A história do
Rio Itajaí-Açu
O nome "Itajaí-Açu" é de origem tupi e foi adotado pelos índios que
ocuparam a Praia de Cabeçudas, no município de Itajaí, estando ligado à formação de pedra
conhecida atualmente como Bico do Papagaio. Na sua forma original, esta
formação assemelhava-se à cabeça de uma ave, o jaó. Por este motivo, a palavra Itajaí-Açú significa: ita =
pedra; jaí = o pássaro, a ave; açu = grande .
Ou seja: rio grande do jaó de pedra.
Alternativamente, o nome "Itajaí-Açu" pode significar
"grande rio repleto de pedras", através da junção dos termos
tupis itá ("pedra"), îá ("repleção"), 'y("rio")
e gûasu (" grande").[1]
São 53 municípios do Vale do Itajaí, Norte e Grande Florianópolis
Da rocha de onde brota em três
nascentes de água cristalina, descendo em corredeira para se encontrar com
outros rios e ribeirões e encorpando-se até formar um gigante, o rio Itajaí-Açu
desperta nas pessoas encanto e medo.
Em toda a sua longa e sinuosa caminhada, o rio carrega muitas histórias.
Histórias de gente que veio navegando em barco improvisado de muito longe e, há
muito tempo, para desbravar e povoar o Vale do Itajaí, numa mistura de povos,
hábitos e costumes que influenciaram a formação de uma identidade cultural
própria.
História de gente que nasceu à
beira do rio, banhou-se em suas águas, constituiu família e de perto do
majestoso nunca arredou pé. Gente que viu o Itajaí-Açu se transformar e transformar
a paisagem do Vale. Gente que viu o rio ser manchado de tinta, carregar lixo
doméstico, engolir suas próprias margens, arrancar árvores, invadir lavouras,
ruas, casas, indústrias e comércios. Gente que viu o Itajaí-Açu interromper
vidas e sonhos.
Gente que ergueu prósperos empreendimentos às margens do rio ou simplesmente
usou das suas águas para fertilizar o solo. Hoje, são cerca de 1 milhão de
pessoas (20% da população catarinense) vivendo na maior bacia hidrográfica de
Santa Catarina, com 15 mil km². Mas, afinal, qual o limite dessa bacia? A pergunta
é oportuna, pois o mundo também discute, com mais ênfase, soluções para a
escassez de água, que ocorre em algumas regiões do Planeta e agora no Sudeste
do Brasil.
O Jornal Metas mergulhou na Bacia
do Itajaí e dela emergiu com bons exemplos, projetos e avanços tecnológicos que
podem garantir a preservação de toda essa riqueza natural. Ações simples, como
a do casal Wigold Schaffer e Miriam Prochnow, proprietários da Associação de
Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), na cidade de Atalanta, no
Alto Vale. Na contramão das boas iniciativas, fica claro que as agressões à
Bacia do Itajaí continuam. É bem verdade que o despejo de lixo doméstico e
industrial diminuiu, porém, as escavações aumentaram, arrastando uma quantidade
enorme de sedimentos para dentro dos rios e ribeirões. Essa é a nova ameaça que
precisa ser combatida pelos órgãos de fiscalização. Aliás, o poder
público, maior interessado, é o que menos faz para conservar os recursos hídricos
e todo o rico ecossistema existente na Bacia do Itajaí.
Faltam
recursos, prioridades e boa vontade. Mesmo diante da pressão da sociedade e do
Ministério Público, as iniciativas de reduzir o despejo de esgoto doméstico no
Itajaí-Açu e seus afluentes não passam de boas intenções. A ameaça também vem de
cima. Toda vez que chove forte, o Vale do Itajaí entra em estado de alerta e
soluções são lembradas para o recorrente problema das enchentes.
E elas se tornaram cada vez mais trágicas à medida que áreas verdes são
invadidas e devastadas. Precisamos de soluções urgentes para reverter esse
cenário assustador, porém, a lentidão das decisões e dos trabalhos tornam as
coisas mais difíceis.
Estamos, portanto, diante de enormes desafios na gestão dos recursos hídricos
da Bacia do Itajaí, mas acreditamos que tudo começa por uma mudança de atitude
da sociedade. São as pessoas que farão a diferença para que o Vale das Águas
continue a ser uma terra de oportunidades e de prosperidade.
O que é a bacia?
A Bacia Hidrográfica do Itajaí
está em uma área de 15 mil km², correspondente a 16,14% do território
catarinense, onde estão assentados 53 municípios de três regiões: Vale do
Itajaí, Norte e Grande Florianópolis. É a maior bacia de Santa Catarina e o Rio
Itajaí-Açu é de maior curso d’água, com extensão de mais de 300 quilômetros
desde suas nascentes até a foz, nos municípios de Itajaí e Navegantes. São
cerca de 1 milhão de habitantes vivendo nessas regiões, incluindo duas
importantes cidades no contexto econômico - Blumenau e Itajaí. O PIB - Produto
Interno Bruto - do Vale é o maior de Santa Catarina, assim como o colégio
eleitoral.
Os principais rios da bacia são:
Itajaí-Açu, do Oeste, do Sul, do Norte (Rio Hercílio), Itajaí-Mirim, Benedito e
Luís Alves. Já a nascente mais distante da foz é a do Rio Hercílio (Itajaí do
Norte), localizada no município de Papanduva, no Norte do Estado. Pelo rio, são 334 quilômetros de
distância até a foz.
Uma bacia hidrográfica é todo um
território cujas águas são drenadas para rios que irão desembocar em um mar ou
em outro rio maior. A área é delimitada por uma linha imaginária chamada de
“Divisor de Águas”, que são pontos altos que dividem o escoamento das águas,
entre um rio e outro. A Bacia do Itajaí é formada por sete grande sub-bacias
onde são sete grandes rios e seus afluentes.
O Itajaí-Açu inicia no encontro dos rios Itajaí do Sul e Itajaí do Oeste, para
depois se juntar ao Itajaí-Mirim há oito quilômetros do mar, passando a ser
chamado apenas de Itajaí.
- Itajaí-Açu. Nasce em Rio do Sul, no encontro do Itajaí do Sul e Itajaí do
Norte. Foz em Itajaí no encontro com Itajaí Mirim.
- Itajaí-Mirim. Nascente mais distante em Vidal Ramos. Foz em Itajaí no
encontro com o Itajaí-Açu.
- Itajaí do Norte. Nascente mais distante em Papanduva. Foz no Itajaí-Açu em
Ibirama.
- Itajaí do Oeste. Nascente mais distante em Rio do Campo. Foz no encontro com
o Itajaí do Sul em Rio do Sul.
- Itajaí do Sul. Nascente mais distante em Alfredo Wagner. Foz no encontro com
o Itajaí do Oeste em Rio do Sul.
- Benedito. Nascente mais distante em Doutor Pedrinho. Foz no Itajaí-Açu em
Indaial.
- Luís Alves. Nascente mais distante em Luís Alves. Foz no Itajaí-Açu em
Ilhota.
Jornal Metas, o SEU JORNAL
Com circulação desde 18 de março de 2000, o Jornal Metas, da
cidade de Gaspar, no Médio Vale do Itajaí, nasceu da visão de dois empresários
que acreditaram na pluralidade da informação. Em junho de 2002, a publicação
passou para as mãos de José Roberto Deschamps, que trouxe a sua experiência
comercial e visão empreendedora na área da comunicação. Desde então,
investimentos na qualidade editorial e gráfica, com profissionais capacitados, e
em tecnologia têm feito do Jornal Metas um dos mais conceituados veículos de
comunicação impressa do interior de Santa Catarina. Em novembro de 2006, o
Jornal Metas passou a ser bissemanal – quartas-feiras e sábados, o que deu um
dinamismo ainda maior na busca e publicação da notícia.
Por conta da visão empreendedora de seu diretor e do compromisso
das equipes com a informação, o Jornal Metas ocupa hoje o topo do ranking de
veículo de comunicação impressa mais premiado do interior do Estado. Por seis
anos consecutivos – 2010 a 2015 – o veículo venceu o mais concorrido prêmio de
jornalismo de Santa Catarina: o Troféu Pena de Ouro, organizado pela Adjori -
Associação dos Jornais do Interior de Santa Catarina. O site do Jornal Metas é
também tricampeão do Prêmio Adjori/SC de Novas Mídias. Em 2014, o Jornal Metas
também foi vencedor do Prêmio Fenabrave – Federação Nacional da Distribuição de
Veículos Automotores. As premiações conferidas ao Jornal Metas não só comprovam
o caminho do sucesso trilhado, mas também revela a capacidade de uma equipe de
se reinventar a cada dia, para levar o melhor jornalismo aos seus leitores,
pois o Metas é verdadeiramente O SEU JORNAL
Aglair Kertischka Linda história da nossa Bela Blumenau abraços.
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ResponderExcluirSuperfã
Catarina Tecla Mistura Muito bem lembrado do nosso Rio Itajaí Açú!
Mais uma vez obrigada Adalberto!
Márcia Carls Realmente Sr. Adalberto muito bonito.
ResponderExcluir1
Edmundo Edi O Rio Itajaí Açu tem suas utilidades. É bonito e parte e assustador nas cheias
ResponderExcluirTarcisio Holanda Todos os rios padecem dos mesmos problemas e das mesmas insanidades humanas. Todos os rios são canais de desbravamentos e progressos e de todos os descuidos ambientais também. Que bom, apesar de tudo, o Itajaí-açu ainda se mantém com águas cristalinas, embelezando os lugares por onde serpenteia. Abraços.
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ResponderExcluirSuperfã
Renate Pereira Boa noite Beto. A nossa bela Blumenau sempre foi muito linda. Orgulho dessa linda história. Abraço
Homero Buzzi Blog Adalberto Day Ora, Day, 'te acompanho' há décadas e vejo e revejo Blog e tudo o mais que publicas - que é uma imensidão. Grato pelo 'serviço de informações', especialmente históricas,que tens prestado durante todo este tempo, ininterruptamente. Gde. abç.
ResponderExcluirCatarina Tecla Mistura
ResponderExcluirUma bonita foto e também a lembrança de uma prainha bem cuidada, era um lugar lindo e prazeroso...
Sonia Ruth Anton Bauler
ResponderExcluirQue foto linda. Como é linda nossa cidade. É só querer
Ingo Bork
ResponderExcluirÉ uma foto bonita, mas lindo era a Prainha antes dos anos 80, começo dos anos 70 era um sonho ver o vapor Blumenau navegando pelas águas do rio Itajaí Açu, e lá na Prainha o povo se banhando no verão, hoje só lembranças, boas lembranças de tempos que não voltam mais.
Celso Santos
ResponderExcluirBasta uma enchente de 11 metros para levar tudo Prainha. É um local que o rio decide a sua paisagem.
Gilmar DA Silveira
Celso Santos, certíssima sua colocação. "Local que o rio decide sua passagem."
· Responder · 46 min
Sueli Klein
Celso Santos concordo a água levou muito de Blumena
Fabrício José Barbosa
ResponderExcluirAdalberto, belíssima lembrança. Este texto deveria estar numa placa na prainha, no posto de informações turísticas e na foz do rio lá em Itajaí, para que tanto a população como os turistas conheçam o verdadeiro significado. Povo que não conhece sua própria história não tem futuro. Infelizmente hoje cultura e história não interessa mais aos políticos.
Gertrudes Knihs de Medeiros
ResponderExcluirLinda história do nosso "Itajaí Açu"!
Lembranças do passado onde a pureza do planeta foi violentada pelo progresso.
Me pergunto muitas vezes: - Será que valeu a pena?
Mauricio Sucheuski
ResponderExcluirAssociar e juntar a bela vegetação, esse lindíssimo nome de região e essa curva... tem muito de poesia. "Enterrem meu coração na curva do rio", desse rio, do meu rio. Super bacana esse post Adalberto.