Preservando a História e melhorando o futuro
Adalberto Day, 58 anos (em janeiro de 2012) , é uma das pessoas que mais conhece a história do Grande Garcia.
Em histórias de nosso cotidiano apresentamos hoje, um pouco da minha própria história. Uma homenagem da Revista Bela Vida – dos amigos Edson Peres Gonçalves e sua esposa Lilian Peres Gonçalves. Entrevista concedida a Jornalista Liliani Bento – DRT-SC 817
Meus agradecimentos por tão nobre homenagem, que traduz o reconhecimento por parte de toda equipe da Revista Bela Vida.
Também é uma honra estar ao lado de tanta gente importante de nossa sociedade, em especial na página 22,23, em Bela Culinária, com nosso amigo Tenente Coronel Paulo Roberto Bornhofen, relatando sobre uma de suas especialidades – Cozinhar.
Parabéns a todos.
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Meus bisavós vieram da Alemanha, tanto do lado paterno (Day) como materno (Deschamps), e estabeleceram-se inicialmente em Brusque e Gaspar respectivamente. Porém as origens são Inglesa. passagem Irlandês e Frances.
Casado desde 1976, com Dalva minha linda estrela, e possuímos duas filhas, e uma Netinha, nossa princesa.
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É admirável colaborar com a história de um município, de um estado ou mesmo de um país, dedicando-se a pesquisa, ao arquivamento e a disseminação das informações coletadas, para que as gerações futuras conheçam sua origem.
É desta forma desprendida com muita vontade de ajudar, que trabalha o cientista social e pesquisador Adalberto Day, nascido em Blumenau há 58 anos.
Ele conta com orgulho que quando nasceu, à família morava na Rua Almirante Saldanha da Gama, início da Rua da Glória, no entroncamento de três bairros importantes de Blumenau (Garcia, Glória e Progresso), que fazem parte do Distrito do Garcia. Até hoje ele mora no Bairro e é, provavelmente, a pessoa que mais conhece a história dessa localidade de Blumenau.
Beto, como é conhecido pelos amigos, resgata através de pesquisas a história de sua comunidade para que se mantenha sempre viva para as gerações futuras.
Seu acervo particular tem contribuído para a realização deste sonho.
Mantém um Blog desde 21 de julho de 2007.
Qualquer coisa que queira saber sobre o Grande Garcia, e sobre a cidade basta acessar o seu Blog com informações fieis à história e fotos. Outros bairros, inclusive, procuraram o pesquisador para fazer um acervo deles. Porém, faltam elementos para contar a história deles.
O pesquisador conta que, no início dos anos 60 despertou o seu interesse pela história e pesquisa. “Sempre perguntava para a minha avó Ana o porquê disso ou daquilo”. Queria saber como as coisas aconteciam.
Uma das passagens que pesquisador não esquece é de quando a avó ia visitar a irmã dela, Maria, e ele perguntava onde ela morava.
“Sempre perguntava para minha Avó Ana o porquê disso ou daquilo”.
A avó respondia no “Kroba”, referindo-se a localidade que hoje é conhecida como rua Rui Barbosa.
O “Kroba” na verdade era “Krohberger” ou Krohbergerbach “bach ribeirão”, ou ainda somente “Kroba”, originando-se da primeira família que morou na região, do Sr. Heinrich Krohberger, que chegou por aqui por volta de 1858. Ele faleceu em 22 de abril de 1914. Possuía uma grande propriedade. Era engenheiro, agrimensor e prestou serviço em vários governos, inclusive com Dr. Blumenau, com quem projetou as primeiras e maiores obras de vulto do município. Entre ass principais estão a construção das pontes do Garcia e do Salto, igrejas católicas e evangélicas. O local adentra-se para além da ponte com denominação de “Ponte Preta”.
“Meus pais, Nicolao e Augusta, também eram alvo da minha aguçada curiosidade”.
A infância de Adalberto foi bem aproveitada no bairro onde nasceu. Quando criança, jogou futebol no Clube 12 (Morro da Rua Almirante Saldanha da Gama), onde a disputa rendia sempre uma garrafa de capilé.
No Estádio do Amazonas atuou como jogador de basquete, de futebol e participou da última partida no dia 26 de maio de 1974, atuando como aspirante.
Jogou por diversas equipes de várzea da região do Garcia, como Estrelinha, Glória, Esparragos, Jordão, Brasileirinho e outros. Outras boas lembranças são o Cine Garcia, o maior entretenimento da juventude, na época, e os banhos no Tapume, em uma rua transversal da Emílio Tallmann.
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Adalberto é conhecido por ajudar e lutar pelo Grande Garcia.
Tanto comprometimento com o bairro sempre levaram Adalberto a se envolver em questões que ajudaram a melhorar a vida dos moradores do Grande Garcia.
Ele foi um dos fundadores da Associação “METAJUHA” - Associação de Moradores das Ruas Emilio Tallmann, Júlio Heiden e Arredores da Associação Artex.
Entre as conquistas da entidade destacam-se vários benefícios para as Ruas Emilio Tallmann e Júlio Heiden, como: abertura, pavimentação, e transporte coletivo, com apoio dos vereadores do bairro, poder público, e comunidade. Atualmente, é presidente de honra desta entidade.
Outrossim, foi um dos fundadores do Núcleo das Associações do Grande Garcia. Vários serviços foram executados entre 1990 e 1991. A comunidade o escolheu para representar o Grande Garcia na Comissão Permanente de Prevenção de Enxurradas e a Comissão Permanente de Defesa da Comunidade do Grande Garcia.
Desde 1995 realiza palestras e exposições em diversos educandários, principalmente, do Grande Garcia, na FURB – na empresa Coteminas, no 23º BI, sobre experiência de sua vida profissional e história do Vale do Garcia.
Tudo que se refere ao Grande Garcia é acompanhado pelo pesquisador. Contabiliza mais de 700 participações nos jornais da cidade ,sempre enfocando a história e cultura de Blumenau, bem como em diversos canais de TV.
Atualmente, é membro da comissão pró-Construção do AGG – Ambulatório Geral do Garcia - Schwester Marta Elisabetha Kunzmann. Obra esta executada no antigo Salão e Cantina da Artex, inaugurado no dia 12 setembro 2008, em sua primeira etapa.
Tanta dedicação tem rendido moções e elogios de todas as partes. Adalberto recebeu, em 1999, uma moção da Câmara de Vereadores pelos trabalhos de pesquisas que vem realizando e diversas placas em agradecimento pelos trabalhos executados.
“Como Orientador Trabalhista, mantinha-me sempre atualizado com as leis, procurando transmitir com segurança aos funcionários.”
Uma vida para se orgulhar
Adalberto, como a maioria dos moradores do Garcia, começou sua vida profissional na Empresa Industrial Garcia, posteriormente, Artex, hoje Coteminas. Trabalhou quase 25 anos na empresa que existe até hoje no bairro e é conhecida nacionalmente.
“Fomos criados para obedecer e respeitar. Vivíamos no bairro como uma grande família e trabalhávamos todos na mesma empresa”, diz.
Atualmente, está aposentado e trabalha em sua casa realizando pesquisas. Seu local de trabalho é um misto de escritório com museu, onde guarda a sete chaves, diversas relíquias.
Nas empresas Garcia e Artex trabalhou, de 1968 a 1992, no setor de Recursos Humanos. Como orientador ocupacional, procurou promover um bom relacionamento entre empregados, chefia e Recursos Humanos, mantendo sempre a participação dos colaboradores junto à produção. Na integração dos recém-admitidos, passava-lhes uma mensagem positiva da empresa, mostrando a necessidade de participação de todos os setores. Também informava as normas e procedimentos legais da empresa.
De acordo com dados históricos guardados por Adalberto, a empresa fazia parte do dia-a-dia do bairro. Havia uma praça esportiva onde eram realizadas várias modalidades esportivas: atletismo, ciclismo, futebol e outros. A empresa oferecia diversos benefícios aos seus colaboradores. Anualmente, eram realizadas festas em comemoração ao Dia do Trabalhador, Junina e de Natal. Os empregados moravam em casas feitas, com recursos da empregadora, e dos próprios funcionários, com toda a infraestrutura e coleta de lixo feita pela Empresa Industrial Garcia. Pagavam um aluguel simbólico.
“Esta foi uma fase muito boa no Bairro, havendo perfeita integração da empresa com os colaboradores.”
Adalberto Day
Cientista Social formado pela FURB
Professor aposentado das disciplinas de História, Geografia, Filosofia e Sociologia, é pesquisador da história do Grande Garcia.
e-mail: familiaday@terra.com.br
Blumenau e sua História!
https://adalbertoday.blogspot.com/2018/02/blumenau-e-sua-historia.html
Revista Bela Vida
* Ano 6 – Nº 36
* Dezembro/Janeiro/2011/12
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