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quinta-feira, 8 de julho de 2010

- Muro só vai deter o barro

O Jornal de Santa Catarina Hoje quinta feira 08/julho/2010, veio conferir de perto o que já vínhamos alertando as autoridades desde os primeiros contatos que tivemos com os responsáveis da obra. Nós sempre vínhamos acompanhando o problema, juntamente com lideranças da comunidade e autoridades. A reportagem muito bem elaborada e pesquisada pela jornalista Tatiana Santos, vem justamente mostrar a preocupação de nossa gente.

O mesmo ocorre logo próximo ao Posto Bruno (Foto)
Obra sem um estudo melhor e inviável para o problema. Tudo isso já vinha sendo mostrado através de nosso trabalho, confira através dos links clicando:

Desde a tragédia de Nov/2008, alertamos sobre a necessidade de se fazer algo no local que fosse solucionar o problema em definitivo. Porém apenas obras paliativas estão sendo executadas.
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INFRAESTRUTURA
Muro só vai deter o barro
Especialistas apontam que obra não evitará deslizamentos

Foto: Jandyr Nascimento
O muro que está sendo construído na Rua Progresso, orçado em R$ 1,4 milhão, pode cair caso ocorra um novo deslizamento de terra. É o que apontam especialistas ouvidos pelo Santa. Para o engenheiro Arlon Tonolli, da Diretoria de Núcleos Especializados da Associação de Engenheiros e Arquitetos do Médio Vale do Itajaí (Aeamvi), a obra, de 150 metros de comprimento e três de altura, não irá evitar as quedas de barreiras, já que o problema está na parte superior da encosta. Os deslizamentos se repetem desde 1990, mas se agravaram com a catástrofe de novembro de 2008.
– A encosta é muito íngreme, e se chover muito forte, o barro com certeza vai passar pelo muro. Ainda há o perigo dele cair, o que pode ocasionar um acidente caso alguém esteja passando pelo local – argumenta Tonolli.
Ele alerta ainda que no local não há placa com o nome do engenheiro nem da construtora responsável pela obra e que foram ignorados requisitos como estudo e controle da estabilidade de encostas e taludes previstos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Obra está prevista para ser concluída no mês que vem
O geólogo Juarês Aumond, doutor em Engenharia Civil, aponta que a construção não está totalmente errada, mas apenas suportará uma pequena quantidade de terra. Porém, se o morro de aproximadamente 30 metros de altura descer, a terra vai passar por cima do muro e, no pior da situação, destruirá a estrutura e cairá na estrada.
Ele aponta três problemas: as camadas do solo são inclinadas demais, há visíveis fraturas nelas e ainda existe alteração constante do barro.
– Para resolver, é preciso trabalhar com a causa e não com o efeito, o topo, e não o pé do morro. O que falta é uma comunicação melhor entre engenheiros, geólogos e geotécnicos. Temos que nos adaptar à natureza e não tentar o contrário – explica o geólogo.
Apesar da desconfiança dos especialistas, o vice-presidente da Associação dos Moradores do Morro do Sestrem, no Bairro Progresso, Francisco Dias, espera que a obra amenize os problemas para os moradores:
– Já sofremos muito com isso. A cada chuva o barro parava em cima da pista e ficava perigoso passar de carro ou a pé.
A obra começou dia 24 de maio e deve ser concluída em agosto.
TATIANA SANTOS

CONTRAPONTO
O que diz o Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra):
Segundo o superintendente do Deinfra em Blumenau, engenheiro Magno de Oliveira Uba de Andrade, o sistema de sustentação serve para impedir que o barro não caia sobre a rua, e não para evitar o deslizamento de terra do topo do morro. Conforme ele, o projeto compreende a construção do muro, a retirada da terra solta, recomposição vegetal da encosta e a construção de canaletas que direcionarão a água do morro para a estrada. Um espaço entre o muro e o morro vai servir como caixa coletora da terra. A retirada da terra será feita pelo município.
– O muro não é para segurar o morro, mas para evitar que o material caia na rua se chover forte. Do outro lado será construída uma calçada para pedestres – afirma Andrade.
O que diz a prefeitura:
O secretário de Serviços Urbanos da prefeitura, Éder Marchi, disse que o acordo sobre a limpeza não foi oficializado.
– O que houve foi uma pré-conversa, mas estou aguardando o projeto para firmar a parceria de manutenção. Acredito que até a conclusão da obra o assunto seja discutido.
O QUE PODERIA TER SIDO FEITO
- Mudança do trajeto: inutilização do trecho da rua. Trânsito seria desviado pelas ruas Júlio Heinden e Emílio Tallmann
- Uso de concreto grampeado ou cortina atirantada: técnica é usado em rodovias. O material é aplicado diretamente na encosta
- Falso túnel: construção em formato de L apoiada no morro que permitisse o deslizamento da terra, por cima da construção, em direção ao rio
Jornal de Santa Catarina
08/07/2010
N° 11986

4 comentários:

  1. Só tenho uma certeza. Li a matéria e tambem achei muinto bem feita. Mas a mesma só saiu por causa da pertinencia de vcs de postarem aqui reportagens sem medo de confrontar com a verdade. Aquilo la tudo é um engodo, dinheiro jogado fora e uma falta de responsabilidae de quem esta fazendo. O Klainubing esta semana, se não me engano estava la em Alagoas fazendo politicagem , levando a nossa experiência em enfrentar catástrofe. E aqui na obra, pra ver o que esta sendo feito não aparece. Se fosse correto, mandava parar até que alguma coisa de concreto fosse feito. Mas como é o povo que vai sofrer com as concequencias.............. O que mais me surpreende nisto tudo é que todos os vereadores do bairro, com ecessão do Deusdit moram no bairro.

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  2. Uma correção........qdo disse.........."O que mais me surpreende nisto tudo é que todos os vereadores do bairro, com ecessão do Deusdit moram no bairro" quis dizer que todos os vereadores do Garcia, com exeção do Deusdit moram no progresso, inclusive ex..........

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  3. Prezado Adalberto,
    Mesmo que de longe, gostaria de me manifestar com relação ao assunto.
    O pior de não fazer, é fazer sem estudos e preparo. A questão deste muro é mais ou menos o que aconteceu com o próprio Ribeirão garcia, que sem estudo algum foi retificado, tendo sido "tiradas" várias de suas curvas, o que aconteceu ou vai acontecer? Aguas com mais velocidade, com poder de destruição maior, e além disto, acabaram com o que ainda poderia haver de peixes em suas aguas, pois os remansos se foram.
    Abraços,
    Beto Tillmann

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  4. Parabéns pela reportagem. Sei da tua luta pelo bairro Progresso e por este trecho perigoso.
    Não desista amigo. abraço

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