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quinta-feira, 9 de abril de 2009

- O parque da virada

ARTIGO:
Artigo Publicado no Jornal de Santa Catarina do dia , 09 de abril de 2009 - Quinta feira
LAURO EDUARDO BACCA/ Biólogo e ecologista
A luta pela preservação das florestas que cobrem a Serra do Itajaí foi longa. Começou com os denodados esforços do empresário Udo Schadrack para preservar sua propriedade no morro Spitzkopf em Blumenau. Seguiu-se o empenho da Acaprena, desde 1981, para estender essa preservação a toda a Serra do Itajaí, que estava sendo tomada de assalto por uma violenta exploração madeireira, irregular e fora de controle e que muitos prejuízos estavam causando aos ecossistemas locais e a toda a sociedade.Apesar da inegável pertinência de um Parque Nacional no local, surgiram fortes reações contrárias ao mesmo e que obtiveram a adesão de lideranças institucionais e políticas poderosas, incluindo o próprio governador catarinense. Muitos dos que lutaram pelo parque experimentaram a opressiva sensação de um Davi defrontando-se contra um Golias.O parque finalmente foi criado em 4 de junho de 2004, mas, por força de liminar obtida na Justiça, passou a existir de fato somente a partir de 28 de abril de 2005. Logo a seguir, as biólogas Fabiana Dallacorte e Cintia Gruener, estimuladas pela botânica Lúcia Sevegnani, da Furb, apresentam pela Acaprena um projeto de elaboração do plano de manejo do Parque Nacional ao PDA (Programas Demonstrativos da Mata Atlântica), do Ministério do Meio Ambiente, que foi aprovado com louvores. Quase três anos de intensos e sofridos trabalhos depois, envolvendo cerca de 30 técnicos e estagiários, o plano foi finalmente aprovado. O plano de manejo é o documento fundamental, que vai orientar todas as ações de gestão e controle do parque, equivalente a um plano diretor de uma cidade.O Parque Nacional da Serra do Itajaí foi o primeiro do Brasil a ter seu plano de manejo aprovado em menos de cinco anos de sua criação, incluído o tempo em que permaneceu suspenso na Justiça. Além disso, as indenizações a serem pagas aos proprietários já estão anunciadas. Se tudo correr bem, em breve terá quase 20% de sua área regularizada. Motivo de júbilo e orgulho para nós, catarinenses, e para a Acaprena em especial. O discurso derrotista foi vencido pela crença num ideal, muito trabalho e dedicação pelo bem- estar maior da sociedade atual e das futuras gerações. No contexto nacional de um país tão cheio de deficiências, onde a proteção ambiental quase não recebe atenção, o Parque Nacional da Serra do Itajaí tem tudo para ser um exemplo para o Brasil, o parque da virada.
Artigo :LAURO EDUARDO BACCA/ Biólogo e ecologista Arquivo de Maria Helena Mabba/Adalberto Day/Tânia Regina de Moraes

2 comentários:

  1. comentário do sr, Bacca é muito bem feito no que tange ao caso do Morro do Spitzkopf(cabeça pontuda traduzido do alemão). Desde que cheguei em Blumenau falava-se nesse morro, principalmente por ser o ponto mais elevado da nossa região. Cheguei em pleno período de guerra. Havia até, na ocasião, comentário sobre marinheiros (matrosen) alemães que desembarcavam no porto de Itajaí, subiam o Itajaí-açu e vinham até Blumenau para encontrarem-se com a juventude alemã para excursão ao Spitzkopf. Veja bem, apenas comentários mas, isso se espalhava como rastilho de pólvora. Tudo bem. Vejamos então o assunto relacionado ao dito morro. O Sr. Bacca é grande autoridade nesse âmbito de ecologia e meio ambiente, por isso, respeito suas opiniões quanto ao aspecto do Spitzkopf. Ele denuncia várias irregularidades quanto à maneira de "tratar" aquela formação geológica tão importante localizada na nossa mata atântica. Lamentavelmente, a região é visitada , não só por excursionistas, que fazem sua escalada com consciência, bem orientados e respeitando o meio ambiente, como tambem, e isto é o aspecto ruim, os aventureiros que vão lá para cima para um passeio - piquenique- e, infelizmente não respeitam nada, e só vão emporcalhar aquele santuário ecológico. Conforme o sr. Bacca informa, até a
    Prefeitura andou fazendo besteiras lá ´por cima, danificando o acesso e os caminhos de pedestres, e, como se viu, até as árvores centenáias foram danificadas pelas máquinas que lá para cima levaram com intenção de "melhorar o ambiente". Isso é ruim, pois, deixa um rastro indelevel no ambiente. Bem amigo Beto, afora esse aspecto relacionado exclusivamente com o aludido morro, temos que considerar o aspecto no todo, isto é, a reserva ecológica que, numa canetada do Predidente em forma de Decreto, passou a chamar-se Parque da Serra do Itajaí. Inicialmente, havia comentários sobre a transformação de grande parte de nossa mata atlântica em parque ecológico, mas, a impressão que se tinha é que isso seria resolvido mais adiante, com estudos, contatos, levantamentos demográficos dos moradores permanentes, a fim de evitar-se transtornos quanto a indenizações, deslocamentos e outros aspectos que fatalmente esse procedimento iria causar.Mas, , isso não aconteceu. Foi feito tudo a toque de caixa, dando a impressão que o Presidente foi apanhado de surpresa, alguém colocou uma caneta em sua mão e o fez assinar o tal Decreto, quiça sem saber de que se tratava, tanto é que o Decreto nem nº tem. Tão precipitado foi o ato que nem se pensou no aspecto de infra estrutura, como guardas florestais e viaturas para a fiscalização da área, informações mais detalhadas aos proprietários atingidos, etc. etc. Confesso amigo Beto, que fiquei revoltado com esse procedimento, especialmente pq investi um bocado naquele sítio, com reflorestamento de árvores nativas em extinção, como canela preta, canela sassafraz, peroba, palmitais, além de plantas exóticas como orquídeas e outros. Além disso, fiz uma grande plantação de frutas, pois, a região e o próprio solo são propicios a esse plantio. Quando isso aconteceu, perdi o interesse nas terras, onde cheguei a manter caseiros por algum tempo. Tive inclusive bandidos ali instalados, que mais tarde botaram fogo no que eu alí possuia. Tive o lado feliz e proveitoso daquela área (Ribeirão Espinho) no Encano Alto, e tbm o desfavoravel como acabei de mencionar. Mas, como nada é para sempre, ficam as lembranças agradáveis. Bem meu amigo, não quero alongar-me nisso pq iria muito longe se fosse contar uma pequena parte do que tudo aconteceu nesses 10 anos que passaram. Um grande abraço e nossas retribuições à mensagem pascoal tão linda que vc nos mandou.
    as,
    Eutraclínio A.Santos

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  2. O PARQUE DA VIRADA

    ACREDITO SER LOUVÁVEL TODO O TRABALHO E INICIATIVA CORAJOSA DO PROFESSOR LAURO E. BACCA E DEMAIS PESSOAS CITADAS POR ELE NO TEXTO SOBRE A CRIAÇÃO DO PARQUE NACIONAL SERRA DO ITAJAÍ.

    SUGIRO QUE ESTE BLOG VENHA A EVOCAR OS ESTUDANTES QUE SE UTILIZAM DESTE MEIO DE COMUNICAÇÃO PARA TAMBÉM SEREM PESQUISADORES SOBRE TAL PARQUE EM PROJETOS ESCOLARES DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO, POIS O ENSINO SUPERIOR ESTÁ EXPPLORANDO GRANDEMENTE ESTE CAMPO.

    ASSIM ALUNOS DA REGIÃO PODEM TRAÇAR PROJETOS EM SUAS ESCOLAS SOBRE O CONHECIMENTO CIENTÍFICO E TURÍSTICO E PRINCIPALMENTE SOBRE O PODER FISCALIZATÓRIO AUXILIANDO OS ÓRGÃOS GOVERNAMENTAIS NO PROCESSO FISCALIZAÇÃO-EDUCAÇÃO AMBIENTAL. OU SEJA ORIENTAÇÕES E INFORMAÇÕES AOS MUNICÍPES LOCAIS. DURANTE MEU TRABALHO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO DISTRITO DO GRANDE GARCIA, SEMPRE UTLIZEI DAS OPORTUNIDADES PARA ESCLARECER MELHOR MORADORES LOCAIS E DE PROXIMIDADES DO PARQUE SOBRE A IMPORTÂNCIA E FUNÇÃO DO PARQUE, ASSIM TERÃO OS JOVENS NO PAPEL DE EDUCADORES E AGENTES MULTIPLICADORES DESTAS PRECIOSAS INFORMAÇÕES.
    JUCELI T. C. ZUNINO BIÓLOGA-EDUCADORA AMBIENTAL ESP. EM ENGª URBANA E AMBIENTAL

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