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sábado, 7 de fevereiro de 2009

- O Cinema em Blumenau – Parte VII

Mais um capítulo da história do cinema em Blumenau. Nossa cidade foi uma das primeiras do Brasil a exibir filmes, e provavelmente a pioneira a ter sala própria para exibição de filmes.
Por Carlos Braga Mueller
Este “passeio” que me permito fazer pelo blog do amigo Beto Day, continua hoje com um comentário sobre mais um cinema que existiu em Blumenau e que deixou muitas saudades.
CINE ATLAS DA VILA NOVA

Certamente o ATLAS povoou a infância e a memória de muitos blumenauenses. Ficava localizado no alto da Rua Theodoro Holtrup, na Vila Nova, num tempo em que esta rua ainda nem era pavimentada. Para o cinema ser erguido foi necessário dinamitar uma enorme rocha que insistia em ficar bem no leito da rua.
É bem verdade que o ATLAS durou pouco, cerca de 7 anos apenas. Foi inaugurado em dezembro de 1965 com o filme alemão “Mil Estrelas Brilham” e caracterizou-se por lançar filmes alemães inéditos, do pós-guerra.
Enfrentando o poder de um novo meio de comunicação que chegava ,a televisão, ele fechou suas portas por volta de 1972, mas o prédio continua lá, para quem quiser vê-lo e recordar o tempo das famosas matinés de domingo, do Elvis cantando Viva Las Vegas, ou então dos faroestes com Django atirando para todos os lados. Sem falar nos épicos caipiras do inesquecível Mazzaropi.
A iniciativa de construir um prédio na Vila Nova e ali instalar um cinema foi de Alvacyr Ávila dos Santos, Eva Taeschner (sua esposa) e Carlos Braga Mueller.
Todos cinéfilos, encontraram assim um meio de reunir o útil ao agradável: um cinema comercial, com filmes que eles tanto gostavam de assistir!
Por aqueles anos era grande em Blumenau o número de alemães que ainda suspiravam pelos filmes dos velhos tempos, produzidos pela UFA em uma Alemanha que já era comandada por Hitler. E ele aproveitava a força do cinema para exportar os ideais de grandeza do nazismo. A guerra acabara com tudo: UFA e ufanismo!
Um dos maiores sucessos do cinema alemão, que então renascia, foi a série de três filmes de Sissi, com Romy Schneider.
O afluxo de espectadores de todos os cantos do município ao Cine Atlas, para ver os novos filmes alemães, era tão grande que causava problemas aos moradores das vizinhanças do cinema. Carros eram estacionados inadvertidamente na entrada de garagens particulares e o pessoal, com razão, reclamava muito.
Na sua autobiografia, a atriz Vera Fischer escreve que era levada pelos pais, quando criança, para assistir filmes alemães em um cinema que ficava próximo da sua casa, no bairro da Velha. Ela revela também que odiava estas sessões naftalina.
Mas como dissemos acima, a tela do Atlas também vibrava com Elvis Presley, Mazzaropi, filmes de faroeste, de gladiadores (que saudades de Steve Reeves, Maciste, Ursus, Hércules e tantos outros personagens mitológicos gregos); filmes de terror com Vincent Price vivendo as histórias arrepiantes de Edgar Allan Poe, como “O Poço e o Pêndulo”...
E muitos namoros da época, iniciados nas poltronas do Atlas, acabaram em casamento! O meu, por exemplo.
O Cine Atlas faz parte da história do cinema em Blumenau e em Santa Catarina. E por isso foi destaque em um livro escrito pela saudosa historiadora blumenauense Edith Kormann.
Uma característica que ninguém esquece até hoje: o teto possuía estrelas recortadas, que acendiam em várias cores quando a sessão estava começando.
E o prefixo musical era o conhecido tema de James Bond.
Arquivo Adalberto Day/participação especial do Escritor e Jornalista Carlos Braga Mueller

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

- Trio de craques

Três grandes jogadores do Amazonas e de Blumenau, em 20 de maio de 1934. Nena Poli, Edgar Alves e José Henrique Pera. O Amazonas era considerado o melhor time de Blumenau na época. Nena foi um grande artilheiro da história do clube. Edgar jogou em vários times do Brasil, entre os quais Santa Cruz e Atlético Paranaense. Posteriormente, José Pera, ou Zé Pera, tornou-se um dos melhores treinadores de Blumenau, pelo Olímpico, Palmeiras e Amazonas.
(Foto: Arquivo de Adalberto Day e Jonas Vargas Husadel)
Publicado no Jornal de Santa Catarina – Sexta Feira 21//Novembro/2008,coluna Almanaque do Vale;jornalista Sérgio Antonello; Edição nº 11475

A imagem mostra senhor Sylvio de Oliveira e Nena Poli

História
O Amazonas foi fundado oficialmente em 19 de setembro de 1919. Mas já existia desde 1911, conhecido como jogadores do Garcia.
O clube Alve – Celeste - ou anilado como era conhecido o Amazonas, fundado por empregados da Empresa Industrial Garcia, já praticavam o futebol desde o inicio do século XX, era o time proletário do bairro Garcia.
Confraternização de ex atletas e dirigentes do Amazonas em 1980 no CSU – Centro Social Urbano na Rua da Glória. Alguns nomes : Aos fundos Zé Silvino, Francisco Siegel, Luiz Tamasia, Lino, Ride, Sylvio de Oliveira, Carioca,Ary Fernando Flores (Curuka), Osny, Arlindo Eing, Oscarito, Wilson Waldrich, Mauro Malheiros, Cilinho, Ziza, Nena Poli, Tijucano e Pelé, Amadeu, Vitório Phiffer, Osny Pereira (Bóia)Alberto de Oliveira (Fininho) Orlando (Amarelo), Nino Valencio..
Composto por grandes jogadores que trabalhavam na Empresa Industrial Garcia ou Cooperativa de Consumo dos Empregados, em sua grande maioria, residia em casas de propriedade da Empresa localizadas nas imediações, o time Amazonense foi bom de bola, principalmente no amadorismo, quando enfrentava várias agremiações de todo estado, obtendo resultados expressivos, qualificando-o como um dos melhores clubes de Santa Catarina, no período compreendido entre 1919 e 1944 principalmente, o chamado antigo Amazonas Esporte Clube. Em 1972/73, o Amazonas foi Bi- campeão da segunda divisão da LBF. Em 1974 A Empresa Artex aterrou seu belo estádio, e encerrou as atividades em Janeiro de 1975 oficialmente.
Arquivo de Adalberto Day

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