quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

- Natal do imigrante em Blumenau

Texto enviado pela historiadora Sueli M,V. Petry
Diretora Patrimônio histórico de Blumenau
Entre o sonho do imigrar e a realidade do chegar:
Natal do imigrante
 Com o processo civilizador dos europeus no Vale do Itajaí ocorreu a introdução de uma diversificação de usos e costumes que se são marcantes nas áreas colonizadoras do sul do Brasil.
  Muitas das tradições que ainda hoje se preservam fazem parte do cotidiano das pessoas, as quais herdaram dos imigrantes  que a trouxeram na sua  bagagem cultural. Nesta interface do “sonho do imigrar e a realidade do chegar”, uma série de transformações ocorreram nas vivências dos imigrantes.
Uma destas vivências é narrada pelo imigrante Karl Kleine, ao chegar no ano de 1856.
 A chegada ocorreu justamente no dia de Natal  eis o que narra o imigrante: “Naturalmente faltava muito para que pudéssemos nos instalar confortavelmente, contudo, precisaríamos nos conformar....
À noite, depois do jantar todos estavam sentados ao ar livre e um sentimento estranho invadiu cada um – era a primeira noite na nova pátria, era Noite de Natal! – Todos recordavam os natais na antiga pátria e, de repente, fez-se um silêncio estranho (....)
A princípio baixinho e timidamente, a seguir, cada vez mais alto e forte, ouvia-se a canção “Noite feliz”, que se misturava com o canto estridente das cigarras. Ninguém sabia quem havia iniciado, mas todos acompanhavam a pequena canção, mas de conteúdo rico, cujos acordes ecoavam pelo céu estrelado.
Era como se um anjo tivesse descido para acalentar todos os corações. Nessa noite, mais do que durante a viagem inteira, todos se sentiram muito próximos uns dos outros. – Ninguém percebeu que já era meia noite!”.[1]
Arquivo família Oliveira
As lembranças dos imigrantes não param por aqui, um outro imigrante revela que chegou (1875), alguns meses antes da festa natalina. E, conta... “Na véspera do natal nossa comida estava chegando ao fim, comemos pão seco e já mofo, acompanhado de água do ribeirão”. Como se constata, muitos sentimentos tomavam conta dos corações dos imigrantes, com eles agregaram-se novos elementos para a celebração da festa Natalina nos trópicos. O antigo costume europeu de decorar a árvore com maçãs e nozes para se fazerem mais visíveis eram dourados ou prateados e recobertos de açúcar.
Foto reprodução
Nas áreas de colonização alemã este costume foi substituído por novos componentes. Vejamos o que nos diz Frederico Kilian num conto inspirado nas memórias de imigrantes:
“O nosso primeiro pinheirinho de natal. Mas não é o pinheiro alemão, “Abies pectinata”, mas sim, uma árvore com folhas aciculares mais duras, que nasce no planalto, a “auracária brasiliensis”, e que foi introduzida aqui na colônia pelo próprio Dr. Blumenau que arranjou as sementes da zona serrana. Cresce muito ligeiro e dentro de quatro a cinco anos já pode ser cortada para servir de árvore de natal.
Nos anos anteriores nossa árvore de natal era um arbusto ou pequena árvore com galhos simétricos e que enfeitávamos com pequenas fitas de cores, cortadas de restos de fazenda, com as quais prendíamos aos ramos as flores das múltiplas orquídeas que aqui abundam, e pendurávamos em falta das costumeiras gulodices (doces, maçãs e peras), as frutas que nascem aqui, como bananas, cachos de uvas maduras e várias frutas silvestres.
Também não faltavam as velinhas de cera de cera, pois existem aqui nas matas abelhas, de várias espécies, que se alojam nos troncos ocos das árvores que produzem uma cera escura, mas que serve para fazer velas.
Assim, em todos os anos não deixamos de ter a nossa árvore de natal, mesmo nos três primeiros anos em que a vida era dura de fato.(...) Aqui estamos, com a graça de Deus, vivendo felizes e contentes,...”.[2]
 Hoje há árvores de Natal que são artisticamente decoradas. Os adornos empregados para decorar a árvore de Natal experimentaram grande mudança.  Também se generalizou o uso de filetes dourados e prateados, conhecidos como lameta, feito a base fino estanho, de 30 a 40 centímetros de comprimento e apenas um a dois milímetros de largura, para estender sobre as ramas do pinheiro, realçando suas linhas.
Agregou-se a isto “Cabelos de anjo” de lã de vidro, algodão brilhante e estrelas prateadas ou outro material que cause efeito, e eis que está pronto o Pinheirinho ou o Tannenbaun. 

(....) O iniciador desse costume  do “Natal de rua” foi um paulista chamado Carlos Mazzei, filho de italianos. Recebera de seus pais, católicos praticantes, o ensinamento cristão de festejar o nascimento de Cristo com grandes solenidades e efusivas alegrias. Desde sua adolescência, seu espírito de observação foi acumulando uma profunda piedade por inúmeros semelhantes seus, menos afortunados, que não possuíam recursos para que o seu Natal se tornasse uma data mais festiva e algo diferente da triste rotina de privações de todos os outros dias.  Idealizou, então, um meio de transformar as praças públicas, as ruas da cidade e os logradouros comuns em grandes presépios coletivos.”
Tradição alemã trazida para Blumenau - Papai Noel do Mato
Ornamentação natalina nas ruas de Blumenau
                   A tradição da ornamentação natalina em nossa cidade teve início na década dos anos setenta. Neste tempo, a Comissão de Turismo da cidade, juntamente com o apoio do comércio, ornamentou a cidade e os bairros da Velha, Garcia e Vila Itoupava. Esta Ornamentação deu um toque todo especial, principalmente à noite.
Mereceu por parte de toda a imprensa e visitantes os maiores elogios, tanto pela beleza e bom gosto, como pelas inovações. É  o caso da Avenida Beira Rio - que foi decorada de ponta a ponta.
 O projeto decorativo do ano de 1971 contou com o apoio do artista carioca Almir Silva. As peças decorativas foram todas confeccionadas pela própria prefeitura, que contou com a supervisão da Comissão.
Esta novidade, copiada anos mais tarde por outras cidades, trouxe muitos turistas que vinham apreciar e realizar compras nas casas de comércio. Esta tradição, com o passar dos anos, teve os seus altos e baixos.
 Arquivo de Adalberto Day
Ao ser retomado, através do Projeto “Magia do Natal”, este evento se expandiu também para a Vila Germânica e ruas da cidade. A visitação de blumenauenses e turistas que acorrem para apreciar este local de encantamento das ornamentações natalinas, encontram locais de venda de produtos relacionados ao período festivo, exposições, desfiles, oficinas de pintura em doces, visita à casa do Papai Noel e outras atrações culturais que marcam esta programação natalina que se encerra em 6 de janeiro. 
Sueli M.V.Petry
Diretora Patrimônio Histórico

[1] Suas memórias foram publicadas em alemão sob o título  “Blumenau de Ontem: experiências e recordações de um imigrante” - (Blumenau einst Erlebnisse und Erinnerungen eines Eingewanderten). Os originais manuscritos em 35 cadernos foram doados pela família. Os mesmos estão sob a guarda do Arquivo Histórico Prof. José Ferreira da Silva, órgão vinculado à Fundação Cultural de Blumenau.  Fundo Memória da Cidade – Coleção “Família Kleine”.  

[2]Arquivo Histórico José Ferreira da Silva: Fundo Memória da Cidade. Família Kilian – série Produção Intelectual.
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OS “PELZNICKEL” MORAM AQUI PERTINHO...EM GUABIRUBA PARA SER MAIS EXATO!
Texto enviado por
Carlos Braga Mueller (Jornalista e Escritor)
 
pelznickel.blogspot.com

Em Blumenau, antes da chegada do Natal, mais precisamente na noite de 6 de dezembro, as crianças deixavam suas meias ou sapatinhos na janela para que o Papai Noel, ou seus ajudantes, colocassem ali guloseimas: bombons e pequenas lembranças. Mas existia uma recomendação: só as crianças obedientes e estudiosas receberiam presentes.
As malcriadas e as que não haviam estudado durante o ano teriam que rezar muito e pedir perdão pelas suas faltas.

Esta situação era comum na Blumenau da metade do século passado. É possível que esta tradição ainda permaneça no seio de algumas famílias.
 
pelznickel.blogspot.com

Em algumas regiões da Alemanha, Croácia, Eslovênia, Hungria e Suíça , existe um personagem nas comemorações natalinas que, longe de ser simpático como o Papai Noel, é um ser que mete medo: coberto de folhas, máscara diabólica e chifres, ele é conhecido na Alemanha como o Pelznickel, que ao invés de brinquedos e doces, sai da floresta trazendo nas mãos um chicote para assustar as crianças que não gostam de estudar. E tem uma missão importante: é o ajudante do Papai Noel !

Nos relatos dos imigrantes que colonizaram Blumenau, não encontramos referências a essa figura, que certamente não era tradição nas regiões de onde os migrantes vieram, por isso não a trouxeram consigo.

Acontece que foi em Guabiruba, aqui em Santa Catarina, que aflorou a ideia, recente, de se introduzir o Pelznickel nas comemorações do Natal. Com chicote na mão e um saco para levar as crianças mal educadas e desobedientes !

Há cerca de 10 anos foi fundada em Guabiruba a Sociedade Pelznickel, que tem sede própria no bairro Imigrantes, naquela cidade.
  
Segundo um estudo feito pela blumenauense Marion Bubeck no opúsculo “Desfile Natal Alles Blau”, editado em 2009 pela Fundação Cultural de Blumenau, “outra tradição, fortemente difundida entre os povos germânicos e em algumas regiões da América colonizadas por grupos étnicos europeus, nos conta que São Nicolau (o Papai Noel alemão) possui ajudantes, que são os Pelznickel.
No dia 06 de dezembro, dia de São Nicolau, os Pelznickel saem da floresta para buscar as cartas de Papai Noel e verificar como as crianças estão se comportando. Sua indumentária são roupas velhas escuras, com máscaras muito feias e chifres. Nas mãos levam acessórios como correntes, chicotes e um saco. Neste dia eles vêm para verificar quem são as crianças desobedientes. Se o comportamento da criança não melhorar até o dia 24 de dezembro, eles virão buscá-la e levá-la para a floresta.”

Como se depreende, causavam terror nas crianças, sob o pretexto de que iriam corrigi-las.

Lembro que quando criança, na noite de São Nicolau, eu deixava um sapato na janela e esperava que o Papai Noel e seus ajudantes colocassem as guloseimas. De manhã lá estava um chocolate. Mas minhas tias, que cuidavam disso, sempre diziam que só viria o presente se eu fosse obediente.
 
pelznickel.blogspot.com

Pelo que consta, os ajudantes conhecidos como Pelznickel só têm atuação no município de Guabiruba.
Nas semanas que antecedem o Natal, começando em 6 de janeiro, eles andam pelas ruas daquela  cidade, participam de desfiles e recebem turistas na sede da Sociedade Pelznickel, onde – em um bosque – fazem representações.   


É possível que alguns imigrantes que aportaram na região de Guabiruba tenham transmitido a seus descendentes por tradição oral, a existência desses duendes da floresta, adotados pelos guabirubenses como mais uma tradição natalina do Vale Europeu.
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Arquivo da família de Nahir de Oliveira envida por Ângela Maria de Oliveira
Adendo de José Geraldo Reis Pfau – Publicitário em Blumenau
Bolas ou bagas de Natal
Material (bolas de natal em vidro) são muito lindas. 
Lembro que na casa de meus pais a árvore (tannenbaun) era feita na sala que ficava trancada até na noite do dia 24. Nós ficávamos olhando pelas frestas da porta e janela e tentando ver lá dentro quando eles abriam a porta. Os conjuntos de portas da sala na nossa casa eram com vidros martelados, portanto se viam vultos. Claro que, tinha momentos, em que víamos o Papai Noel de vermelho lá dentro da sala. Imaginação infantil. Junto à arvore ficavam os presentes. Cinco filhos era uma maravilha de Natal. Na árvore colocavam algodão para imitar a neve, as bolas de vidro eram grandes, reluzentes, coloridas e castiçais pequenos com velas eram distribuídos pelos galhos. A árvore chegava até perto do teto - aonde tinha uma ponteira na forma de estrela e de vidro também. Minha mãe tinha o talento de cantar (principalmente nas missas) e se fazia uma fila para entrar na sala na hora “H”. O pinheiro já estava aceso com dezenas de velinhas. Era maravilhoso. Luz só do lustre no canto da sala. E entravamos na sala cantando o NOITE FELIZ, a mãe e o pai atrás, com a voz de minha mãe em evidencia. Emocionante. Daí em diante era o sonho se realizando. 

Tradição Alemã do Pelznickel em Guabiruba (SC)
Papai Noel Existe?

34 comentários:

  1. Caro Adalberto, são emocionantes as poucas narrativas preservadas do primeiro Natal passado pelos imigrantes em Blumenau. Vale a pena conhecer, na íntegra, o relato do 'Natal dos Kleine', já publicado também em Blumenau em Cadernos e na tradução da obra original, em forma de livro, intitulada 'Vivências e narrativas de um blumenauense', que está à venda na Fundação Cultural de Blumenau. Feliz Natal e Ano Novo para todos!

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  2. Muitíssimo interessante.
    Muito grata pelo envio Sr. Adalberto.

    Abraço,
    Jacqueline Hess

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  3. Legal....Os enfeites de Natal da vó Bela e a mesa enfeitada da tia Carmem.Foi sua última decoração de Natal esta foto. Que lembranças boas. Lindo o texto. A cada narrativa vamos imaginando a cena. Parabéns !
    Maria Isabel de Oliveira

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  4. NATAL<NATAL< época triste e alegre, Uma das coisas que mais me emociona é o Cantar das Cigarrinhas me fazem chorar por tristes lembranças familiares, estou completando agora 01-01-2017 73 Anos muito bem Vivido graças a Deus, que lindo, alegre, e gostoso, saber e lembrar que ja fui criança,com Saude Alegre,e Feliz por ter uma linda Familia,amigos e bons Vizinhos, limpava toda a frente de casa e o jardim para bem receber o Bom Velhinho O Papai Noél, e la vinha ele quase sem presente mas nos eramos educados para compreeder que meu Pai era um simples Barbeiro ganhava para nos alimentar, mesmo assim tinha alguma coizinha para marcar a data,nos temos que nos acostumar a viver todo o dia do Ano como se fosse Natal sempre Alegre e Feliz que todos tenha um Feliz Natal E um Felis Ano Novo.ho ho ho ho ho ho Feliz Natal.

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  5. Meu caro Adalberto,
    Ao ler este texto eu não tenho dúvidas que nos dias de hoje ainda temos famílias a moda dos imigrantes no texto relatado. Galo em todos os aspectos, sejam com pouca comida, sejam com suas tradições. O fato é que mau ou bem ainda celebramos a vida , o nasciment. Nem todos é bem verdade, pois uns vem esta data meramente comercial (coitados) aqui em casa e em nossa família ainda preservamos muito esta data como em outros tempos, porque entendemos que é tempo de reflexão, de fraternidade,e compaixão. Pelas várias passagens no texto , lembro que recentemente fomos conhecer os costumes dos PELZSNICKL,que é uma tradição admirável. Parabéns pelo texto.

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  6. Bom dia Professor Adalberto!Desde os imigrantes aos dias de hoje, muitas tradições, e inovações. Os imigrantes: Penso eu que suas comemorações,não vejo com tristeza pois vieram preparados pra novos desafios,e acho eu que em todas as datas comemoravam com alegria,e emoção por lembrarem de amigos e familiares deixados em sua terra Natal.O NATAL em uma união com as tradições do passado, e inovação do presente e futuro só nos trazem lindas lembranças do Natal contados por nossos Pais,avós, e chegar aos nossos que por sinal não troco pelos de hoje.OS NOSSOS com os tradições doces pintados,pinheiro com velas de cera,os pisca-pisca em forma de vela, o presente que se esperava durante um ano inteiro,a emoção de receber,brincar,compartilhar.Muito diferente dos dias atuais onde muitos só vem o marketing, e esquecem o verdadeiro significado do NATAL.Das tradições que não gosto muito e tbm não participei é a dos OS “PELZNICKEL” uma tradição intimidadora e assustadora, talvez hoje não tanto.Natal mesmo com todas as mudanças através dos anos cada qual com sua magia e encanto. Grande abraço meu querido amigo.

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  7. Gostei do bicho papão como papai noel... Parabéns pela preservação da história de Blumenau. Que continue em 2017 Adalberto!!! Abraços!

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  8. Djalma Fontanella
    No Gaspar Alto ressuscitaram está festa com este Nicolau. Muito legal.

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  9. Sergio Cunha Blog Adalberto Day Obrigado por recordar as lindas lembranças da nossa infância.

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  10. Aqui em Guabiruba, ao lado de Brusque, ainda se conserva a tradição do Pelznickel. Um funcionário e professor da Fundação Cultural de Brusque, defendeu uma dissertação de Mestrado sobre o tema.
    Um abraço.
    JJLeal

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  11. Elisiane Cordova Oliveira
    Recordei com saudade as histórias que ouvi na infância na linda Blumenau!

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  12. Henry Spring
    Boas lembranças do NATAL da rua PROGRESSO no bairro GARCIA, depois na rua ACRE também no GARCIA, Hoje em CURITIBA.

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  13. Ronaldo Alfahrt
    É me lembro da infância deste nicolau. Mais severo. Mas teve continuidade só em gaspar alto e principalmente em guabiruba.

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  14. Superfã
    Tarcisio Holanda
    Fiz a leitura e gostei, adoro esses contos folclóricos.

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  15. Jadir Booz
    Pena que as nossas crianças sabem pouco sobre essa cultura dos nossos imigrantes.

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  16. Meu caro Adalberto!! Eu tive está oportunidade de vivenciar tempos áureos do nosso Natal. Coisa que hoje esta muito mais comercial, que propiamente a ideologia da referida data. Lembro muito bem destes eventos na cidade visinha Guabiruba. Mas não tenho como esquecer nossa infância baseado neste relato que por sinal maravilhoso. Muito obrigado por nos brindar com mais uma linda história.

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  17. Luis Carlos Koch
    Muito lindo e informativo.

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  18. Sonia Ruth Anton Bauler
    Muito interessante o texto. Quão valorosos foram os imigrantes. Que vida difícil devem ter passado. Muito obrigado Adalberto e Dalva

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  19. Catarina Tecla Mistura
    Li e achei muito interessante, quando eu era criança e muito bom viver esse tempo, muito bom relembrar essas histórias que só você Dalva e o Adalberto para relatar... Obrigada...

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  20. Estimado Adalberto, lembrei de um presépio famoso que tivemos em Blumenau na década de 1960 e que, como tantas outras coisas, caiu no esquecimento. Ficava no bairro Vorstadt e devia ser relativamente grande, pois se tratava de uma atração bastante conhecida e apreciada, tanto por blumenauenses quanto por visitantes que por aqui passavam. Oportunamente buscarei mais informações a respeito. Quanto às bolas de Natal citadas pelo amigo Pfau, é uma pena que a fabricação das delicadas bolas de vidro tenha sido encerrada. Sucumbiu, infelizmente, à concorrência da alternativa chinesa de bolas plásticas, mais baratas e duráveis. Uma família de Pomerode as produziu em sua fábrica até cerca de 15 anos atrás. Minha irmã, Lilian Strobel, e eu, as apreciamos e compramos as últimas caixinhas que restaram. Juntamente com algumas herdadas de casa, são as únicas que utilizamos em nossa árvore de Natal até hoje. Grande abraço e um abençoado tempo de Advento a todos nós!

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  21. Adalberto Day maravilhosa contribuição para este tema "Natal" que me emociona tanto.
    Sou de Blumenau, passei parte da minha infância em Lontras e Ibirama. Hoje tenho 67 anos e moro em Petrópolis/RJ onde através dos meus filhos e netos consegui resguardar algumas das tradições da minha infância.
    Tenho um programa de rádio voltado aos descendentes de alemães daqui e gosto muito de passar estás histórias, costumes e tradições que herdamos dos nossos antepassados. Parabéns!
    Elisabeth Graebner

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  22. Sôni Frances
    Doces lembranças da infância em Blumenau ....amo te isto!

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  23. Roseli Mosimann
    Minha mãe, filha de italianos, manteve a tradição de São Nicolau. Nesse dia, minha tia jogava balas e chocolates pela janela. Pensávamos que caiam do teto. No dia de Santa Luzia, colocávamos pratinhos com grama sobre a mesa, era para o cavalinho da santa comer. No dia seguinte, os pratos estavam repletos de frutas e o capim espalhado no assoalho, bem como a marca das patas do cavalo, feitas com trigo. Como éramos felizes.

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  24. Rosvita Mueller Dalagnolo
    Minha saudosa,mãe e avó materna, passavam a tarde inteira, fazendo as bolachas de Natal. Acontecia ,antes do Advento e era uma tarde especial. Só paravam quando enchiam algumas latas enormes...aquelas antigas de margarina. Assavam no forno à lenha. Tempo bom...tempo de criança. O Natal era diferente e especial.

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  25. Maria De Fátima Pereira
    Que saudades da minha tanda, qdo criança eu e meu irmão Sérgio, nós contribuímos com o corte dos doces, e depois na pintura com muito colorido. Ela fazia várias latas na época, de margarina. Depois era hora de deliciar esses doces. Tempo bom.

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  26. Sonia Ruth Anton Bauler
    Texto muito interessante Beto. Coloquei -me no lugar dos colonizadores. Natal, uma época tão linda e eles com tudo para desbravar. Foram inegavelmente guerreiros. Para eles tiro meu chapéu. Quanta as bolachinhas fazíamos de criança. Ajudavamos a mãe na pintura. Que delícia lamber os dedos com a clara de ovo. Conservei essa tradição com meus filhos. Agora acabou. Eles casaram e seguiram seus costumes. Mas que não falta bolacha de natal, isso não falta. Muito obrigada Beto e Dalva

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  27. Mario Zimdars
    Antigamente os docinhos eram coloridos com açúcar colorido, (hoje usam miçanga) no começo coloriam o açúcar cristal com anelina, e depois já tinha no comércio o açúcar colorido

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  28. Liria Duve
    Lembro minha bisavó materna fazia os doces de Natal todos coloridos tinha diversas cores até de chocolate. Minhas avós faziam escondido de nós, todo domingo de advento ganhava-mos alguns para tomar no café da manhã, aí sabiamos que o Natal estava chegando eu ficava pensando de onde vem esses doces, com 12 anos comecei a fazer o doce com minha mãe, nossa era muito doce mas, valeu a pena, hoje eu também faço.....

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  29. Elsira Ulrich
    Ah esses docinhos...que saudades...as crianças participavam no colorir...delícia.
    Dá pra ver que é bem caseiro, pintado por nós e para nós .

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  30. Ivone Wachsmann
    Emocionante poder ler os relatos de nossos antepassados e como eles tentavam manter vivas e as adequarem ao novo país.

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  31. Sonia Maria Rocha
    Minha avó Alice Chegatti...minha mãe também faziam um dia especial para os docinhos de Natal..
    e nós na pintura dos mesmos...😋

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  32. Catarina Tecla Mistura
    Achei o texto muito interessante! E sobre os doces de Natal digo foi uma tradição, porque hoje se tem o ano inteiro. No meu tempo de criança era só na época de Natal, era uma alegria, as tias se reunião e era aquela festa, eu e alguns primos ajudava e as vezes atrapalhava mas era muito legal. Obrigada por mais uma lembrança sobre uma tradição.

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  33. Katia Gaulke
    Fazíamos os docinhos de natal em casa. As forminhas de metal com vários formatos. As sobras da massa rendiam, parecia que não acabavam nunca. Depois a pintura e depois de seca eram guardadas nas latas de margarina. Não podia comer antes do natal, mas quando abríamos a lata surpreendentemente a quantidade era menor! Boas lembranças!

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  34. Valcir de Amorim
    Estas bolachas, eram guardadas, em latas, feitas por latoeiros, que reciclavam outras latas (azeite, leite), e faziam um lata de maior porte. Outro evento marcante, era a Cesta Amaral, que nossos pais, pagavam em parcelas mensais, e eram esperadas, na véspera de Natal, com uma certa curiosidade e ansiedade, porque eram entregues pó um caminhão na nossa casa! Tempos bons, e inesquecíveis,!

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