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quinta-feira, 24 de março de 2011

- A enchente de 1880 em Blumenau

A ENCHENTE DE 1880 com dados até 1911 - Defesa Civil e Alerta BLU

ANO

DATA

COTA metros

1852

29/10

16.30

1855

20/11

13.30

1862

00/11

09.00

1864

17/09

10.00

1868

27/11

13.30

1869

21/10

11.00

1870

11/10

10.00

1880

23/09

17.10

1888

00/01

12.80

1891

18/06

13.80

1898

01/05

12.80

1898

25/12

11.30

1900

02/10

12.80

1911

02/10

16.90

1911

29/10

09.86


[...] A palavra “enchente” é - e foi, principalmente nos primórdios - , em Blumenau, uma expressão que nunca apavorou, porque se estava habituado com a factualidade de as águas, durante cada ano,por duas ou até três vezes, ultrapassarem as margens do rio e invadirem as casas construídas em locais mais baixos. Também aconteceram enchentes mais danosas, como a de 17 e 20 de novembro de 1855, cujas águas subiram 50 palmos (11,11 m) acima do nível normal, causando grandes prejuízo a, vindo, a seguir, as de 1862 e 1868.
A imagem mostra a Casa que morou Dr. Blumenau. Esta casa foi completamente destruída pela enchente de 1880.

Porém igual à de 1880, jamais houvera. Para comprovar a afirmação, adiante segue o relatório extraído do “Kolonie Zeitung”, de 9 de outubro de 1880:

“Muitas vezes os leitores deploraram que este jornal divulgava, muito raramente, notícias da Colônia Blumenau. Agora chegam noticias, muito tristes, de acontecimentos trágicos! A Colônia Blumenau foi atingida por uma grande desgraça. Depois de vários dias de chuva, imprevista e inesperadamente, na madrugada de 22 para 23 de setembro, sobreveio um verdadeiro dilúvio, desabando com tal intensidade, que o Itajaí subiu de forma tão assustadora e com tamanha rapidez jamais vista, atingindo uma altura de 14,6 (quatorze metros e seis decímetros) acima do nível normal, em conseqüência, um grande numero de pessoas conseguiu salvar somente a própria vida.
Como poderíamos descrever a tragédia, por onde começar com o relatório deste horrível acontecimento? É difícil, porque as plangentes noticias, desde o dia do desastre, continuam chegando procedentes das localidades mais afastadas da Colônia! A seca que reina em várias regiões, e sobre a qual nenhum jornal europeu até hoje divulgou, repercutiu aqui, provocando efeitos diametralmente opostos. Nenhum dos episódios, descritos nos relatórios publicados, deixou de comover profundamente todos quantos deles tomaram conhecimentos e estamos testemunhando toda a tragédia.
Vidas humanas, perdidas de maneira dramáticas, faziam com que, tanto as pessoas que sempre se relacionaram amigavelmente, bem como as que eternamente divergiram e se hostilizavam, se solidarizassem ante o desespero de assistirem à destruição de seus lares e das plantações arrancadas. Muitas casas, moinhos e outras instalações foram totalmente arrastadas pelas águas. Ainda não é possível determinar o número de mortos e a grande quantidade de animais domésticos perdidos, bem como cabeças de gado. As principais regiões atingidas e com maiores prejuízos foram as de Rio do Testo e Itoupava, mas o centro da cidade também foi duramente afetado e suas casas comerciais sofreram grandes danos.
De madrugada, por volta de uma e meia, começou repentinamente o perigo na cidade, quando no inicio da noite, só se receava uma cheia, enchente moderada, como já aconteceu diversas vezes, em outras ocasiões, sem risco de alcançar as casas. Ma, a partir daquela hora, as águas não só subiam, mas rolavam em fantásticas avalanches. Os gritos de pedidos de socorro de pessoas em perigo e dos animais vivos, sendo arrastados pelo turbilhão das águas, ecoavam pela noite. E a escuridão tornava a tragédia ainda mais horrível. Com ansiedade era esperado o amanhecer por todos quantos conseguiam manter-se a salvo. Mesmo assim, o novo dia apenas traria um enorme trabalho de resgate, exigindo de todos tudo quanto a força humana pudesse alcançar. Queremos aqui fazer referência especial, manifestando o reconhecimento de todos quantos foram auxiliados, ao capitão e à tripulação do pequeno Vapor “Progresso” que, incansáveis e destemidos, socorreram aos que solicitavam, tanto na cidade como no distante Garcia, aonde iam buscar pessoas ilhadas e socorrendo-as, levavam-nas sãs e salvas até à Igreja protestante. A eles, principalmente, se deve o fato de não se haverem perdido vidas humanas no centro da cidade ou nas proximidades imediatas. Em direção das duas Igrejas, que foram erigidas em morros, dirigia-se, de toda parte, o cortejo dos que eram salvos e dos que conseguiam escapar da tragédia.
O Vapor “Progresso” transportava para esses locais as pessoas resgatadas e, com o clarear do dia, todas as canoas, embarcações diversas e inimagináveis, assim como cochos, tinas, etc., improvisados em embarcações, convergiam para aqueles locais de abrigo, onde encontravam proteção e asilo.
O Padre Jacobs, auxiliado pelo Professor Pies, envidou todos os esforços possíveis, alimentando e cuidando daquelas pessoas enrregeladas, tanto adultos como crianças, confortando-os e fortalecendo-os.
Por sua vez, o Pastor Sandreczki, mesmo sendo também um flagelado das águas, com sua casa paroquial submersa e ainda pouco conhecido em Blumenau, além de estar com sua esposa doente, auxiliava onde podia.
Desde bem cedo, ao amanhecer do dia 23, começou a romaria das pessoas flageladas às igrejas – cerca de duzentas para cada uma delas. As noites lá passadas são indescritíveis. O quadro pungente das crianças, todas bem juntinhas, não suficientemente protegidas contra o frio no chão de pedra, atingia profundamente o coração de todos e em especial das mães. Algumas famílias salvaram alguns pertences, enquanto outras ficaram completamente desprovidas.
Numa confusão terrível, estava amontoado naquele refúgio tudo quanto conseguiam juntar na ultima hora, ao sair de casa, perseguidos pela avalanche de água. Como lhes exigir calma? Apesar das dificuldades, finalmente os flagelados conseguiam improvisar uma espécie de cozinha de campanha na Igreja Protestante, enquanto os jovens “pescavam” lenha na água barrenta, e então foi possível preparar uma sopa de farinha (pirão) e mais tarde preparar um café e, em seguida, o cozimento de arroz e uma canja de galinha. Toda a região de Blumenau era um imenso mar de água, com fortes correntezas.

No centro da cidade, as águas quebravam e erguiam portas e janelas, tracionando moveis e objetos que eram levados em todas direções e, quando chegavam à calha de escoamento do Rio Itajaí, eram sugados por suas ondas revoltas e carregados com velocidade incrível em direção ao mar. Estes objetos tragados pela correnteza do rio, quando não chegavam ao mar,eram quebrados ao ir de encontro a uma ilha qualquer ou iam parar nas margens. São perceptíveis alguns lugares onde se acumularam muitos móveis e outros objetos mais leves, que em seguida eram carregados novamente pela correnteza. Ocorreu também que mãos alheias quebravam caixas e armários, apoderando-se de seu conteúdo, em vez de devolvê-los aos seus legítimos donos.
Muitos moradores das margens do rio ainda conseguiram recolher, das águas, casas quase inteiras que serviram para consertar as suas próprias, semidestruidas pela enchente. O Vapor navegava sobre cercas e casas. Nossa rua das Palmeiras tornou-se uma via navegável para o referido barco, e as copas das palmeiras balizavam o rumo a seguir. Só no dia 26 de setembro é que as casas ficaram livres da água. Mas a lama e sujeira ainda hoje não foram eliminadas.
A nossa alegre Colônia está irreconhecível: Pastos e plantações estão cobertos por grossa camada de destroços de lama, e muitos lugares nada mais apresentam que um caos de destroços das edificações que ruíram, assim como utensílios domésticos, árvores arrancadas pelas raízes e uma massa enorme de detritos acumulados. Em verdade, já muitas mãos prestativas estão em ação para que tudo seja reordenado, porém, para que isso aconteça e se efetive, e afinal seja alcançada a completa normalização da vida na Colônia, muito tempo ainda transcorrerá.
Estradas e pontes estão quase todas destruídas. Espera-se que o governo se sensibilize com esta situação e providencie o restabelecimento dos bens públicos, pois se depender unicamente do próprio esforço da comunidade, não será possível à Colônia, sem comunicação através de estradas, redimir-se desta grande ruína. Todo o esforço despendido para o progresso da região, bem no meio da trajetória da sua edificação, com esta desgraça teve, como resultado, a destruição. Tornou-se tudo inútil. A ação conjunta de todos os setores vitais da cidade é das mais delicadas. Mas, todos os cidadãos acham-se por demais sobrecarregados com problemas não só comunitários, mas também com o seus próprios. Quantas serrarias e moinhos foram destruídos é quase impossível avaliar, por ser até mesmo difícil achar-se o lugar onde se encontravam instalados. Entre estas oficinas, existiam as que recentemente iniciaram suas atividades e, com o trabalho dinâmico e com muita luta, seus proprietários conseguiram usufruir um melhor padrão de vida. Agora, as instalações são apenas um monte de tábuas e as esperanças de seus proprietários transformaram-se em desespero.
Os operários perderam suas casas e todos os instrumentos de trabalho. Quantos não salvaram apenas a vida, ao refugiarem-se no sótão de suas casas com seus pertences! Aconteceram particularidades que comovem o coração. É o caso de uma mãe com cinco filhos que se refugiou numa colina nas proximidades de sua casa. A colina ruiu soterrando-os, quando já se sentiam seguros. O pai da família, que trabalhava longe, no campo, ao regressar para casa, só o que ainda pôde fazer foi preparar a sepultura para a esposa e seus cinco filhos.
Outra mulher, ainda jovem, era arrastada pelo turbilhão das águas, sob as vistas do marido. Adiante um homem, sem esperanças, não conseguia alcançar as mãos que lhe eram estendidas e tragicamente desapareceu tragado pela correnteza do rio. Uma família teve que fugir às pressas, sem poder levar consigo uma só peça de roupa para agasalhar uma idosa avó e também a jovem mulher, por todos responsável, que dava à luz a oitava criança, nestas circunstancias de extrema penúria. Outra perdeu tudo,só lhe restando a casa vazia. O rebanho e os porcos foram perdidos, pois não havia nenhuma elevação onde pudessem se refugiar. Assim, ficou ativo e esforçado trabalhador, com toda a sua plantação destruída com a perda de vinte anos de trabalho, retrocedendo quase até às condições de quando começou.
Não se encontraria espaço suficiente para descrever tamanha miséria que atingiu tantas famílias. Grandes reservas de açúcar, farinha, araruta, milho, etc, perderam-se – perdas ocorridas em todos os lugares – mas honra o ânimo e a esperança de alcançar novos triunfos com redobrado trabalho - mesmo sabendo que, em primeiro lugar, é necessário atender ao estado precário de viúvas e órfãos que ficaram sozinhos, perdendo tudo quanto possuíam, até seus entes mais queridos e chefes de famílias. A estas criaturas urge, em primeiro lugar, que se lhes estendam as mãos. Para tanto,foi constituída uma comissão que iniciou trabalhos de assistência, bem como, sem demora, receberam as primeiras manifestações de solidariedade procedente da Colônia Dona Francisca e de Desterro.”
Estes são os principais detalhes do relatório publicado na imprensa joinvilense, cujos informes ainda se estendem em pormenores e observações gerais.
Dentre outros relatórios, que em geral afirmam quase sempre o mesmo, encontra-se um comentário redigido sob o ponto de vista “filosófico”, acerca das causas mais interessantes da inundação, que diz o seguinte:

“ As opiniões sobre as causas de nossa desgraça são contraditórias. Aqueles que a atribuem ao violento vento sudoeste são contestados pelos fatos de que o Itajaí, na Barra, penetrou no mar com a mesma violenta correnteza, não tendo a vazão das águas sido impedida nem pelo vento nem pela maré alta. O volume de chuva, de acordo com moradores experientes e antigos, não foi tão significativo para elevar o rio ao nível que alcançou e transformá-lo numa torrente tão violenta. Será que devemos atribuir à catástrofe, origem causal por abalos tectônicos de caráter netúnicos?
No Rio do Testo e em muitos lugares pelas margens do rio acima, asseveram várias pessoas ter percebido movimento vibratório, um tremor em suas casas, bem como detonações com o rugir da tempestade. Em vários locais relativamente altos, cobertos por 2 a 4 metros de água, percebiam-se as bolhas de ar que a pressão da afloração d`àgua provocava, provindo de profundidade de dois até quadro palmos, com outro tanto de largura e ouvia-se o barulho de águas borbulhantes como se fosse um poço artesiano. E isto onde não era concebível supor-se existirem olhos d`água que pudessem surgir com tal força, como estava acontecendo. Nós ainda nem podemos imaginar que possíveis fenômenos possam ter acontecido na superfície da nossa desconhecida terra e, certamente, também será difícil encontrar-se explicações para tal. Estas anotações só têm por objetivo registrar que os fenômenos ocorreram, para talvez poderem-se tirar conclusões técnicas e servirem para uma ou outra opinião por parte de pessoas entendidas no assunto".

Cumpre ainda anotar o seguinte:
A correnteza no meio do rio não era tão violenta, porém a pressão da água nas margens era tão forte, que fazia com que provocasse grandes ondas que, vistas do alto de uma colina, davam a impressão de elevarem-se acima das casas localizadas nas proximidades...”
Enchente de 1911
Quando as águas alcançaram o mesmo nível, no ano de 1911, ou seja, 31 anos mais tarde, nada se observou com relação aos fenômenos retrodescritos e, por isso, supõe-se que a enchente de 1880 foi provocada igualmente pela grande quantidade de chuva, pois nesta região nunca se observavam abalos sísmicos ou outros fenômenos meteorológicos incomuns.
Naturalmente nunca faltaram suposições neste sentido, pois haviam descoberto, em janeiro de 1884, um “vulcão” em Warnow. Mas depois, chegou-se à conclusão de que se tratava de um simples morro, no qual o musgo e troncos secos se incendiaram por autocombustão, produzindo espessas nuvens de fumaça, afinal inofensivas. No ano de 1875, caiu um grande meteoro, irradiando uma luminosidade muito intensa nas imediações de Blumenau, em direção ao sul. O fato provocou um grande abalo, e esse bólido visto pela população assustada deu motivo a muitas especulações sobre as conseqüências que a queda provocaria na natureza, porém nada ocorreu.

Quanto à enchente de 1880, cumpre mencionar que o fenômeno da chuva atingiu quase toda a Província. O presidente, que, tão logo após as águas baixarem, veio a Blumenau distribuir alimentos aos mais necessitados, consignou, em seu relatório, a estatística das perdas humanas de acordo com a relação que segue:
No Município de Tubarão ............   4 mortos
No Município de Tijucas...............   1 morto
Na Colônia Blumenau .................. 11 mortos
Na Colônia Luiz Alves ................. 25 mortos
Total ............................................  41 mortos
[...]

Dados extraídos do livro O município de Blumenau e a história de seu desenvolvimento. Escrito em 1917 por José Deeke/reeditado -Blumenau Nova Letra,1995 e revisado pelo Dr. Niels Deeke, neto de José.

Ficha Catalográfica elaborada pela Fundação "Casa Dr. Blumenau" - Blumenau - SC

Título original "Das Munizip Blumenau und seine Entwickelungsgeschichte", José Deeke, 1917.

Arquivo de Adalberto Day

12 comentários:

  1. andremrozkowski Muito engraçado e interessante o episódio sobre o “vulcão” do Warnow, em Indaial. Hoje no blog do @adalbertoday : http://bit.ly/hvRlip

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  2. Prezados/as, nada como uma boa desgraça para a vida ressurgir bela e faceira, claro que essa enchente de 1880 trouxe muitos transtornos e inconveniências, mas foi justamente fugindo da calamidade dela na cidade de Ilhota, que a família do meu bisa chegou em Limeira, um bairro do interior de Brusque, e lá um dos filhos conheceu minha bissa. Inclusive a incidência das enchentes colocou-as na maneira de as pessoas raciocinarem o calendário de suas próprias vidas. Minha mãe fazia a seguinte conta: (...) “Compramos a geladeira em 1962; em 63 tivemos a enchente dos 1,20 m de água dentro de casa; em 64 o meu filho Deda nasceu; em 66 a enchente dos 1,80; em 67 começamos a pagar o Simca Chambord” (...). Como podemos notar, entre uma enchente e outra, até era possível... viver. Abraços. Cao

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  3. mauriciosjunior @adalbertoday Bacaníssimo o post sobre as enchentes. Ah, e o vulcão do Warnow... Hehe...

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  4. daicrispim Bom dia e bom final de semana!!!adorei a matéria sobre a enchente de 1880!!!Abraços !!!!@adalbertoday

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  5. Adalberto Day
    Sou de Indaial adoro antiguidades coleciono moedas e cedulas como hobbie
    adorei seu blog e fotos dele sobre a historia da região.
    Abraço se tiveres alguma cedula ou moeda ai dando sopá .
    Cristiano

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  6. MUITO BOM ESSE RELATO SOBRE A ENCHENTE.
    PARABÉNS MAIS UMA VEZ!!

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  7. Caro Adalberto, sempre é bom ler um texto tão ricamente detalhado por quem muito provavelmente testemunhou praticamente tudo o que foi relatado. Quanto à enchente de 1911, lembrei dos comentários em Pomerode, nosso antigo Distrito de Rio do Testo, após a enxurrada de algumas semanas atrás. Segundo os mais antigos, há 100 anos não sofriam tanto com as águas. Devem ser as memórias que lhes foram passadas referentes à enchente de 1911 que o texto cita. Aparece no texto o nome do Pastor Sandreczki, ainda pouco conhecido em 1880. Há uma explicação para isso. Estava aqui havia poucos meses, vindo de Brusque como substituto do Pastor Rudolph Oswald Hesse, nosso primeiro pastor, falecido em novembro de 1879. Chama a atenção também a expressão "Será que devemos atribuir à catástrofe, origem causal por abalos tectônicos de caráter netúnico?" A tradução da obra para o português traz uma nota de rodapé: "Maremoto provocado por sismos marítimos". Hoje, depois das tragédias da Indonésia e do Japão, a nota provavelmente seria mais econômica nas palavras e utilizaria apenas o termo "tsunami". Finalizo com o curioso relato do "grande meteoro" que teria caído nas proximidades de Blumenau em 1875. Com o conhecimento atual sobre as consequências devastadoras da queda de grandes meteoros, penso que devemos ser cuidados no tocante ao adjetivo utilizado para descrever o meteoro, mas o evento foi extraído do Diário da Direção da Colônia de 03/04/1875 e isso o torna digno de crédito. Algo de fato aconteceu no céu daquela noite que assustou a população. Recordo do município de Vargeão, no oeste catarinense, situado na cratera de 12 km deixada pela queda de um meteoro de aprox. 600 metros de diâmetro que teria caído ali há cerca de 70 a 110 milhões de anos. A descoberta levou o município a adotar o slogan de "Cidade do Meteoro". Grande abraço, Wieland Lickfeld

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  8. Olá Adalberto

    muito interessante esta matéria sobre a enchente de 1880.
    Mas a maior enchente que eu vi até hoje foi a de 1983; não tinha visto nada igual; nesta época eu trabalhava na Artex e meus pais na casa da Rua Amazonas tinham um poço que ajudou a suprir a necessidade de água de vizinhos.

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  9. Oi amigo Beto. Estes seus comentarios historicos considero preciosissimo. Eu não possuia uma tabela de enchentes e estas informações vieram ao encontro de minhas aspirações. Agradeço-o pela gentileza. Imagine que cidade abençoada pelo Deus das Enchentes... Creio que no mundo todo somos os campeões em enchentes. \ Contudo, se São Paulo continuar assim, vai nos desbancar. Um grande abraço e boa semana.

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  10. EmTempoSC Em Tempo SC
    Muito legal este artigo sobre a enchente de 1880 em Blumenau e em várias localidades de SC

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  11. Olá!

    O maior meteoro (registrado) que atingiu o Brasil caiu em São Francisco do Sul, em 1875. Tinha 7 toneladas (o da Rússia pesava 10T). Em 1986 tem registro de um em Blumenau. Sabes alguma coisa?

    Abraço!

    Veja aqui TODOS os 34.513 pontos de impacto registrados nos últimos 4.000 anos.
    http://osm2.cartodb.com/tables/2320/public#/map

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  12. Muito importante seus textos caro colega! Vim beber desta fonte pra confirmar o que meus parentes lá de Botuverá/SC contaram em entrevistas para o livro "Memórias de Porto Franco". Parabéns pelo empenho e dedicação em nos brindar com sua cultura. Abraços Izabella Pavesi

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