terça-feira, 9 de agosto de 2016
- Campinho de chão batido.
(1) Os dois melhores não podem estar no mesmo lado. Logo, eles
tiram par-impar e escolhem os times.
(2) Ser escolhido por último é uma grande humilhação.
(3) Um time joga sem camisa.
(4) O pior de cada time vira goleiro, a não ser que tenha alguém
que goste de Catar.
(5) Se ninguém aceitar ser goleiro adota-se um rodízio: cada um
cata até sofrer um gol.
(6) Quando tem um pênalti, sai o goleiro ruim e entra um bom só
pra tentar pegar a cobrança.
(7) Os piores de cada lado ficam na zaga.
(8) O dono da bola joga no mesmo time do melhor jogador.
(9) Não tem juiz.
(10) As faltas são marcadas no grito: se você foi atingido, grite
como se tivesse quebrado uma perna e conseguirás a falta.
(11) Se você está no lance e a bola sai pela lateral, grite
"nossa" e pegue a bola o mais rápido possível para fazer a cobrança
(essa regra também se aplica a "escanteio").
(12) Lesões como destroncar o dedão do pé, ralar o joelho, sangrar
o nariz e outras são normais.
(13) Quem chuta a bola para longe tem que buscar.
(14) Lances polêmicos são resolvidos no grito ou, se for o caso,
no tapa.
(15) A partida acaba quando todos estão cansados, quando anoitece,
ou quando a mãe do dono da bola o manda ir pra casa.
(16) O jogo normalmente vai até 10. “5 muda de lado”.
(17) Troféu garrafas de capilé.
(18) Traves precisam ser trocadas frequentemente, pois quebram ou
alguém levou para fazer fogo no fogão.
Lembrou tua infância, então tu foi uma criança normal ...
Autor ;desconhecido
Campinho
do 12 ou Morro:
O campo do “12” ou Morro Foto Sábado
à tarde, domingo pela manhã sol ou chuva, “vamos ao majestoso¹” estádio dos eucaliptos o clube
“12”, para
mais um jogo. Geralmente tínhamos que erguer novas traves, pois o Sr. Hipólito
tinha recolhido para queimar em seu fogão a lenha. O pequeno campo do “12” ou
Morro se localizava na rua Almirante Saldanha da Gama bairro
Glória, próximo
às empresas Garcia e Artex em Blumenau. Muitos craques se revelaram nesse
pequeno campo, e foram jogar em equipes como Amazonas, Palmeiras, Olímpico e
tantos outros. Suas dimensões não ultrapassavam 60x30, mais barro que grama, e
foi palco de diversos jogos valendo uma “garrafa de capilé” (troféu da época). Obs.: O "12" existiu devido a retirada do barro para a aterrar a antiga Praça Getúlio Vargas em 1954.
Quem teve oportunidade de conhecer
esse pequeno espaço de propriedade da Empresa Industrial Garcia, com
funcionamento, a partir de 1954 até 1979, jamais esquecerá, pois irá recordar
de um gol (“eu fiz alguns de cabeça²”), de machucar o pé ou o dedo no solo
irregular, (era comum o atleta atuar descalço). O Nino Valênçio, disse que fez
cinco só em um jogo, será? O Walfrido Bachamann eu acredito. Depois o Nino se tornou um dos melhores goleiros da
história do Amazonas. Nesse dia o Ziza foi o goleiro, o Dinho, Luizinho Deschamps, Cao,
Egon, Dico, Aurélio Pinheiro, Fininho, Walfrido, Jonas Husadel, Ride, Valter Hiebert ,
Celesio Berns,Valmor, Edson e o Dedé também jogaram Rubens Sombrio, Fifinha, Edemar Faht. Essa era a velha guarda,
na nova geração até seu final, atuaram os Oliveiras, que só eles davam um time,
os Vieiras, Massaneiros, Malheiros, Silvas e Fontanelas, os Siegels
(Nenê,Ticanca e Bigo), os Cavacos, Oechsler, Day, Moritz, os Galassini (Zinho e
Tide) os Izidoros, os Zuchi, Huzadel, os Souza , os Schnaider, e tantos outros.
Até você que está lendo este artigo agora, deve ter feito um gol, ou então sabe
de um amigo ou parente que diz ter feito pelo menos um. Embora ninguém acredite
até o Álvaro Luiz dos Santos (Toureiro) diz ter marcado um. Antes do jogo, o
aquecimento era o famoso controle, só valia gol de cabeça. O Silvio Roberto de
Oliveira , O Nilton das Silva eram bons também na cabeça e controle.
¹ majestoso
² de cabeça, Beto Day
14 comentários:
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Meu caro Adalberto,
ResponderExcluirLembro de cada pé de goiaba,daquele campo pois em quanto os grandes não deixavam nos os pequenos jogar,comiamos as frutas ou íamos buscar a bola que por vezes era jogada pro mato. Mas também tínhamos nossos jogos , normalmente antes ou depois dos adultos,e u lembro que ficávamos contndo os jogadores que vinham chegando e torcendo para faltar alguém , aí então alguém gritava"vem cá o moleque joga aqui até chegar alguém". Com relação as regras acima no texto, eram exatamente desta forma kkkkkkk muito bom ter relembrado tudo isso.
Bom dia Prof Adalberto! Bem isso mesmo as regras,as traves,os locais o fim dos jogos, e ate quando o dono da bola estava perdendo acabava com o jogo e ia embora. Aqui tínhamos Turma de baixo x turma do meio x turma d cima o capilé rolava, e altas brigas tbm rs. E pensar os tão poucos craques q chegaram a ser profissional, não termos um time de elite, e nem um estádio digno temos.Dos anos 80 pra k tivemos muitos revelados para o futsal + no futebol mesmo nada. Muita BLÁ,BLÁ,BLÁ e nada sai de concreto,e penso q nunca vai mudar. Verdade amigo o bom é lembrar dos bons e velhos campinhos de barro e o bom e velho capilé.Hoje twittei algo algo sobre a vergonha q esta nosso futebol brasileiro, se vc olhar vai ver minha indignação com essa vergonheira.Grande abraço meu querido.
ResponderExcluirAdalberto e Pfau
ResponderExcluirLembrei meus tempos de infância
Rudolf Polzer
Adalberto
ResponderExcluirSensacional , fiz muitas destas traves e joguei muito neste campinhos.
Morei por muitos anos ao lado da pinguela da Rua Soldado Moacir Pinheiro e ali tínhamos um campinho.
Luis Carlos Koch
Presidente da LBF
Beto e Pfau.
ResponderExcluirTínhamos um campinho que nós mesmos fizemos, pois tivemos que derrubar e plainar o terreno , ali, no início da Pastor Oswaldo Hesse, onde hoje é um centro de treinamento de auto escola.Relembrei tudinho .Era como você descreveu nos mínimos detalhes.Pelo jeito só mudava o endereço, mas as regras eram essas.Bons tempos.Minha geração era de 1967 em diante.Quando em 1973, mudei pra Escola Agrícola, também tínhamos um campinho com cerca de arame farpado em volta, por causa do gado e vez ou outra alguém saía machucado, ou dependendo do estrago, continuava sangrando mesmo.Só tomava o caminho de casa com o pai assoviando pois era hora do jantar.Éramos felizes. Hoje vejo meus filhos, atrás de Pokémon e vejo o que estão perdendo e o que eu ganhei na infância e adolescência.
Abraços e obrigado pelas minhas recordações que nunca mais havia pensado.
Edson
Editor - Revista Bela Vida
Muito oportuno o texto professor Adalberto. Sem abusar da nostalgia, jogadores que começavam em campinhos como este desenvolviam muito mais alguns fundamentos do esporte. As condições precárias acabavam exigindo mais técnica e criatividade. Além disso, a parceria e a liberdade eram muito maiores.
ResponderExcluirA turma atual, que desde sempre jogou em campos regulares - usando uniformes oficiais e chuteira de marca - acabou perdendo parte importante dessa experiência, tão característica do antigo futebol brasileiro.
Para o esporte tem hora marcada, mas o vídeo-game ou celular entram madrugada adentro. A dedicação é à tela e não à bola. Talvez essa filosofia de botequim ajude a explicar por que a bola brasilis anda tão murcha.
Bom dia Claudio. Em nome do Adalberto agradeço o seu oportuno comentário. A diversão tinha hora marcada, dia marcado e outras cositas mais, como um regador cheio de agua para tomarmos à cada duas horas de pelada.
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ResponderExcluirJoguei neste campinho,fica no morro onde morava a Frau Uba que tinha um papagaio falante.As vezes jogávamos por uma garrafa de capile. Bons tempos.
Osni Wilson Melin
Como esse bairro [ GARCIA ] nos marcou, difícil achar alguém dizer que não viveu uma infância feliz .nesse bairro.
ResponderExcluirValdir Venturini
Que saudades, muitas vezes joguei nesse campinho juntamente com nosso grande amigo que nos deixou.
ResponderExcluirAs traves me, parece que cheguei a velas dessa forma, pois o travessão pregado com um sarrafo era sustentado por dois postes tipo forquilha.
Se não me engano essa trave era na entrada do campinho e atras delas começava a subida do morro.
Na trave dos fundos ficava um pequeno matagal com pequenas arvores com espinhos.
Olhando a trave da entrada, no lado esquerdo haviam alguns pés de eucalipeiros, onde seguidamente as bolas caim.
Fotos raras que eu nunca imaginava existir. Quem teve a felicidade em consegui-las?
Valeu amigão
Walfrido Bachamann
mas muito... Agora voltei no tempo. Tínhamos o nosso campinho, na ponta aguda, ali na curva da rua das missões onde hoje tem um posto de combustível. Ali juntava o pessoal da toca da onça, Rua do Valter Schmidt, pedreira e da Lebom Régis.....O problema era quando a bola caia no Rio Itajaí. Era a nado para buscar.....A trave fazíamos com árvore do mato, logo ali perto....Abraço
ResponderExcluirAdilson da Silva
Meu nome é João Francisco, sou jornalista, resido em Joinville. Fui diretor do Jornal de Santa Catarina, meu e-mail é joaochicosilva@hotmail.com. Gostaria de ter um contato consigo para saber sobre Johann Wendt Dias um dos voluntários blumenauenses que estiveram na Guerra do Paraguai
ResponderExcluirCaríssimo Adalberto, hoje que estou colocando a leitura em dia. Assim sendo, aprendi sobre o verdadeiro futebol.
ResponderExcluirIvo Brehmer
ResponderExcluir
Show Professor, vivi essa época graças a Deus, e nosso campo era perto do Rio, quando tava ganhando era bicuda lá, botava a bola pra nadar...kkkkk