Histórias de nosso cotidiano
Mais uma participação exclusiva e especial do renomado escritor, jornalista e colunista, Carlos Braga Mueller, que hoje nos relata sobre um passeio de Blumenau , Gaspar , até a cidade de Itajaí
________________________________
BLUMENAU, CIDADE QUE EU AMO
Antigamente era assim....
Lá pelos anos 40, 50 do século passado, quando você seguia em direção a Itajaí, a rua que levava até a divisa com Gaspar chamava-se Minas Gerais, e só anos depois foi batizada de Itajaí
em 18 de agosto de 1942. Lá, na orla, batizaram de Blumenau a rua que vinha em direção a nossa cidade.
Amor com amor se paga e ambas as cidades consideraram-se quites com estas homenagens. Que permanecem até hoje.
Pois bem.
Ao deixar o centro de Blumenau, o ônibus da antiga
Empresa Auto Viação Hahn, Hass & Darius”,, depois Catarinense, que fazia a linha entre Blumenau e Itajaí, seguia pelo Vorstadt e passava pelo Capim Volta.
Assim era conhecido o trecho da cidade onde hoje se localizam a Rua São Bento, o Clube Blumenauense de Caça e Tiro, o Centro Esportivo do Sesi: Capim Volta !
Em seguida, na divisa com Gaspar, onde hoje fica o bairro gasparense Bela Vista, situava-se a famosa Charqueada do Procópio. Durante muitas décadas, além de ser famosa pelo que produzia, a Charqueada também era um balizador de que os viajantes, oriundos do litoral, estavam se aproximando de Blumenau.
Antigos moradores lembram que o charque era exposto ao tempo, sol e sereno, mas saía dali com um sabor de alta qualidade.
Conta-se um fato instigante, ligado a essa região, que passou a ser lenda.
Logo depois da propriedade dos Procópio, em direção a Gaspar, existia um seleiro. Era um homem dedicado às lides da selaria, e dali saiam belas e caprichadas selas para os cavalos desfilarem garbosamente com suas montarias.
Diziam que o sogro dele era um homem muito metódico. Por isto, resolveu comprar um caixão, no qual seria enterrado quando Deus o chamasse.
E colocou o caixão, repousando e vazio, nos fundos da selaria do genro, aguardando a hora da sua morte.
Para os que têm medo de um caixão como o diabo tem da cruz, era uma tortura passar por perto e saber da existência do tal caixão.
E como todos sempre aumentam as fofocas, diziam até que de vez em quando, para "amaciar" o forro, o homem deitava no caixão, e ali dormia um bom sono !
Mas como não há mal que sempre dure, nem bem que nunca se acabe, um dia o velho morreu e o caixão, finalmente, teve o seu destino.
Recebeu com as honras de praxe o corpo do cidadão, que seguiu, dentro dele, para o cemitério da localidade.
Os mais velhos recordam do que se falava em cochichos...
Teria morrido mesmo ? Estaria apenas repousando ? Teria sido enterrado vivo ?
E à noite, quem seria aquele vulto que perambulava pelo cemitério ?
Estava criada mais uma lenda na região.
Arquivo de Adalberto Day
Prezado Adalberto,
ResponderExcluirO comentário não tem relação com o "post", mas apenas prá registrar, que neste dia estamos comemorando 55 anos de casamento de meus pais, Antonio e Iracia Tillmann, e logo depois estarei aí, no "nosso bairro Garcia", prá dar um abraço e agradecer por tudo aos dois, digamos, "velhinhos".
Um abraço e mais uma vez parabéns pelo espaço.
Beto Tillmann
Muito agradável a leitura deste post.
ResponderExcluirmariomottatv @adalbertoday Que maravilha! Teu texto e as fotos nos levam à uma viagem deslumbrante (tempo e espaço). É pura quântica, meu amigo. Abs.
ResponderExcluirjeangeovane @adalbertoday MUITO 10 ESSE TEXTO PARABÉNS O SEU BLOG EU ADORO ACESSAR TEM BASTANTE COISA INTERESSANTE
ResponderExcluirboa tarde Adalberto
ResponderExcluirsou blumenauense, e muitas fotos destas , faz-me voltar , recordar o passado... sou marilena lana , nascida ITEN (prima pobre dos ITEN ricos) rsrsrs.
Moro em Itajai. tenho fotos antigas da empresa catarinense , onde meu sogro foi funcionario.
minha mãe foi costureira do sr. DARIUS e esposa dona ROSI artista plastica.
minha padrinhos eram donos daquela na garcia que já foi cartão postal...Osvaldo e Adele hinkeldey.
minha mãe tambem foi costureira de muitas personalidades de Blumenau, onde eu á acompanhava.estou curtindo muito....
meu avô veio da suiça junto com seu irmão , trazendo o primeiro tear da empresa industrial Garcia.
ResponderExcluirVieram para monta-la. aqui chegando , beberam desta agua e nunca mais sairam... o nome do meu avô MEINRAD YACOB ITEN . TRABALHOU NA EMPRESA GARCIA ATÉ MORRER.
QUAIS OS DIAS DE VISITA , ONDE FICA SUA CASA? QUERO URGENTE IR AI...