Bandeira do Amazonas de 1920 e 1952
1) O clube Alvi Celeste - ou anilado como era conhecido o Amazonas,
fundado (oficialmente em 19 de setembro de 1919) por empregados da Empresa
Industrial Garcia, já praticavam o futebol desde o início do século 20 (1909),
era o time proletário do bairro Garcia.
23 BI - Traves do Amazonas estão ali desde 1974
Teve como primeiro estádio por alguns
meses, onde hoje é o 23 BI (as traves quando do encerramento do Clube, foi para
o Batalhão). Depois se transferiu para as proximidades da Rua Ipiranga
(conhecida como Rua Mirador), por quase cinco anos, posteriormente por alguns
meses, na rua Progresso próximo a Artex, onde existiu Bar do Barth e depois Bar e Comércio conhecido como Bar
do Iko.
E, finalmente, em 1926, mudou-se para o definitivo local,
próximo a Empresa Garcia, até ser aterrado pela Artex, em 1974. O último jogo no estádio foi dia 26 de maio de 1974. Amazonas 3x1 Tupi.
O nome da praça de esportes Amazonense, se chamava Estádio da
Empresa Industrial Garcia, o mais belo de Santa Catarina até então.
O Clube era conhecido como o Time Anilado do Garcia ou Alvi
Anil e Alviceleste.
2) Conta a história que a camisa tinha as cores azul anil e
branca. Como (se "comprava" ou adquiria-se) no máximo 2 uniformes por ano, confeccionados na Cia.
Hering, e tecido algodão, quando lavadas, até a metade do ano Alvi Anil, depois
no segundo semestre, era chamado de Alviceleste, devido desbotar.
3) Durante a segunda guerra, todos os clubes do Brasil que
tinham nome de estados, cidades, ou alguma semelhança com o nazismo e fascismo
tiveram que mudar de nome, e o Amazonas durante um período, chamou-se Aimoré.
Depois, a partir de 02 de junho de 1952, passou a denominar-se tão somente
Amazona Esporte Clube O cartório não aceitava mais Amazonas), retirando-se a letra (S) Pouca gente sabe disso, pois na
realidade continuou até o seu fim definitivo, em janeiro de 1975, com o nome
original.
Foto batida no
estádio do Amazonas no Bairro Garcia: da (E) para (D) em
pé : Nino, (Bidico o menino), Amálio de Souza,, Lino Cestari e Célio, Chimbica
e Massagista Valmor T. Victorino.
Agachados: Diretor
Sylvio de Oliveira, Hércilio Machado, Curuca, João Massaneiro, Boião e Nelinho
Reinert.
O time devidamente
perfilado, eis que um jogador que não aparece na foto. O jogador conhecido
como Costinha, correu ao banheiro após uma “diarreia”.
Notem na foto que o local está vago e aos fundos aproveitando
a deixa, aparece o menino Bidico.
5) A história registra (jornais da época) grandes goleadas aplicadas durante os
anos de 1919 a 1944, vejam alguns resultados : 6x1 no Caxias de Joinville, 7x3
no Brusquense (Carlos Renaux, 9x0 no Paysandu, 5x1 no Marcílio Dias, chegando
na ocasião a desafiar a Seleção Catarinense e derrotando-a pelo escore de 4x2.
aplicou pesadíssimas
goleadas em adversários de categoria, como ocorreu em 18 de dezembro de 1938.
Na tarde daquele dia, no seu belo estádio formando o onze anilado com Henrique;
José Pera; Chiquito; Ada; Bóia; e Wehmuth; Alfredinho; Nena Poli; Leopoldo
Cirilo; Olimpio e Seiler, o Amazonas aplicou uma terrível goleada no Brasil
(Palmeiras-BEC) 9 x 1 foi o placar com gols de Bóia 2, Alfredinho 2, Nena Poli
2, Leopoldo Cirilo, Olimpio e Seiler 1 cada. Também nesse ano aconteceu a maior
goleada imposta pelo Amazonas ao Blumenauense (Olímpico) 6 x 2 foi o placar.
6) Em 1939, o Grêmio
Esportivo Olímpico promoveu um torneio no dia 09 e 10 de abril para a
inauguração de seu estádio. O Amazonas sagrou-se campeão do 1º torneio
disputado neste estádio.
- Em 1958 o
Amazonas vence com facilidade a liga de amador, o placar mais elástico foi 11x0
no Floresta de Pomerode com quatro gols de Filipinho e vence também o torneio
inicio no estádio da baixada.
- No dia 1º de
setembro de 1961, o Amazonas perde por 1x0 na prorrogação para o Olímpico, com
o estádio lotado a torcida Amazonense divide as arquibancadas com o rival. O Amazonas
jogava melhor mais sofre o gol e perde o título, o empate daria o título ao clube Alviceleste.
Com o gol de Oriô,
morre ao lado, onde estávamos na arquibancada, um torcedor fanático do
Olímpico, (meu pai e eu estávamos presentes).
- Em 1962 o Amazonas
é campeão na baixada (Estádio do Olímpico) do torneio inicio da LBF.
7) "Dizem os mais
idosos, que jogou por aqui algumas partidas, o jogador Patesko, jogador do
Botafogo do R.J., que também jogou na Seleção Brasileira”.
Como esquecer os gols
de bicicleta do Filipinho, e aquele gol de calcanhar que o Dico fez contra o
Palmeiras, as arrancadas fulminantes do Meyer, que quase sempre se transformava
em gols, o Célinho, Dulfes artilheiros natos, Nilson (Bigo – maior artilheiro
da história do clube) era zagueiro, fazia tantos gols que foi jogar de centro
avante assim como tantos outros artilheiros que passaram pelo Amazonas.
8) Da vida futebolística
Amazonense, alguns momentos ainda a registrar; em 23 de julho de 1939, o torneio que
o Brasil (Palmeiras-Bec) realizou para comemorar o 20º aniversário de fundação,
o Amazonas teve o prazer de ganhar o 50º troféu de sua existência até aquele
momento, vencendo o torneio.
9) Certa vez por volta
de 1957, após uma vitória de 2x1 sobre o seu arquirrival do bairro, o já extinto
time do Progresso, os jogadores do Amazonas vieram a pé do campo do Progresso
(hoje Canto do Rio), cantando a seguinte marchinha :
Passa pra lá; Passa pra cá;
Arreda do caminho que o Amazonas quer
passar;
Nosso goleiro é um destemido; Os nossos beques de real valor;
Alfaria
vai chutando pra frente;
E a nossa linha vai marcando gol.
Conta o Sr. Mauro
Malheiros, do tempo em que atuava pelo Amazonas.
10) Já nos últimos dias
de Amazonas 1974, quando da fusão com a Associação Artex, em um jogo decisivo
do campeonato do Sesi, o Amazonas/Associação Artex venceu o Moveis Cimo de Rio
Negrinho no Estádio do Guarani da Itoupava Norte e se tornou campeão Estadual
Sesiano.
Neste jogo tudo
previamente combinado, Wilson Siegel (Nene) atleta, e Adalberto Beto Day, levam a
bola do jogo como recordação. Após o término do jogo, o juiz põe a bola em baixo
de seu braço, e Siegel vai por trás, e com um leve toque consegue tomar posse
da bola e jogá-la por cima do alambrado para mim que a levo direto ao ônibus.
Essa bola (marca Drible) foi a festa no
campinho “12” onde jogávamos aos sábados a tarde e aos domingos pela manhã.
11) O último jogo do Amazonas em seu magnifico estádio foi dia 26 de maio de 1974, Amazonas 3x1 Tupi, com 2 gols de Nilson Siegel (Bigo) e 1 de Tarcisio. Neste dia derradeiro, histórico e triste, a equipe que atuou pela última vez em seu estádio foram: Os últimos jogadores a pisar o gramado do majestoso estádio da Empresa Industrial Garcia, foram: Gaspar, Girão, Eloi, Luiz Pereira o Nena, e Adir, Nelsinho e Cavaco, Werninha (depois Poroca), Nilson (Bigo), Tarcisio e Ademir.
12) A última conquista do Amazonas
11) O último jogo do Amazonas em seu magnifico estádio foi dia 26 de maio de 1974, Amazonas 3x1 Tupi, com 2 gols de Nilson Siegel (Bigo) e 1 de Tarcisio. Neste dia derradeiro, histórico e triste, a equipe que atuou pela última vez em seu estádio foram: Os últimos jogadores a pisar o gramado do majestoso estádio da Empresa Industrial Garcia, foram: Gaspar, Girão, Eloi, Luiz Pereira o Nena, e Adir, Nelsinho e Cavaco, Werninha (depois Poroca), Nilson (Bigo), Tarcisio e Ademir.
12) A última conquista do Amazonas
A conquista derradeira com o nome de Amazonas foi em 1974, na Taça Governador Colombo Machado Salles, também disputado pelo União, Marcilio Dias, Carlos Renaux, Tupi e Humaitá. A campanha do Amazonas, que treinava na atual associação Artex, antigo pasto do Sr. Bernardo Rulenski, se desenvolveu em maus e bons momentos, culminando com a conquista a 14 de julho 1974, ao vencer o Humaitá, por 5x1 no estádio do Palmeiras. Só o avante Nilson (Bigo) fez quatro gols, que serviu para compensar a tristeza pela perda do seu estádio, o outro foi de Tigi (José Egidio de Borba).
Neste jogo derradeiro o Amazonas formou com Gaspar, Girão,Luiz Pereira (Nena), Vilmar e Assunção, Cavaco e Nelsinho, Werninha, Nilson (Bigo) Tarcisio torres e Ademir. Também atuaram Deusdith, Eloi, Adir, e Tigi.
13) O único clube de Futebol que desfilou na passagem do sesquicentenário de Blumenau no ano de 2000 com suas duas bandeira.
Para saber a história leiam:
Texto e fotos Adalberto Day Cientista social e pesquisador
da história.