terça-feira, 12 de agosto de 2014
- "Alameda" Rio Branco
Alameda Rio Branco foto divulgação década de 1930
Adendo de Niels
Deeke/Memorialista em Blumenau in memorian.
ALAMEDA RIO BRANCO : "Antiga
“Kaiserstrasse” ( Rua do Imperador), que
após a proclamação da República, mais precisamente após 18/01/1890, foi
denominada “Rua 7 de Janeiro” e posteriormente
Alameda Rio Branco. Foi denominada
Alameda Rio Branco pelo Decreto nº124 de19/4/1919.. Trata-se de uma
homenagem a José Maria da Silva Paranhos,
nascido no Rio de Janeiro a 20 de abril de 1845, estadista e diplomata era
filho do visconde do Rio Branco. Estudou no Colégio Pedro II e depois na
Faculdade de Direito de São Paulo, transferindo-se em seguida para a de Recife,
onde formou-se em 1866.Foi eleito deputado por Mato Grosso em 1869, ficou no
cargo até 1875 quando ingressou na diplomacia e tornou-se cônsul de Liverpool.
Faria a seguir parte do conselho privado do imperador Pedro II, de quem recebeu
em 1888 o título de Barão do Rio Branco. Defendeu os direitos do Brasil ao
território das Missões em disputa com a Argentina. O presidente norte americano
Cleveland foi escolhido com árbitro da questão. O derradeiro veredicto viria a
05 de fevereiro de 1895, totalmente a favor das pretensões brasileiras. Em 1900
toma a frente de uma nova disputa de fronteiras, desta vez com a Guiana
Francesa e submetida ao arbítrio do presidente da Suíça e novamente decidida a
favor do Brasil. Rio Branco trabalhou em inúmeros outros problemas fronteiriços
brasileiros, nestas negociações sempre baseou-se na tese de que deveria ser na
posse efetiva do solo, a base da demarcação das fronteiras. Dentre estes
problemas fronteiriços merece destaque também a questão do Acre, na época
pertencente à Bolívia, mas com uma população de brasileiros que para lá foram
devido ao ciclo da expansão da borracha. Em 1903 foi assinado o Tratado de
Petrópolis pelo qual o Acre seria incorporado ao Brasil pacificamente em troca
de uma compensação financeira. Conferenciaram em Petrópolis visando a redação
dos termos do Tratado, pela Bolívia os Srs. Pinilla e Guachalla e pelo Brasil,
o dr. Assis Brasil. Em 1902 foi nomeado pelo presidente Rodrigues Alves para
assumir a pasta das Relações Exteriores, cargo que ocupou até 1912 (ano de sua
morte), comandando esta pasta ministerial durante os governos do próprio
Rodrigues Alves, Afonso Pena, Nilo Peçanha e Hermes da Fonseca. Faleceu a 9 de
fevereiro de 1912 no Rio de Janeiro. ( Paranhos )
ao lado do antigo Cine Busch
ao lado do antigo Correio
Acervo Willy Sievert final década de 1940
A Estátua do Dr. Blumenau esteve
primeiramente assentada no início da Alameda Rio Branco, local em que foi inaugurada a 21/4/1940.
Trata-se de escultura elaborada pelo professor de Belas Artes do Rio de Janeiro
“Francisco de Andrade”, ( Francisco de
Andrade, nascido em 1893 no Rio de Janeiro e falecido em 1953 ) alguns autores registram
o nome do escultor como tendo sido “Francisco de Souza” !!! Foi encomendada, em
1939, ao professor e escultor,
pelo então prefeito José Ferreira da Silva. Em 1950, durante os festejos
do Centenário de Blumenau a estatua foi
removida e assentada na “Praça Dr. Blumenau”, na foz do ribeirão Bom Retiro.
Durante a 2a. Gestão Administrativa Municipal
de Hercílio Deeke- 1961-1966- a
estátua foi relocalizada para o início da Rua das Palmeiras, a fim de
possibilitar os trabalhos de canalização
da foz do Ribeirão Bom Retiro e do enrocamento da margem direita do rio Itajaí Açu, dando início a
consubstanciação do MURO DE ARRIMO, que
foi executado no trajeto entre a foz do ribeirão Garcia e a rua Floriano Peixoto, ainda em 1965, fração da via que, posteriormente, foi denominada av. Castelo Branco, ou seja a
Beira-Rio. Na noite de 10/8/1998 a escultura foi removida para o interior do
Mausoléu Dr. Blumenau, então fechado ao público, objetivando sua limpeza e conservação, para
posteriormente ser assentada no pátio
defronte ao referido Mausoléu.
Em 1953, durante a gestão do Prefeito
Hercílio Deeke, foram ajardinados e
arborizados os passeios da Alameda Rio Branco.
Também em 1953 - gestão do Prefeito Hercílio Deeke – foram
mandadas executar obras pela Municipalidade na Alameda Rio Branco, como a iluminação de ambos os lados da via e a
colocação de postes de concreto, modernos e redondos em seu formato.
Adalberto Day Colaboração
Niels Deeke memorialista em Blumenau.
9 comentários:
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ResponderExcluirOi Sr. Adalberto Day, tudo bem?
Será que o Sr. poderia me auxiliar em uma pesquisa de história que estou fazendo sobre a Alameda Rio Branco e ruas transversais.
Muito Obrigada
Luisa Borda
Oi Sr. Adalberto, tudo bem?
Quero lhe agradecer de coração o material que o Sr. me enviou.
Vai me ajudar muito.
Só mais uma pergunta:
No mapa da Colônia Blumenau, datado de 1864, com a demarcação dos lotes, este bairro era composto por 18 lotes e já existiam algumas ruas delineadas.
O Sr. saberia me pontuar estas ruas e lotes mais ou menos? Pode ser com o nome atual.
Mais uma vez muito obrigado pela sua grande ajuda.
Se possível gostaria de marcar uma entrevista com o Sr.
Luisa
Bacana Sr. Adalberto !
ResponderExcluirMuito interessante e fotos muito nostálgicas e bonitas de uma Blumenau muito diferente.
Bom enriquecimento de nossa história,
valeu,abs, Theodor.
Sr Adalberto,
ResponderExcluirEspero que esteja bem de saúde. Muito obrigada pelo envio das imagens, esta principalmente me trouxe uma lembrança especial.
Quando viemos (Agobar e eu) conhecer Blumenau em 1979, a primeira coisa que eu disse foi: que cidade linda, olha o verde! Estávamos deixando de Brasília, muito asfalto, uma
beleza diferente, mas naquela época, sem dúvida, Blumenau era uma cidade ímpar.
Estou (re) organizando o entorno do Ecomuseu, desta vez, a enchente fez estragos significativos. Nunca havia passado por cima da ponte. Mas, recomeçaremos, não se pode perder a esperança, não é?
Um grande abraço, outro para Dalva.
Valda Fagundes
Amigo Adalberto Day,
ResponderExcluirInfelizmente a aristocrática Alameda Rio Branco ficou só na lembrança dos blumenauenses. As enchentes lamentavelmente mudaram grande parte a cidade, antes de belas casas na Alameda e em outros bairros. E como você citou agora a cidade abre espaço para as construções verticais.É isso que está acontecendo em todas as cidades brasileiras onde as residências dão lugar aos prédios. E Blumenau também participa dessas mudanças. Também pudera hoje tem mais de 300 mil habitantes mais que o dobro da década de 60 quando era conhecida como "Cidade Jardim". Parabéns pelo texto abrangente as mudanças da nossa Blumenau. Forte abraço e saúde.
Edemar Annuseck
Curitiba - PR
Meu caro Adalberto,
ResponderExcluirAlameda, sim falávamos nos anos 80 vamos nos encontrar na Alameda domingo de tarde, onde ficávamos ouvindo musicas no carro em quando os mais favorecidos(financeiramente)exibiam seu automóveis , e motos caros que eram para poucos.
Mas quanta saudade eu sinto deste tempo, pois não existia maldades, drogas, brigas em fim era importantíssimo irmos na Alameda aos domingos de tarde, vez outra até rolava paquera kkkk. Fico muito feliz quando leio comentários que, de alguma forma algum aluno tenha obtido junto aos seus textos, os resultados esperados de suas pesquisas, pois não tenho a menor duvida de que, se não encontrarem com vc. o que eles procuram , certamente não encontraram com outro, parabéns pelo seu trabalho.
Grande familia Adalberto Dey, todos bem? Vamos la Alameda Rio Bran,coisa que não entendo porque trocase tanto de nomes de ruas pontes e alamedas, quando deveriase criar outra melhor e fazer as devidas omenagens,Alameda bela antiga a sua inauguração,belas lembranças, onde esta a industria de Cassio Madeiro, o famoso Pudim Medeiros que patrocinava o programa de radio do famoso Tangara e as Irmãs Pera,o Estadio ficou e onde esta o tradicional clube do Olimpico,e seus craques NilsonGruel, o roupeiro ou tecnico Pera, Mauro Longo, o juiz de futebol que sempre favorecia o Olimpico o Senhor Paulinho era especial o Homen,onde esta ofamozo assador de cotela das segundas feiras o Sr Artur, eo vendedor ambulante dos otimos Picoles,o posso de aguas limpas que formavase nos fundos do Estadio Do Olimpico no Ribeirão Garcia ao lado da famoza pinguéla que servia de passagem da população, onde estão as empregadinhas das madames das casas residencias que esperavam os seu namoradinhos no portão em freta a casa,nas quartas feiras e aos Sabados,felismente ficou e esta muito bem o grande Colegio Pedro II,que saudades dos belos Jardins de residencias que entravam em competição para consegui o primeiro lugarpor sua beleze de cores e arquiteturas, que pena em falar na residencia da Frau Peiter que era em enchanel preto e branco maravilhoso que deu lugar ao modernismo um espigão que nada diz e embeleza,onde estão as belas competições como corrida de bicicletas, corridas a pé com o famozo atleta Waldemar Tiago e familia,corridas de carro,o atendimento do grande Correio eos os tradicional Carros de Mola (taxi)do Sr Wippel?,o movimento do Cine Buch e eu Valdir Salvador com os braços cheio de Gibis para venda e troca antes do matiné das quatorze horas com o seriado do Zorro. Tenho dito desculpe foi longe demais.
ResponderExcluirPor que a rua deixou de ser 7 de Janeiro?
ResponderExcluirAlguem se lembra do incendio na maquina de asfalto na alameda em 1949 ou 1950
ResponderExcluirEu vi o incendio raul weimann
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