Na foto dona Ingeborg Marta Lauterjung conhecida no meio artístico como Inge. Artista Plástico nasceu em 02 de Julho de 1924 e fez suas primeiras obras em 1990.e Adalberto Day – nos fez a doação de um guardanapo (adamascado) de tecidos da E.I. Garcia de seu enxoval de 1943, bordado com suas iniciais I.D. Inge Darius – seu pai Theodor Darius foi um dos fundadores da Auto Viação Catarinense.
As imagens são de artigos fabricados no século passado décadas 40/60 quando ainda eram utilizadas etiquetas de papel. Faleceu no dia 15 de novembro de 2022 de causas naturais.
São Guardanapos, Pano de copa, e toalhas confeccionadas na Empresa Industrial Garcia em Blumenau.
Curiosidade: era comum as moças “prendadas” até as décadas de 70, organizarem caprichosamente seus enxovais para o futuro casamento. A maioria desses artigos que adquiri, consegui junto a mulheres que acabaram não casando, por uma razão ou outra.
Com uma produção de 200 toneladas mensais, Blumenau, é a líder mundial na produção de etiquetas. O volume produzido no município é suficiente para "etiquetar" meio bilhão de peças por mês. O segmento fatura cerca de 500 milhões de reais por ano.
História:
A primeira indústria que se instalou no bairro e mais antiga de Blumenau, foi a Ex-Empresa Industrial Garcia em 1868, na Rua Amazonas nº 4906 –fundada por Johann Heinrich , August Sandner, Johann Gauche,( Confirmado no Documentário da CIA. Hering por ocasião de seu centenário em 1980) associaram-se com um tecelão, conhecido como Lipmann (já possuía teares desde 1865) que ajudou a montar alguns teares e deram impulso na primeira indústria têxtil de Blumenau, com o nome de “Johann Henirich Grevsmuhl & Cia.” Este era o nome da pequenina tecelagem - ganhou diplomas em duas grandes exposições internacionais e algumas medalhas, na Europa. Uma dessas exposições foi no ano de 1873, em Viena (Áustria) e a outra teria sido em Paris. Em 1876 esta pequena empresa extinguiu-se.. Esses considerados fundadores foram os antecessores, de Gustav Roeder.Pouca gente sabe que a Empresa Industrial Garcia teve como primeira edificação, bem em frente à Portaria da ARTEX – (Toália - Coteminas), onde subia para a antiga cantina,atual AGG, em uma casa de madeira, de Grevsmuhl.
Foto 1971 (pano de louça) enviada por Valdira Zanonni
Em 1883 juntamente com sua esposa, Roeder assume o comando dando grande impulso no desenvolvimento da Empresa adotando o nome de “Tecelagem de Tecidos Roeder”, (antes em 1882, Roeder, juntamente com Heinrich Hadlich e Johann Karsten, fundara a Empresa KARSTEN ). Em 1896 Roeder sofria um grande golpe com o falecimento da esposa, que era, incontestavelmente, a alma comercial da empresa, ela dirigia os negócios da fábrica, sendo que grande parte do capital lhe pertencia. Com o seu desaparecimento a empresa entrou em fase de decadência, os negócios diminuíram sensivelmente, Roeder viu-se então forçado em princípios de 1900, a promover a liquidação da Empresa. Assumiu a direção da Empresa Nicolau Malburg, que não foi mais feliz que seu antecessor, tanto que poucos meses após, não conseguindo melhorar a situação, foram forçados a vender a fábrica a uma sociedade da qual faziam parte Heinrich Probst, Frederico Busch e Hermann Sachtleben. Em 1906 faleceu Heinrich Probst, substituindo-o na direção da empresa, seu Filho Júlio Probst. Neste mesmo ano, havendo se retirado o sócio Frederico Busch, constituiu-se numa nova firma com a denominação “Probst & Sachtleben”. Em 1913 a Empresa foi transformada em Sociedade Anônima, adotando a denominação “Empresa Industrial Garcia & Probst”. Fabrica de Fiação e Tecelagem – Tinturaria – Fundição – Serraria – Olaria - -Oficina Mecânica – Marcenaria - Ferraria. A empresa colocou o nome de Garcia em homenagem a primeira família a residir no bairro conhecido como gente do Garcia. a ex E.I.Garcia já foi também conhecida pela fabricação de maquinário agrícola e de sinos para Igrejas. Otto Huber técnico austríaco trouxe idéias não só para a tecelagem, mas também foi responsável pela implantação do prédio com três pavimentos. Em janeiro de 1918 verificou-se a nova alteração no nome da firma com a retirada do seu maior acionista JÚLIO PROBST.
Na constituição da nova sociedade, verificou-se a entrada de capitais de Curitiba Grupo Hauer (permanecendo até o final da Empresa), passando definitivamente a denominar-se “Empresa Industrial Garcia S/A”. Os operários desta empresa eram em sua maioria, moradores do bairro e filhos e parentes de empregados, pois facilitava a locomoção até o parque fabril, por residirem perto da empresa. Isso ocorria, devido às estradas serem esburacadas, empoeiradas e lamacentas, principalmente as Ruas Amazonas e Glória, por esse motivo à empresa de ônibus “Empresa Coletivo Ultich Ltda.” (antes existiam outros particulares que faziam transporte urbano), negava-se a realizar esse trajeto.
Em 15 de fevereiro 1974, a E.I.Garcia, incorporou-se a Fábrica de Artefatos Têxteis Artex. A incorporação teve cunho político através do governo federal, que investia nas duas empresas, a Artex dirigida pela família Zadrozny e a Garcia controlada por dirigentes do Estado do Paraná, grupo Hauer, que controlava a empresa que pertencia a um grupo canadense. Em 14 de julho de 1972, o então ministro da Fazenda Delfin Neto buscou a fusão, dando preferência que ficasse o controle acionário em Blumenau, através da família Zadrozny. A fusão teve início em 15 de fevereiro de 1973 em caráter experimental, concretizado em 15 de fevereiro de 1974. Antes destas negociações, a família Zadrozny teve um encontro com o grupo canadense em Nova York.
- Arquivo de Adalberto Day/colaboração:
Vânia Maria de Oliveira/Ingeborg Lauterjung Artista Plástico