A “ PEDRA DO LONTRA “ - como marco referencial da nossa conjuntura. ALINHAVOS MEMORIAIS DE NIELS DEEKE À PRIMEIIRA BALIZA PARA AFERIÇÂO DO NÍVEL DO ITAJAÍ AÇU NO CENTRO DE BLUMENAU – ÍNICIO DA COLONIZAÇÃO ATÉ APROXMADAMENTE O ANO DE 1906..
Presumia-se, até os anos sessentas do século passado, que o nível das águas do rio Itajaí Açu, quando considerado em seu fluxo padrão, estivesse situado a cerca de 1,50 metros acima do nível do mar, no trecho, de seu curso, diante da posterior cidade de Blumenau, ou mais precisamente na linha da flor d’água que fluía sobre a Pedra do Lontra. Nos primórdios da colonização o que mais importava quanto ao nível das águas, era a condição de haver fluxo de águas com volumes suficientes à viabilidade da navegação, se bem que, por evidente, houvesse grande preocupação com possíveis enchentes. Tal assertiva pode ser verificada em documentos vários, e principalmente nos registros contidos nas correspondências comerciais e particulares dos imigrados. Nos períodos de longa estiagem a antiga Colônia permanecia completamente isolada de qualquer comunicação, por não haver, então, via alternativa de trafego que não fosse o Itajaí Açu. Atente-se que só após aproximadamente os anos seqüentes a 1890, foi possível seguir à Itoupava Seca por precário caminho, aberto em leito que posteriormente tomou o nome de rua São Paulo, e mesmo assim ultrapassando imensidades de porteiras e pastagens particulares. Tudo seguia pelo eterno rio. Todavia houve realmente via alternativa, que percorrendo a atual rua São José, seguia pela também atual rua João Pessoa, alcançava o Jaraken Bach, quase na altura da empresa Resima e então infletia à direita, passando pelo atual Hospital da Unimed ( Anterior Arno Bernardes) e então, adiante, desembocava no atual Hospital do Pulmão da Itoupava Seca. Por evidente era muito mais cômodo seguir pelo rio Itajaí Açu. Dessarte a preocupação predominante esteve dirigida às secas do rio, situação diametralmente oposta a que se observa na atualidade, quando os níveis elevados das águas é que provocam apreensão.
Situações de calamidade ocorriam quase anualmente quando a pequena vazão das águas não permitia que as embarcações, provindas de Itajaí, com toda sorte de mantimentos e mesmo novos colonos, alcançassem Blumenau, necessitando procederem, quando ainda possível, o desembarque em Gaspar, cujo atracadouro situava-se onde, no presente, encontra-se a cabeceira da margem direita da Ponte Hercílio Deeke. Era o quanto acontecia com o vapor São Lourenço – de navegação marítima - que desde 1874 foi a embarcação que mais significativamente atendeu a Colônia Blumenau. O primeiro aportamento do São Lourenço em Blumenau, ocorreu em 22/11/1874, quando foi criada a Agência do Correio em Blumenau.
O ponto referencial para verificarem se haveria condições de navegabilidade até o porto de Blumenau, era o cabeço da ¨Pedra do Lontra¨. Antes de 1937 era dita ¨ Otter Stein¨, mas devido a nacionalização que então ocorria de forma coercitiva, passaram nos documentos oficiais a referi-la como Pedra do Lontra, no masculino, porque na língua germânica Otter, ou seja Lontra, é masculino. Também ouvi dizerem que a razão da tradução foi a de que sendo, então, em 1937, prefeito municipal Alberto Stein, a menção Otter Stein, remeteria à idéia de ¨Otário Stein¨- associando o patronímico do prefeito ¨Stein” à Otter- otário -ontra , porquanto Otter, ou Lontra, é um espécime do gênero das “otárias“, do grupo dos pinípedes. Assim traduziram o topônimo para, ao não pronunciá-lo em língua alemã, evitarem lembrança ao chiste que associava a pessoa do prefeito a “otário Stein”, ou ¨Stein Otário¨ ( Lontra = Otária)
Na verdade trata-se de uma extensa laje de pedra estratificada ( em camadas) que se estende desde a margem direita do Itajaí Açu até pouco antes da margem esquerda, quando termina formando um cabeço mais elevado.
Observada do alto da margem, em períodos de seca, a aparência da escura laje coberta de liquens à guisa de pelagem cujos filamentos remexiam com a fraca correnteza, era a de uma gigantesca lontra, com o corpo submerso e cuja cabeça sobressaia da água.
Com relação à aferição dos níveis das águas registrados nas diversas enchentes há que considerar um fato relevante, qual seja o das diversas substituições dos locais que contiveram as apropriadas balizas graduadas grafadas com a escala métrica, ou seja as réguas de controle. Recordo-me das réguas que foram utilizadas nos anos 1948 e 1949, penso que tivessem uma largura de 15 cm e eram parafusadas em trilhos Decauville ( Trilhos para servirem ao deslocamento de vagonetes empurrados a braço humano) os quais estavam por sua vez profundamente espetados em pontos de fácil acesso. As réguas, das quais me recordo, estiveram fixadas em dois locais diversos.
A primeira e mais antiga, esteve quase sob a antiga ponte de ferro sobre o Ribeirão Garcia (foto), ponte que foi substituída em 1949 pela atual de concreto e que tem a denominação de Ponte Dr.João Pedro da Silva ( Uma homenagem ao genitor do dr. Adherbal Ramos da Silva ), na barranca da margem direita do Ribeirão Garcia, em terreno da PMB. Foi inaugurada oficialmente em 03 de março de 1950.
Devido a movimentação para a construção da ponte, foram, as réguas, fixadas mais a montante, na mesma margem, onde em 1952/53, havia os canteiros com as mudas das Palmeiras Imperiais (Roystonea oleracea) que em 1953 Hercílio Deeke mandou buscar do Horto do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, para, em número de 100 árvores, substituir os antigos coqueiros Jerivá (Siagrus Romanzoffiana) (Foto cima) – cujos frutos são ditos cocos de graxaim e que foram plantados em 1872 por Hermann Wendeburg a mando do dr. Blumenau ;. e. além, havia extensos canteiros, escalonados, por toda a barranca que servia de viveiro para as mudas dos frondosos chorões que meu velho pai mandou plantar ao longo das margens do rio até a saída do ribeirão Bom Retiro e ribeirão Garcia adentro.
Na atualidade nada sobrou. Por haver referido as Palmeiras Imperiais, cá aproveito para consignar que as mudas foram cedidas pelo supradito Jardim Botânico, e por especial favor do botânico e dendrólogo João Geraldo Kuhlmann (1882-1958), diretor da instituição e blumenauense de nascimento, o qual apesar de já aposentado, recebeu o jardineiro contratado pela PMB o Sr. Gustavo Krueger – decano dos topiários locais, e que seguiu à capital do país no navio Carl Hoepcke, especial e particularmente estipendiado por Hercílio Deeke para preparar as céspedes de 200 palmeiras ( plantadas na Alameda Duque de Caxias foram 100 unidades) envoltas em sacaria de aniagem. Recordo-me que foram necessárias duas viagens da caminhão caçamba da PMB à Itajaí para buscar as mudas das Palmeiras já então bem desenvolvidas ( O estipe < tronco> talvez medisse 1,80 m de altura) e de outras árvores para ajardinamento das ruas, pois aguardei a chegada do 1º caminhão com o meu pai, lá nos fundos da PMB. Atente-se que do Jardim Botâniico vieram as Palmeiras Imperiais ( de folhagem crespa) e não a Palmeiras Reais ( de folhagem lisa) gênero muito diverso e denominado Arcontophoenix Cunninghamiana.
F) Consta do acervo particular de Niels Deeke - in arquivos Hercílio Deeke- o que se segue :
Uma carta dirigida em 25/11/1953 pelo Pref. Municipal Hercílio Deeke ao Prof. João Geraldo Kuhlmann- agradecendo a acolhida que este dispensou ao jardineiro Gustavo Krueger- da Prefeitura de Blumenau, o qual seguiu aquele Jardim Botânico para especialmente buscar Mudas de Palmeiras Imperiais e recolher suas Sementes, além de mudas de árvores decorativas destinadas à arborização das ruas e praças de Blumenau e, ao mesmo tempo, remetia, como oferta para João Geraldo Kuhlmann, diversas roseiras –Pasta H.D. - ano 1953- Diversos Ministérios e Repartições) # Em 23 de abril de 1951- O Prefeito Hercílio Deeke escrevia longa carta ao dr. João Geraldo Kuhlmann, solicitando mudas de “PAU-BRASIL” ( Ibirapitanga, os tupis chamam árvore de Araboutan, e com lavadura da sua cinza sabem dar uma cor vermelha mui durável - (Robert Southey, História do Brazil, Garnier, Rio,1862, t.1, p.44, extraído de A. Franco, A IDADE DAS LUZES, p. 310) Na mesma carta Hercílio Deeke autorizava o despacho das ditas mudas por intermédio da firma “Sysack & filhos” - Rio GB, rua D. Pedro Gerardo nº 60 – telefone 23-6217- que eram agentes do navio “Urânia” de propriedade da empresa “Navita”, de Itajaí - SC. – vide cópia in Arquivo –HD Pasta Expedida div. Ministérios ano 1951- acervo Niels Deeke.
Lembro-me de ter subido inúmeras vezes a rudimentar escada, cavada na terra, cujos degraus eram suportados por tabuinhas escoradas em sarrafos, para buscar bebidas e cachorros quentes no Ponte Bar, quando, nas cercanias, fazia pescarias de tarrafa para apanhar cascudos, peixe então ainda desprezado em Blumenau. A dita escada levava às réguas, que eram em número de três, desde a mais baixa até a mais elevada. A mais baixa iniciava a marcação em 5,00 metros e cada régua media somente até 3,00 metros, portanto as medições estiveram limitadas a 14,00 metros Lá permaneceram até, 1963, quando Hercílio Deeke mandou demolir o Ponte Bar, que fora inaugurado em 1950, e que era propriedade de Ricardo Bliesner, o qual recebeu gratuitamente para exploração terreno da PMB cf. contrato formado em 19/7/1950, com o compromisso de construir um “sanitário público”. O local é atualmente parcialmente ocupado pelo aterro que contém o Mausoléu dr. Blumenau. No dito Ponte Bar, onde vendiam exclusivamente bebidas e os ditos cachorros quentes, havia, no subsolo, os sanitários. Cf. consta da p. 127 do Rel. Administrativo do Prefeito Hercílio Deeke, “Mandei demolir, mediante indenização ao respectivo concessionário o “Ponte Bar”, ao lado da Prefeitura, ajardinando o terreno pelo mesmo ocupado e mandando construir novas instalações sanitárias públicas à margem do Ribeirão Garcia, em local discreto”. Vide in arquivo Hercílio Deeke- Tabularium Niels Deeke- cópia da certidão (duas páginas) do Processo Administrativo sobre a execução do Contrato de Concessão firmado entre a Prefeitura Municipal de Blumenau e o Sr. Ricardo Bliesner, - Laudo Pericial- etc. Conclusão- datado de 15/3/1963. assinado Annemarie Techentin- Diretora do Expediente e Pessoal . Visto do Prefeito Hercílio Deeke.
Quando Hercílio Deeke iniciou, em 1964, a construção da Beira Rio, com o enrocamento da foz do Garcia, foram, as réguas de medição, transferidas para a barranca junto à Estação da Estrada de Ferro, na foz do ribeirão da Velha. [ Remeta pesquisa para Supl. Vórtex 35 N.D. – “ Ribeirão da Velha” ] Conforme era voz corrente, na transferência para a foz do Velha, as réguas teriam sido colocadas 0,37 metros abaixo do ponto mínimo em que estiveram fincadas no local anterior, ou seja atrás do PMB. Desde então a responsabilidade pela manutenção e conferência das réguas passou à administração da Estrada de Ferro. As discussões foram muitas, entretanto não houve quem dirimisse a dúvida. Cumpre-me aqui esclarecer um fato que poderá matar a charada. Desde o início da colonização o marco ZERO, da Lâmina de Água, sempre foi considerado como o ponto imaginário estabelecido a “HUM E MEIO METROS acima do cocuruto da “Laje do Lontra”, cabeço do lajeado que se encontra pouco mais próximo da barranca esquerda do rio e que pode ser visto, nas estiagens, a partir da linha transversal que faz, com rio, a partir do local onde se encontra a “Caça e Pesca.” A chapada daquela pedra (“ Pedra ou Laje Do Lontra”- no masculino, como costumavam chamá-la até o ano de 1954 e com tal denominação a referia Raul Deeke, que estudou detalhadamente as enchentes visando emergir o casco do “Vapor Blumenau”, então semi submerso na foz do ribeirão de Tigre (Tigerbach) para colocá-lo na
“Prainha”- e o feito é devido a ele Raul Deeke, que realizou a trabalhosa proeza através da entidade “Kennel Clube de Santa Catarina” (2) foi, a dita ¨Pedra¨, no passado remoto e mesmo neste século XX, o marco referencial de níveis para a navegação. O nível considerado mínimo normal - padrão - foi sempre estimado como fixo em 01 metro e 50 centímetros acima da “Pedra da Lontra”, aliás a carreira ( Plano Inclinado) de estaleiro para reparos da “Cia Fluvial a Vapor Blumenau- Itajaí, instalações que foram desativadas em 1919 ”, também servia-se do dito marco Otter Stein - ¨Pedra do Lontra ¨, vez que situava-se justamente defronte às suas instalações e era notoriamente visível para as respectivas avaliações.. Este rudimentar estaleiro- dotado de Plano Inclinado - para reparos nos vapores “ Progresso” e “Blumenau”, situava-se na foz do ribeirão Bom Retiro, no lugar, que depois de receber grande aterro, serviu para conter a Praça dr. Blumenau. Dessarte as medições eram efetuadas considerando-se um metro e meio acima do topo, medida de nível mínimo da água para possibilitar a navegação dos vapores para Itajaí e vice versa, pois ambas as embarcações calavam profundidades de 1,50 m. considerando, com pequena variação sua carga ou mesmo dead weight, o que era necessário para não encalhar no paredão do Belchior – margem esquerda – ( Na época colonial o paredão de pedra lilás ali existente era denominado ¨Forteleza-1840” , e o dr. Blumenau recebeu do Império 5 contos de reis para mandar explodi-lo, contudo não procedeu qualquer obra, havendo utilizado o numerário em outras benfeitorias) Portanto era preciso haver 1,50m. de água acima da Pedra da Lontra, se bem que o rio sempre tivesse algum nível de água, que a submergia, lá havia no passado, fortemente cravada uma haste de ferro – pedaço de trilho - cuja base estava encravada e chumbada em uma fenda no centro da rocha, e eu próprio Niels Deeke, ainda a vi e inclusive a apalpei com minhas mãos em, 1948 e 1949, durante as muitas pescarias nas armações dos espinhéis grossos para pescar os grandes bagres de corso. Não procedi medição, mas suponho que aquele vergalhão tivesse 1,50 metros de altura, e lá, naquele espeto, amarrávamos a bateira nadando até a Prainha. A dúvida para equalizar os verdadeiros níveis de água do rio, atingidos outrora e na atualidade, excluindo-se as diferenças devidas a fixação das réguas em níveis diversos, poderia ser facilmente esclarecida, tomando como ponto de referência a Casa Husadel que na sua parede lateral tem (pelo menos tinha) espetado um vergalhão de metal que indica o nível alcançado pela enchente de 1911.
Casa Husadel ( A foto é por demais divulgada) e conferir com um aparelho GPS qual o nível das águas retratadas no foto. Simples, não ? Ora, a partir da chapada da pedra, acrescido 1,50 m, medir-se-ia até o vergalhão espetado (se é que ainda lá esteja) para conferir a medição que acreditamos deverá acusar a altura alcançada em 1911, fato que talvez derrubasse outras medidas consignadas, se compulsadas com a marcas devidamente assinaladas. As marcas dos níveis alcançados pelas enchentes que constam cravadas, em vergalhões de metal, nas paredes do prédio da “Casa de Força” da Usina Salto, não podem ser consideradas como, absolutamente, válidas para o centro da cidade, mormente depois do estrangulamento do rio no centro da cidade, causado pelo enrocamento da margem direita que consubstanciou-se no talude da Beira-Rio. (Uma das antigas réguas que constava próxima à ponte sobre o Garcia, quando avariada e depois de substituída por nova, elaborada e pintada sobre “Placa” elaborada pelo marceneiro Schramm da rua Itajaí, fez parte do acervo particular de Niels Deeke – e atualmente só parte dela ainda existe, aliás era a citada marcenaria Schramm que produzia as réplicas não só das réguas para aferir níveis do rio, como também as balizas dos topógrafos locais e da PMB, e mais, lá eram fabricadas das antigas chatas de reboque, batelões de 10 ou 12 metros para extração de areia e transporte de madeira e que seguiam em comboio rebocadas pelos vapor Blumenau para Itajaí e vice-versa ). A altitude de Blumenau sobre o nível do mar, é citada como a de 14,00 metros (F), em frente a Prefeitura Municipal (Rel. Adm. Hercílio Deeke ano 1951 p. 107-Agendas de serviço de Hercílio Deeke).
F) ESTAÇÃO METEREOLÓGICA DE BLUMENAU : A Estação em Blumenau, situava-se à rua Itajaí, quase defronte à antiga Cadeia Pública, pelo menos até o ano de 1966. Por tratar-se de informe interessante, a seguir consta transcrito o ofício nº 589 de 10 de maio de 1961 expedido pelo Prefeito Hercílio Deeke ao Sr. José Luiz Paranhos de Araújo- Chefe do I.R.M Coussirat Araújo em Porto Alegre RS : “ Senhor Chefe . Atendendo o pedido contido no seu ofício nº 791/60, pedindo informações sobre a altitude da cuba do barômetro e do solo da Estação Metereológica desta cidade , informo a V.Sa. que a altitude da cuba do barômetro é de 15,462 metros, e a do solo da Estação de 14,083 metros, tomadas em relação ao marco do I.B.G.E, existente em frente à Estação de cota 14.1196. Aproveito e ensejo para apresentar a V.Sa. os protestos de minha distinta consideração. Atenciosamente Hercílio Deeke- Prefeito Municipal.”
Em novembro de 1999- comentavam alguns “ditos entendidos” nas “ coisas ” do rio em Blumenau, dizendo que a solução para a erosão das margens do rio Itajaí Açu no centro da cidade de Blumenau, seria explodirem a “Lajota” ou Pedra, pois que estaria desviando a corrente das águas em direção às barrancas. Tal pedra trata-se, na verdade, da “Laje (ou Pedra) da Lontra”. Já no ano 2.000 informal e surrealisticamente rebatizaram a lajota, denominando-a - certamente são arrivistas ou desconhecedores do nosso passado - por “Pedra da Fome” ( Hunger Stein – jamais ouvi no passado) , alegando que a rocha, ao aflorar visível no rio, indicaria grande flagelo de seca, provocando escassez de alimentos – conseqüência muito relativa na atualidade e portanto denominação injustificável, vez que no passado, estando o rio, antes do seu aterro com pedras que forma o atual talude, mais largo em oito metros ou mais, motivo porque a Pedra do Lontra surgia com maior freqüência, quando a vazão d’água em uma superfície mais larga era muito maior. Ademais podem ter confundido a denominação do local, porquanto ali desemboca o ribeirão Bom Retiro, o qual era chamado de ¨ Yamen Kanal ¨- canal do Inhame, mas que o alemão novo – recém ingresso na Colônia, entendia como ¨Jammer Kanal ¨ Canal da Miséria ou Calamidade, remetendo à fome, pela razão de Yammem e Jammmer serem pronunciados com sons idênticos, e inhame não existir na Alemanha. Obs. o Ribeirão Bom Retiro, teve, no passado, outras denominações entre as quais : Yamen Kanal e Blohm Kanal. Naquele sítio da laje, tanto em sentido da Ponta Aguda com em direção à cidade na margem direita, o rio praticamente não possui em Talvegue que como tal possa ser definido, pois a laje estende-se em um só nível por toda a largura do rio. Há entretanto um raso canal – com a largura de cerca 3,50 metros e talvez 2,00 m de profundidade, em sentido oeste a partir do cabeço da Pedra, ou seja em direção à margem direita do rio. O mencionado canal foi aberto justo no ponto da ¨ NUCA do LONTRA ¨, segundo ouvi dizerem, resultou de explosão procedida por volta de 1905 pela empresa alemã que construía a Estrada de Ferro, porquanto era necessária maior profundidade naquele ponto para possibilitar que os vapores que transportavam os trilhos e ferragens das pontes da futura linha Férrea, pudessem ultrapassar aquele baixio, trafegando até alcançar a Foz do Velha onde localizava-se o primeiro canteiro de obras da ferrovia e também a Itoupava Seca no local onde construíram as oficinas da dita empresa. Pessoalmente penso que tal obra de explosão aconteceu muito antes, entre 1880 e 1905, ou talvez com os recursos dos 5 contos de réis, remetidos pelo Império ao dr. Blumenau, visando melhorias à navegação do rio. Sintetizando : A Laje do Lontra representa, na verdade absoluta, uma Barragem, um Talude, uma Represa, enfim um imenso Paredão submerso, que impede o escoamento das águas em nível profundo. Acaso removido, com o aprofundamento da calha em até quatro metros, o fluxo da vazão de fundo teria nível idêntico ao que apresenta o fundo do dito portinho da praça Hercílio Luz. Sim – parece inacreditável, porém o fundo do rio no dito portinho, situado a menos de cem abaixo da Laje, é 04 metros mais profundo que a chapada da plataforma da Laje do Lontra. Removida a laje, certamente ocorrerão efeitos colaterais, quiçá danos à sedimentação da areia na Prainha, o que, porém, poderá ser evitado mediante construção de proteção específica, em concreto. Também é certo que somente tal providência junto à Pedra do Lontra não solveria o problema, pois no rio abaixo, até Gaspar e pouco além, seria necessária igualmente a remoção dos obstáculos, nisso compreendendo-se o aprofundamento do talvegue com a remoção das pedras e o areal de assoreamento, alargamento das ribanceiras – possíveis e impossíveis – trabalhos que deveriam estenderem-se até a localidade de Pocinho, utilizando potentes Drag Line, Poclain, e Buldôzeres.
Mas POR FAVOR POUPEM-NOS DE OUVIR AS QUIMÉRICAS PROPOSTAS DE ABERTURA DE CANAIS DE VAZÃO ( Extravazores), seja entre a Itoupava Norte e Belchior - quando ultrapassaria o Morro do Abacaxi ( antigo Morro do Ananás) ou seccionando a Ponta Aguda, no seu costado, entre local pouco abaixo da Ponte de Ferro ( Ponte Aldo Pereira de Andrade ) e a Ponte dos Arcos (Ponte Antônio Victorino Ávila Filho) esta última conforme sugeriu Getúlio Vargas quando cá esteve em 1940. Ora bolas... é por demais sabido que o nível das águas entre a Itoupava Norte e o Belchior, quando o rio está em 8,00 metros , não difere entre tais os locais em mais de 15 cm ( quinze centímetros) e a diferença de nível entre a boca e a saída ( foz) de um canal cortando a Ponta Aguda, é menos 08 cm ( oito centímetros ) . Acaso realizassem a abertura de tal canal no costado da Ponta Aguda, a única conseqüência seria a de fazerem a nova área do canal conter água – aumento volumétrico da cuba – porquanto o ¨ralo de vazão ¨, no rio abaixo da foz do canal, continuaria somente permitindo a passagem do mesmo volume de água quanto esgotava antes da abertura do canal. Então a feitura de tais canais não traria vantagem alguma no escoamento das águas, quando muito formaria duas imensas ilhas, a ILHA DA PONTA AGUDA e a ILHA DO ABACAXI. Uma brincadeira... enfim proibitivamente dispendiosa, pois que é patente que se estreitássemos ainda mais a vazão logo abaixo da Ponte dos Arcos, o alagamento em Blumenau seria proporcional. Fechem o ralo de uma cuba e observem se haverá esgotamento de líquido, logo o ralo de vazão deve ser proporcional a alimentação de líquido. Elementar.............
CANAL EXTRAVASOR, sim.... mas do Escalvado em direção à Penha. Reconstituir a antiga Barra Morta, cavando-a desde o rio Itajaí, a partir do ponto maxímo do vertice angular da Volta Grande na localidade de Escalvado na margem esquerda, logo a jusante do ribeirão Espinheiros que situa-se na margem direita, conduzindo o desvio, das águas, com 10 a 12 metros de profundidade, com no mínimo 50 metros de largura, até alguma foz a ser a criada em Penha. As ribanceiras em 45 graus de inclinação ( em forma de trapézio isósceles) deveriam ser concretadas, e quiçá seu leito pudesse ser aproveitado como rodovia em tempos normais. Este canal extravasor por si só não resolveria cheia em Blumenau, amenizaria sem dúvida, porém para as cidades de Itajaí, Ilhota e Gaspar seria a redenção. Tal Barra Morta foi uma CANAL Extravasor NATURAL para quando níveis das águas alcançassem 16,00 metros em Blumenau, entretanto seu curso foi obstruído pelo aterro procedido na construção da Br101- seção sul -, iniciada no governo Juscelino Kubitschek.
Além de todas as intervenções supracitadas é imprescindível a extração da areia que paulatinamente se acumula em depósito no fundo do rio, assim procedendo, desde Rio do Sul até a foz em Itajaí, evitando o assoreamento da calha de curso do rio. Contudo, malgrado a necessidade da extração, ecologistas domingueiros, combatem, com aguerrida tenacidade, tal proveitosa atividade.
Muitas informações mais eu poderia anexar ao presente texto, como, dentre outras, a menção as muito criteriosas e acertadas observações procedidas pelo sr. Mailer - antigo funcionário da Empresa de Força e Luz - Celesc - na Usina Salto, que, graciosamente, anotava as variações dos níveis d'água na represa do Salto durante imensidade de anos. Certamente caberia uma Moção de Agradecimento ao Sr. Mailer, porquanto foram os seus muito precisos e exatos anúncios, anteriores a 1983, comunicando os níveis que as águas alcançariam em Blumenau - os únicos de então - e que, alertando, fizerem com que a população se colocasse em resguardo e salvasse seus bens. Sem as exclusivas tabelas, avisos e informações sr.Mailer, ocorreria, certamente, verdadeira hecatombe.
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Em título próprio, consta em separata, o desenvolvimento das :
SOLUÇÔES PARA EXCLUIR QUALQUER POSSIBILIDADE DE ENCHENTE –COM NÌVEL SUPERIOR A 10 METROS, EM BLUMENAU. Pareceres e Sugestões manifestas em 1881/84 e 1991/13, redigidas em língua germânica – arquivo Hercílio Deeke – Pastas Enchentes e Muro de Arrimo. Acervo particular de Niels Deeke.
E para solver a problemática das enchentes , a PEDRA DO LONTRA será recorrente e decisória.
Durante as tratativas do Kennel Clube que, em 1961, determinaram o assentamento do Vapor Blumenau, em 08/9/1961, sobre pilares do concreto na “Prainha”, foi, por Raul Deeke, aventada a hipótese de erigirem duas grossas pilastras sobre a Laje da Lontra, elevadas até nível idêntico ao do piso da Ponte Adolfo Konder (então já existente) para então lá sobreporem, sobre travessões de concreto constituídos em berço, o casco da embarcação com sua proa embicada para montante do rio. Pretendiam proceder o acesso ao Vapor Blumenau, após sua firme fixação sobre os pilotis, mediante o lançamento de uma ponte pênsil ( pinguela) até barranca do rio próxima à Prainha.
2) Kennel Clube de Santa Catarina : Criado em 14/5/1952, com sede em Blumenau, cuja finalidade era amparar e fiscalizar a criação de cães de toda espécie, como os de caça, serviço, guarda ou luxo, porém todos de raça. Em 26/10/1952 ocorreu a 1ª Exposição de Cães promovida pelo Kennel Clube de Santa Catarina, realizada na sede social do Clube Blumenauense de Caça e Tiro, então ainda situado no bairro Bom Retiro, mais precisamente na atual ( ano 1997) rua Porto Alegre. Em 25 e 26 de abril de 1953 o Kennel Clube de Santa Catarina promoveu a sua Segunda exposição, quando concorreram cães de expositores vindos do Rio, São Paulo, Curitiba, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Em 27 e 28 de novembro de 1954 o Kennel Clube de Santa Catarina promoveu a Terceira Exposição Canina , oficial no Estado, realizando o concurso no campo do Grêmio Esportivo Olímpico. Em 23/4/1962 o Kennel Clube de S.Catarina realizou a oitava exposição de cães. Em 31/3/1964 foi eleito presidente do Kennel Clube de Santa Catarina o Sr. Percy Freitag. Em 18/19.4.1964, no Grêmio Esportivo Olímpico, realizou-se uma exposição de cães, com expositores de todo o país. Vide Relatório dos Negócios Administrativos do Prefeito Hercílio Deeke ano 1952 p. 93 título : “Kennel Clube de Santa Catarina”.
Raul Deeke inicialmente abraçou tal idéia, e insistiu junto ao seu irmão Hercílio Deeke, que então era o Prefeito Municipal, a fim de que a Prefeitura executasse as duas pilastras e travessões do berço. No entanto Hercílio Deeke, apesar de considerar a idéia louvável, ponderou que naquele período de crise financeira, a execução das soberbas pilastras, dariam margem à acerbas críticas, vez que nem mesmo meios havia para restabelecer o prédio da Prefeitura Municipal incendiado cerca de três anos antes. Ao fazer um ano que o casco do Vapor Blumenau havia sido assentado na Prainha, quando em julho de 1962, durante uma caçada na Fazenda de Raul Deeke ( Fazenda Marily) no alto Palmeiras, presentes os dois irmãos Raul e Hercílio Deeke, além de Niels Deeke que estas linhas consigna, comentavam, os irmãos, ambos embombachados e calçados com suas botas sanfonadas e providas de tacões adequados para encaixar as esporas rosetadas para o incitamento das montarias, numa noite gélida de rachar os beiços, e estando à beira da fogueira dos nós de pinho cujo crepitar era abafado pela monótona marchinha extraída do bandônion que o gordo Xenofonte Lenzi ( apelidado “Fonte”) esticava e então, no entremeio das passadas da cuia do chimarrão, em seus devaneios, aquelas duas testemunhas ocularese co-partícipes de tantos fatos históricos da colonização do Vale do Itajaí, arrazoavam — feição e olhares saudosos perdidos nos seus passados distantes— quão imponente teria ficado o “Vaporzinho” postado, sobre a Laje do Lontra, bem lá no alto, como um “Brasão Alegórico”, a cingir a cidade de Blumenau. Entretanto imagine-se o que teria ocorrido ao monumento se a sua elevação ( altura) não fosse suficiente para, nas enchentes de 1983,1984, deixar o navio imune à força das águas. Por outro lado, também na Prainha, sobre pedestal muito mais baixo, esteve sujeito àquelas enchentes e resistiu, sem maiores problemas, à corrente do rio, se bem que lá estivesse à margem do centro da maior correnteza.
Enquanto em 31 de outubro de 1953 o nível do rio Itajaí Açu atingia 9,00 metros, no Nordeste brasileiro, no mês de março, a seca alcançava índice altíssimo, e a repercussão do flagelo ecoou por todo o país. Em Blumenau foram levantados fundos para auxílio à vitimas do infortúnio, cf. cópia de documento in arquivo Hercílio Deeke- (Pasta Revistas e Jornais ano 1953), cujo teor é o seguinte : “Escudo Armorial do Município de Blumenau – timbre (em vermelho) Prefeitura Municipal de Blumenau- Cópia do telegrama enviado pela COMISSÃO ANGARIADORA DE FUNDOS PRÓ-FLAGELADOS NORDESTINOS ao Exmo Sr. Governador do Estado da Paraíba, Dr. José Américo de Almeida. – Exmo. Sr. Governador José Américo de Almeida- João Pessoa – Paraíba . Temos a honra de comunicar Vossência Município de Blumenau vg solidário nossos irmãos nordestinos esta hora grave infortúnio flagelo seca vg reuniu através movimento popular prestigiado Prefeitura Municipal vg autoridades civis vg militares e religiosas vg imprensa vg rádio vg associações de classe vg escolares vg esportivas vg indústria vg comércio e povo em geral vg importância cento e vinte mil trezentos e setenta e um cruzeiros vg a qual vg em obediência deliberação Comissão responsável campanha vg nesta data foi remetida Vossencia ordem telegráfica agência banco do Brasil essa Capital vg fim aplicação a critério Vossencia benefício vítimas terrível flagelo pt Rogamos Vossência fineza comunicar recebimento importância fim divulgação esta cidade PT Atenciosas Saudações – Hercílio Deeke- Prefeito Municipal.. Marcílio João da Silva Medeiros, Juiz de Direito vg – Presidente Comissão. Federico Carlos Allende vg Presidente Associação Comercial e Industrial.
Em Resposta : O Sr.Prefeito Municipal Hercílio Deeke acaba de receber o seguinte telegrama : Oficial : Prefeito Hercílio Deeke Blumenau SC D 106 João Pessoa PB 5101,53,26,21 H Agradeço o nobre gesto de solidariedade humana dos brasileiros de Blumenau para com seus irmãos da Paraíba que sofrem mais uma vez neste ano funesto os efeitos de uma longa estiagem que deixou os homens do campo sem trabalho e a terra improdutiva pt Cds Sds José Américo Governador.”
F) SUPERFÍCIE APROVEITÁVEL PARA O ESPORTE AQUÁTICO : Dentre a parafernália de tubos de plantas cartográficas que Hercílio Deeke possuía na Secretaria da Fazenda do Estado, em Florianópolis, escolheu um e desenrolou uma comprida maqueta, cujo projeto representava um lindo lago salpicado de ilhotas interligadas por estreitas pontes em arco. Pedalinhos constavam desenhados sobre o espelho d’água e nisso perguntou a Niels Deeke se poderia identificar o local atinente à projeção. Não consegui e não posso hoje jurar que tenha sido elaborado especificamente para tentar ele implantá-lo no lugar que afirmou se destinar. Tratava-se do ribeirão Garcia, na época em que construíam a ponte da continuidade da rua 07 de setembro com destino a atual fonte luminosa, no início do bairro Garcia. O Ribeirão seria represado em baixo nível no local da atual da ponte dr. Udo Deeke, com parede (Tapume em concreto) de baixo custo e as áreas a montante planadas até as margens mais íngremes, sendo o material compactado em ilhotas mais elevadas que muradas de pedras em gabião depois de arborizadas seriam interligadas por pontilhões para pedestres abrigando áreas de passeio com bancos e mesas de marmorite. Algumas poderiam ser arrendadas com obrigação na manutenção e limpeza das demais. Concessão para “pedalinhos” seria efetuada com idêntico ônus. O nível de profundidade não ultrapassaria três metros e um espetacular espelho d’água com passeio público através das compridas ilhotas que necessariamente precisariam ser formadas com o material extraído no canal principal mais profundo ( O Talvegue seria implantando para dreno mestre, caso contrário em pouco tempo tudo estaria assoreado- somente a água esbordada do canal inundaria a totalidade da superfície) proporcionariam oportunidade de lazer e terminaria de vez que os fétidos banhados que vão desde do centro da cidade até os fundos das instalações da Cia. Souza Cruz. Acreditava Hercílio Deeke que a execução do projeto não seria muito dispendiosa, demandando poucas desapropriações pois tudo quanto estivesse abaixo da cota de 08 metros do nível do rio Itajaí estaria vedado à construções por disposições da P.M.B., além de pretenderem executar tudo em pedra, prevendo submersões ocasionais sem maiores danos, entretanto a renúncia de Jânio Quadros, e a instituição do Estado Parlamentarista com a criação dos Cargos de Primeiro Ministro, ou Presidente do Conselho de Ministros tudo postergou. Assim com a formação, no país, do 1º ministério parlamentar tendo como Presidente do Conselho de Ministros Tancredo Neves –( Tancredo Neves nascido em 1910) que exerceu a presidência até julho 1962, Brochado da Rocha e Hermes Lima – este último que em janeiro de 1963 ainda exercia a “Presidência do Conselho” (pesquisar quem precedeu a quem na Presidência do Conselho) Decadência do Parlamentarismo.) # ( Instituição do “Parlamentarismo” através da Emenda Constitucional nº 04- Ato Adicional de setembro de 1961 com IV Capítulos e 25 artigos, promulgada pelas mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do artigo 217, parágrafo 4º da Constituição Federal) # ( Estado pseudo Parlamentarista desde setembro de 1961 até o retorno ao presidencialismo pelo plebiscito 07 de janeiro de 1963), e retorno ao presidencialismo, a agitação no governo de João Goulart e a revolução de 31 de março de 1964, além da inflação galopante inviabilizaram qualquer tentativa de sua implantação.
Recordamo-nos que o projeto inicial ( desaparecido) da “Beira-Rio” consignava a rodovia contornando o ribeirão Garcia até a altura da Ponte sobre a rua 07 de setembro – Ponte dr. Udo Deeke. O projeto que foi chamado de “Projeto Pedalinho”, creio que quando Hercílio Deeke deixou a P.M.B. em 1966, aquele tubo com o esboço ficou no gabinete do Prefeito. Um indício disto tivemos quando Victor Fernando Sasse assumiu a Prefeitura de Blumenau em 01/01/1991( Exerceu a cargo de Prefeito até 31/12/1992), pois aventou, em entrevista radiofônica, a hipótese de viabilizar projeto nos mesmos moldes. Dificilmente uma idéia tão inusitada se repetiria espontaneamente, por isso creio que a “aquarela” de Hercílio Deeke ainda estivesse nalguma repartição da Prefeitura, depois da transferência para novo prédio. Seria a solução para resolver a problemática da falta de praças e mesmo paisagista que Blumenau mais necessita. Fica o registro.
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“ ({ É possível saber muito, e ao mesmo tempo ignorar o necessário. Leon Tolstoi })”
Autoria : NIELS DEEKE, em Blumenau – Santa Catarina
Caro Adalberto, muito obrigado por me lembrar deste post, contribuição do saudoso amigo Dr. Niels Deeke, que remete ao rochedo existente no Rio Itajaí-açu, no centro de Blumenau. Grande abraço!
ResponderExcluirSergio Schutz
ResponderExcluirResgate histórico fantástico