“A Educação é a base de tudo, e a Cultura a base da Educação”

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terça-feira, 30 de agosto de 2016

- A senhora Cassiano

Crônica de Adalberto Day  com colaboradores citados no final. 
Maria Mansur e sua filha Neide quando jovens.
Senhora Maria Mansur Neves já idosa
(fotos da família)
 Em Histórias de nosso cotidiano apresentamos Maria Cassiano (faleceu em 1997). Já mostramos neste espaço diversas personalidades de Blumenau e a pedido também carinhosamente abro meu coração para falar dessa cidadã folclórica (se assim podemos intitular a senhora Maria Cassiano), com muito respeito e carinho, moradora de um dos mais importantes bairros de Blumenau – bairro da Glória.
Certamente como qualquer cidadão não desejaria ter a vida que levou com tantos sacrifícios, rotulada com certo “desprezo por alguns da comunidade em geral”. Porém soube levar a vida conforme pôde e sustentar sua família, cidadãos de bem de nossa cidade.
Rua da Glória
Quando a conheci, a senhora Cassiano ajudava a cuidar de um neto filho de sua filha Neide, chamado Sidnei, Nascido em 13/06/1954 e faleceu 21/09/2000 Sidnei, por último morou no final da rua Emilio Talmann, depois que a casa “incendiou-se” , foi embora. Meses depois faleceu em um acidente automobilístico. Eu o conhecia desde minha infância na rua da Glória.
Maria Cassiano tinha um filho conhecido como Zone Cassiano que trabalhava com alto-falantes fazendo propagandas. Foi um dos pioneiros na comunicação (propaganda) com serviço de alto-falante - inclusive veículos do serviço de alto-falantes.
De boné HAROLDO GONÇALVES DA LUZ (pai do José Carlos) ex. gerente das lojas Prosdócimo. ZONE CASSIANO valorizando a foto, fazendo uma entrevista do evento. 
Zone Cassiano
Nome Waldemiro Neves (Cassiano) faleceu em 1992. Conhecido como Zone Cassiano. Zone teve seis filhos e duas filhas. Uma empresa familiar nos serviços de som pela cidade. A primeira empresa a trabalhar na Oktoberfest em Blumenau, contrato assinado pelo seu filho Jonas. Uma empresa muito respeitada e conhecida na cidade. A Oktoberfest mudou o destino do Som Cassiano que era especializada em propaganda externa em carro de som (cornetas). Tinha muita tradição e o carinho dos blumenauenses e região. Sua frota era composta de vinte carros.
Na opinião da maioria, era um som impecável.
O estabelecimento se localizava aonde (foto) está a casa comercial de cor azul.
Conheci a senhora Maria Cassiano já idosa na Rua da Glória (na época estrada de barro lamacenta) em uma pequena garapeira inominada, no atual endereço de número 546 ao lado do antigo comércio do senhor Emilio Felsky que também era barbeiro, próximo também da alfaiataria do senhor “Milico”. Uma referencia também conhecida o comércio do senhor Oswaldo Pfiffer. A rua da Glória antes era conhecida como Specktiefe (palavra de origem alemã que quer dizer caminho lamacento ou gorduroso. - speck significa toicinho, e tiefe, profundidade). O nome Specktiefe porque desde o início da Rua da Glória até próximo ao atual CSU - Centro Social Urbano, existiam pés de eucaliptos dos dois lados da rua, mantendo este espaço sempre sombrio, e, consequentemente, muito lamacento.
Rua da Glória década de 1920 , -  quando era conhecida como Specktiefe

O então diretor da Empresa Industrial Garcia, João Medeiros Jr., mandou colocar barro vermelho, e esta mistura fez o lamaçal ficar com cor de toicinho. A partir de 1938 recebeu o nome de rua da Glória em Homenagem a um antigo conjunto musical chamado “Glória”.
Maria Cassiano (também conhecida por Dinha pelos netos e bisnetos)  nascida em  13/09/1910 e faleceu em 1997.
Era casada e creio que seu marido se chamava Cassiano Neves, antigo Inspetor de Quarteirão da região.
Era conhecida como a “Velha Cassiano”! Segundo relatos na pesquisa, muito “braba e desbocada”, assustava os clientes. Não gostava de ser chamada dessa forma, pois seu nome era Maria Mansur Neves. Fazia questão de deixar escrito e explicito dentro de sua garapeira este descontentamento, com seu verdadeiro nome. Chegou a existir uma plaquinha “M.M” de Maria Mansur. "M.M" interpretado por alguns pejorativamente. 
Em seu estabelecimento vendia caldo de cana, a famosa bananinha, e de forma geral frutas.
Nos relatos que obtive, este estabelecimento existiu desde o início de 1950 até próximo ao ano de 1990.
Ela sentava aos fundos de seu estabelecimento e controlava as pessoas com um espelho e avistava quem estava ali por perto e indagava, “entra ou vá embora se não desejas nada”.
A preferencia era as bananas, que comprávamos em “pencas”.
Certa vez ao adentrar sua pequena garapeira, por solicitação de meu pai que solicitou para comprar bananas, alertado por ele de escolher aquelas que não estavam “pretas” ou machucadas, apalpei-as e ela me reprendeu dizendo em tom alto “porque estás mexendo, não queres vá embora”. E foi o que fiz, nunca mais entrei lá. Passava por ali para ir à Escola São José (atual Celso Ramos) com certo receio. Quando às vezes olhava para dentro da vendinha ela de lá dizia “tais olhando o quê”!
Com mais esta história espero a compreensão dos netos, familiares e que possam até acrescentar algo a mais, e quem sabe com fotos da garapeira e da senhora Cassiano.
Personagens que moravam próximo, para saber acessem:
Senhor Milico
Senhora Muchi

Colaboraram na pesquisa: José Geraldo Reis Pfau, Valdir Salvador, Mauro Malheiro, Cornélio de Souza, Neide Fronza, Carlos Hiebert, SUZY ALINE SANTOS, e  Samantha Aline,   bisnetas da senhora Maria Cassiano. 
Arquivo Adalberto Day/Zé Pfau. 

terça-feira, 9 de agosto de 2016

- Campinho de chão batido.

Imagem Andre Riodades
REGRAS DO FUTEBOL DE CAMPINHO
(1) Os dois melhores não podem estar no mesmo lado. Logo, eles tiram par-impar e escolhem os times.
(2) Ser escolhido por último é uma grande humilhação.
(3) Um time joga sem camisa.
(4) O pior de cada time vira goleiro, a não ser que tenha alguém que goste de Catar.
(5) Se ninguém aceitar ser goleiro adota-se um rodízio: cada um cata até sofrer um gol.
(6) Quando tem um pênalti, sai o goleiro ruim e entra um bom só pra tentar pegar a cobrança.
(7) Os piores de cada lado ficam na zaga.
(8) O dono da bola joga no mesmo time do melhor jogador.
(9) Não tem juiz.
(10) As faltas são marcadas no grito: se você foi atingido, grite como se tivesse quebrado uma perna e conseguirás a falta.
(11) Se você está no lance e a bola sai pela lateral, grite "nossa" e pegue a bola o mais rápido possível para fazer a cobrança (essa regra também se aplica a "escanteio").
(12) Lesões como destroncar o dedão do pé, ralar o joelho, sangrar o nariz e outras são normais.
(13) Quem chuta a bola para longe tem que buscar.
(14) Lances polêmicos são resolvidos no grito ou, se for o caso, no tapa.
(15) A partida acaba quando todos estão cansados, quando anoitece, ou quando a mãe do dono da bola o manda ir pra casa.
(16) O jogo normalmente vai até 10. “5 muda de lado”.
(17) Troféu garrafas de capilé.
(18) Traves precisam ser trocadas frequentemente, pois quebram ou alguém levou para fazer fogo no fogão.
Lembrou tua infância, então tu foi uma criança normal ...
Autor ;desconhecido
Campinho do 12 ou Morro:
O campo do “12” ou Morro Foto Sábado à tarde, domingo pela manhã sol ou chuva, “vamos ao majestoso¹”  estádio dos eucaliptos o clube “12”, para mais um jogo. Geralmente tínhamos que erguer novas traves, pois o Sr. Hipólito tinha recolhido para queimar em seu fogão a lenha. O pequeno campo do “12” ou Morro se localizava na rua Almirante Saldanha da Gama bairro Glória, próximo às empresas Garcia e Artex em Blumenau. Muitos craques se revelaram nesse pequeno campo, e foram jogar em equipes como Amazonas, Palmeiras, Olímpico e tantos outros. Suas dimensões não ultrapassavam 60x30, mais barro que grama, e foi palco de diversos jogos valendo uma “garrafa de capilé” (troféu da época). Obs.:  O "12" existiu devido a retirada do barro para a aterrar a antiga Praça Getúlio Vargas em 1954. 
Quem teve oportunidade de conhecer esse pequeno espaço de propriedade da Empresa Industrial Garcia, com funcionamento, a partir de 1954 até 1979, jamais esquecerá, pois irá recordar de um gol (“eu fiz alguns de cabeça²”), de machucar o pé ou o dedo no solo irregular, (era comum o atleta atuar descalço). O Nino Valênçio, disse que fez cinco só em um jogo, será? O Walfrido Bachamann eu acredito.  Depois o Nino se tornou um dos melhores goleiros da história do Amazonas. Nesse dia o Ziza foi o goleiro, o Dinho, Luizinho Deschamps, Cao, Egon, Dico, Aurélio Pinheiro, Fininho, Walfrido, Jonas Husadel, Ride, Valter Hiebert , Celesio Berns,Valmor, Edson e o Dedé também jogaram Rubens Sombrio, Fifinha, Edemar Faht. Essa era a velha guarda, na nova geração até seu final, atuaram os Oliveiras, que só eles davam um time, os Vieiras, Massaneiros, Malheiros, Silvas e Fontanelas, os Siegels (Nenê,Ticanca e Bigo), os Cavacos, Oechsler, Day, Moritz, os Galassini (Zinho e Tide) os Izidoros, os Zuchi, Huzadel, os Souza , os Schnaider, e tantos outros. Até você que está lendo este artigo agora, deve ter feito um gol, ou então sabe de um amigo ou parente que diz ter feito pelo menos um. Embora ninguém acredite até o Álvaro Luiz dos Santos (Toureiro) diz ter marcado um. Antes do jogo, o aquecimento era o famoso controle, só valia gol de cabeça. O Silvio Roberto de Oliveira , O Nilton das Silva eram bons também na cabeça e controle. 


¹ majestoso
² de cabeça, Beto Day

Arquivo de Adalberto Day/Andre Riodades colaboração José Geraldo Reis Pfau 

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Personalidade de SC Adalberto Day

Personalidade Catarinense Adalberto Day
Entrevista concedida dia 28 de julho de 2016 a jornalista Danubia de Souza da Ric Record. Foi ao ar no dia 30 de Julho/2016 Jornal Meio Dia Ric Record.
Adalberto Day cientista social e pesquisador da história de Blumenau.
Para assistir a todos os meus vídeos no YOUTUBE 

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