Rua João Pessoa na década de 1920
O bairro da VELHA foi criado pela Lei nº 717, de 28 de abril de 1956 na administração de Frederico Guilherme Busch Júnior.
A Lei Complementar nº. 83, que fixou o Novo Perímetro Urbano da cidade de Blumenau, aprovada e sancionada com data 08 de junho de 1995, permitiu que a área urbana do bairro Velha fosse reduzido com o intuito de preservar os morros de uso inadequado e especialmente de ocupação clandestina.
Com a promulgação da Lei Complementar nº. 489 em 25 de novembro de 2004, que Fixou o Novo Perímetro Urbano do Município de Blumenau – Sede e do Distrito de Vila Itoupava e estabeleceu a Nova Divisão de Bairros, o bairro Velha teve sua área reduzida novamente, perdendo áreas na criação dos bairros Água Verde, Passo Manso, e para a formação dos bairros Velha Central e Velha Grande; embora ganhou área quando seu perímetro, na rua José Reuter, foi aumentado até a divisa com o município de Indaial.
História:
Essas terras do bairro Velha eram conhecidas por Velhapast e o atual ribeirão da Jararaca chamava-se de Scharakenback.
- Alguns historiadores também apresentam a versão de que existia uma família de cognome Velha, antes da criação da Colônia Dr. Blumenau. O ribeirão Velha já constava no mapa da Colônia Dr. Blumenau do ano de 1864. As terras foram compradas pelo Dr. Blumenau que posteriormente as vendeu a Gustavo Stutzer, em 1879, quando começou a ser ocupada. Estas terras do bairro Velha eram conhecidas por Velhapast e o atual ribeirão da Jararaca chamava-se de Scharakenback. Existem algumas versões da origem do nome Velha, uma delas que era contada, diz que o nome originário, devido há existência de duas serrarias , a primeira onde hoje é o Bairro Velha, outra no Garcia. A do Bairro Garcia era mais nova, então quando alguém ia à serraria no Garcia solicitar algum serviço, ou procurar os donos, ou comprar alguma madeira, não encontrada, os atendentes diziam “aqui não temos, mas lá na Velha (serraria) deve ter, dando origem ao nome do Bairro da Velha”. Mas este era o lado mitológico e que deve ser preservado, porém já em 1832 oficialmente antes da fundação da cidade de Blumenau, quando essas terras pertenciam a comarca de Porto Belo e depois a comarca de Itajaí, na região onde é São Francisco, as terras requeridas já constava o nome de Ribeirão da Velha, provenientes de uma família de sobrenome Velha, que por aqui residiu e logo perdeu-se contato. - Outra versão segundo o memorialista Sr. Niels Deeke, uma senhora idosa já em 1821 era dona de terras nas imediações da foz do Ribeirão velha, e que explorava através de um estaleiro, a retirada de madeiras. O nome dessa “velha” era Feliciana Coutinho”.
Em terras de Silva Guimarães, adquiridas em 1844, as margens do ribeirão da Velha, os primeiros imigrantes, de forma provisória, alojaram-se em ranchos. Posteriormente, estas terras foram compradas pelo Dr. Blumenau. Até o ano de 1960 considerava-se um bairro, essencialmente, residencial e com base econômica na agropecuária. A partir desta década muitas indústrias se instalaram e vários loteamentos residenciais foram criados, desenvolvendo, desta forma, o comércio e a prestação de serviço. De forma bastante visível este crescimento foi notado, principalmente, após as enchentes de 1983 e 1984.
Ribeirão da Velha:
Adendo do Ecólogo Lauro Eduardo Bacca
Ribeirão da Velha:
Adendo do Ecólogo Lauro Eduardo Bacca
Segue uma rápida descrição topológica do Vale do ribeirão da
Velha:
O rib. da Velha nasce a cerca de 650 m acima do nível do
mar, ao norte de um morro de 710 m de altitude que faz parte do maciço do
Spitzkopf, mas não chega a ser o Spitzkopf propriamente dito. Em linha reta, a
nascente do Rib. da Velha dista apenas 1,5 km do pico do Spitzkopf. Possui uma extensão aproximada de 25 Km.
Vizinho das nascentes do rib. da Velha a Leste fica o vale
do rib. Caetés, que nasce no Spitzkopf e é afluente da margem esquerda do
Garcia. Já o vizinho de Oeste é o ribeirão mais conhecido como Espingarda,
afluente da margem esquerda do rio Encano, mas que consta no mapa do IBGE como
rib. Caçador. Daí para o Norte o Vale do Velha, por vários km, faz divisa com o
Vale do Encano, sempre em Indaial a Oeste. A leste as divisas são com vales do
Encano do Garcia, depois rib. Krooberger, da rua Rui Barbosa, Rib. Zendron e
vale do Rib. bom Retiro.
Na altura da confluência com o Rib. Velha Central, o Rib. da
Velha deixa de correr predominantemente para o Norte e dá uma guinada geral
para o Leste-Nordeste, fazendo divisas com os pequenos vales dos ribeirões
Branco, dos Macacos e do Salto Weissbach, além do rib do Tigre e outros
menores, até sua foz no rio Itajaí Açu entre a Prefeitura de Blumenau e a Ponte
Metálida de Estrada de Ferro Santa Catarina.
Agora a estimativa expedita da distância percorrida pelas
águas desde a nascente mais distante até a foz, baseada no mapa IBGE 1:50.000:
- da nascente até:
- a confluência com o córrego Gebien, cerca de ... 5,5 km;
- a confluência com o rib. do Cego, cerca de ...... 10,1 km;
- a confluência com o rib. do Gato, cerca de ....... 11,5
km;
- a confluência com o rib. da Velha Central, .........13,1
km;
- ponte da rua Gustavo Budag, cerca de ............. 18,8
km;
- ponte da rua Sete Setembro/Corpo Bombeiros . 21,7 km e
- até sua Foz no Itajaí Açu
................................. 22,7 km.
Como a avaliação é muito aproximada, pode-se dizer
que o comprimento total do Rib. da Velha gira entre 20 e 25 km, claro, contando
todos os meandros visíveis no mapa mais um fator de correção por conta dos
meandros e curvas muito pequenas não visíveis no mapa.
Este ônibus da foto pertencia à Empresa Wolfram
- Curiosidades: em 1950 quando da comemoração do centenário de Blumenau, cogitou-se a mudança do nome do bairro para; Bairro Centenário. Em 1969, houve também uma tentativa de mudar o nome para Bairro da Vera, uma homenagem a Vera Fischer eleita miss Brasil, que nasceu no bairro Velha.
Fonte: Prefeitura municipal de Blumenau/ SEPLAN Secretaria Municipal de Planejamento Urbano. Guia de Santa Catarina – Blumenau Online - Adalberto Day/: Niels Deeke memorialista e pesquisador da história.