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quinta-feira, 6 de maio de 2010

- Um Passeio pela Rua principal de Blumenau III

UM PASSEIO PELA RUA PRINCIPAL DE BLUMENAU EM 1900/1903

Escrito por OTTO STANGE - Traduzido do alemão pelo seu filho ERICH STANGE
(Traduzido do original alemão para o português pelo filho Erich Stange, em julho de 1994)
Texto enviado por Fernando Pasold. Arquivo de Adalberto Day

Aqui, no lado do rio, esta em cima da sua alta escada de acesso a sua casa, a antiga dos Rabe, o alfaiate Ringling, que acaba de chegar da Alemanha. Como vai, senhor Ringling? Este dá uma puxada no seu cachimbo curto e curvo de estudante e responde: Muito à fazer, vou mostrar à este povo daqui como se faz e como deve assentar um bom terno. Estou satisfeito pelo meu começo aqui em Blumenau. Hermann Baumgarten, ao lado, sentado na sua varanda, estudando as últimas notícias, ouviu as declarações do Sr. Ringling e observa: Isto muito me alegra, Ringling, que você está satisfeito aqui, o bom serviço sempre é abençoado. Para nós, jornalistas, isto é mais difícil, pois a opinião do povo sempre difere do que está publicado, sempre existem e haverão criticas, nem se nós publicássemos um jornal com letra em couro. Há mais de vinte anos estamos lutando com nossos leitores e a política. É um ofício duro, provavelmente não ficarei velho. Bem, toda gente tem sua carga para carregar, falamos e saímos.

Ali, no outro lado, naquele terreno mais elevado, a Jenny Peters vive sossegada, plantando seu aipim, ordena as vacas, engorda seus porcos e está satisfeita. Chegamos ao canal dos Peters, lá em baixo na água passam alguns gansos que vem do rio em direção ao pátio da Jenny, procurando o curral para passar a noite. E nós comentamos a capoeira em ambos os lados, emoldurando a rua numa extensão de uns cem metros, sem interrupção, nenhuma casa, parece que a cidade acabou aqui, mas assim não é pois mal atravessamos este trecho, estamos em frente ao alto muro da residência dos von Ockel. No lado oposto o Sr. Caetano Deeke abriu uma livraria com artigos de papelaria e escritório. Em seguida vem o depósito de sal e calcário de F. G. Busch, seguido pela casa e jardim bem cuidado do mesmo, continuando com as construções do depósito de banha e manteiga para exportação. Lá ainda estão trabalhando animadamente. Caixões e caixotes estão sento pregados, enchidos e fechados e por fim, endereçados. O Sr. Bush está aí, conferindo tudo, assobiando baixinho. Quem sabe o que estará inventando agora? Será que quer trazer a eletricidade para Blumenau? ou será que vai construir uma rede de bondes até Altona? A licença para a construção desta rede ele já adquiriu há anos, ou será que está pensando em comprar um automóvel?. Dizem que já encomendou da Alemanha e que em breve estará aqui. Será então o primeiro automóvel de Santa Catarina. Quem sabe, talvez pretende instalar uma fabrica de fósforos ou uma fabrica de gelo aqui, já falou à respeito disto com alguns amigos. Também quer dar uma olhada no projetor de filmes, talvez uma coisa boa à ser instalada aqui em Blumenau. Estes pensamentos deve passar pela sua cabeça e por isso está assobiando baixinho. Pessoa como o Fritze Busch, Blumenau precisa sempre mais, trazem o progresso e vida para esta terra, ganham e deixam os outros ganharem também.
Mas o que está acontecendo lá no outro lado, no Ernst Bernhardt? Lá estão mexendo com uns blocos esquisitos, em frente à sua casa. Porque trabalham assim ainda num sábado ao anoitecer? Aproximando-nos Ah, isto nos trouxemos lá da Armação, quando estivemos la veraneando. Isto são ossos de baleia. Lá na praia de armação antigamente tinha uma pescaria de Baleias e estes osso ainda estavam lá espalhados. Ainda tínhamos lugar no carroção de quatro cavalos (Vierspaenner), aí as trouxemos. Bonitos espinhos, estes se ficam atravessados na garganta de alguém, será o fim. Interessante, não é? Mas mudando de Assunto, hoje teremos o baile no nosso salão, todos estão convidados. Também o Werner com seus rapazes fará música com nós. Certamente vocês já ficam aqui, pois a festa será grande e começará logo ao escurecer. Não? que pena. Ao lado, o alfaiate Gruner também veio olhar os ossos de baleia e, de longe, chama sua mulher, lá da porta de casa. Ela chega e aí ficam olhando os “ossinhos” por cima dos óculos. Ernst Diehm, o seleiro também vem chegando devagar e abana para seu auxiliar Heinrich Pasold, para que também olhasse os objetos estranhos. Isto é que são ossinhos para se fazer cabresto para um bicho deste, teríamos que comprar escalas métricas mais compridas primeiro, para tirar as medidas. Também a oficina deveria ser aumentada e teríamos que adquirir um bom estoque de couro. O salão de bailes dos Benhards ainda seria pequeno para isto. O vizinho do Diehm, o Sr. Theophil Eggert, com livraria instalada, observa: Estes osso devem ser de uma espécie de baleia pequena, dos mares do sul, pois as baleias do ártico são muito maiores. Vou lhes mostrar imediatamente as diferenças na minha enciclopédia o “Grosser Mayer”, que também tenho à venda. Assim entramos na sua livraria. Tirou da prateleira o último volume daquela enciclopédia de Wa-Zz, mas já está começando a escurecer. Assim vai pegando o seu lampião de querosene e o acende para termos claridade bastante e nervosamente o Sr. Egget começa a folhear o grosso volume e nós, impacientes, nos despedimos, desculpando nossa pressa, enquanto ele coça a sua barba de bode.
Ainda enxergamos as letras brancas do letreiro: Rudolf Krause, da construção ao lado. Chegamos à esquina da estrada para a “Velha”, cuidado, aí tem fundamentos de uma casa antiga, já derrubada, com porão, que agora está sendo aproveitado para a construção de uma nova casa, mas a obra infelizmente, já está parada assim, por alguns anos, esperando o acabamento. Na esquina está, bem descontraído o Sr. Krause, que olha para o outro lado da rua onde existe a firma “Hermann Ruediger & Filhos”. Neste instante o Sr. Ruediger aparece na sua varanda, dá um aceno ao Sr. Krause e os dois encaminham de um lado à outro da rua, pra cá, pra lá, pra lá, pra cá, conversando animadamente. O Sr. Ruediger, nas horas vagas, é músico, regendo de um coro de cantores e presidente de clubes sociais onde se pratica musica de canto. Sim, caro amigo e vizinho, estou planejando um negócio de milhões e milhões, na Barra do Rio. Amanhã vou ao Dr. Manoel Barreto, o promotor e ao escrivão do Juiz da Paz, o Francisco Margarida, que também já esta interessado no assunto, para tocar o negócio adiante. Ao Margarida poderia ira ainda hoje, pois ele está em casa. Vê-se daqui a janela do seu escritório, atrás da sua casa, no jardim vizinho, lá na estrada da Velha. Mas veja, lá do outro lado está chegando da sua casa o Barreto, se os dois ainda tem a conversar muito hoje, aí, desisto da minha visita ao Margarida. Vamos deixar para amanhã. Mas, vizinho, como vai o clube “Harmonie”? Muito canto e exercitando muito? Ah, sim, vizinho Krause, estamos treinando muito com canto e peça teatral. O Chico Franz Lungershausen já reservou o seu salão e palco lá na Sociedade dos Atiradores, para nós, Um dos papéis principais na peça está reservado ao senhor, esperamos que o aceite, caro vizinho Krause. Conto com a sua amizade por min. Ainda não terminei de transcrever todos os papéis individualmente e também ainda não copiei as notas, mas, mesmo assim, já teremos o primeiro ensaio hoje à noite, espero você também, muito obrigado, e até a noite.
Do centro ainda está chegando alguém. Não dá para reconhecer a pessoa, devido a escuridão, mas com o guarda-chuva que sempre carrega, o chapéu preto de abas largas na cabeça e a barba cheia e branca e sua capa preta, não podemos errar, é o engenheiro Heinrich. Krohberger, construtor e responsável por todas as construções e edifícios públicos e igrejas da cidade. Ele vai lá no outro lado do Ruediger, atravessando o pasto para a sua casa, perto do barranco do ribeirão da Velha, um pouco recuada. À esquerda, sai da sua casa o consertador de guarda-chuvas, Sr. Max Creutz, tranca a mesma e sai apressado com passo de ginasta, calça branca e paletó escuro, em direção ao centro. As pernas da calça, viradas um pouco para fora, ainda se vê branquinhas no escurecer.

Na casa da viúva Hosang já tem luz de lamparina. Vê-se a Frau Hosang e sua irmã solteirona, já avançadas de idade, tricotando, provavelmente um par de meias para o filho e sobrinho Franz, para se esquentar no inverno.
Agora, descendo o declive, chegamos à ponte do ribeirão da Velha. O corrimão, já oscilante devido à velhice e sem manutenção, não inspira confiança. Algum animal se refugia na água com a nossa chegada. Na casa de Otto Desstamm, no morro do lado esquerdo atrás da ponte, também já tem luz. Provavelmente estará escrevendo algo para a “Blumenauer Zeitung”que publica os seus artigos. Mutter Pauli, do outro lado está subindo a escada que dá acesso à sua casa. A sua filha Luise ilumina a escada com uma lanterna, para facilitar a subida.
Tiramos as botinas e as meias dos pés, arregaçamos as calças e pés no chão, como de costume, pois o centro da cidade ficou para trás e a rua agora continua bastante esburacada, esclarecida ainda por macadame já quase desaparecido e malcuidado. Para chegar em casa ainda teremos que andar um bom tempo.
Mas valeu. Estivemos novamente no centro desta simpática cidadezinha que é Blumenau, falamos com sua gente, vimos a chegada de novos alemães aos quais demos as nossas boas vindas aqui nesta terra abençoada que doravante será a sua nova pátria, para a qual trabalharão, trazendo mais progresso e bem-estar, com os pés no chão, calça arregaçadas e os sapatos pendurados nos ombros como nós, neste momento, com destino ainda incerto, mas provavelmente risonho, quando a nova casa estiver levantada, que irão construir com capricho e que será cercada por um pasto com gado e uma rocinha bem cuidada, onde o aipim, o milho, a cana-de-açúcar e o feijão, a batata, o arroz e também o tabaco, serão colhidos em abundância e o sustento da família estará assegurado.
Também o pomar de laranjas, tangerinas, ameixas, abacates, mamães, caquis, goiabas etc. ajudarão a manutenção divertidíssima do paladar. O ribeirão ou rio sempre tem peixes gostosos, a caça ainda é abundante e variada, o jardim, com hortaliças e legumes os mais diversos e os bailes aos sábados e as festas de Tiro ao Rei, para se divertirem e não devemos esquecer do jogo de cartas onde se reúnem os vizinhos nas suas casas.
Com tempo disponível, poderíamos ter adentrado ao “Affenwinkel”, aos velhos Dittrich já tempo, estamos devendo uma visita. Também o Budag teria nos recebido com alegria e conversado um pouco. E a boa Frau Lallenant teríamos dito um bom dia.
No Garcia teríamos parado no Siebert. O engenheiro Emil Odebrecht teria nos esclarecido algumas dúvidas sobre terras da colônia. Ehrat e Pamplona poderíamos ter cumprimentado e lá no outro lado do ribeirão, lá no Huscher teríamos examinado alguns couros e peles de animais selvagens poderíamos ter oferecido. Lontras, gato-do-mato, tamanduás, uma pele bonita de onça pintada também tenho, que eu mesmo matei, com tiro certeiro, pois estava matando nossos bezerros e porquinhos. O fabricante de carroças, Sr. Paul Herbst, teria comprado o nosso feijão Urucurana, do qual é freguês. Bem ainda não é o fim do mundo, teremos tempo numa próxima chegada à Blumenau.
Mas, aonde estamos? Chegamos ao latoeiro Weise e ao lado seu irmão o charuteiro. A lua, neste momento, aparece de trás do Morro do Tucano e clareira a rua. Agora dá para ver melhor, pois quase esbarrei num cavalo que se espreguiçava no leito da estrada, provavelmente pertence ao carroceiro Quest, aqui do lado do morro à direita. No lado esquerdo passamos por Mathes e no direito por Ferdinand Ruediger, subindo para o fabricante de Vinagre Rischbieter, mais para cima, à esquerda, temos a cervejaria de Hosang e Schossland à direita, na subida, a oficina de carroças de bens e ao lado, Charles Labes.
Escutamos atrás de nós o barulho da chegada de um charrete e uma voz grossa e cheia cantando uma canção popular religiosa em alemão. Já sabe que está para nos alcançar : O pastor Hermann Faulhaber em alemão. Amanhã cedo, certamente terá que administrar a missa lá na Itoupava Norte ou Badenfurth e assim, já vai hoje, pois antes da missa, deve dar aulas de religião aos confirmandos e batizar algumas crianças. Naquela região também tinha um óbito uns dias atrás, mas o enterro foi executado pelo professor da escola, mas o pastor deverá recolher os dados pessoais que serão registrados nos livros da igreja.
Ainda antes dos Gaulke, à esquerda, ele nos alcançou com a charrete. Ele pára, deve ter nos reconhecido no escuro, pois cumprimento-nos pelo nome: Ainda tão tarde indo para casa? Subam, sempre temos lugar, mal viajado é bem melhor que bem andado, mesmo não sendo o pastor, ele comenta, rindo. Aceitamos a carona.

Na estrada do ribeirão Jararaca (Scharakenbach) ele começa novamente o seu canto alto, que se escuta lá no alto nos Bottcher, Probst e August Werner. Provavelmente o pedreiro Ratzlaff, bem em cima do morro, naquela esquina esquerda, também deverá escutar a canção. E nós o acompanhamos no canto. Passando a casa do professor Haertel, já cantamos a terceira estrofe. Este abre a janela, cumprimenta-nos, pois é organista da igreja de Blumenau e sabe quem está passando na rua cantando assim.
Lá no padeiro Paul Lang sai fumaça da chaminé. O bom homem já está aprontando os pãezinhos que os blumenauenses também exigem fresquinhos mesmo aos domingos, isto ele sabe muito bem.

Passamos pela cervejaria do Rischbieter e ao jardim bem cuidado da família Lorenz e estamos nos aproximando do bairro Altona. Convém examinar este bairro de dia, com calma. Otto Jennrich com seu museu Natural e Cultura (foto), cheio de bichos empalhados como macacos, quatís, jaguatirícas, gambás, mão pelados, graxaíns e muitos pássaros regionais, lá estão para serem apreciados e estudados, para conhecimento geral e principalmente dos blumenauenses, e ainda cuida da sua fábrica de cerveja.

A cancha de bolão da Sociedade Teotônia dizem, é excelente, conforme a opinião dos seus associados altonenses como Grahl , Auerbach, Marx, Morauer, Persuhn, Thoedor Lueders, Liesenberg, Parucker, Specht, Galluff, Boettcher, Luiz Abry, Peter Christian Feddersen, August Franke e outros, todos exaltam sua “Teotônia” acima de tudo, bem, deixamos eles, cada um na sua... O senhor Pastor deve ter pensado assim, pois quando passamos por Galluff e Specht, olha para trás e fala: Este pessoal da Altona em breve não mais se distingue dos blumenauenses, pois quando a estrada for aberta definitivamente até o Schnecknberg (Morro do Caracol) , casa por casa, passando por Spernau e mais adiante ainda, ali, haverá somente uma Blumenau, grande e forte. Este tempo chegará, podem ficar certo disso. E o senhor pastor deve saber disso, se ele agora fala assim, pois com o atual progresso e o espírito de iniciativa do blumenauenses, como será o grande futuro desta cidade!

Viva Blumenau, resultado dos incansáveis imigrantes, dirigidos pelo seu fundador de ampla visão, honrado, idolatrado e querido: DOUTOR HERMANN BRUNO OTTO BLUMENAU.
Este “Passeio pela rua principal de Blumenau” foi escrito como se o passeio fosse feito no plural. Também não foi escrito por um certo personagem, foi escrito como se fosse uma pessoa qualquer, que adora Blumenau, e os blumenauenses de corpo e alma.
Lá, por 1900, ainda rapaz, com os olhos bem abertos, atravessou a cidade à caminho da “Neue Schule”, na rua das palmeiras, ou para escola pública dirigida pelo professor Saxis, lá onde hoje se localiza o Hospital Santa Catarina, na entrada do Garcia, E se agora já envelhecido, recorda e relembra a sua juventude e tem coragem para escrever sobre os tempos passados, tudo parece estar aí, na sua presença.
Na cama, por motivos de saúde, a máquina de escrever sobre os joelhos, sonhando com os olhos abertos, os velhos blumenauenses passam devagar, cada um na sua característica. O velho blumenauense que lê estas linhas, certamente também sonhará e recordará estes tempos. O jovem leitor este certamente não nos compreenderá ou estudará estas linhas interessadamente, tentando descobrir algo sobre a sua origem.

O velho e torto Karussel-Jahn e o Stiefel-August vem ao nosso encontro, mas nós vamos adiante neste nosso passeio pela rua principal de Blumenau. Não existe aí nenhuma buzina de automóvel, nem apito de trem. Uma vez ou outra um cavalo relincha ou se escuta lá do rio o tuuut, tuut dos barcos à vapor “Blumenau” e o “Progresso” e do rebocador das lanchas “Jahn”. São estes os barulhos que para cá trazem o progresso do mundo exterior. Mas para o interior, à oeste de Blumenau, escuta-se o estalo do chicote que acompanha os carroções puxados por duplas de cavalos fortes que levam para lá e para cá os bens de consumo e trazem de volta os produtos agrícolas e pastoris para sustendo da cidade e também para a exportação. São o elo que liga a civilização e cultura da cidade ao interior onde são levados e labutam os alemães, italianos e poloneses,
Nós continuamos passeando, olhando e observando tudo atentamente, o constante movimento e a evolução pela principal rua e, cuidado!: Quase fomos atropelados por uma bicicleta.
Indaial/Blumenau, maio de 1950
OTTO STANGE
(Traduzido do original alemão para o português pelo filho Erich Stange, em julho de 1994)
Texto enviado por Fernando Pasold. Arquivo de Adalberto Day

3 comentários:

  1. Grato pela divulgação! Muito bacana!

    Fernando Pasold.

    ResponderExcluir
  2. Caro Adalberto,
    Uma comunidade sem memória e sem história, é um grupo de pessoas sem identidade, sem amor e sem o senso de respeito por quem teve ideais e se sacrificou por isso.
    Você (é da Garcia, como eu), se me permite chamar assim, a exemplo José Ferreira da Silva (tijucano), e até da gasparense, mas brava historiadora da vida blumenauense Sueli Vanzuita Petry, dignificam o nosso elo entre o passado e o presente, e responde para nós jovens os muitos por quês da identidade nossa cidade.

    Parabéns pela insistência, persistência e seriedade para com a nossa história e o nosso orgulho.

    Abraços

    Deputado Giancarlo Tomelin

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  3. Adalberto, parabéns! Emocionante o texto. Meu amigo Tomelin aí em cima disse tudo, embora ele seja o blumenauense mais lageano qye eu conheço. Abraço!
    Mauricio (Lages SC)

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