Em 1860, com a chegada do imigrante alemão Johann Heinrich Grevsmuhl nascido em (12 de novembro de 1804 – provavelmente falecido nos primeiros meses de 1883, abordo de um navio que o conduzia para tratamento de saúde na Alemanha), o Vale do Garcia tomava novo impulso.
terça-feira, 5 de novembro de 2019
- E.I. Garcia. 1001 utilidades.
"1001" Utilidades.
A empresa pioneira no
ramo têxtil de Blumenau.
Acervo: antigamente em
Blumenau
Mesma foto que possuo original - e notem ainda não existia a Artex a esquerda.
Transcrição com correção ortográfica:
Empresa Industrial Garcia – Blumenau Santa Catarina
Escritório e Fábrica: GARCIA
End. Telegrama: GARCIA
Caixa Postal N.22
Fiação, Tecelagem, Serraria, Marcenaria, Fundição e Oficinas
Mecânicas
Assadeiras de Ferro fundido, Arados reversíveis EIG, Buzinas
para carros, Bancos para Jardins, Chapas para fogão com quadro e de qualquer
modelo e com radiador para instalação de água quente e fria, Cruzes de ferro
para tumulo, Forjas quadradas, Moendas de cana (diversos tipos), Maquinas para ferragem, grandes e pequenos
Moinhos de fubá, adaptáveis ao descasques de café, Marquesas para vitrines,
Pesos para balanças, Panelas de ferro, Rodízios para cama, Bombas centrifugas e
outras quaisquer maquinas.
Sinos de bronze, de
qualidade insuperável – Polimento durável
PEÇAM ORÇAMENTOS
Aspectos Históricos
Em 1860, com a chegada do imigrante alemão Johann Heinrich Grevsmuhl nascido em (12 de novembro de 1804 – provavelmente falecido nos primeiros meses de 1883, abordo de um navio que o conduzia para tratamento de saúde na Alemanha), o Vale do Garcia tomava novo impulso.
Em 1860, com a chegada do imigrante alemão Johann Heinrich Grevsmuhl nascido em (12 de novembro de 1804 – provavelmente falecido nos primeiros meses de 1883, abordo de um navio que o conduzia para tratamento de saúde na Alemanha), o Vale do Garcia tomava novo impulso.
Não satisfeito com os trabalhos agrícolas, passara a explorar a madeira
da região, constituindo uma serraria, e com o represamento do Ribeirão Garcia,
pode instalar uma atafona movida a força da roda d' água, (energia elétrica
veio em definitivo para o bairro somente por volta de 1914) que ficava
próximo as duas Empresas Garcia e Artex.
Os compensadores progressos do empreendimento levaram-no a associar-se com dois
vizinhos, que conheciam a técnica da tecelagem, para a organização de uma
fábrica. Nascia naquela região, a semente da indústria têxtil por volta de
1868, solidificando-se mais tarde com o nome de Empresa Industrial Garcia.
Em decorrência desta
atividade têxtil, a região passaria por uma série de transformações, sendo uma
delas o surgimento do lavrador-operário. A divisão da propriedade e o
esgotamento das mesmas, provocadas pela falta de espaço para a “Rotação das Terras,
dificultavam a opção do plantio, que não dependia exclusivamente do
agricultor”.
Outro aspecto que merece destaque é o fato do imigrante alemão ao chegar à nova
terra, trazer na sua bagagem cultural, usos e costumes de seu país de origem.
Dentro desta visão, o constante processo de desenvolvimento econômico, e
consequentemente populacional, começa a abranger o Garcia. A industrialização
abria espaços para novos empregos e muitos migrantes vindos de outras cidades buscam
o "ELDORADO" de uma vida melhor. O espaço ocupado
por estas pessoas: urbano e rural; providos ou não de recursos; e o próprio
descaso dos órgãos municipais aos longos dos anos, passava a gerar problemas
sociais devido à falta de infraestrutura da cidade para acompanhar o
desenvolvimento crescente das últimas décadas.
A Pioneira
A primeira indústria
que se instalou no bairro e mais antiga de Blumenau, foi a Ex-Empresa
Industrial Garcia em 1868, na Rua Amazonas nº 4906 - fundada
por Johann Heinrich Grevsmuhl (que possuía em suas terras que
depois foram vendidas para Garcia e Artex, uma roça de aipim com um moinho para
fubá e engenho de serra) August Sandner, Johann Gauche,( Confirmado no Documentário
da CIA. Hering por ocasião de seu centenário em 1980) associaram-se
com um tecelão, conhecido como Lipmann (já possuía teares desde 1865) que
ajudou a montar alguns teares e deram impulso na primeira indústria têxtil de
Blumenau, com o nome de “Johann Henirich Grevsmuhl & Cia.” Este
era o nome da pequenina tecelagem -. A partir de então, a tecelagem passa às
mãos de Gustav Hermann Roeder hábil tecelão ajudou a montar a empresa, mas
ficou somente até 1878 quando retornou para Alemanha.
. Em 1883 passou a
denominar-se “Tecelagem de Tecidos
Roeder”,. Em 1906 “Probst & Sachtleben”.
Em 1913 a Empresa foi transformada em Sociedade Anônima, adotando a
denominação “Empresa Industrial Garcia & Probst”. Fabrica de
Fiação e Tecelagem – Tinturaria – Fundição – Serraria – Olaria - -Oficina
Mecânica – Marcenaria - Ferraria.
A empresa colocou o nome de Garcia em homenagem a primeira família a
residir no bairro conhecido como gente do Garcia. A ex E.I.Garcia já foi também
conhecida pela fabricação de maquinário agrícola e de sinos para Igrejas.
Otto Huber técnico austríaco trouxe idéias não só para a tecelagem, mas também
foi responsável pela implantação do prédio com três pavimentos.
Em janeiro de 1918 verificou-se a nova alteração no nome da
firma com a retirada do seu maior acionista JÚLIO PROBST. Na constituição
da nova sociedade, verificou-se a entrada de capitais de Curitiba Grupo Hauer
(permanecendo até o final da Empresa), passando definitivamente a denominar-se
“Empresa Industrial Garcia S/A”.
Em 15 de fevereiro
1974, a E.I.Garcia, incorporou-se a Fábrica de Artefatos Têxteis
- Artex. A incorporação teve cunho político através do governo federal, que
investia nas duas empresas, a Artex dirigida pela família Zadrozny e a Garcia
controlada por dirigentes do Estado do Paraná, grupo Hauer, que controlava a
empresa que pertencia a um grupo canadense. O processo de incorporação teve
início no dia 15 de fevereiro de 1973.
Texto Adalberto Day e
com colaboração de José Geraldo Reis Pfau.
17 comentários:
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Beto
ResponderExcluirComecei minha vida profissional nessa Bela Empresa.
Antonio Vieira
ResponderExcluirSuperfã
Itelvina Lucia Malheiros Uma Empresa de referência.! Só um comentário Adalberto. Quando em 1.967 mudamos para Curitiba,meu emprego foi numa empresa da família HAUER, acionistas da nossa querIda EIG. Quando apresentei minha carteira de trabalho, imediatamente fui admitida nos escritórios desta empresa. Tem referência melhor? Apenas não gostei da EIG ser incorporada pela Artex. Lamentável... Obrigada por nos trazer tantas histórias deste querido Bairro do Garcia. Abraços
Meu caro Adalberto!!
ResponderExcluirQue rico este texto, rico em detalhes, datas.
Quão agraciado fico em ler estas histórias ( que já publicada em semelhança outrora).
Está semana pedalando pelo entorno da então Coteminas, peguei a me lembrar da ponte na cooperativa antiga. Que ficávamos sentado no corrimão observando quem chegava para compras e ou a trabalho na indústria.
Por vezes éramos surpreendidos pelo meu finado avó Materno, que na época era tratorista da Empresa Garcia, e brigava constantemente que não era lugar para nós ficar.
A rua que cortava ao meio os departamentos de produção da empresa, o nosso saudoso Amazonas, que saudades.
Parabéns por mais uma rica e bela história.
Excelente matéria, senhor Adalberto.
ResponderExcluirE é como se diz: RECORDAR É VIVER!
Receba o meu forte abraço.
Luiz Barreira.
________________________________________
Olá, Adalberto. Boa noite.
ResponderExcluirNa Igreja luterana da Itoupava Norte, logo na entrada, há um sino feito na fundição da EIG. Os móveis de quarto dos meus pais também foram feitos na marcenaria da EIG.
Sempre alerta e um grande abraço.
Ademar Rosumek
Catarina Tecla Mistura Uma Empresa de muita referência e eu com muito orgulho trabalhe 6 anos nela de 1962 a 1968 !
ResponderExcluirAglair Kertischka Bom dia tempo bom que os trabalhadores ganhavam aqueles pacotes de retalhos,minha falecida mãe ficava tão feliz bom dia pra você e toda sua família linda abraços.
ResponderExcluirMuito bom este material
ResponderExcluirAbraço e boa semana
Att:
Maestri / LC
Amigo..
ResponderExcluirA muito acompanho o teu empenho em manter viva a história e seus personagens do nosso Garcia e da nossa Blumenau.
Com certeza as gerações futuras agradecerão esse abnegado historiador e eu fico muito feliz por ti conhecer e fazer parte do rol de amizades que te cercam.
Espero que você recupere a saúde rapidamente.
Um abraço enorme, amigão.
Claudir Boos
Adalberto, servi o Exército no bairro Garcia em 1960 e conheci a empresa. Parabéns por tão importante resgate da história de um povo! Tu e a Angelina são dois esteios que sustentam a história de Blumenau! Parabéns, amigo! Assim como a empresa Garcia foi uma referência para Blumenau à época dela, tu és e serás referência em nossa contemporaneidade, fique certo! Aproveito para desejar-te um Feliz Natal e um próspero Ano Novo! Tudo de Bom! Laerte.
ResponderExcluirRomeu Passold
ResponderExcluirEra uma grande empresa em Blumenau
Arno Stark
ResponderExcluirTrabalhei 10 anos nessa conceituada empresa. Foram alguns dos meus melhores anos. Saudades
Alex Blumenau
ResponderExcluirlendo comentário(s), não vejo derrotismo na empresa, mais sim corajosa e vitoriosa , sustentando muitas famílias, dentre elas , a minha. Cada um enxerga com o que tem no coração.
Rogério Bento
ResponderExcluirEscrever. ...as. histórias. ..do. bairro. Garcia. .. e. da. cidade. de. Blumenau. .......sem. citar. esta. empresa ... não. tem. como.
Henrique Santos
ResponderExcluirGrande empresa e maiores ainda seus funcionários, pois trabalhavam com amor e respeito ao que faziam, sempre buscando o melhor na qualidade.
Ondina Vicente
ResponderExcluirQue tempo bom quantas saudades mais é assim tudo passa
Catarina Tecla Mistura
ResponderExcluirSó tenho boas lembranças, das duas empresas , um pouco mais da E.I.G. onde foi o meu primeiro trabalho de 1962 a 1968 e tenho muito orgulho.Depois o destino quis que eu me sentisse funcionária da Artex sem trabalhar nela. Mas em 1968 eu e meu marido ab… Ver mais