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terça-feira, 11 de setembro de 2012

- A morte da Prainha

Ilustração: Livro 1999- Um alemão nos trópicos
Alusivo ao Centenário de falecimento de Dr. Blumenau 
- A morte da Prainha
Participação de Lauro Eduardo Bacca/ecólogo e ambientalista, que nos relata  sua preocupação sobre os trabalhos que estão sendo executados na prainha, símbolo histórico de nossa cidade. Quero salientar que dentro da lei ambiental não sou contra os trabalhos na margem esquerda. É uma obra necessária essa contenção da margem esquerda do Rio Itajaí Açú. 
Porém devemos nos preocupar sim com fatos históricos e que não estão prejudicando em nada, como é o caso da prainha...
Ouvi nesta quinta feira 06/09/12 no Jornal do Almoço RBS - O secretário de Planejamento Urbano, Walfredo Balistieri, dizer: "que as pedras estão ali só momentaneamente e que a prainha continuará com seu formato original".  
Que assim seja!!!  Adalberto Day
Por Lauro E. Bacca


Depois de profundas alterações provocadas por obras como dragagens, aterros, cortes, retificações e muros de concreto em margens, os Estados Unidos estão executando um projeto chamado de Rios Sustentáveis, que pretende reverter os rios do país ao estado natural, ou, ao menos, para uma situação mais parecida possível com o aspecto original dos cursos d’água.
“O objetivo não é apenas a preservação ambiental, mas também o bem-estar da população. Rios preservados são fontes de água limpa e causam menos enchentes”. Chegaram a essa conclusão depois de séculos de impactos ambientais causados nos seus rios. A iniciativa foi da organização The Nature Conservancy em parceria com o Corpo de Engenheiros dos Estados Unidos, órgão responsável pela gestão da maior parte dos recursos hídricos do país.
A proposta está sendo aplicada como teste em oito rios. O primeiro foi o Green River, no estado do Kentucky, que tem 600 quilômetros, não muito maior que o Rio Itajaí. Entre os rios do projeto, existem os que passam por áreas urbanas, como também aqui no Vale. Antes dos Estados Unidos, a Europa já promovia a renaturação de vários rios. “A proposta reconhece que as cidades precisam se desenvolver, mas não podem prensar seus rios (grifo meu). Para isso, é preciso levar em conta as enchentes e não invadir os locais que são alagados em algumas épocas do ano”, explicam especialistas do projeto.

É mais do que hora de evoluir do primitivismo da ênfase às obras estruturais e do desrespeito aos cursos d’água naturais para ações concretas de convívio respeitoso com a natureza. A Europa e os EUA começam a reconhecer que erraram e tentam aprender a conviver com a natureza e não ficar lutando contra ela ou moldando-a, arrogantemente, ao nosso gosto, imagem e semelhança.

Lembrando isso, observo entre incrédulo e estarrecido mais uma inconcebível prensada no Itajaí-Açu, o absolutamente desnecessário enrocamento na curva da Ponta Aguda. Dormindo sob efeito de soníferos institucionais, a Faema nada faz e a Fatma, até onde sei, licencia um verdadeiro estupro da Prainha, um golpe profundo numa paisagem que é a própria identidade histórica, natural e cultural de Blumenau. Devo, porém, estar sonhando.

Foto Paulo Schneider
Foto batida por Jaime Batista da Silva
Leitores, por favor, me belisquem!
05/09/2012 | N° 12668
LAURO BACCA
Arquivo: Adalberto Day

16 comentários:

  1. Concordo com nosso querido ativista ambiental Lauro Bacca, que em sua coluna denunciou com veemência “um verdadeiro estupro na Prainha, um golpe profundo numa paisagem que é a própria identidade histórica, natural e cultural de Blumenau” (Santa, 5 de setembro). Trata-se do horrendo enrocamento da curva do rio, desnecessário segundo Bacca. “A Faema nada faz, dormindo sob efeito de soníferos institucionais”, afirmou. Uma coisa é proteger a margem esquerda, outra é passar o trator sobre nosso patrimônio histórico, como mostram nossos arquivos.
    Cartas Santa 06/09/2012
    Michel Imme Sabbagh

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  2. PRAINHA
    Em seu artigo A morte da Prainha (Santa, 5 de setembro), o colunista Lauro Bacca pede para ser beliscado diante da atual situação. Sinta-se beliscado, Lauro Bacca. Mas sinto informar que a morte da Prainha é um pesadelo real e coletivo, assim como a morte da vegetação ciliar do rio e da democracia nos projetos públicos. Queria, entretanto, poder beliscar, talvez cutucar e acordar Blumenau.

    Leandro Ludwig
    Cartas Santa 07/09/2012

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  3. Não vejo com maus olhos a obra que está sendo executada em nossa lendária Prainha. É preciso fazê-la para manter o pouco que resta da margem esquerda do rio naquele trecho. As obras estão no início, aparentemente autorizadas pelos órgãos competentes, ou seja, vamos aguardar a obra ficar pronta primeiro para depois tirarmos nossas conclusões.

    Décio Isleb

    Securitário – Blumenau

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  4. Não precisa ser beliscado, mestre Lauro Bacca, como pediu no artigo A morte da Prainha (Santa, 5 de setembro). É a realidade. Me pergunto o que os políticos de plantão entendem por desenvolvimento. A mãe natureza sempre se cobra. Experiência, infelizmente, não falta a Blumenau.

    Norberto Lindner

    Professor - Indaial

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  5. Seria assim uma espécie de área super nobre do rio, de um lado as confluências das bocas, do rio Garcia , da Alameda e da Quinze. O hotel Blumenau, o cinema, o mausoléu do dr. Blumenau, o Thonjes e muitos mais. No outro lado do rio, na prainha em si, esse ícone da gastronomia da cidade, possivelmente o local onde a sublime arte do pecado da gula é mais amplamente executada. Que Deus salve a Rainha. Ops... a Prainha! Amém! #L0L.

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  6. Boa tarde Beto. Li e reli a reportagem do Baca sobre a prainha. Realmente ele tem razão. Mas qdo foi cortada aquelas belas figueiras(acho que eram figueiras) que existia no bairro progreso naquele ponto de ônibus em frente da Artex não houvi comentario algum a respeito. Sera porque?

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  7. Boa tarde Adalberto

    A princípio concordo com o comentário acima de Décio Isleb.
    Temos que aguardar o que vai ser feito...
    Talvez em lugar das pedras, pudessem ser plantadas árvores de porte, não sei, mas de forma alguma poderá ficar apenas como está.
    Enfim, uma atitude foi tomada, o que é importante para o local.
    Abraço

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  8. Eu só tenho boas lembranças da Prainha,pois quando Jovem,namorava aos Domingos a tarde,final do dia,era muito bom feliz de quem teve estes momentos.

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  9. PRAINHA

    Recentemente, iniciou-se a supressão da vegetação na margem esquerda do Itajaí-Açu, na Ponta Aguda. Tenho três questões: o corte destas árvores era realmente necessário? Aos senhores Maico Kasmirski (Santa, 7 de setembro) e Leonel Luiz da Cunha Jr. (Santa, 10 de setembro), pergunto por que exatamente a canalização desta margem é indispensável? Já ao colunista Lauro Bacca (Santa, 5 de setembro), lamento dizer que o torpe enrocamento da Prainha tem tudo para ser mais um pesadelo ambiental.

    Stefen Schmitt

    Estudante - Blumenau

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  10. Sinto falta de transparência no trabalho da prefeitura perante a população da cidade.
    Informar os cidadãos sobre como serão feitas as obras nas margens do Rio Itajaí, no centro de Blumenau, seria um ato de respeito do cidadão, de valorização do que é nosso.
    Se estamos pagando, temos o direito de entender o q está sendo feito, certo? Não queremos surpresas.
    Os jornais adorariam publicar regularmente esclareceimentos da prefeitura sobre essas obras.

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  11. Pelas críticas contundentes do Lauro Bacca, mais uma vez o aprendiz de ditador João Paulo Kleinubing está fazendo na prainha aquilo que ele bem entende, sem consultar o Comitê da Bacia do Itajaí-Açu. Daqui a pouco o Comitê da Bacia do Itajaí o denuncia ao Ministério Público, e então, mais uma vez, ele dirá que os ambientalistas são os responsáveis pelo que ele não faz. Tome cuidado com o seu voto. O candidato que ele apoia nada fez por Blumenau na Assembleia Legislativa. Sabe-se que ele esteve na /Alemanha, para ver o que eles fazem por lá. Realidades totalmente distintas.
    Braz dos Santos

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  12. PRAINHA

    A Prainha não precisa ser recuperada. A natureza o fará e muito bem feito. O barranco entre a Prainha e a área calçada é que precisa ser desbastado, pois é aterro. Retirem urgente as pedras lá colocadas. E quando forem colocar as pedras para proteção dos barrancos adjacentes à Prainha, deixem uma distância de no mínimo 50 metros entre as pedras e a Prainha. A natureza agradece.

    Luís Augusto Bayer Gomes

    Blumenau

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  13. Prezado amigo Adalberto,
    Destes que já governaram e que governam nossa prefeitura, honestamente, já não espero nada de positivo porque os erros são antigos. É o famoso "ego" político que mata - vagarosamente - o Grande rio Itajaí. Já teve show, sujeira para todo lado... e agora, pedras.
    Respeito? Nenhum.
    Ao invés, aquele espaço poderia ser um espaço paradisíaco, onde as familias poderiam levar seus filhos...
    lamentavel

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  14. Pessoal, fico feliz com toda essa repercussão muito bem coligida aqui no Blog do amido Adalberto, que está de parabéns pelo trabalho!Devo dizer que ainda temos esperanças de que o projeto da obra possa ser revisto e permita que, depois de executado, a mata ciliar volte a ocupar seu lugar, conciliando proteção física (e necessária) da margem, com a função de mata ciliar e corredor ecológico. Vamos sensibilizar nosso Promotor de Meio Ambiente?
    Grato a todos,
    Bacca

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  15. aMIGO aDALBERTO SO TENHO A DIZER QUE COINCIDENCIA ENTRE A RECUPERAÇÃO DA MARGEM ESQUERDA E A MARGEM DIREITA DE NOSSO rIO iTAJAI aÇU,POIS ADIREITA DIZEM AS MAL LINGUAS QUE O engenheiro fooi socio da esposa do sr Zadrosny na época prefeito de Blumenau e as pedras colocadas nas margens do rio de quem éra? e agora Blumenau não tem pedras para o mesmo serviço? estão trazendo da vizinha cidade de Pomerode? qual é o custo do transporte? não seria mas barato pegar pedras de Blumenau? favor verificar queremos saber, e tudo isto vai benificiar os moradores dos terrenos de posse da marinha, os riquinhos e o que vai ser feito pela rua Coripos referente aos anos 2008? e minha propriedade que fiz tres pedidos de vistoria na época e nunca fui visitado para ver os danos na rua Vitoria de Alcantera? não sei porque nos preocupamos com tudo isto pois hoje dia 17-09-12 vi no reporter da T.V. o senhor Juiz exiguiu a devolução do deposito de material da prefeitura que tera que demulir tuda a benfeituria e providenciar a recuperação de arborisação de toda a area tendo que pagar para o proximo ponto alto aluguel, sendo pago com nossos impostos eu pergunto sera que este Sr Juiz vai tambem fazer que toda a area ocupada da marinha seja desocupada ? faça um levantamente se por possivel eu so açendi o estopim vamos aguardar o estouro. abaços Salvador grato e abraços

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  16. Quarta, 26 Setembro 2012 17:18 postado por Vilmar Vidor
    O problema reside nas obras paliativas. A comunidade deve exigir da prefeitura uma obra estruturalmente defintiva, realizada com qualidade. Eu conheço a àrea e o problema desde os anos 80. Assim como as obras de emergência sem a infraestrutura adequada.

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