terça-feira, 5 de fevereiro de 2019
- Nilsa Jacobsen
Em histórias de
nosso cotidiano apresentamos nesta postagem A Primeira Farmacêutica de Blumenau
Nilsa Jacobsen
Alguns dados do livro Memórias
da primeira Farmacêutica de Blumenau depoimento de dona Nilsa Jacobsen
aos 90 anos julho 2018 com
ajuda de sua sobrinha Tani Jacobsen Prellwitz que montou o texto e familiares. Algumas
inserções de minhas pesquisas e conhecimento por vivenciar mesmo garoto.
O interessante deste episódio foi que enquanto estava
elaborando o texto, recebo em nossa casa o livro sobre a senhora Nilsa
Jacobsen.
Nascida em Luiz Alves em 30 de julho de 1928. Filha de Rudolph e Hilda Jacobsen. Dona Nilsa teve mais três
irmãos; Osmar, Oswaldo e Osny Jacobsen. Eu Adalberto Day trabalhei com os dois
(Osny e Nilza) ele da área de vendas e ela na parte assistencial na Empresa
Industrial Garcia.
Osny Jacobsen homem elegante e com uma voz exuberante,
trabalhou em diversas rádios em Blumenau, PRC4 Rádio Clube onde apresentava o
programa Peça sua Música e na Nereu pioneiro na apresentação do Programa Preto
no Branco. Chegou a proprietário da rádio a Alvorada de Blumenau.
Seguindo os passos de seu pai, a senhora Nilsa, mais
conhecida por Nila (era assim que gostava que a chamassem), foi a primeira farmacêutica
de Blumenau. Ela anteriormente pensou em ser freira.
Quando vieram morar no bairro do Garcia em 1947, estabeleceram a nova
farmácia (Anteriormente pertencente ao senhor Ubiratan Leal, conhecida como farmácia
do senhor Leal) na esquina com a entrada que dá acesso à Rua Antônio Zendron,
próximo ao então 23º BI e deram o nome de “Farmácia
Globo”. Era uma casa em estilo técnica enxaimel, demolida por volta de
1962/63.
A senhora Nilza trabalhava ajudando seu pai na farmácia e
assim cada vez mais pegava gosto pela profissão. E foi com seu pai que aprendeu
a manusear, e aprender os macetes, as formulas dos remédios. E assim aprendeu a
arte de fazer medicamentos.
A Senhora Nilsa (Nila) eu a conheci desde garotinho, sempre
elegante, alta e magra (e assim sempre permaneceu esbelta).
Uma dor extrema
No dia 15 de abril de 1950 seu pai Rudolph, dono da farmácia
e muito bem quisto em todo bairro Garcia, falece após uma luta incessante contra
câncer na garganta. A partir do outro dia a senhora Nilsa começou a dirigir a Farmácia
Globo e prover o sustento a toda família.
Logo após a morte de seu pai, a senhora Nilsa foi para Florianópolis
realizar a prova para obtenção do Título de prática em farmácia. Recebeu o
diploma no dia 10 de novembro de 1950. E assim tornou-se oficialmente a primeira
farmacêutica de Blumenau e região e lá do Garcia com muito orgulho.
Inicialmente fazia os atendimentos nas casas com uma linda
Bicicleta inglesa, de cor Azul. Esta bicicleta ficou tão conhecida em todo
grande Garcia, na época um único bairro, que todos quando a viam passar diziam “lá
vem a dona Nilsa ou Nila”.
Ela para nós era mais que uma farmacêutica, uma espécie de
médica, que atendia sobre tudo e com muito zelo e carinho. Mais tarde construíram
novo prédio onde trabalhou por muitos anos o conhecido e eficiente dentista dr.
MansuetoTontini.
Em 1952 adquirem uma nova casa (comprada da família Gröel,
mas foram morar somente no ano seguinte. A casa é essa da foto batida por mim
Adalberto Day em 2013. Se localizava quase em frente a farmácia, esquina com a
rua Ascurra. Esse foi o novo local da família Jacobsen, até o ano de 2015,
quando dona Nila foi morar no bairro Glória.
Novos desafios da
senhora Nilza
No final de 1965 a senhora Nila vende sua farmácia Globo e vai se dedicar a outra profissão. Em 1966
trabalhou como jornalista do Jornal A Nação,
No ano de 1967 foi trabalhar com a parte de assistencialismo
na empresa Hering. Em 1968 a convite de
seu irmão Osny que trabalhava na EI Garcia, também foi trabalhar na parte
assistencial até 1970, onde pode fazer belos trabalhos entre eles organização
da exposição da EIG na FAMOSC, também a eleição da primeira Miss Operária de
Santa Catarina em 1968 Úrsula Lenfers, concurso realizado em Joinville, uma
festa inesquecível.
Também em 1968 participou ativamente na organização da Festa
do Centenário da Empresa Industrial Garcia.
Rainha Úrsula desfilando no estádio do Amazonas
Festividades do centenário da EIG - 1968, onde a senhora Nilsa teve participação.
Por final foi trabalhar na Electro Aço Altona S/A de 1971 até
1979 quando se aposentou, realizando trabalhos assistenciais. Trabalhou também
por uns tempos como farmacêutica na Farmácia do senhor Horst, não me lembro o
ano.
Uma bela história de uma grande cidadã nascida em Luiz Alves
mas de coração blumenauense e garciense.
Texto Tani Jacobsen Prellwitz/Nilsa Jacobsen e participação
de Adalberto Day; - Arquivo família Jacobsen e Adalberto Day.
Colaboração Henry Spring e Edemar Fath.
21 comentários:
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Muito interessante.
ResponderExcluirParabéns
Adoro esses resgates históricos.
Abraços
Bettina Riffel
Bonn/Alemanha
Fabuloso!
ResponderExcluirAdelia
Geonilda Maria Ewald NOOOSSAAA! MUITO LEGAL...!!! FARMACÊUTICA NILZA, QUANTAS INJEÇÕES ELA ME APLICOU. SÓ DE OLHAR PRA ELA EU JÁ LEMBRAVA DA DOR DA INJEÇÃO.
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ResponderExcluirYara Marquetti Nossa como lembro dela parabéns Adalberto por trazer lembranças assim que com certeza ficam perdidas no tempo
Boa tarde Adalberto
ResponderExcluirMuito boa essa matéria sobre a farmacêutica Nilza.
A Paróquia Bom Pastor Garcia recebeu o livro de memórias e fará parte da sua biblioteca.
Abraço
Edilamar Simão Que legal! Era a " médica" do bairro! Parabéns, amigo Adalberto pelo seu maravilhoso trabalho e divulgação!
ResponderExcluirParabéns Adalberto, por contribuir para a preservação da memória da Sra. Jacobsen. É exemplo de mulher pioneira e de fato motivo de orgulho para a nossa cidade, pois demonstrou coragem e ousadia para se tornar técnica em Farmácia há quase 70 anos, numa época em que poucas mulheres alcançaram tal status profissional. Grande abraço!
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ResponderExcluirNossa, Adalberto, quanta emoção... A Nila era como um certificado de garantia de saúde, na minha primeira infância. E quantas vezes fui até à farmácia dela para telefonar para o meu pai, quando necessário! Os outros telefones mais próximos eram no 23 RI e na Empresa Industrial Garcia. Não podia imaginar que a Nila ainda vivia!
Urda Alice Klueger
Rosaly Sombrio Lembro como se fosse hoje! Parabéns! Atendia com muito amor todos clientes!
ResponderExcluirPrezado Amigo Adalberto,
ResponderExcluirResgatar depoimentos como a da Sra. Nilza é não somente preservar a memória de uma Blumenau que teve sua origem na determinação e bravura de seus fundadores e seus descendentes e mais ainda, ressaltar que muito antes do início da luta das mulheres em desempenhar funções que se destinavam predominantemente aos homens, tal realidade já se fazia presente em Blumenau!
Parabéns, portanto, pela postagem e aos personagens.
Flavio Monteiro de Mattos
Tarcísio Holanda Lindo relato feito em seu blog sobre a senhora Nilsa Jacobsen. Confesso que fiquei sensibilizado com sua narrativa. Quantas belas histórias, “de vidas”, você tem tido a gentileza de compartilhar conosco. Parabéns meu amigo, e parabéns também ao povo blumenauense por ter alguém tão dedicado a resgatar a memória da cidade. Abraços.
ResponderExcluirIvanete Wahldrich São boas lembranças com certeza Dona Nilza como não lembrar a farmacêutica do bairro
ResponderExcluirCatarina Tecla Mistura Uma senhora muito profissional e de um atendimento com as pessoas de muito carinho...
ResponderExcluirElise Grahl Qdo criança, a Tani Jacobsen Prellvitz era minha amiguinha e para minha surpresa tem uma foto nossa no livro, na ocasião fizemos um passeio com a família...foi uma surpresa maravilhosa qdo vi, me emocionei ...a Nilsa foi nossa "médica" por muito tempo. Vale a pena ler...
ResponderExcluirBOM DIA.
ResponderExcluirMAIS UMA HISTÓRIA PARA FICAR NA HISTÓRIA.
SR ADALBERTO O SENHOR TEM O PODER DE ENCONTRAR TESOUROS.
ABRAÇOS GASPARENSES.
ARLETE
Meu caro Adalberto.
ResponderExcluirÉ claro que estes fatos não são da minha vivência quando garoto.Todavia este texto é muito construtivo para o conhecimento da história do nósso bairro. Um belo texto, ibobriga por nos presentear com esta história.
lLeilani Jacobsen Schmitt A casa era linda e todos nós, netos da Oma Hilda Jacobsen e sobrinhos da tia Nila, vivemos ali bons e inesquecíveis momentos: almoços de domingo com muito marreco recheado, confecção de docinhos de Natal, de suspiros, de compotas, de frutas cristalizadas, sempre ouvindo a rádio em que o Tio Osni apresentava o programa “Antigamente era assim” com muita música alemã... Adorei a foto e já está guardada... Obrigada!
ResponderExcluirRose Araujo Blog Adalberto Day casa da oma de Leilani Jacobsen Schmitt e Tani Jacobsen Prellvitz! Nossas amigas de infância! E da Dona Nila, primeira farmacêutica de Blumenau (Que socorria nossas mães quando ficávamos doentes)!
ResponderExcluirRose Araujo Elise Grahl adorava ir ao sótão! Era meio mágico!
Leilani Jacobsen Schmitt Já havia lido!!!! Minha irmã escreveu o livro... obrigada pelo carinho e respeito demonstrados pela minha família...
ResponderExcluirTani Jacobsen Prellvitz A casa da minha avó, Hilda Jacobsen: o lugar das minhas melhores recordações de infância. Lugar de amor incondicional, alegria e encantamento!
ResponderExcluirBom dia. Conheci muito bem a " Frau" Jacobsem, como era chamada carinhosamente, pois era vizinha, e inclusive minha Avó, Irma Schimitt, utilizava uma parte do seu terreno para cuidar e plantar suas hortaliças e verduras.
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