para nunca esquecer.
Arquivo de Adalberto Day - Cientista social e pesquisador da história em Blumenau.

sexta-feira, 1 de julho de 2022

- Hotel Garcia

A imagem de 1934 mostra o antigo Hotel Garcia, de propriedade da E.I. Garcia. Construído por volta de 1895 e demolido em 1954, servia para visitantes e funcionários da empresa. Localizava-se na antiga Praça Getúlio Vargas, no Distrito do Garcia. Dirigido primeiro pela família Panoch e depois, Cândido. (Imagem: arquivo de Dalva e Adalberto Day)
Publicado no Jornal de Santa Catarina dia 26/dezembro/2010 , coluna Almanaque do Vale.
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A seguir mostramos o mesmo local em anos diferentes, para mostrar as transformações do local,um entroncamento das ruas Amazonas final, Início da Glória e Progresso.
História
1912 - Hotel Garcia
- Existia no final da Rua Amazonas, um entroncamento que dava acesso às ruas Progresso e Glória, através de uma pequena ponte sobre o Ribeirão Grevsmuhl . Um Hotel de propriedade da Empresa Industrial Garcia (mais ou menos 1895/1954), dirigido pelo Sr, Erwin Panoch, que também era motorista do Diretor da Empresa Industrial Garcia Sr. João Medeiros Júnior. Com o falecimento prematuro do Sr. Panoch em 1938, continuaram os trabalhos no hotel o Sr. Pedro Cândido da Silva. Mais tarde este local no final dos anos 50, passou a chamar-se Praça Getúlio Vargas até 1976, quando então foi aterrada e uma nova praça foi construída onde era a rua 12 de Outubro e atual terminal Garcia, com o mesmo nome.
1926 - Hotel Garcia
Esse Hotel era de exclusividade para funcionários da Empresa Garcia, e também hospedagem a visitas, e outros. Sua capacidade era de 38 a 42 lugares, na parte de cima da edificação. Era um grande quarto coletivo. Na parte de baixo funcionava restaurante, salão e moradia aos que cuidavam de sua manutenção.
Também essa mesma indústria, possuía um outro Hotel na Rua Almirante Saldanha da Gama , com funcionamento entre 1946 até 1950, depois se incorporou em uma divisão das casas, junto as mais de 240 casas populares existentes, para abrigar funcionários da referida empresa, todas construídas em sua própria marcenaria pelos funcionários.
A Antiga Praça Getulio Vargas
A imagem de 1967 mostra a antiga Praça Getulio Vargas,na parte de cima a esquerda, era o estádio do Amazonas e a ponte antiga com acesso a Rua Emilio Tallmann, ao centro E.I.Garcia e abaixo inicio da Rua da Glória com suas casas populares. Antes de ser praça, existiu neste local um Hotel de propriedade da E.I.Garcia, e o Ribeirão Grevsmuhl , com uma pequena ponte coberta, que desembocava no Ribeirão Garcia.
Até 1976 a Rua Amazonas passava por dentro do parque fabril da E.I.Garcia, no entroncamento que fazia a divisória entre os bairros Garcia, Gloria e Progresso. Neste entroncamento existia uma Praça com o nome de Getúlio Vargas, que desapareceu junto com o aterro para a incorporação das duas empresas Garcia e Artex. A mudança do traçado da Rua Amazonas, foi importante no processo de incorporação das duas empresas, porque ambas tinham que pagar ICMS, por transitar com mercadorias, de um lado ao outro da rua. A construção dessa Praça foi em 1954. Recebeu o nome de Getúlio Vargas, pois quando estava sendo construída, Getúlio suicidou-se em 24 de agosto de 1954.
Foi o primeiro local no Garcia na década de 1960, a se estabelecer um ponto de Táxi. Um automóvel da marca DKV e o motorista conhecido como Nino Massaneiro. Palco de apresentações teatrais e políticos, como também de encontros de namorados. As linhas de ônibus funcionavam somente até às 22h30min horas, justamente para que os empregados pudessem retornar logo ao seu lar, e participar de poucos lazeres e poder estar em boas condições de trabalho para o dia seguinte.
Segundo o jornalista e escritor Carlos Braga Mueller , ao longo das décadas a cidade foi crescendo e as praças continuaram fora do panorama da urbe. Foi assim que, há muitos anos, começou a circular uma lenda urbana. Ele conta que alguns governantes de antigamente, mancomunados com empresários tantos, não viam com bons olhos as grandes praças públicas, porque ali os operários ficariam a mercê dos prazeres proibidos: bebida em excesso, ócio nada criativo e, por conseqüência, noites mal dormidas, muita preguiça ao acordar, rendimento péssimo no trabalho do dia seguinte!
Claro que nunca se provou nada, nem ninguém assumiu a culpa pela falta de praças. Esta, foi sempre atribuída à nossa topografia acidentada e ao conturbado espaço físico disponível para tais excentridades ! Curioso é notar que praticamente desde a fundação, a cidade mantém as mesmas praças de sempre.
Este é o mesmo local onde existia o Hotel e depois praça Getúlio Vargas (a esquerda no retângulo) foi aterrada e uma nova Praça com o mesmo nome de Getulio Vargas foi construída próximo ao terminal Urbano Garcia, (imagem a direita no retângulo). A imagem é de 1978.
Arquivo de Dalva e Adalberto Day

- Preservando a História e melhorando o futuro

 A música enche minha alma e o coração. Então eu não tenho depressão, ansiedade e me ajuda a caminhar sempre com muita disposição, retidão e sabedoria! Esse Cara sou eu: https://www.youtube.com/watch?v=_ZCui2czK8E

Preservando a História e melhorando o futuro
Adalberto Day, 58 anos (em janeiro de 2012) , é uma das pessoas que mais conhece a história do Grande Garcia.

Em histórias de nosso cotidiano apresentamos hoje, um pouco da minha própria história. Uma homenagem da Revista Bela Vida – dos amigos Edson Peres Gonçalves e sua esposa Lilian Peres Gonçalves. Entrevista concedida a Jornalista Liliani Bento – DRT-SC 817
Meus agradecimentos por tão nobre homenagem, que traduz o reconhecimento por parte de toda equipe da Revista Bela Vida.
Também é uma honra estar ao lado de tanta gente importante de nossa sociedade, em especial na página 22,23, em Bela Culinária, com nosso amigo Tenente Coronel Paulo Roberto Bornhofen, relatando sobre uma de suas especialidades – Cozinhar.
Parabéns a todos.
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Meus bisavós vieram da Alemanha, tanto do lado paterno (Day) como materno (Deschamps), e estabeleceram-se inicialmente em Brusque e Gaspar respectivamente. Porém as origens são Inglesa. passagem Irlandês e Frances.
Casado desde 1976, com Dalva minha linda estrela, e possuímos duas filhas, e uma Netinha, nossa princesa.
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É admirável colaborar com a história de um município, de um estado ou mesmo de um país, dedicando-se a pesquisa, ao arquivamento e a disseminação das informações coletadas, para que as gerações futuras conheçam sua origem.
É desta forma desprendida com muita vontade de ajudar, que trabalha o cientista social e pesquisador Adalberto Day, nascido em Blumenau há 58 anos.

Ele conta com orgulho que quando nasceu, à família morava na Rua Almirante Saldanha da Gama, início da Rua da Glória, no entroncamento de três bairros importantes de Blumenau (Garcia, Glória e Progresso), que fazem parte do Distrito do Garcia. Até hoje ele mora no Bairro e é, provavelmente, a pessoa que mais conhece a história dessa localidade de Blumenau.
Beto, como é conhecido pelos amigos, resgata através de pesquisas a história de sua comunidade para que se mantenha sempre viva para as gerações futuras.
Seu acervo particular tem contribuído para a realização deste sonho.
Mantém um Blog desde 21 de julho de 2007. 
Qualquer coisa que queira saber sobre o Grande Garcia, e sobre a cidade basta acessar o seu Blog com informações fieis à história e fotos. Outros bairros, inclusive, procuraram o pesquisador para fazer um acervo deles. Porém, faltam elementos para contar a história deles.
O pesquisador conta que, no início dos anos 60 despertou o seu interesse pela história e pesquisa. “Sempre perguntava para a minha avó Ana o porquê disso ou daquilo”. Queria saber como as coisas aconteciam.

Uma das passagens que pesquisador não esquece é de quando a avó ia visitar a irmã dela, Maria, e ele perguntava onde ela morava.

Sempre perguntava para minha Avó Ana o porquê disso ou daquilo”.
A avó respondia no “Kroba”, referindo-se a localidade que hoje é conhecida como rua Rui Barbosa.
O “Kroba” na verdade era “Krohberger” ou Krohbergerbach “bach ribeirão”, ou ainda somente “Kroba”, originando-se da primeira família que morou na região, do Sr. Heinrich Krohberger, que chegou por aqui por volta de 1858. Ele faleceu em 22 de abril de 1914. Possuía uma grande propriedade. Era engenheiro, agrimensor e prestou serviço em vários governos, inclusive com Dr. Blumenau, com quem projetou as primeiras e maiores obras de vulto do município. Entre ass principais estão a construção das pontes do Garcia e do Salto, igrejas católicas e evangélicas. O local adentra-se para além da ponte com denominação de “Ponte Preta”.

“Meus pais, Nicolao e Augusta, também eram alvo da minha aguçada curiosidade”.
A infância de Adalberto foi bem aproveitada no bairro onde nasceu. Quando criança, jogou futebol no Clube 12 (Morro da Rua Almirante Saldanha da Gama), onde a disputa rendia sempre uma garrafa de capilé.
No Estádio do Amazonas atuou como jogador de basquete, de futebol e participou da última partida no dia 26 de maio de 1974, atuando como aspirante.
Jogou por diversas equipes de várzea da região do Garcia, como Estrelinha, Glória, Esparragos, Jordão, Brasileirinho e outros. Outras boas lembranças são o Cine Garcia, o maior entretenimento da juventude, na época, e os banhos no Tapume, em uma rua transversal da Emílio Tallmann.
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Adalberto é conhecido por ajudar e lutar pelo Grande Garcia.
Tanto comprometimento com o bairro sempre levaram Adalberto a se envolver em questões que ajudaram a melhorar a vida dos moradores do Grande Garcia.
Ele foi um dos fundadores da Associação “METAJUHA” - Associação de Moradores das Ruas Emilio Tallmann, Júlio Heiden e Arredores da Associação Artex.
Entre as conquistas da entidade destacam-se vários benefícios para as Ruas Emilio Tallmann e Júlio Heiden, como: abertura, pavimentação, e transporte coletivo, com apoio dos vereadores do bairro, poder público, e comunidade. Atualmente, é presidente de honra desta entidade.
Outrossim, foi um dos fundadores do Núcleo das Associações do Grande Garcia. Vários serviços foram executados entre 1990 e 1991. A comunidade o escolheu para representar o Grande Garcia na Comissão Permanente de Prevenção de Enxurradas e a Comissão Permanente de Defesa da Comunidade do Grande Garcia.
Desde 1995 realiza palestras e exposições em diversos educandários, principalmente, do Grande Garcia, na FURB – na empresa Coteminas, no 23º BI, sobre experiência de sua vida profissional e história do Vale do Garcia.
Tudo que se refere ao Grande Garcia é acompanhado pelo pesquisador. Contabiliza mais de 700 participações nos jornais da cidade ,sempre enfocando a história e cultura de Blumenau, bem como em diversos canais de TV.
Atualmente, é membro da comissão pró-Construção do AGG – Ambulatório Geral do Garcia - Schwester Marta Elisabetha Kunzmann. Obra esta executada no antigo Salão e Cantina da Artex, inaugurado no dia 12 setembro 2008, em sua primeira etapa.
Tanta dedicação tem rendido moções e elogios de todas as partes. Adalberto recebeu, em 1999, uma moção da Câmara de Vereadores pelos trabalhos de pesquisas que vem realizando e diversas placas em agradecimento pelos trabalhos executados.

“Como Orientador Trabalhista, mantinha-me sempre atualizado com as leis, procurando transmitir com segurança aos funcionários.”

Uma vida para se orgulhar
Adalberto, como a maioria dos moradores do Garcia, começou sua vida profissional na Empresa Industrial Garcia, posteriormente, Artex, hoje Coteminas. Trabalhou quase 25 anos na empresa que existe até hoje no bairro e é conhecida nacionalmente.

“Fomos criados para obedecer e respeitar. Vivíamos no bairro como uma grande família e trabalhávamos todos na mesma empresa”, diz.


Atualmente, está aposentado e trabalha em sua casa realizando pesquisas. Seu local de trabalho é um misto de escritório com museu, onde guarda a sete chaves, diversas relíquias.
Nas empresas Garcia e Artex trabalhou, de 1968 a 1992, no setor de Recursos Humanos. Como orientador ocupacional, procurou promover um bom relacionamento entre empregados, chefia e Recursos Humanos, mantendo sempre a participação dos colaboradores junto à produção. Na integração dos recém-admitidos, passava-lhes uma mensagem positiva da empresa, mostrando a necessidade de participação de todos os setores. Também informava as normas e procedimentos legais da empresa.

De acordo com dados históricos guardados por Adalberto, a empresa fazia parte do dia-a-dia do bairro. Havia uma praça esportiva onde eram realizadas várias modalidades esportivas: atletismo, ciclismo, futebol e outros. A empresa oferecia diversos benefícios aos seus colaboradores. Anualmente, eram realizadas festas em comemoração ao Dia do Trabalhador, Junina e de Natal. Os empregados moravam em casas feitas, com recursos da empregadora, e dos próprios funcionários, com toda a infraestrutura e coleta de lixo feita pela Empresa Industrial Garcia. Pagavam um aluguel simbólico.

“Esta foi uma fase muito boa no Bairro, havendo perfeita integração da empresa com os colaboradores.”
 Adalberto Day
Cientista Social formado pela FURB
Professor aposentado das disciplinas de História, Geografia, Filosofia e Sociologia, é pesquisador da história do Grande Garcia. 
e-mail: familiaday@terra.com.br

Blumenau e sua História!

https://adalbertoday.blogspot.com/2018/02/blumenau-e-sua-historia.html

Revista Bela Vida
* Ano 6 – Nº 36
* Dezembro/Janeiro/2011/12
* A Revista Bela Vida é um título de propriedade da Editora Bela Vida
* Diretor: Edson Peres Gonçalves
* Coordenadora Geral: Lilian Peres Gonçalves
* Jornalistas responsáveis: Liliani Bento
* Mariene Maluli
* Revisão de Textos: Teresa Pfhffer Franco
* Projeto Gráfico e Diagramação Viek Comunicação

- A Prainha

Pesca de Robalo e descanso na Prainha
Desde a fundação da cidade de Blumenau, um dos locais favoritos para um bom banho (se refrescar) era principalmente na “Prainha” no Rio Itajaí Açu. O primeiro registro de afogamento foi com um dos primeiros colonizadores, em 1852 –Daniel Pfaffendorf.
A partir dos anos 1950, os Blumenauenses, começam a explorar o litoral, dando inicio ao desenvolvimento dessas regiões litorâneas. Um exemplo foi o Balneário de Camboriú, que começou a se desenvolver rapidamente.
Balneário de Camboriú em 1962
Balneário de Camboriú na década 70
História :
- Em 1878 a colônia de Blumenau crescia e a embarcação existente (Vapor Progresso) já não era mais suficiente para atender a demanda, sentiu-se então a necessidade de uma embarcação maior. Adquirido na Alemanha em 1894 e montado na cidade de Itajaí, o Vapor Blumenau navegou pela primeira vez em 1895 (desativado em 29 de outubro de 1959). Ele foi a segunda embarcação a vapor a fazer a ligação entre Blumenau e o porto de Itajaí. Além do transporte de pessoas para regiões vizinhas, transportava também mercadorias. Com 28 metros de comprimento, 4m40cm de largura e 2m10cm de altura, o Vapor Blumenau tinha potência de 80 cavalos. Devido à construção da estrada de ferro, o escoamento da produção e o transporte de passageiros passaram a ser feitos pela ferrovia. Na década de 50, já não havia mais demanda para a navegação do Vapor, quando foi desativado. Reformada, hoje a embarcação faz parte da história de Blumenau e abriga um pequeno museu contando sua história através de painéis explicativos.
O Restaurante Moinho do Vale , a concha Acústica doada a comunidade em 1986 pela Empresa Artex, tornaram mais bonita nossa prainha. E todo o paisagismo ao redor em nossos dias correntes.
Foto: Willy Sievert
Será que um dia será assim? Claro que não, mas não é proibido sonhar ... foto divulgação (desconheço a autoria).

Local: Praça Juscelino Kubitschek de Oliveira (Prainha) – bairro Ponta Aguda
Arquivo Adalberto Day/colaboração Rubens Heusi / José Reis Pfau

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