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segunda-feira, 28 de setembro de 2020

- Alvorada Festiva no dia de Santo Antônio

 TRADIÇÕES BLUMENAUENSES ... QUE NÃO EXISTEM MAIS! 

ALVORADA FESTIVA NO DIA DE SANTO ANTÔNIO 

por Carlos Braga Mueller/Jornalista e Escritor em Blumenau

O Colégio Santo Antônio de Blumenau tem uma história mais que centenária. Mais recentemente, lhe acrescentaram no nome o adendo Colégio Bom Jesus, o que na trajetória desse exemplar educandário não se constituiu em nenhuma novidade.


Isso porque, fundado em 1877 pelo então pároco da comunidade católica de Blumenau, Padre José Maria Jacobs, ele foi solenemente batizado de "Colégio São Paulo".

Padre Jacobs
Colégio São Paulo, em 1885. Posteriormente chamou-se Colégio Santo Antônio e hoje é Bom Jesus Santo Antônio. (Foto Arquivo de Walmor Erwin Belz)

Em 1892, premido pelas circunstâncias, e isso é outra história, Padre Jacobs deixou Blumenau e transferiu a paróquia de São Paulo Apóstolo e o Colégio para os padres franciscanos da Província da Imaculada Conceição.

O educandário recebeu então o nome de Colégio Franciscano Santo Antônio.

Com o correr dos anos o colégio foi firmando tradição de ser um dos melhores do Estado de Santa Catarina, rivalizando apenas com o Colégio Catarinense de Florianópolis.

As famílias mais abastadas matriculavam seus filhos em um desses colégios. O Santo Antônio aceitava apenas alunos do sexo masculino.

Mantinha internato e os jovens vinham de longe para frequentar suas aulas, ministradas pelos franciscanos e pelos professores que foram sendo contratados.

Fonte: Fundação Cultural de Blumenau / Arquivo Histórico José Ferreira da Silva / História Concreta/Imagem de 1928
Não era novidade que muitos jovens de Florianópolis fossem internados e frequentassem o colégio.
Colégio Santo Antônio em 1950 
Colombo Machado Salles, governador de Santa Catarina de 1971 a 1975, foi um de seus alunos.
Bom Jesus Santo Antônio
Em meados dos anos 80 ele veio a Blumenau e esteve no Teatro Carlos Gomes. Na condição de gerente do teatro eu o recepcionei. Fomos até a sacada do salão de festas, de onde podia se descortinar a rua 15 de Novembro. Ele olhou então para a direita e viu o conjunto de prédios do Santo Antônio.

E então, Colombo Salles me deu um depoimento emocionado: havia frequentado o colégio em sua juventude e guardava doces recordações desse tempo. Lembrava até das sessões semanais de cinema que eram realizadas para os alunos.

Lenda, ou não, muitos reclamavam que quando o filme mostrava um beijo na tela, o esforçado franciscano ao lado do projetor colocava a mão na frente da lente, impedindo que os "inocentes" alunos vissem essa cena, considerada imprópria para menores.

ALVORADA  ERA TRADIÇÃO

A fanfarra do Santo Antônio foi, durante muito tempo, reconhecidamente a mais organizada de Blumenau.

Seus integrantes, em seus brancos fardamentos, desfilavam orgulhosamente e garbosos, como no dia 7 de Setembro.

Mas havia outra ocasião especial em que eles se apresentavam. E ao contrário da parada do Dia da Pátria, não havia público nas calçadas para aplaudi-los.

Era no dia consagrado ao padroeiro do colégio, 13 de junho, dia de Santo Antônio.

Às seis horas da manhã a fanfarra realizava uma "alvorada festiva", desfilando pela Rua 15 de Novembro, fazendo despertar com seus acordes todos aqueles que moravam na principal via pública da cidade. Eu era um deles, porque em minha infância morei muitos anos com minhas tias e meu avô Thomé Braga na Rua 15 de Novembro, nº 600, em um casarão de linhas arquitetônicas portuguesas que possuía quatro andares, infelizmente demolido para dar lugar ao Edifício Mauá.

Minhas tias me acordavam e pela janela eu acompanhava a passagem da fanfarra quando o dia ainda não havia clareado. Os postes da iluminação pública eram também mudas testemunhas desse tradicional mini desfile que se repetia ano após ano na madrugada do dia 13 de junho.

Ficou em minha memória, gravada para sempre, essa imagem. Anos depois, em 1958, me formei técnico em contabilidade no Santo Antônio, considerado então um dos melhores formadores de contadores do país, orgulho que acompanhou durante muitos anos os responsáveis pelo Colégio.

Texto: Carlos Braga Mueller/Jornalista e Escritor em Blumenau

Fotos: Adalberto Day/Fonte: Fundação Cultural de Blumenau – Arquivo Histórico José Ferreira da Silva 

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

- Professor Oswaldo Husadel

 
Professor Oswaldo Husadel, meu amado tio!

Nascimento: 09/01/1918

Falecimento. 14/11/2004

Cidade natal.: Biguaçu - SC

Por Sylvio Zimmermann Neto

Saudades do tio Husa.

Diz o Drummond que “sentimos saudade de certos momentos da nossa vida e de certos momentos de pessoas que passaram por ela”.

Todos nós de alguma forma fomos influenciados por alguém. Acho que eu sempre gostei de praticar esportes porque fui inspirado por um grande professor, um apaixonado pelo esporte - o professor Husadel.

Eu tinha o prazer e a honra de chamá-lo de tio Husa! Ele era irmão da minha avó e foi o primeiro professor de Educação Física formado em Santa Catarina.

Os momentos com o professor Husadel deixam saudades. Ele era divertido, brincalhão e muito ativo. Ele contava histórias da época que era militar no Rio de Janeiro, durante o Governo Vargas, das corridas com saco de cimento nas costas, aliás, sempre pensei nesta cena, e também sempre nos incentivava a praticar esportes.

Na adolescência destacou-se a nível estadual no atletismo e ganhou uma bolsa de estudos do Exército, onde foi fazer o curso superior na Escola Militar da Praia Vermelha, na URCA. Terminou a graduação em 1941, quando retornou para Florianópolis. Ele ficou no Exército até 1948. No Estado ele foi o primeiro professor de Educação Física formado.

Além de Florianópolis, ele também trabalhou em Lages, Blumenau e Balneário Camboriú. Tio Husa foi um dos idealizadores e organizadores dos Jogos Abertos de Santa Catarina e participou de todas as edições até falecer, em 2004.

Professor Oswaldo Hudasel em 1969 com a então Miss/Blumenau/Santa Catarina e do Brasil Husadel foi seu professor na EEB - Pedro II. 

Muitos dos meus professores foram alunos do meu tio e sempre falavam deste fato com orgulho. Recentemente recebi uma foto do amigo Adalberto Day Blog Adalberto Day na infância com o Professor Husadel. Depois de se aposentar, em 1978, ele criou um grupo de ginástica na praia. Participou do grupo até o fim da vida como professor de educação física.

Minha saudosa avó sempre que se referia a ele chamava de “meu mano amado”. Tio Husa, receba aí no céu o nosso carinho e o reconhecimento.

Adendo: Adalberto Day

Professor Oswaldo Husadel foi meu primeiro professor de Educação Física no Clube Amazonas E.C, por volta de 1963/64. Foi e sempre será referência e um de meus ídolos. Sempre com sua prancheta em mãos  com suas anotações. Era professor de vários esportes: Basquete, Atletismo, e competições onde ele premiava com uma "bebida chamada  Laranjinha " para os vencedores. Seu coração era tão grande. e generoso que acabava pagando para todos. Contava que chorou com a derrota do Brasil na decisão da Copa do Mundo de 1950 no maracanã. Já dizia ele na época que tinha mais de 200 mil pessoas presentes. Além disso tudo, nos ensinava português, Matemática e conhecimentos gerais. Aprendi muito. Obrigado Professor Husadel e ao Sylvio por este resgate importante e merecido!

Texto: Sylvio Zimmermann Neto/Vereador/foi presidente da Fundação Cultural de Blumenau. Fotos Sylvio Zimmermann Neto/Valdir Rosa e Adalberto Day

Para saber mais acesse:  http://sylviozimmermann.com.br/

terça-feira, 8 de setembro de 2020

- Armin Zimmermann

 GALERIA BLUMENAU

 por Carlos Braga Mueller - Jornalista e Escritor


E
sta "galeria" tem a honra de destacar nomes de blumenauenses, aqui nascidos ou que adotaram nossa terra como sua, e que pelas suas ações ficaram na história do município.

ARMIN ZIMMERMANN, UM BLUMENAUENSE QUE FOI CHEFE DO ESTADO MAIOR DAS FORÇAS ARMADAS FEDERAIS DA ALEMANHA

(FOTO DIVULGAÇÃO DO ALMIRANTE ARMIN)
Filho de Erich Zimmermann, um professor alemão que lecionava na Neue Deutsche Schule (Escola Alemã) de Blumenau no início do século XX, e de GenI Altenburg, de tradicional família blumenauense, Armin Zimmermann nasceu no dia 23 de dezembro de 1917 no então pacato município de Blumenau.

Em 1919 a família mudou-se para São Paulo, onde o professor Erich tinha um contrato para lecionar no Colégio Visconde de Porto Seguro.

Em 1927 esse contrato acabou e a família viajou para a Alemanha, onde Erich continuou a lecionar, desta feita em Leipzig.

Armin desde cedo interessou-se pelas atividades náuticas.

Conta-se que em 1924 o cruzador alemão Von der Tann ancorou no Porto de Santos. Entre as centenas de pessoas que foram à recepção estava também o professor Zimmermann com seus dois filhos, dos quais o mais moço, Armin, então com apenas sete anos de idade teve despertado seu entusiasmo pela marinha. Tanto assim que em 1937, então com 20 anos, ingressou na Marinha Alemã. Em 1939 já era ajudante de um Almirante que comandava uma frota de captadores de minas.

Uma biografia oficial fornecida pelo Ministério da Defesa da Alemanha nos anos setenta dava a lista de seus postos: 1937, entrou para a Marinha; do início da 2a. Guerra Mundial até 1943, passou de cadete a tenente e a comandante de um caça minas. Nos dois anos seguintes foi comandante de um esquadrão de caça minas. Quando a guerra acabou foi feito prisioneiro pelos ingleses. Libertado em dezembro de 1945, teve uma carreira rápida até ser promovido a Almirante em 1972, o posto mais alto da hierarquia militar alemã.

De 1957 a 1960 foi Adido Militar em Londres e Dublin.

De 1962 a 1963, exerceu um Comando no Quartel General da OTAN.

De 1970 a 1972 foi Comandante em Chefe da Frota Alemã.

De 1º de abril de 1972 a 30 de novembro de 1976, quando morreu, ocupou as funções de Chefe do Estado Maior das Forças Armadas Federais da Alemanha.

Seu falecimento ocorreu na cidade de Bonn. Estava com apenas 58 anos de idade. 

VISITA A BLUMENAU

No dia 21 de novembro de 1974, já como Chefe do Estado Maior das Forças Armadas Federais da Alemanha, Armin Zimmermann visitou Blumenau, sua terra natal. Foi carinhosamente recepcionado pela comunidade blumenauense, recebendo merecidas homenagens tendo a frente o então prefeito Felix Theiss.

HOMENAGEM PÓSTUMA

Perpetuando seu nome na história blumenauense, uma via pública situada no bairro Itoupava Norte, em Blumenau, foi nominada de "Rua Almirante Armin Zimmermann". 

Fontes: 

- Revista "Blumenau em Cadernos", Tomos XV (novembro 1974) e XXVII (agosto 1986);

- Revista "Realidade" (setembro 1972), artigo "De Blumenau ao comando das tropas alemãs".

Para acessar tudo que o Jornalista e escritor Carlos Braga Mueller escreveu em meu blogger acesse o link:

https://adalbertoday.blogspot.com/2008/01/artigos-carlos-braga-mueller.html  

terça-feira, 1 de setembro de 2020

- Blumenau: Cidade que eu amo!

Quem abrir pelo Celular ir mais abaixo onde está escrito em Azul  Página Inicial: Clicar em Visualizar versão para Web, e você poderá assistir o vídeo.
Gravado em agosto de 2019

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