A imagem de 1955, mostra o time campeão do Amazonas – Em pé da (e) Alberto de Oliveira (Presidente), Nicassio, Ivo Mass, Tenório, Jepe, Adalberto Rosumeck, , João Massaneiro, Cilinho, Oscarito, Clarindo Vargas, Zé Silvino (treinador). Agachados: Paulo de Lucca (Massagista), Aderbal Tomazoni, Amadeu, Chico Siegel, Erico Mass, Malheirinho, Chiquinho, Piava, Filipinho. E os meninos junto a bandeira, Wilson Siegel, Nilson Siegel, filho de Chico Siegel.
- Hoje vou fazer um pequeno relato de uma família esportista que tive a oportunidade de conviver na minha infância, juventude e até os dias correntes, a família Siegel. Eram moradores, do início da Rua da Glória, menos de 10 metros da nossa residência na Rua Almirante Saldanha da Gama, em Blumenau.
- Francisco Siegel (falecido) , quando veio jogar futebol no Amazonas, por volta de 1947, não sabia que ali começava uma trajetória gloriosa do nosso futebol, e de sua vida sentimental. Os torcedores Amazonenses lotavam o estádio do bairro Garcia, para ver o clube Alviceleste desfilar em seu gramado.
- Uma torcedora fanática pelo esporte “Bretão” como se dizia nessa época, dona Rosa Malheiros, estava atenta a um jogador em especial, o Francisco “Chico Siegel”.
- O resultado foi o casamento de Dona Rosa e o Sr. Francisco por mais de cinqüenta anos, e dessa união nasceram Wilson (Nenê), Nilson (Bigo) e Adilson (Ticanca). Todos foram grandes jogadores com muitas conquistas no cenário do esporte em Blumenau. Tive a oportunidade e o privilegio de jogar com todos, no nosso querido “12” ou morro, estádio do Amazonas, e outras praças esportivas.
- Chico Siegel, centro-avante foi um jogador possuía um poderoso chute, que levou o Amazonas a obter grandes conquistas. Contam os mais idosos, que um dia no estádio do Progresso, Chico chutou com tanta violência que a bola ao chocar-se contra o travessão, voltou quase ao meio do campo. A imagem mostra em primeiro plano, os irmãos Bigo e Nenê em 1972 – campeões pelo Amazonas - a imagem ao centro, mostra dona Rosa Siegel de costas , conversando com Meyer, craque do Amazonas nos anos 60, e Curuca a direita, na mostra em 2005 sobre o Grande Garcia, a imagem a direita mostra Ticanca e Bigo com a camiseta do Guarani.
- O Wilson Siegel (Nenê) o mais velho, era habilidoso, destro mais jogava como ponta esquerda, chutava forte com o pé esquerdo. Nós trabalhamos durante anos na Empresa Industrial Garcia e Artex, no departamento de Pessoal, portanto foi dos três aquele que mais tive proximidades e jogar junto.
- O Adilson Siegel (Ticanca) que recebeu este apelido do seu primo Ride que também foi atleta do Amazonas, o mais jovem, quando começou a ser titular do Amazonas em 1974 com 15 anos de idade, viu desaparecer a mais bela praça esportiva do Vale do Itajaí, a partir de maio deste ano. O Estádio foi impiedosamente aterrado pela empresa Artex, e Ticanca, não teve a oportunidade de jogar com a camisa do Amazonas nesta praça esportiva, a não ser em outros estádios, Palmeiras e Guarani onde o clube foi realizar seus derradeiros jogos. Ticanca foi um grande jogador não só do Amazonas, como outras equipes de Blumenau. Também foi um grande atleta no Futebol de Salão da Associação Artex, Guarani e Seleção Blumenauense, posteriormente foi comentarista esportivo, e grande incentivador do esporte em Blumenau.
A imagem mostra dona Rosa com seu filho Nilson (Bigo) na mostra sobre o Grande Garcia em 2005 na Associação Artex, e o Estádio do Amazonas em 1964.
- Nilson Siegel (Bigo) foi o maior goleador do Amazonas E.C. – o atleta mais completo que tive a oportunidade de conviver e ver jogar. Bigo era bom em todos os esportes, Basquete, Vôlei, Futebol de Campo e de Salão. Foi convidado a jogar futebol profissional no Palmeiras de Blumenau, e outras equipes da região, recebeu convite para jogar no futebol carioca, e quem sabe em seu Flamengo ou o Rival Fluminense, onde queriam levá-lo. Mas “o destino” se assim podemos falar, aconselhado pela família preferiu permanecer em nossa cidade, e com essa decisão podemos apreciar seu talento e sua categoria por muitos anos. Bigo começou a atuar nos Juvenis do Amazonas em 1966, como zagueiro, de categoria refinada, logo passou ao time principal. Fazia tantos gols como zagueiro que foi atuar de centro-avante. Em minha opinião, Bigo jogaria em qualquer clube de ponta do Brasil, e com certeza faria sucesso, e seria um dos maiores goleadores de nossa história.
Arquivo e texto : Adalberto Day