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terça-feira, 19 de maio de 2009

- Jornal “O GARCIA” Edição nº 9



Introdução: Adalberto Day
- Nesta edição de Maio/2009, o jornal, continua com belas matérias e merece nossa aprovação e divulgação - Os destaques desta edição são para as Seguintes matérias:
Imagem do Mês: O Antigo Cavalinho Branco, pág. 2 . Artigos: - Cantinho da Saudade: O barquinho afundou pág.3, - O curioso caso do Menino Santo, pág.,4 - Artigo Bicho: A saúde do seu pet na Hora do banho, pág. 5 – De Olho na ortografia : Geral : Acento circunflexo e trema, pág. 6 - Saúde em movimento: Adolescentes x musculação, pág.7 - Instituto Gene, pág.8
O Cantinho da Saudade.
Leia na integra abaixo
- O Barquinho afundou!!!
A primeira indústria que se instalou no bairro e mais antiga de Blumenau, foi a Ex-Empresa Industrial Garcia em 1868, na Rua Amazonas nº 4906 fundada por Johann Heinrich Grevsmuhl,( que possuía uma roça de aipim com um moinho para fubá e engenho de serra) August Sandner, Johann Gauche, associaram-se com um tecelão, conhecido como Lipmann (já possuía teares desde 1865) que ajudou a montar alguns teares e deram impulso na primeira indústria têxtil de Blumenau, com o nome de “Johann Henirich Grevsmuhl & Cia.” Este era o nome da pequenina tecelagem. - A Empresa passou por várias denominações, até que em 1918 passou ao nome definitivo de Empresa Industrial Garcia.
Garcia em homenagem as primeiras famílias a residir no bairro conhecidas como gente do Garcia, da cidade de Camboriú, localidade as margens do Rio Garcia nesta cidade hoje Rio Camboriú..
Os operários desta empresa eram em sua maioria, moradores do bairro e filhos e parentes de empregados, pois facilitava a locomoção até o parque fabril, por residirem perto da empresa. Isso ocorria devido às estradas serem esburacadas, empoeiradas e lamacentas, principalmente as Ruas Amazonas, Progresso e Glória, por esse motivo à empresa de ônibus “Empresa Coletivo Ultich Ltda.” (antes existiam outros particulares que faziam transporte urbano), negava-se a realizar esse trajeto.
Em 15 de fevereiro 1974, a E.I.Garcia, foi incorporada pela Artex S/A.
A incorporação teve cunho político através do governo federal, que investia nas duas empresas, a Artex dirigida pela família Zadrozny e a Garcia controlada por dirigentes do Estado do Paraná, grupo Hauer, que controlava a empresa que pertencia a um grupo canadense. Em 14 de julho de 1972, o então ministro da Fazenda Delfin Neto buscou a fusão, dando preferência que ficasse o controle acionário em Blumenau, através da família Zadrozny. A fusão teve início em 15 de fevereiro de 1973 em caráter experimental, concretizado em 15 de fevereiro de 1974.
Os moradores principalmente do grande Garcia, chamavam carinhosamente a Empresa Industrial Garcia tão somente de “Empresa” As duas empresas Garcia e Artex foram absorvidas pela Empresa Coteminas, a partir do ano 2000.
- E a história do barquinho?
Esta pertence ao folclórico do cotidiano que ajuda a manter viva a história. O Barquinho foi o penúltimo emblema a ser utilizado pela Empresa Garcia de 1965 até por volta de 1972. Até hoje a marca Garcia e Artex, é sucesso em todo planeta. “O barquinho afundou” comentavam os moradores do Garcia na época da fusão, e realmente essa foi a impressão que se segue até os dias correntes. Porém dizem as más (ou boas línguas), “mais quem apita até hoje é a Garcia”, comentavam os gozadores de plantão, mesmo sendo absorvida pela Artex e atualmente Coteminas. O fato possui o lado mitológico, pois ecoam ainda hoje o estridente apito ou Sirene que pertenceu a Empresa Industrial Garcia. Objetivo desta Sirene sempre foi e ainda é, orientar o funcionário da aproximação do início e final de suas atividades. Também era utilizado para chamar os bombeiros da valorosa corporação da E.I. Garcia, em casos de sinistros e tragédias. Em 1968 com a comemoração do centenário da Empresa Industrial Garcia, foi feito um hino pra prestigiar o evento.
A letra é de autoria do senhor Francisco Salles de Oliveira.
Salve Garcia centenária campeã dos bons tecidos; Teu barquinho em cem anos a tudo tem resistido; Salve o corpo de empregados, Salve a tua diretoria; Na passagem de um século, Salve o nome Garcia; Garcia, Garcia, no teu bairro a lutar; Nós vamos o progresso conquistar.
- O Barquinho afundou a torre foi demolida...... mas a sirene continua a ecoar em toda região...e serão eternos na memória dos Blumenauenses e principalmente dos Garcienses.
______________________
O Caso Menino Santo”
Por volta de 1954, no então conhecido Beco Tallmann no Garcia, hoje Rua Emílio Tallmann bairro Progresso, no número 406, houve o conhecido “Caso do menino Santo”. Ficava no inicio da Rua Emílio Tallmann próximo a subida da encosta do morro que do acesso a Rua Centenário. Esse episódio do suposto “menino Santo” de nome (não divulgo a pedido) que teria proporcionado curas, milagres, através de aparições de Nossa Senhora Fátima, quando o menino subia ao telhado da residência (supostamente aparecia em um abacateiro ali existente) de seu pai ( Nome que a pedido de sua família não divulgo) ,que segundo consta tramou essa farsa, juntamente com sua esposa que era a principal articuladora do episódio, para se beneficiar monetariamente, conseguindo lucros extraordinários. No local foi erguida uma gruta próxima ao barranco, para os devotos pedirem através de oferendas, algum tipo de ajuda. Vinham romarias de todas as localidades de Santa Catarina. Os caminhões com romeiros, faziam filas e estacionavam em frente ao estádio do Amazonas. Eram abandonadas dúzias de muletas e aparelhos ortopédico deixados por pessoas, supostamente curados pelo “milagre” do menino santo. Alguns peregrinos levam folhas do abacateiro, e barro pensando ser tudo santo. Mesmo depois que foi desativado a gruta, fieis vinham à noite pedir ajuda a imagem e depositavam dinheiro, que segundo o novo morador,que quando foi morar ali, ainda permanecia a gruta, seus filhos usavam o dinheiro para comprar alguma coisa, sorvetes, balas e outros. Contam os moradores que residiam próximos que em certa ocasião quando foi anunciada uma suposta aparição de Nossa Senhora, se acumulou em torno de 6000 peregrinos (número aproximado calculado pela Policia). Comentam também que houve casos de óbitos de pessoas com sérios problemas de saúde, que ao esperar não resistiram. Esses peregrinos causavam transtornos à vida dos pacatos moradores da então pequena localidade, que viviam trancados em suas residências, com medo de invasões e pedintes que se acumulavam aos montes. Alguns moradores ganhavam alguns dividendos, vendendo feijoada preparada no local. Outros lucravam com a venda até de água. Então elaboram um abaixo assinado para a retirada dessa família do bairro, e também por acreditarem que tudo não passava de uma farsa. O objetivo foi alcançado, esta família foi para Curitiba (por volta de 1956) acusados de charlatanismo, mas a gruta permaneceu até o meados década 19(60).
Adalberto Day Cientista Social e pesquisador da História
Expediente:
- Criação e Redação: Grande Agência Publicitária Ltda
- Impressão: Gráfica Médio Vale
- Distribuição Tiragem : mensal e gratuita
- Circulação : Distrito do Garcia, Centro e Região
- Jornalista responsável: Liliani Bento
- Gerente comercial: Carlos Ubiratan
- Designer Gráfico:/Diagramação : Michael Diderot /: Yuri Apolônio
- Endereço: Rua Ignácio dos Santos, 83 – Bairro Glória.
- Contatos: 
Fone: (47) 3329 2143
Arquivo: Carlos Ubiratan/Adalberto Day

11 comentários:

  1. CARO SR ADABERTO:

    SOU O SOLDADO PRUDÊNCIO DA PM E MORO NA RUA TREZE TÍLIAS,TRANSVERSAL DA EMILIO TALLMANN,E GOSTARIA DE SABER SE O SR TEM INTERESSE DE QUE EU LHE ENVIE ALGUMAS FOTOS DA ENCHENTE DE NOVEMBRO.CASO POSITIVO INFORME SE POSSO MANDAR NESTE ENDEREÇO ELETRÔNICO OU PODE ENTRAR EM CONTATO COMIGO PELO CEL.9115 3740.
    GRANDE ABRAÇO E PARABÉNS PELO EXCELENTE TRABALHO DO JORNAL O GARCIA E TAMBÉM PELO SITE.

    ALEXANDRE PRUDÊNCIO DA SILVA
    PROGRESSO/BLUMENAU

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  2. Ótima. Acabei de ler sua matéria sobre o "menino santo" no Jornal Garcia. Algumas informações não conhecia. Como acabou por exemplo, ou seja a comunidade expulsou. Pelo teu texto se chega próximo a entender como uma verdadeira farsa - coisa montada. Já te contei que meu sogro viveu na Rua Goiás alí na Souza Cruz e era programa de final de semana ficar as margens da Rua Amazonas ver o movimento de carros em razão dessa peregrinação.
    José Geraldo Reis Pfau

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  3. Eu tinha meus 14 anos quando um dia acompanhei meu pai em uma visita ao "menino santo" do Garcia.
    Ele andava doente e de tanto ouvir falar nos "milagres", resolveu ir até a Rua Emilio Tallmann.
    Embora com apenas 40 anos, os cabelos do meu pai já haviam ficado brancos.
    O menino era erguido em uma plataforma e de lá ele começava a distribuir notas de 1 cruzeiro...
    Nunca esqueço que ele apontou para o meu pai e disse:
    - Aqui tem um cruzeiro para aquele senhor de cabelo branco !
    As más línguas diziam:
    - De cada 100 que ele ganha, distribui apenas 10 !
    Não adiantou a visita, a nota milagrosa no bolso, nem a presença de tantas muletas encostadas, revelando curas milagrosas.
    No ano seguinte meu pai morreu !
    Tenho um amigo jornalista que morava em Curitiba quando o "menino santo" do Garcia chegou à capital paranaense.
    Ele sabe contar, como ninguém, as peripécias que envolveram o santo e a polícia do Paraná, depois que os vizinhos conseguiram "tirá-lo" da Rua Emilio Tallmann em Blumenau.
    Abraços
    Braga Mueller

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  4. Oi Adalberto,

    conheço essa história do "menino santo" aqui em Mafra, pois a minha avó tem uma foto do garoto, que era vendida na época naquela localidade.

    O que será que houve com esse garoto, hoje já um senhor?

    Parabéns pelo blog, sou leitora assídua! Abraço.

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  5. Renata, tudo bem?

    Gostaria de entrar em contato com você.
    Podes me passar o teu e-mail ou escrever para o meu familiaday@terra.com.br

    Grato,
    Adalberto

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  6. Bom dia Adalberto,

    nao vejo porque omitir o nome do "santo", pois todos conheceram o Wilmar Schmidt.Ele era meu colega na EPSJ (Escola São Josaé, hoje Celso Ramos. Seu pai um dos 3 (três) eletrecistas da EIG.
    Todos os dias, perto do meio dia, voltando para casa depois da aula, para cruzar a "ponte de balanço" que existia ao lado da cooperativa da EIG, era necessário chamar algum "valentão" que trabalhasse na EIG. O motivo era que o Vilmar alegava ver Nossa Senhora Aparecida no alto daquele bambuzal que vicava a direita do outro lado do rio. Ele tinha medo de cruzar sozinho a tal ponte, não o fazia sem estar acompnhado de alguém forte e valentão. Lembro que um dos acompanhantes foi um dos Massaneiros. Aquele bambuzal era onde tirávamos nossas varas de pescar e nunca alguém viu nada. Quando ele dizia estar vendo a Santa no bambuzal, jamais alguém que estivesse junto viu alguma coisa, inclusive eu.As pessoas perguntavam: "por que ter medo de Nossa Senhora ?" Se ela ali estivesse certametne estaria protegendo, jamis o contrário.
    Contudo, aquele ritual continuou.
    A seguir começou a receber clientes na casa que até hoje existe, naquele tempo era a última a direita, hoje a penultima antes da subita para o centenário. A capela era onde hoje está aquela última casa. Era tamanha a romaria que a policia tinha que comandar o fluxo de pessoas na ponte de balanço. Durante um tempo num sentido depois em outro.
    Os milagres eram realizados no quarto da frente da casa, na cama do casal. Como crinça curiosa consegui assistir uma tentativa de cura ao vivo. Entrei pelo quintal do vizinho, era o armazem do Francisco Oliveira (esse deve ter muitas historias para contar),pulei a cerca e fui espiar pela janela da casa, cuja cortina estava com um fresta aberta. A cena: o Sr. Guerreiro (trabalhava na EIG), que tinha uma perna bem mais curta que outra, estava deitado na cama, dois homens seguravam os braços e dois puchavam a perna mais curta, com muita violência. O Vilmar estava deitado no peito do Sr. Guerreiro, que urava de dor. O "Menino Santo" rezava ou falava alguma coisa que não me recordo, pois guardei somente os gritos do Sr. Guerreiro. Um dos que puchava era o "Buião" , me parece o Osmar Seiler e outro o tal Massaneiro que passava com ele na ponte.
    O Sr. Guerreiro continuo com o mesmo problema ou talvez até maior. Com o sucesso da empreitada o Vilmar não compareceu mais às aulas e depois do fechamento do9 centro de cura ele desapareceu, nunca mais tive noticias dele nem do irmãpo mais novo que ele tinha.
    Seria interessante ouvir as pessoas citadas e fazer um relato de uma história que foi marcante à época.
    O nosso bambuzal continuou nos damdo belas varas com as quais tudo muno do bairro pescou por muitos anos. Jamis alguma vara veio santificada, pois os peixes foram rareando até que ninguém pescasse, graças ao "bicho" homem que acha ser o rio uma leixeira de pública.
    Valter Hiebert
    hiebert.valter@gmail.com

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  7. Beto, meus pais e minha tia ontem também me contaram muitas histórias desse tal "menino santo".
    Nós morávamos bem perto dessa casa.
    Adoro ler o Jornal, e guardo todos os exemplares. Gostei da reportagem sobre o gatinho que está morando na redação, muito fofo. Um abraço. Tere.

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  8. Sr. Adalberto, parabéns pela colaboração riquíssima no Jornal Garcia deste mês, com os texto "o Barquinho Afundou" e "O Menino Santo", os quais estarei lendo para meus alunos durante a semana(Escola Isolete Müller). Estaremos fazendo uma visita a empresa Coteminas e um dos textos acima citado vai enriquecer os trabalhos. Estou escrevendo para consultá-lo sobre a possibilidade de disponibilizar um tempo na sua agenda para conversar com nossas crianças de 8 anos.
    se possível, estarei enviando mais informações. Se não, agradeço a atenção até então dispensada.
    Obrigada
    Izabel de Aviz

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  9. Essa possível farsa, ou não do menino Santo Na época rendeu muito,e cada qual com sua fé.Penso q as pessoas na fé ,esperança de cura acreditam muito,e alcançaram a cura,independente do menino ou não.Concordo com Regina Carvalho ao dizer q não precisava preservar o nome pois todos os q conhecem sabem quem foi , ou quem era essa família.Digo q muito tem como farsa, muitos acreditaram, alcançaram a cura não pela suposta criança + sim por sua FÉ.ABRAÇÃO!

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  10. Catarina Tecla Mistura
    Li toda a história do O barquinho afundou e me veio muitas lembranças vividas, muitas boas, algumas engraçadas para os dias de hoje ( Menino Santo), mas na época eu como criança acompanhava muitos de minha família, que iam até ao menino, hoje só tenho curiosidade ,sobre o menino que já é um Senhor. E os 100 anos da E.I. Garcia então eu participei da festa e foi o último ano que trabalhei nela, e tive que sair para abrir o nosso comércio frente a portaria da Artex. E os anos passam muito depressa, mas tudo tem a sua época e muitas histórias.

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