Em histórias de nosso cotidiano, apresentamos hoje o amigo Werner Henrique Tönjes (Significa Antônio) (foto), traduzindo o texto que enviou ao jornal alemão Wilhelmshaven.
Também fotos atuais e antigas da famosa Confeitaria Tonjes, anexo restaurante, fundada em 1933, por Anna Tönjes (falecida em 1946) e seus filhos Hans e Heinrich Gehardus. Com o falecimento de Heinrich Gehardus em 12 de junho de 1968, seu filho Werner Tönjes continuou até 31 de novembro 1979.
A partir de 1º de dezembro de 1979 a confeitaria chamou-se de Blumental do Dr.Godo Goemann que introduziu também o prato pizza. A confeitaria Blumental mudou de proprietários três vezes aproximadamente até 1986
Jornal alemão Wilhelmshaven
O jornal é da cidade portuária de WILHELMSHAVEN, Alemanha; de sábado, 28 de março de 1970 (Em homenagem ao Imperador Wilhelm que a fundou e Haven significando porto);
O jornal é da cidade portuária de WILHELMSHAVEN, Alemanha; de sábado, 28 de março de 1970 (Em homenagem ao Imperador Wilhelm que a fundou e Haven significando porto);
Tradução : Werner Henrique Tonjes
Foto acima: Confeitaria Tonjes em 1974
A varanda foi feita por volta de 1940, e revestida com tijolinhos a vista em 1976.
Antiga Confeitaria Tonjes:Fotos dez/2009Em 1963 terminou-se a construção da torre da igreja católica dominante ponto de referência da cidade. Ali pertinho anexou a familia Tönjes o “Jardim de Verão”. Esse é um aprazível local de reunião dos blumenauenses de todos os segmentos da sociedade e se discutem animadamente os fatos do dia. No Tönjes , a gelada cerveja escura é tão gostosa como o café gelado berlinense,o apfelstrudel com chantilly ou os sonhos berlinenses.
Durante o aprendizado escolar de Werner Tönjes as escolas alemãs foram fechadas. Quem falasse o idioma alemão publicamente era encarcerado. Atualmente também normalizou-se tudo em Blumenau. Werner Tönjes recorda-se sempre da Alemanha, de Wilhelmshaven e também da Holtermannstrasse onde seus antepassados viveram.
Seu avô dirigia a casa do parque, ela situava-se onde hoje se localiza o parque de patinação. Nas colunas foto de Heinrich Tönjes,nascido em 1886 e que em 1924 emigrou para o Brasil e fundou a confeitaria Tönjes. Ao lado, doces oferecidos ao público.
Bem em cima: brasão de Santa Catarina; a seguir brasão de Blumenau; bem nítido de se ver: depois um cavalo branco que é o terceiro da esquerda pra direita do estado alemão da baixa saxônia ;em seguida o brasão do guerreiro nórdico símbolo da cidade portuária de wilhelmshaven Dois brasões brasileiros e depois os dois brasões alemães. Depois o entalhe de madeira com o nome da cidade wilhelmshaven, a data da vinda da família Tonjes para Blumenau 1924 e ANNO DOMINI, 1924 A.D.
O entalhe de madeira foi colocado em 2009 , a palavra WILHELMSHAVEN tem uma característica própria, as letras são colocadas de modo que indicam aceleração e progresso , o porto é um dos maiores da Europa em containeres.
Década de 50 da confeitaria Tonjes
Foto do terraço com vista para o "verde do barranco" na margem direita do rio Itajaí Açú, hoje avenida Castelo Branco .
Doces na vitrine, 1963
Arquivo e tradução Werner H.Tonjes/Adalberto Day
10 comentários:
Olá Sr. Adalberto!
Parabéns por esta matéria. Valorizar nosso patrimônio edificado e imaterial (representado muito bem na atuação da Confeitaria Tonjes!) é uma missão louvável!
Parabéns, também, pelo primeiro "Mesa de Bar"...ficamos no aguado do segundo programa!
Um grande abraço.
Darlan
Adalberto!
Sempre passava na frente da casa do sr. Werner e não sabia o que aquilo significava! Agora fico menos inquieto e feliz em saber que lá foi um dos maiores pontos de encontro dos blumenauenses. Parabéns pela pesquisa e tb digo que estou ansioso pelo próx. Mesa de Bar.
Abraços.
Prezados Alberto e Werner Tonjes,
parabéns por resgatar a história de um povo tão querido e trabalhador como nossos blumenauenses!
As fotos e os fatos da cidade de Blumenau fornecem as pistas de uma cidade cheia de encantos!
Boas festas e próspero ano novo!
Ursula Blattmann
Professora na UFSC - Florianópolis
Excelente post caro amigo Adalberto. Tenho inclusive mostrado aos meus filhos sobre o que era nossa cidade, sua riqueza de valores, de lugares e de cidadãos.
BOM DIA!
WERNER, DOU MEUS PARABÉNS PELA BELA REPORTAGEM A SEU RESPEITO NO JORNAL. PARABÉNS E QUE CONTINUE SEMPRE SENDO ESSA PESSOA MARAVILHOSA QUE CONTRIBUI PARA O CONHECIMENTO DA HISTÓRIA E CULTURA DA ETNIA ALEMÃ. POUCO SEI E PROCURO BUSCAR E GRAÇAS A DEUS VC APARECEU NO MEU CAMINHO MESMO QUE VIRTUALMENTE MAS TEM ME AJUDADO MUITO. E SE VC NÃO ENJOAR DE MIM VOU PEDIR MUITO AINDA SUA AJUDA. SEU TRABALHO DEMONSTRA CARÁTER E HUMILDADE E PARTILHA E EXEMPLO...NESTES DIAS QUE ANTECEDEM O NASCIMENTO DE CRISTO...PARABÉNS!!
UM GRANDE ABRAÇO!
SUA AMIGA,
NELCI LOURDES WUNSCH
sobre a confeitaria tonjes
Parabéns, são estes tipos de investidores que Blumenau tanto precisa, vocês vieram e deram conta do recado e entraram para a história.
abraços.
Wanderley Pugliesi
Meu caro Werner,sem dúvida a Confeitaria Toenjes marcou a minha juventude,quantas vezes "matávamos" a aula do Santo Antonio para nos reunir na varanda da beira rio ouvindo o Norberto tocar o piano.As empadinhas eram insubstituíveis e a torta Bisé magnífica.Infelizmente,ou felizmente,hoje é história,e fazemos parte dela.
Um abraço,Rubens Heusi
Eu, como não nasci em Blumenau, fico bem feliz quando leio teu blog e encontro textos sobre o patrimônio cultural da cidade.
Essa casa é muito bonita e eu sempre fiquei imaginando o que ela foi no passado. Agora não preciso mais imaginar. Já sei.
Abraço.
Amigo Adalberto, quando pequeno, na virada década de 1960 para a de 1970, morava na Ponta Aguda e aos domingos íamos a pé para a Escola Dominical na IECLB Blumenau Centro. No caminho, duas coisas chamavam minha atenção de maneira especial: o "Öffentlicher Garten", como chamávamos o que é hoje o "Biergarten", e o terraço da Confeitaria Tönjes. A primeira, por causa da estátua dos soldados blumenauenses que foram à Guerra do Paraguai, e, é claro, dos brinquedos que faziam nossa alegria. O segundo, pelo terraço que dava para a Avenida Beira-Rio, pois era diferente, único, refinado, aristocrático, objeto de desejo quase inalcançável aos olhos do menino daqueles dias. Mas não tardaria muito, apenas alguns anos, para que as portas daquele lugar misterioso se escancarassem para o então já garoto de cerca de 12 anos. Minha mãe, dona Marga Lickfeld, fora contratada para confeccionar as cortinas da confeitaria e eu fui junto, para ajudar a colocá-las. Fiquei impressionado com a decoração do lugar e a bela vista para o rio. Pouco depois, por volta de 1977, meu irmão John Louis, então com 13 anos de idade, trabalhou lá durante uma temporada de férias de verão. No início da década de 1980, mesmo com o negócio sob a batuta de outro administrador, lembro de ter ido lá diversas vezes, para jantar ou apenas comer batatas fritas, como era costume fazer. O local tinha de fato um charme especial. Como esquecer da armadura medieval que ornamentava o seu interior? Um grande abraço!
Sr.Adalberto, boms tempos aqueles.
Nunca mais Blumenau conheceu uma casa, como a Confeiraria Tönjes .
Ainda na última semana, o ex-gerente da Lufthansa, Garbis Bohjalian ,com o qual eu
trabalhei nos anos 70,comentou sobre a Confeitaria Tönjes.
Esse tipo de comentário eu já ouvi
na Alemanha,várias vezes. Que saudade .Parabéns pelo lindo prédio conservado , é história.Sucesso ao editor. Fred Ullrich
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