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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

- O Velho DEBA

Texto :Gervásio Tessaleno Luz – Escritor, jornalista, professor.
Natural de Rio do Sul (1942), veio para Blumenau aos 11 anos de idade.


Arquivo de Charles Schwanke
Publicado no Jornal de Santa Catarina 11/01/2013 | N° 12776 - Coluna Almanaque do Vale Anderson Silva. Estádio Aderbal Ramos da Silva, também conhecido como Velho Deba, na década de 1950. O nome do estádio foi uma homenagem a Aderbal, que foi governador de Santa Catarina entre 1947 e 1951. A estrutura foi inaugurada em 3 de junho de 1927 e demolida a partir de 2007. (Imagem: Arquivo de Charles Schwanke, enviado por José Geraldo Reis Pfau/Adalberto Day)


Estou lendo Aderbal Ramos da Silva (foto), de Moacir Pereira (2011, 160 páginas) e relendo Doutor Deba, poder e generosidade, de Luiz Henrique Tancredo (1998, 428 páginas), obras editadas em Florianópolis pela Insular. Ambas, com dedicatórias, enviadas pelos autores, focalizam a figura de Aderbal Ramos da Silva (1911-1985) que governou Santa Catarina no período de 1947 a 1951. Em janeiro do ano passado, comemorou-se o centenário de seu nascimento.
Sempre admirei a figura do apelidado Deba, sem saber exatamente o porquê. Era nome de um estádio de futebol (Palmeiras, depois BEC), doado por ele ao nosso município, na Alameda Duque de Caxias. Hoje,.o clube não mais existe. Só lembranças de saudosistas irrecuperáveis. A área merecia um parque, semelhante ao Ramiro Ruediger, mas vai lá que tem. Virou área comercial (um adendo à selva de pedra que está caracterizando Blumenau), com direito, único, de uma ruela que une a Rua das Palmeiras à Alwin Schrader, sede do conservador Tabajara.
Catarina de peito firme custou-me admitir que nosso estado não possuísse no seu currículo o orgulho de ter um presidente da República. Esqueci de que Nereu Ramos, ex-governador, ocupara o cargo interinamente. Com o suicídio de Getúlio Vargas em 1954, uma série de incidentes impediram a sucessão natural nos nomes de Café Filho e Carlos Luz. Como 1º. vice-presidente do Senado, o nosso Nereu dirigiu o país e passou a faixa presidencial a Juscelino Kubitschek.
Charuto na boca, sua marca tradicional, Getúlio Vargas percorreu o Palácio Cruz e Sousa com Aderbal. Diante do retrato de Lauro Muller, grande estadista da República, o presidente comentou: - “Ele era Ministro do Exterior, foi Ministro da Viação. Só não foi presidente da República porque estávamos em guerra com a Alemanha e ele tinha um sobrenome alemão”.
No livro de Moacir, além de depoimentos de amigos e adversários, o carro-chefe é a entrevista que Aderbal concedeu ao autor em 1982. Foi publicada em  O Estado, o mais antigo diário catarinense, de sua propriedade.
Aderbal foi governador e sua família também ocupou o poder com Vidal, Nereu, Celso e Aristiliano, todos Ramos.
Tratava muito bem as pessoas simples. Prova? Esta afirmação: “Com os humildes procuro sempre ter um pouco mais de paciência. O cidadão quando vai pedir já se humilha.”.
A inauguração do campo (estádio) ocorreu no dia 3 de junho de 1927 A demolição  do estádio Aderbal Ramos da Silva começou no dia 23 de setembro de 2007- um domingo triste.


Arquivo Adalberto Day 

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

- Zangão

Publicado no Jornal de Santa Catarina :
08/01/2013 | N° 12773

ALMANAQUE DO VALE | Da editoria de Geral

Anderson Silva
Zangão
O adesivo criado pelo publicitário José Geraldo Reis Pfau é alusivo ao grupo Zangão, turma organizada em Blumenau na década de 1960. O adereço era colado na traseira dos veículos para lembrar a Escuderia Zangão. (Imagem: Arquivo de José Geraldo Reis Pfau/Adalberto Day)
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Texto na integra José Geraldo Reis Pfau
Nós, amigos e adolescentes, residentes na região da Rua Amadeu da Luz, São José e Getúlio Vargas fazíamos parte de um grupo de amigos com carros (alguns com o carro do pai) que formamos uma escuderia. Escuderia na época era moda e se colocava um adesivo redondo (30 cm de diâmetro) no vidro traseiro dos carros para dizer que essa era uma turma organizada e eram da mesma equipe. Nós criamos a Escuderia Zangão. Aproximamo-nos do Lig Lig e ele estava viabilizando sua condição de competir e nós nos propomos a "pintar" o patrocínio, nº, etc., no carro dele e com isso ele competiu com "Equipe Zangão". (Veja no capô do SIMCA)
Desenho criado por volta do ano de 1963/64 por José Geraldo Reis Pfau
Carlos Federico Mertens, também conhecido como Ligueli ou Ligueligue para a maioria  Lig Lig (faleceu em 2004)  -  e outros participantes.
De Blumenau o profissional do volante “Ligueligue” (Simca) liderava o grito da torcida, e nos DKWs pilotos como Fritz Reimer, Julio Reichow, Sergio Buerger, Arminio Klotz e outros personagens da rápida história naquela época do nosso automobilismo.
Quem nos enviou a foto foi seu Neto Felipe Mertens Brancher.

Para saber mais acesse:
Arquivo de José Geraldo reis Pfau/Adalberto Day
Família  Mertens/Brancher

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