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domingo, 24 de janeiro de 2016

- Jornal do VALE SC

Foi lançado em Blumenau mais um novo veiculo de comunicação. Trata-se do Jornal do Vale de SC.
Edição Histórica Dezembro/2015 Janeiro/2016. Inicialmente será mensal, em breve quinzenal, semanal até atingir  a meta de se tornar diário.
Com muitas variedades e assuntos importantes de toda Blumenau e região, a tendência é ter "vida longa". Uma equipe bem formada de renomes e novos jornalistas com a vontade de sempre mostrar a coletividade as noticias mais importantes e destaques.
 
Alguns destaques desta Edição nº 1 em suas 32 páginas:
- Coluna do Danilo Gomes: ”De quem será a vez na prefeitura de Blumenau”
- Caderno especial: Pomerode em Clima de Festa contagia o município.
- Inadail: Terceira Ponte está em ritmo acelerado.
- Entrevista que Vale: Presidente da ACIB Carlos Tavares D”Amaral.
- Blumenau amplia rede de esgoto ....
- BR 470: Um entrave para os motoristas.
- Nova Penitenciária de Blumenau inaugurada dia 26 de janeiro/2016
- Blumenau: Tem História com o cientista social e pesquisador  Adalberto Day
Como cientista social e pesquisador da história de Blumenau, recomendo a leitura do jornal. Um jornal dinâmico, com um layout formidável. 
Sejam Bem-vindos!
Diretor: Gilberto da Silva – Administrativo : Andréia Gonçalves – Jornalista responsável : Márcia Regina Dickmann RUPSC 01415, Danilo Gomes, Rubens Lunge, - Fotos Ricardo Lunge – Comercial: Fábio Rocha – e-mail jornalismorvsc@hotmail.com – Auxiliar Administrativo : Monaliza Gonçalves da Silva – Designer Gráfico : Jefferson Luiz da Luz Soares – Impressão Gráfica Uma – Rua Méxido,62 Ponta Aguda – Blumenau – SC Cep: 89050130. 

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

- Carta Enigmática

CARTA ENIGMÁTICA, DIVERSÃO PARA ADULTOS E CRIANÇAS (ANTIGAMENTE. É CLARO)

Mais uma contribuição importante do nosso colaborador, e colunista Carlos Braga Mueller, Jornalista/escritor em Blumenau
Por Carlos Braga Mueller
Lendo o que André Luiz Bonomini escreveu sobre o Almanaque Renascim no seu blog A Boina, e que também foi divulgado no blog do Adalberto Day, lembrei-me dos meus tempos de infância, quando eu pude acompanhar a atividade do meu pai, farmacêutico, à frente da sua Farmácia Popular.
Meu pai, também Carlos Müller (com trema no u) começou a trabalhar na Drogaria Hoepcke de Florianópolis por volta de 1941. Era cidadão alemão e chegara ao Brasil em companhia dos pais quando tinha apenas 7 anos de idade. Quando o Brasil declarou guerra à Alemanha foi transferido para a filial da Drogaria de Lages. Mas logo resolveu montar seu próprio negócio e foi em Capão Alto que ele instalou sua primeira farmácia.
Capão Alto hoje é município, mas por volta de 1944 era uma povoação bastante modesta.
Como meu pai estava sempre em busca de novos horizontes, poucos anos depois ele mudou a farmácia para Serril; depois para Braço do Trombudo, e finalmente para Rio Cerro II.
Enquanto isso, para não prejudicar os estudos, eu criança, estudava em Blumenau, morando com meu avô Thomé Braga e minhas tias. Mas nas férias vivia entre o balcão e os frascos de remédios da farmácia.
Neste locais, longe de cidades maiores, não existiam médicos; por isso o farmacêutico era considerado um doutor.
Mas o que me remete agora ao Almanaque Renascim SADOL, relembrado pelo Bonomini, é a expectativa que todos tínhamos, no final de cada ano, com a vinda do Almanaque anual, editado pelo Laboratório Catarinense de Joinville, Os exemplares vinham acondicionados nas caixas dos medicamentos, entre a palha que forrava as embalagens.
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No seu livro “Do Almanack aos Almanaques”, Marlyse Meyer revela que a primeira edição foi publicada em 1946, e com apenas 1.000 exemplares..
Marlyse cita algumas curiosidades. Por exemplo: o depois famoso artista plástico Juarez Machado, joinvilense, teve seu primeiro emprego como desenhista na gráfica e editora do Laboratório Catarinense, onde eram elaboradas as embalagens dos remédios e os almanaques. Ficou três anos ali e só depois de um ano de prática foi autorizado a desenhar para o Almanaque, a verdadeira “menina dos olhos” do Sr. Bornschein, dono da empresa. Até “cartas enigmáticas” passaram pelas mãos do então aprendiz Juarez Machado.
Outro fato interessante: no pós-guerra houve racionamento de papel no país. Considerado como publicação didática, o Almanaque conseguiu ter acesso ao papel necessário à sua impressão.
E também me lembrei de um almanaque que guardo até hoje, herdado de minhas tias: o ALMANACK CABEÇA DO LEÃO (Antigo Manual de Saúde), do Dr. Ayer, edição de 1939, ano em que nasci.
FOTO DA CAPA DO ALMANAQUE
Naquele ano o Almanaque estava completando 87 anos de existência e anunciava os medicamentos do Laboratório do Dr. Ayer:  Salsaparilha, Peitoral de Cereja, Vigor do Cabelo, Pílulas Catharticas (contra prisão de ventre), Digestivo Destex e Linimento de Sloan.
E mais: este tipo de almanaque publicava  a previsão do tempo para os 12 meses do ano (como será que conseguia ?), calendário com hora do nascer e do pôr sol, e do pôr da lua para o norte e sul do Brasil, horóscopo, o que plantar, o que semear, informações diversas (lá está: “Santa Catharina – Pouco maior do que Portugal.”), ou seja, um verdadeiro modelo para os almanaques farmacêuticos que apareceram no Brasil durante o Século XX..
FOTO DA PÁGINA DO MÊS DE MAIO DE 1939
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Os Almanaques optaram por colocar também páginas dedicadas ao entretenimento, com charadas, cartas enigmáticas, palavras cruzadas.
O que mais me intrigava, em criança, eram as “Cartas Enigmáticas”, um emaranhado de desenhos e letras que, decifrados traziam uma bela mensagem.
Encontrei mais recentemente uma carta enigmática que traduzi conforme abaixo:
FOTO DA CARTA ENIGMÁTICA
Uma lâmpada, significando luz
Luz menos z, mais cio = Lucio
Pano costurado, significando costura
Costura menos ura, mais a = Costa
Um pé, menos o p = é
Ovo, menos vo = o
Auto mais r = autor
Dado, menos da = do
Planta, menos ta, mais um o = plano
Pilhas, menos has, mais oto = piloto
Dedo, menos do = de
Brasil mais ia = Brasilia
Tradução da frase:
“Lucio Costa é o autor do plano piloto de Brasília.
E assim, decifrando cartas enigmáticas ou cruzando palavras o brasileiro do século XX passou boa parte do seu tempo.
E ninguém se arrepende disso.
Texto e fotos do Jornalista e escritor Carlos Braga Mueller.

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