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segunda-feira, 28 de abril de 2008

- O Cinema em BLUMENAU


Mais uma vez a participação exclusiva do renomado escritor e jornalista Carlos Braga Mueller, que hoje nos presenteia com texto sobre Cinema.

A história do cinema no Brasil
A primeira exibição de cinema no Brasil aconteceu no dia 8 de julho de 1896, uma quarta-feira, em uma sala da Rua do Ouvidor, nº 57, que ficava ao lado da sede do “Jornal do Comércio”.
Um anúncio no jornal destacava:
OMNIÓGRAPHO com audição de PHONÓGRAPHO
“Todos os dias, a cada hora certa, desde as 11 horas da manhã até às 10 da noite, continuam as maravilhosas exibições de projeções a luz elétrica, de vistas animadas com tamanho natural, que têm provocado ultimamente em Paris e Europa inteira uma assombrosa admiração. Audição do Phonógrapho e Projeção Fixa nos intervalos.”
Os filmes eram mudos. E como o gramofone era novidade, nos intervalos os espectadores podiam ouvir música, saindo de um estranho aparelho. A primeira sala fixa no Brasil, embora não destinada exclusivamente a cinema, foi inaugurada em 31 de julho de 1897, também no Rio, na mesma Rua do Ouvidor, só que no número 141. Chamava-se ANIMATÓGRAPHO LUMIÉRE. Eram seus proprietários Pascoal Segreto e José Roberto Cunha Salles.
O Cinema em Blumenau

O cinema foi apresentado pela primeira vez em Blumenau no dia 21 de abril de 1900 pelo Sr. G. Koehler, no Teatro Frohsinn. O Frohsinn situava-se na Rua das Palmeiras, onde hoje está a Celesc.
Era o “Kinematografen”, que mostrava “fotos em movimento”, como dizia a propaganda.
Uma semana depois o mesmo espetáculo foi apresentado em Indaial, agenciado pelo Sr. Hake.
Em agosto de 1900 chegava a Blumenau o empresário Eduardo von Schulz, trazendo outra novidade. Era o “Kinematographen Apollo”, que também acabou sendo mostrado no Teatro Frohsinn. A exibição aconteceu no dia 11 de agosto daquele ano e o programa dividia-se em 3 partes: A primeira parte constava de sete cenas, entre elas um ballet com cinco irmãs, cavalos se banhando, o Imperador Guilherme II em Stettin, e outras, que arrancaram curiosas exclamações da platéia. Na segunda parte eram mais sete quadros, entre eles “Os rapazes maus”, “Pista Aquática”, “Rainha Vitória da Inglaterra assiste à parada”. Na terceira e última parte o destaque era para as “Vistas de Blumenau, Joinville e arredores”. E no final, havia danças para os presentes. Naqueles tempos, os empresários que promoviam as exibições compravam os projetores e também a máquina de filmar. Por isso, captavam as imagens, revelavam os celulóides e exibiam o trabalho nas concentrações.
O cinema começava, assim, a criar raízes na Blumenau alemã do início do século 20.
Cine Busch final déca.40 em construção.
(Autor desconhecido)
O Salão Holetz foi palco de muitas exibições a partir de 8 de março de 1906, dando origem ao Cine Busch, um dos mais antigos do Brasil, infelizmente já desativado. Em Blumenau funcionaram alguns cinemas. Além do Busch, o centro da cidade ganhou o Cine Blumenau nos anos 50. Nos bairros deixaram saudades o Cine Garcia (Rua Amazonas), o Mogk (Itoupava Norte), o Atlas (Vila Nova), o Cineclube Carlitos (Itoupava Seca). Depois vieram o Cinema do Carlos Gomes (Teatro Carlos Gomes) e o Carlitos (Rua Nereu Ramos). Nenhum resistiu aos novos tempos. E houve também, nos anos 30, 40 e 50 os tempos heróicos dos “ambulantes”, como Walter Mogk e José Julianelli que, carregando seus projetores em carroças ou “fordecos”, percorriam pequenas cidades do Vale do Itajaí levando até elas a magia do cinema. Hoje a situação é bem diferente. Funciona apenas um local dedicado ao cinema, um Multiplex no Shopping Neumarkt de Blumenau, com seis salas.
Nos nossos próximos comentários iremos discorrer um pouco sobre cada um destes cinemas.
Artigo: Carlos Braga Mueller/jornalista e escritor.
Arquivo: Dalva e Adalberto Day

3 comentários:

  1. Valeu Braga Mueller
    Só você para nos fazer matar a saudade daquela época.

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  2. Muinto boa esta reportagem.mas o Braga não sabe que nos,filho de empregados da extinta Empresa Industrial Garcia, éramos beneficiados com a exibição de filmes na sua sede social la pelos anos60-70.As sessões eram as 4ªfeiras as 19 horas e aos domingos as 9 horas.Bons filmes eram exibidos.tarzam,King Kong,eRoy Roger e outros que me foge a memória.Eu por diversas vezes, aos domingos qdo me dirigia para a exibição dos filmes e passava pela portaria da EIG, era incumbido de levar as latas dos filmes.Depois, foi firmaado um acordo com o Sr. Ronaldo Olegario, e as sessões forão transferidas para o Cine Garcia, aos domingos as 14 horas,com entrada gratuita para os filhos dos empregados da EIG, mediamte apresentação de carteirinha.Quem viveu esta época,sabe o qto foi prazeiroso.

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  3. Prezados/as, cinema é sempre prazeiroso, e essa séria do Carlos Braga Mueller, pelas histórias nos toca.
    Também conto uma, na chamada segunda turnê aos EUA do grupo de teatro inglês de variedades Fred Jano, lá pelos idos de 1912 e em companhia de Arthur Stanley Jefferson, mais tarde conhecido por Stan Laurel, o inrreguieto Charles Chaplin conhece, numa cidade do meio-oeste norte-americano, uma seção de cinematógrapho e se apaixona. Para um ator de teatro em franca decadência, o cinema era mesmo o futuro, ele não deixa passar essa oportunidade e o resto todos nós sabemos e nos deleitamos com seus filmes.
    Abraços, Cao

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