quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023
- Nossos “Olhos Azuis”
Mais uma bela colaboração de Carlos Braga Mueller/Jornalista e escritor.
Mas como em 1949 ela (Rachel de Queiroz) fez um julgamento bastante discutível sobre Blumenau e o Vale do Itajaí, deixando-o registrado nas páginas de uma importante revista, optou também por enfrentar as represálias, que logo vieram.
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Claro que naquela época a realidade era outra, mas que não deveria ser assim. Muitos pós-guerra vieram com ódio, outros com revoltas, mesmo alemães contra alemães. Então os comentários da nossa grande Rachel da época refletia uma realidade, do qual sofreu protestos seu pronunciamento.
Também creio que depois ela possa ter refletido e pensado de outra forma.
Adalberto Day
Por Carlos Braga Mueller
AINDA RACHEL DE QUEIROZ E OS NOSSOS "OLHOS AZUIS"
Como fizemos questão de lembrar no artigo anterior sobre o assunto, nossa intenção ao reviver este episódio da história de Blumenau é apenas a de contar fatos que aconteceram ... e que em determinado momento foram marcantes para a comunidade.
Volto a enfatizar: temos o mais profundo respeito pela brilhante carreira que Rachel de Queiroz trilhou no campo da literatura brasileira.
Mas como em 1949 ela fez um julgamento bastante discutível sobre Blumenau e o Vale do Itajaí, deixando-o registrado nas páginas de uma importante revista, optou também por enfrentar as represálias, que logo vieram.
Analisando todos os comentários que nos chegaram, e que não foram poucos, nota-se que há, sim, interesse dos internautas em conhecer um pouco mais do que aconteceu em Blumenau há quase 53 anos, então conhecida como "terra de alemães".
Entendemos, pois, oportuno reproduzir aqui o artigo "Olhos Azuis", de Rachel de Queiroz, por ter sido o estopim de toda a briga que se seguiu entre a escritora e a cidade de Blumenau.
Em nosso comentário postado no dia 29/07/2011, apresentamos apenas alguns trechos do que ela escreveu, mas para uma análise mais profunda, é bom que se leia a crônica na íntegra.
"Olhos Azuis", publicado pela revista "O Cruzeiro" no dia 19 de março de 1949, foi reproduzido pela revista histórico-cultural "Blumenau em Cadernos", no seu Tomo XLIII, edição n° 05/06 de Maio/Junho de 2002, páginas 23 e 24.
Este o seu teor:
"Nem parecem olhos de brasileiros aqueles olhos azuis que nos fitam as gentes de certas zonas do sul. Tão claros, tão arianos, brigando muitas vezes com a pinta de sangue negro que o seu dono já possa ter de mistura e que se revela no cabelo ou na feição mulata, ou, quando o tipo branco permanece fixo, brigando com a fala mansa de caipira, com o descanso, a gentileza, o pé no chão, e outras características tão nitidamente nacionais.
Isso porém se registra em alguns casos, em algumas regiões. Há outras em que os olhos estrangeiros combinam com tudo o mais do indivíduo, e de brasileira aquela gente não tem nada, só mesmo o direito que a constituição lhe dá de brasileiros se chamarem porque aqui nasceram - naturalmente, não por seu gosto.
Quem anda pela chamada "zona alemã" dos estados do sul, e especialmente pelo "Vale do Itajaí", em SC, a sensação que tem é de estar em país estrangeiro, e país estrangeiro inamistoso. E essa sensação nos é transmitida não só pela cor do cabelo e dos olhos dos habitantes, não só pelos nomes que se ostentam nas placas das lojas e dos consultórios, não só pelo estilo arquitetônico, é, antes e acima de tudo, pela fala daquela gente.
O brasileiro do Vale do Itajaí quando fala língua nacional, fala-a como um estrangeiro. Fala-a como a falaria qualquer alemão com poucos anos de Brasil, em certos casos nem assim a sabe falar. Fala mal, com sintaxe germânica, com uma pavorosa pronúncia germânica, e fala-a principalmente com um desinteresse, um descaso tal como devem falar os ingleses coloniais o dialeto dos cafres, pouco e péssimo, apenas o suficiente para se fazerem entendidos pelos nativos nas suas transações obrigatórias.
Isto, a língua é o obstáculo principal. Mas sente-se que existe, além da língua, um outro obstáculo mais sutil a separar brasileiros e teuto-brasileiros do Vale do Itajaí. Seria forte chamar desprezo o que eles sentem pelos habitantes do resto do Brasil - mas diabo é que não encontro outra palavra mais amena. É, entretanto, um desprezo disfarçado, uma espécie de desprezo atencioso, porque depois do trabalho de "nacionalização do Vale do Itajaí", e, mormente depois da guerra e da derrota nazista, os alemães dali já não se atrevem a assumir abertamente a sua antiga atitude de super-homens. A impressão que se tem é que eles se encolhem, mas ainda rosnam. São obsequiosos, corteses, talvez até solícitos. Conversam-se em alemão num grupo de rua e lhes passa por perto um ostensivo brasileiro de pele morena, eles mudam de língua enquanto o brasileiro passa e trocam qualquer palavra em português. Porém mal o brasileiro se afasta dez passos, logo eles juntam as cabeças e tornam a engrolar conspirativamente na sua língua de gringo.
O grosso deles vive naturalmente nas cidades de Joinville, Blumenau, Pomerode (que o governo tentou inutilmente crismar para Rio do Testo), Brusque. De Brusque para lá acham que fica a fronteira da sua nação: sentimento esse que foi muito bem traduzido pelo dono da principal confeitaria de Brusque, um alemão mal encarado que não sei se nasceu aqui, mas que em todo caso fala um português infame, e que nos declarou textualmente: "Se os senhores querem conhecer SC, podem ir embora daqui, o resto, Itajaí, Florianópolis, só tem sujeira lá".
Rachel de Queiroz
Se há, pois, quisto racial ainda em plena exuberância é aquele. Aquilo não é Brasil, ou se o é, é Brasil transviado, Brasil em mãos alheias. Vivem os seus habitantes como se fora em terras da Europa e o pouco amor que reina entre as cidades nacionais e alemãs é "evidente" alarmante. Do lado dos alemães eles não se atrevem a falar a gente com tanta franqueza, mas os catarinenses, especialmente os de Itajaí e Florianópolis, não escondem o seu rancor, por aqueles a quem chamam de "galegos". Vivem os nacionais para um lado, vivem os alemães para o outro, quase tão separados quanto negros e brancos nos EUA. Até praias os alemães tem separadas: que o digam as lindas areias de Cabeçudas ou Camboriú, onde se não fosse o sol brasileiro, a gente pensaria estar às margens do mar do norte.
Alguém tem que dar um jeito nesse problema enquanto ele não se vira drama. A fórmula de solução é, entretanto difícil e, pelo menos até agora, parece que ainda não foi encontrada. E enquanto se espera o jeito, as crianças que nascem no vale do Itajaí continuam aprendendo o alemão como língua pátria, se batizando em alemão, lendo em alemão, pensando em alemão, vivendo e morrendo em alemão. "
(Fonte: Revista "O Cruzeiro", 19.03.1949, nº 19, transcrito in "Blumenau em Cadernos" - Tomo XLIII - N. 05/06 - Maio/Junho - 2002).
A POSIÇÃO DO PREFEITO DE BLUMENAU
Representando a repulsa da comunidade blumenauense, o Prefeito de Blumenau na época, Frederico Guilherme Busch Jr., enviou à escritora Rachel de Queiroz uma carta de desagravo.
Este foi o teor da correspondência de Busch Jr.:
"Prefeitura Municipal de Blumenau, em 26 de março de 1949.
À Sra. Rachel de Queiroz
Redação de "O Cruzeiro"
Rua do Lavradio, 2202
Rio de Janeiro
Prezada Senhora,
Como Prefeito Municipal de Blumenau, foi com profundo pesar que tomei conhecimento da sua crônica sob o título "Olhos Azuis" inserto no "O Cruzeiro" de 19 do corrente.
Lamento sinceramente que V.S., que como escritora é sobejamente conhecida no Vale do Itajaí, tenha manifestado opinião tão pouco lisonjeira sobre nossa população, demonstrando completo desconhecimento dos sentimentos de brasilidade que norteiam nossa patriótica população, sentimentos estes que absolutamente não mais podem ser postos em dúvida, sob pena de se cometer erro gravíssimo, imperdoável e injustificável.
Venho, portanto, protestar veementemente contra as referências de V. autoria, lastimando que sua brevíssima passagem por nossa cidade não lhe permitisse uma análise mais profunda, mais serena, mais justa e mais honesta sobre o povo blumenauense, do qual, como Prefeito, só posso me orgulhar e que, pelo seu amor à Pátria, a Ordem e ao Trabalho, honra SC e o Brasil.
Atenciosas Saudações
Frederico Guilherme Busch Jr. (foto)
Prefeito Municipal
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(reprodução publicada no jornal "Cidade de Blumenau - Diário Matutino", edição de 30 de março de 1949, quarta-feira, Ano XXV, nº 96, primeira página)
O Prefeito enviou cópia deste ofício à Câmara Municipal de Vereadores, e na reunião daquele poder legislativo, em 29 de março de 1949, o mesmo foi registrado e lido em plenário.
A POSIÇÃO DA CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES DE BLUMENAU
Por proposição do vereador Herbert Georg foi então discutido e aprovado um requerimento de protesto contra o artigo "Olhos Azuis" de Rachel de Queiroz, publicado na revista "O Cruzeiro".
Aprovaram a moção, além do autor Herbert Georg, os seguintes vereadores presentes naquela reunião: Guilherme Jensen, Emilio Jurk, João Durval Müller, Gerhard Neufert, Erwin Zastrow, Hercílio Deeke, Otto Hennings, Afonso Balsini e Antônio Cândido de Figueiredo.
O documento tinha a seguinte redação:
Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal de Blumenau.
Requeiro que, de acordo com o Regimento Interno e consultados os senhores Vereadores, seja aprovado o seguinte voto de protesto:
A Câmara Municipal de Blumenau, representando os legítimos interesses e aspirações, bem como interpretando o pensar e sentir do seu povo laborioso, ordeiro, bom e patriótico, protesta veementemente contra as informações inverídicas e tendenciosas contidas no artigo intitulado "Olhos Azuis", de autoria da escritora patrícia Rachel de Queiroz, publicado na revista "O Cruzeiro" de 19 de março do corrente ano. Requer, ainda, que este protesto seja encaminhado à escritora Rachel de Queiroz e comunicado à redação da revista "O Cruzeiro". Finalizando, requer que o teor deste protesto seja encaminhado a todas as Câmaras Municiais do Vale do Itajaí, juntamente com um apelo da Câmara Municipal de Blumenau, a fim de que, igualmente, protestem junto a escritora Rachel de Queiroz pelas expressões com que redigiu aquele artigo, que demonstra desconhecimento completo dos sentimentos de patriotismo dos brasileiros do Vale do Itajaí.
(documento publicado no jornal diário "A Nação" de Blumenau, órgão dos Diários Associados, na edição n° 72, ano V, no dia 31 de março de 1949, quinta-feira).
Acesse para saber mais a primeira postagem sobre Rachel de Queiroz :
Carlos Braga Mueller/Jornalista e escritor
(“Fontes: Blumenau em Cadernos”, no seu Tomo XLIII, edição n° 05/06 de Maio/Junho de 2002, páginas 23 e 24.
Arquivo/Carlos Braga Mueller/John Pereira e Adalberto Day
13 comentários:
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Sem nenhum senso, esse tipo de coisa falada por essa mulher, inveja total, o povo Alemão é digno, honesto e trabalhador veja até nos dias de hoje quando aconteçem enchentes, não ficam mendingando ajuda a canais de tv. como a rede globo por exemplo, se levantam dignamente.Será que em outras regiões do Brasil seria a mesma coisa??
ResponderExcluirConsultem o Curitibano Norbeto Toedter e seu blogue www.toedter.com.br, veja tambem o livro publicado por ele chamado e a guerra continua.
Claudio Becker
Porto Alegre/rs
Bom dia Adalberto
ResponderExcluira respeito desta postagem continuo com o mesmo comentário já feito em 29/07/11.
Lamento que uma intelectual brasileira desse porte pensasse desta forma, o que levou até a uma reação do prefeito na época.
Mas enfim, acho que opiniões são opiniões e cada um(a) tem o direito de expressar a sua.
Não acredito que tenha sido algo pessoal, mas por uma infelicidade de expressão.
Abraço
Prezado Adalberto,
ResponderExcluirÓtima postagem e somente posso acrescentar que É UMA PENA QUE O RESTO DO BRASIL NÃO TENHA SEGUIDO O EXEMPLO "DAQUELA GENTE DE BLUMENAU & CIA" e tenha optado pelo modelo macunaímico que a Rachel de Queiroz, entre tantos outros, aprecia.
Flavio Monteiro
Ora, se a Rachel achava que estava no estrangeiro no sul do Brasil, era sinal que o país tinha ordem progresso! Deveria ter achado ótimo. Ou seria a moça a favor da bagunça e do atraso?
ResponderExcluirSó da uma geral a todos, acessem, eu acho que são, não tenho certeza os Curitibanos www.inacreditavel.com.br lá esta esclarecendo com total transparencia as últimas decadas da Alemanha
ResponderExcluirAntonio Muller
Curitiba
Cris Roveda
ResponderExcluirAdoro essa história que o profe Adalberto Day e o Braga contam sobre Rachel de Queiroz, e os #Blumenauenses
Amigo Adalberto pouco, quase nada tenho a dizer, a respeito da reportagem Olhos Azuis, mas te digo que a separação realmente existia, entre meus amigos, e eu especialmente não foi so por uma vez que era determinadamente proibido namorar uma de olhos azuis como se referiam, nos encontravamos somente as escondidas, queres mais?, abraços amigo Braga bonita reportagem, fale da epoca da guerra que pouco sabemos das historias do Hitler, e o Getulio o que falavam aqui em Blumenau. abraços Salvador.
ResponderExcluirAlexandre Farias
ResponderExcluirAdalberto Day Vejo que, passados mais de 60 anos, o texto da ilustre autora continua polêmico. Mais uma excelente história, obrigado.
Que coisa engraçada este artigo... Penso que alguma coisa muito pessoal deve ter acontecido que gerou este texto, em 1949... Veja... em 1937, em época na qual iniciava-se a nacionalização, a autora hospedou-se durante três semanas na cidade de Pomerode e ficou impressionada com o fato das pessoas se comunicarem em outra língua, e os costumes... ficou encantada e passou a chamar carinhosamente a cidade de Pequena Alemanha.
ResponderExcluirBom, isso eu li em mais de um livro enquanto pesquisava Pomerode. O que me intriga é o seguinte... Ou alguma coisa fez Raquel de Queiroz mudar radicalmente de ideia aí neste ínterim... ou ela foi paga para escrever tal texto - época obscura, pós-guerra, nacionalismo de Getúlio Vargas ainda em voga, quem sabe, não é?! - ou o povo pomerano não entende nada sobre ironia... rs...
Fica em aberto a minha dúvida... hehehe
2º] Parte.. BULLYING NEGLIGENTE PERVERSO da Rede Globo Humilhante absurdo e desumano que nem ADOLF HITLER fez aos judeus, mas os judeus sionistas da TV GLOBO faz para a população negra afro-descendente brasileira isto ocorre em todo lugar do Brasil para nós não tem graça, esta desgraça de humor racista criminoso, que humilha crianças é desumano para qualquer sexo, cor, raça, religião, nacionalidade etc. o pior de tudo esta degradação racista constrangedora cruel é patrocinada e apoiada por o S.R. Ali KAMEL fascista sionista (marido da judia Patrícia Kogut jornalista do GLOBO que liderou dezenas de judeus artistas intelectuais e empresários dos 113 nomes (Manifesto Contra as contra raciais) defendida pela radical advogada Procuradora judia Roberta Kaufmann do DEM e PSDB e o Senador Demóstenes Torres que foi cassado por corrupção) TV Globo esta mesma que fez anúncios constantes do programa (27ª C.E. arrecada mais de R$ 10, milhões reais de CENTARROS para esmola da farsa e iludir enganando escondendo a divida ao BNDES de mais de três bilhões dólares dinheiro publico do Brasil) que tem com o título ‘A Esperança é o que nos Move’, show da “Criança Esperança” de 2012 celebrará a formação da identidade brasileira a partir da mistura de diferentes etnias) e comete o genocídio racista imoral contra a maior parte do povo brasileiro é lamentável que os judeus se divirtam com humor e debochem do verdadeiro holocausto afro-indigenas brasileiro o Judeu Sergio Groisman em seu Programa Altas Horas e assim no Programa Encontro com a judia Fátima Bernardes riem e se divertem. (A atriz judia Samantha Schmütz em papel de criança um estereótipo desleal e cruel se amedronta diante aquela mulher extremamente feia) para nós negros afros brasileiros a Rede GLOBO promove incentiva patrocínio (O soció,olopata Demétrio Magnoli e os jornalopata$$$tas Luiz Carlos Azenha, Diogo Mainardi, Reinaldo Azevedo arautos das elites conservadores patrocinados da Casa Grande contrários a empenhos positivos a favor da sociedade dos afrodescendentes. ) preconceitos raciais que humilha e choca o povo brasileiro. Organização Negra Nacional Quilombo ONNQ 20/11/1970 – REQBRA Revolução Quilombolivariana do Brasil - quilombonnq@bol.com.br
ResponderExcluirTeofilo Demeciano As regioes mais desenvolvidas sao as colonizadas por alemaes e italianos no sul e asiáticos e europeus no centro, o resto e o Brasil que ela conhecia, dai suas inoportunas palavras.
ResponderExcluirLorena Karasinski Lembro-me vagamente dos comentários dos meus pais sempre que se falava desta escritora. Hoje em dia seria motivo de repulsa total com a escritora mas sem as redes sociais na época era quase impossível fazer chegar nossas palavras de revolta até ela. A resposta do sr. Prefeito Frederico G. Busch Jr. mostrou bem a educação do povo de Blumenau. O que lembro dela foi em outra ocasião quando se manifestou em uma enchente de Blumenau dizendo que era melhor morrer numa enchente no sul do que viver na sêca do nordeste. Outra personalidade que se expressou contra Blumenau foi o sr. Burle Marx quando disse que as construções de Blumenau eram imitações baratas e sem gosto da arquitetura alemã. Talvez o sr. Carlos Braga Mueller saiba algo a respeito.
ResponderExcluirLastimavel fato de nossa historia
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