Estou lendo Aderbal Ramos da Silva (foto), de Moacir Pereira (2011, 160 páginas) e relendo Doutor Deba, poder e generosidade, de Luiz Henrique Tancredo (1998, 428 páginas), obras editadas em Florianópolis pela Insular. Ambas, com dedicatórias, enviadas pelos autores, focalizam a figura de Aderbal Ramos da Silva (1911-1985) que governou Santa Catarina no período de 1947 a 1951. Em janeiro do ano passado, comemorou-se o centenário de seu nascimento.
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
- O Velho DEBA
Texto :Gervásio Tessaleno Luz – Escritor,
jornalista, professor.
Estou lendo Aderbal Ramos da Silva (foto), de Moacir Pereira (2011, 160 páginas) e relendo Doutor Deba, poder e generosidade, de Luiz Henrique Tancredo (1998, 428 páginas), obras editadas em Florianópolis pela Insular. Ambas, com dedicatórias, enviadas pelos autores, focalizam a figura de Aderbal Ramos da Silva (1911-1985) que governou Santa Catarina no período de 1947 a 1951. Em janeiro do ano passado, comemorou-se o centenário de seu nascimento.
Natural de Rio do Sul (1942),
veio para Blumenau aos 11 anos de idade.
Arquivo de Charles Schwanke
Publicado
no Jornal de Santa Catarina 11/01/2013 | N° 12776 - Coluna
Almanaque do Vale Anderson Silva. Estádio Aderbal Ramos da Silva, também
conhecido como Velho Deba, na década de 1950. O nome do estádio foi uma
homenagem a Aderbal, que foi governador de Santa Catarina entre 1947 e 1951. A
estrutura foi inaugurada em 3 de junho de 1927 e demolida a partir de 2007.
(Imagem: Arquivo de Charles Schwanke, enviado por José Geraldo Reis
Pfau/Adalberto Day)
Estou lendo Aderbal Ramos da Silva (foto), de Moacir Pereira (2011, 160 páginas) e relendo Doutor Deba, poder e generosidade, de Luiz Henrique Tancredo (1998, 428 páginas), obras editadas em Florianópolis pela Insular. Ambas, com dedicatórias, enviadas pelos autores, focalizam a figura de Aderbal Ramos da Silva (1911-1985) que governou Santa Catarina no período de 1947 a 1951. Em janeiro do ano passado, comemorou-se o centenário de seu nascimento.
Sempre
admirei a figura do apelidado Deba, sem saber exatamente o porquê. Era nome de
um estádio de futebol (Palmeiras, depois BEC), doado por ele ao nosso
município, na Alameda Duque de Caxias. Hoje,.o clube não mais existe. Só
lembranças de saudosistas irrecuperáveis. A área merecia um parque, semelhante
ao Ramiro Ruediger, mas vai lá que tem. Virou área comercial (um adendo à selva
de pedra que está caracterizando Blumenau), com direito, único, de uma ruela
que une a Rua das Palmeiras à Alwin Schrader, sede do conservador Tabajara.
Catarina
de peito firme custou-me admitir que nosso estado não possuísse no seu
currículo o orgulho de ter um presidente da República. Esqueci de que Nereu
Ramos, ex-governador, ocupara o cargo interinamente. Com o suicídio de Getúlio
Vargas em 1954, uma série de incidentes impediram a sucessão natural nos nomes
de Café Filho e Carlos Luz. Como 1º. vice-presidente do Senado, o nosso Nereu
dirigiu o país e passou a faixa presidencial a Juscelino Kubitschek.
Charuto
na boca, sua marca tradicional, Getúlio Vargas percorreu o Palácio Cruz e Sousa
com Aderbal. Diante do retrato de Lauro Muller, grande estadista da República,
o presidente comentou: - “Ele era Ministro do Exterior, foi Ministro da Viação.
Só não foi presidente da República porque estávamos em guerra com a Alemanha e
ele tinha um sobrenome alemão”.
No
livro de Moacir, além de depoimentos de amigos e adversários, o carro-chefe é a
entrevista que Aderbal concedeu ao autor em 1982. Foi publicada em O Estado, o mais antigo diário catarinense, de
sua propriedade.
Aderbal
foi governador e sua família também ocupou o poder com Vidal, Nereu, Celso e
Aristiliano, todos Ramos.
Tratava
muito bem as pessoas simples. Prova? Esta afirmação: “Com os humildes procuro
sempre ter um pouco mais de paciência. O cidadão quando vai pedir já se
humilha.”.
A inauguração do campo
(estádio) ocorreu no dia 3 de junho de 1927 A demolição do estádio
Aderbal Ramos da Silva começou no dia 23 de setembro de 2007- um domingo
triste.
Arquivo
Adalberto Day
10 comentários:
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Caro Professor,
ResponderExcluirBom dia!
A origem do nome eu conhecia, através dos relatos do meu falecido Pai.
Não nos esqueçamos que, o antigo Estádio do Avai F.C. (que situava-se na Av. Beira Mar Norte), onde hoje é o Shopping Beira Mar e, o qual tive a oportunidade e privilégio de conhecer, também se chamava Aderbal Ramos da Silva, em homenagem ao Ex-Governador.
A época de sua demolição para a construção do atual Estádio, A Ressacada, eu trabalhava no Grupo Koerich. Estes sempre foram incentivadores do esporte e queriam construir um estádio de iguais proporções para nossa cidade, na região do atual Terminal do Aterro, para substituir o “Velho Deba”. O que aconteceu? por incompetência ou problemas políticos, não tivemos o novo estádio, o Deba foi a leilão e tudo mais que se conhece. Extremamente lamentável.
Bom, acredito que estas histórias todas você já conhece, fiz questão apenas de te lembrar.
Abraços e ótima semana,
Mauro Bremer
Ao ler este excelente texto,senti muitas saudades de um Amigo nosso em comum,que narrava os jogos no Estadio,e falava assim.Temmmmmmmmmmmmmpo e placar no Deba.....Nosso saudoso Rodolfo Sestrem,que tem parte de sua historia neste estadio,estadio este que,é o unico no Mundo que fizeram uma estrada no meio do mesmo.
ResponderExcluirBruno Beims da Silva
ResponderExcluirAdalberto Ótimo texto. Saudades do Aderbal. Abraço!
ResponderExcluirBeto isso me lembra as tardes de domingo com meu falecido avô nas cadeiras do DEBA e ouvindo pelo rádio o Sestrem.
Julio Cesar Zen
ResponderExcluirAdalberto o senhor e uma lenda viva de cultura, ensinamento e de resgate de nossa história. Ótima semana professor
Giu Campos
Mais um exemplo do corriqueiro descaso que parece ter virado regra nas administrações municipais em Blumenau.
ResponderExcluirCustava um mínimo de intervenção da prefeitura e de honestidade e competência administrativa dos presidentes do BEC?
Está aí a prova na figura do Metropolitano que o blumenauense é capaz de manter um time de futebol na cidade.Qualquer joguinho por mais insignificante de um time de futebol põe facilmente milhares de torcedores nas arquibancadas em Blumenau, então como pôde o BEC chegar ao ponto em que chegou?Ao ponto de ser demolido um dos maiores símbolos da cidade(que por sinal estão lá as ruínas desde 2007...
Agora acessando o Blog me lembrei do CD que estou para pegar aí com você Adalberto...
P.S.:Enfim descobri quem é o tal de "aderbal ramos"... :)
ResponderExcluirBoa tarde Adalberto
ResponderExcluirBastante saudosista o texto do Sr. Gervásio.
O que impressiona mesmo é que este terreno havia sido doado e hoje como escreveram acima, até uma estrada passa no meio.
Com que responsabilidade tratamos aquilo que recebemos ?
Abraço
É uma pena que saibamos tão pouco sobre os homens públicos de tempos passados, Adalberto. Nossos agradecimento ao Gervásio Luz por compartilhar conosco algo sobre o Governados Aderbal Ramos da Silva. Grande abraço!
ResponderExcluirCelso Santos O simbolo do Palmeirinhas me remete a muita emoção na minha pré adolescência. Inesquecíveis momentos no Deba. A entrada do time em campo, o radinho de pilha, Rodolfo Sestrem, Adolfo Nolt, Mirandinha, Borba e o grande comentarista Tesoura Jr. O Deba era um lugar de muita história e muita emoção para muita gente de Blumenau.
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