terça-feira, 29 de novembro de 2016

- Avião com delegação da Chapecoense cai na Colômbia

Por Adalberto Day
#CHAPE  Amigos para sempre, o novo time de todas as torcidas.
29 de novembro/2016 (o acidente foi na Colômbia e lá ainda era dia 28), ddevido ao fuso horário.
Esse dia jamais será esquecido na história do futebol mundial e em especial de Santa Catarina – Brasil.
As vitimas de toda essa tragédia merecem todo nosso respeito. Jogadores, dirigentes, repórteres,
O “Campeão voltou” sim foram campeões do Estado de Santa e Sul americano.
Foram nossos ídolos, guerreiros. Três deles passaram pelo nosso #C.A. Metropolitano , o Thiaguinho, Bruno Rangel e Neto (que resistiu a queda).
Assisti um dia  na Associação Artex (jogadores do Amazonas) a Associação Chapecoense derrotar a equipe da Artex por 1x0 , gol de André Cambalhota.
Que todos vão em paz e tenham seu acalento junto a moradia no reino de DEUS.
Nossa gratidão e sentimentos a todos familiares
Site oficial da Associação Chapecoense de Futebol
Tragédia com a Chapecoense começou com mudança de voo
https://goo.gl/mDhBgp
Mais noticias sobre o Acidente
https://goo.gl/kYZhCL
Último registro de todo o elenco da Chapecoense antes do embarque- Reprodução Internet
Blumenau - Prefeitura
HISTÓRICO
Chape campeã Copa Sul-Americana 
Camisa do C.A. Metropolitano autografada por diversos jogadores inclusive o Bruno Rangel, que faleceu na queda do avião que transportavas jogadores da Chapecoense em 29/11/2016 
A Associação Chapecoense de Futebol foi fundada em 10 de maio de 1973 e, atualmente, é o maior, mais vitorioso e bem estruturado time de futebol profissional da região oeste de Santa Catarina. Sua origem está ligada ao fato de que, na década de 1970, a região possuía apenas alguns times amadores, sendo inexpressiva em relação ao futebol profissional. Com o propósito de reverter esta situação, alguns desportistas da cidade, jovens apaixonados pelo esporte, decidiram se reunir para criar um time de futebol profissional para a cidade. Entre os presentes nos primeiros encontros, destacam-se Alvadir Pelisser, Heitor Pasqualotto, Altair Zanella, representante do clube Independente, Lotário Immich e Vicente Delai, representantes do Clube Atlético de Chapecó. De maneira geral, pode-se dizer que a Associação Chapecoense, posteriormente um dos grandes do futebol catarinense, surgiu da união dos clubes Atlético Chapecó e Independente.
Desde seu início, a ideia agradou à população e às lideranças locais. Um fato marcante nesta história, e que pode ser compreendido como um dos fatores de sucesso do clube é o fato de que, desde sua fundação, a associação sempre pode contar com o apoio dos empresários da cidade e da região. O primeiro terno de camisas, por exemplo, foi doação do empresário Ernesto de Marco, proprietário das Casas Vitória, fato que é relembrado por Pelisser, em depoimento dado ao caderno comemorativo aos 30 anos do clube, editado pela própria Associação, como sendo uma verdadeira glória para o time. Ao longo dos anos, a Chapecoense recebeu um grande incentivo de outras figuras marcantes da história de Chapecó, entre eles Heitor Pasqualoto, Avelino Biondo, Moacir Fredo, Arthur Badalotti, Gentil Galli e Plínio Arlindo De Nês, líder empresarial e político que deu apoio incondicional ao clube.
Em 1973, formou-se a primeira diretoria da Associação Chapecoense de Futebol, constituída pelos seguintes dirigentes: Presidente: Lotário Immich; Vice-Presidente: Gomercindo L. Putti; Secretário: Jair Antunes de Silva; 2º Secretário: Altair Zanela; Tesoureiro: Alvadir Pelisser; 2º Tesoureiro: Paulo Spagnolo; Diretor Esportivo: Vicente Delai; ainda com a participação de Jorge Ribeiro (Lili) e Moacir Fredo. Conforme lembra Pelisser "muitos não recebiam nada, jogavam vestindo a camisa; iam ao campo com vontade e garra, uma vez que a arrecadação da Chapecoense era pequena".
A primeira formação do time tinha era composta por Odair Martinelli - Alemão (motorista da SAIC), Zeca (apelidado de "Calceteiro" por ser o responsável pela montagem das calçadas, funcionário da Prefeitura de Chapecó), Miguel (Cabo da PM/SC), Boca, Vilmar Grando, Caibi (Celso Ferronato), Pacassa (José Maria), Orlandinho, Tarzan, Ubirajara (PM/SC), Beiço, Airton, Agenor, Plínio (de Seara), Jair, Raul, Xaxim e Casquinha (funcionário do BESC). Todos sempre acompanhados por Nilson Ducatti e pelos dirigentes.
O primeiro time profissional não demoraria para ser formado. Treinado por Gomercindo Luiz Putti, trazido a mando de Pasqualoto da cidade de Concórdia), e tendo como diretor de futebol Vicente Delai, a equipe era composta por Beiço, Schú, Zé Taglian, Bonassi, Pacasso, Minga, Casquinha, Albertinho, Caibí, Eneas e Zé.
Beto, jogador da equipe à época, relata o primeiro jogo como profissional: "foi contra o São José de Porto Alegre, no campo do Colégio São Francisco, Chapecoense 1X0 São José, o segundo jogo foi realizado na cidade de Xaxim contra o Novo Hamburgo". Ainda no ano de 1973 a Chapecoense foi a Florianópolis jogar contra o Avaí, o jogo foi empate dois a dois, "empatar com o Avaí na capital foi a maior glória para a Chapecoense", conta Pelisser.
Hoje a Chapecoense tem o apoio de empresários, dirigentes, atletas e ex-atletas, sócios torcedores e imprensa local. Isso, mérito de anos de história e títulos alcançados. Campeonato Catarinense, campeão nos anos de 1977, 1996, 2007, 2011, 2016, 2017. 2020 Em 2006 a equipe foi Campeã da Copa Santa Catarina. Em 2009, ao disputar a Copa do Brasil, a Chapecoense teve acesso a série D do Campeonato Brasileiro de Futebol. Com a classificação na Série D, ainda em 2009 obteve o acesso à Série C, competição que passou a disputar a partir de 2010.
O título de 2011 também credenciou a Associação Chapecoense de Futebol à disputa da Copa do Brasil, segunda disputa mais importante do futebol brasileiro que, inclusive, conduz o campeão à disputa da Copa Libertadores da América, o mais importante torneio de futebol da América Latina. Todos estes fatores tem feito com que a diretoria do clube não tenha medido esforços para montar equipes competitivas. Isso, no entanto, só é possível a partir da participação intensa e maciça dos torcedores locais, seja comparecendo aos jogos ou colaborando de forma permanente com o clube.

O ano de 2012 marcou uma excelente temporada do Verdão. Classificado para a semifinal da Série C, a equipe comandada pelo técnico Gilmar Dal Pozzo conquistou o direito de disputar a Série B em 2013. O fato inédito na história do clube, também surpreendeu muitos e foi neste período que aconteceu o maior feito de todos, com o acesso para a elite do futebol brasileiro, justamente no ano de realização da Copa do Mundo no país. Com uma participação cujo principal objetivo era adquirir experiência e manter o clube na elite, a Chapecoense chegou ao final de 2014 com seu objetivo alcançado.
A chegada de 2015 foi realmente cheia de entusiasmo. Com a experiência adquirida em 2014, a diretoria trabalhou na montagem da equipe com um princípio. Montar um elenco para encarar toda a temporada, com foco principal no Brasileirão. Apesar da Chape ter ficado de fora da decisão do estadual, o terceiro lugar garantiu pelo terceiro ano seguido uma vaga na Copa do Brasil. Competição esta que o Verdão tem grandes chances de avançar para a 3ª fase pela primeira vez.
Em 29/11/2016 o fim trágico da equipe campeã.
Maior titulo: Campeão da Copa Sul-americana em 2016
2020 - Campeão da Série B do Brasil.
Fora de campo, o clube também festeja as novas estruturas que estão sendo construídas na ala lesta e a nova sede do clube.
Fonte: O futebol e a ocupação do espaço social em Chapecó (1919 – 1973) – Eli Maria Bellani
Adaptação: Departamento de Marketing e Assessoria de Imprensa da ACF 
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Jogo histórico
 O confronto marca uma homenagem por parte da equipe espanhola para a Chapecoense, após o desastre aéreo que vitimou o elenco catarinense no fim do ano passado.Partida válida pelo Troféu Joan Gamper 2017  É a volta de Alan Ruschel, um dos sobreviventes do desastre, ao gramado
Estádio Camp Nou, em Barcelona (Espanha) - 07/08/2017
O Barcelona  com o time titular para o duelo. Deulofeu fica com a vaga de Neymar (foi para PSG), e a equipe Ter Stegen; Aleix Vidal, Piqué, Umtiti e Alba; Busquets, Iniesta e Rakitic; Deulofeu, Messi e Suarez
Chapecoense: Elias, Apodi, L. Otávio, V. Ramos, Reinaldo, Moisés, Lucas Mineiro, Nenén, W. Paulista, Alan Ruschel, Lourency.
Barcelona Barcelona 5 x 0   ChapecoenseChapecoense
Gols do Barcelona: Deulofeu Busquets , Messi,  Luiz Suárez, Denis Suárez


quarta-feira, 16 de novembro de 2016

- S.R.D. Centenário

Sociedade Recreativa e Desportiva Centenário.

Rua Centenário, 240, Bairro Val Paraiso no Grande Garcia.
O bairro possui a Sociedade Recreativa e Desportiva Centenário, fundada em 8 de janeiro de 1950. Após três anos, adquiriu-se a área onde foi edificada a sede.



História:
Com um convite feito pelo senhor Johann (João) Iten reuniram-se na propriedade do mesmo no segundo pavimento (foto do local) no dia 08 de Janeiro de 1950, 47 abnegados do Garcia e região e fundaram a S.R.D. Centenário.  A Origem do nome foi que neste ano se comemorou o Centenário de fundação da cidade de Blumenau.
    
Foi neste prédio ao centro (foto) sito a Rua Amazonas,4200, no segundo andar que foi a reunião. Neste local na parte de baixo era o Comércio muito famoso do senhor João Iten. Ao lado Bar e Cancha de boxa. Por bom tempo foi o conhecido Bar Tubarão. Outros também tiveram o comércio e bar depois do senhor João Iten. A Sociedade inicialmente realizava suas festas e atividades  no segundo pavimento deste prédio.
Nesta reunião de amigos, formou-se a primeira diretoria do clube, que ficou assim constituída:
    Francisco Klutzke - Presidente
    Fritz Hochleitner - Vice Presidente
    Rolando Misfeldt - Primeiro Secretário
    Nélio da Silva Fontanela - Segundo Secretário
    Alfredo Olegário - Primeiro Tesoureiro
    Osvaldo Huewes - Segundo Tesoureiro
    Armando Silva - Conselho Fiscal
    Gustavo Maas - Conselho Fiscal
    Oscar Lindner - Conselho Fiscal
    Athanasio Moritz - Cobrador
    Otto Freygang - Cobrador

    Na presidência do Sr. Cristiano Theiss, foi adquirido uma área de terra com 4.000 m2 no ano de 1953.  
     A construção da atual sede, teve inicio na presidência do Sr. Johann Iten e sua conclusão na presidência do Sr. Gerhard Schmidt.
     Em 1980 tendo como Presidente o Sr. Frederico Huscher, foi adquirido um terreno de 12.000 m2.   
     Atualmente o clube ocupa uma área de 16.000 m2.
     O clube conta hoje com uma moderna Sede Social e ainda, Canchas de Bolão com Salão de Festas, Piscinas, Campo de Futebol Suíço, um Pavilhão com modernas Canchas de Bocha, Ginásio de Esportes e um Pavilhão de Festas.
     O Clube participa de diversos eventos esportivos, sendo Campeão Estadual de Bolão 23 Feminino e Campeão Brasileiro de Bolão 16 Feminino. 
    Atualmente o clube participa de Torneios e Campeonatos de Bocha Masculino e Feminino.
Fotos antigas do clube:


Antigas instalações




Construção do prédio atual em 1958


Concurso da rainha de 1958


Concurso da Rainha de 1960


Festta de Natal em 1958

 Arquivo Roberto Schmidt e Adalberto Day

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

- Frederico Kilian

Frederico Kilian nasceu em 8 de julho de 1898, em Palhoça (SC). Filho de Eduardo Kilian e Helena Burckardt, casou-se na década de 1920 com Gertrudes Müller. Desta união nasceram os filhos Orla, Horst, Ursel,Helma e Fritz. Kilian colaborou em diversos segmentos da sociedade. Foi professor, escrevente juramentado do Cartório Frederico Müller de Indaial e Escrivão de Paz em Massaramduba. Durante muitos anos manteve a coluna Efemérides na Revista Blumenau em Cadernos e foi tradutor de artigos extraídos dos jornais Blumenauer Zeitung e Der Urwaldsbote. Frederico Kilian faleceu em 4 de janeiro de 1995, aos 96 anos.
(Fonte: Arquivo Histórico José Ferreira da Silva / Fundação Cultural de Blumenau)
Mais uma bela crônica da escritora, historiadora Urda Alice Klueger. Fala de um dos cidadãos mais conhecidos pelos blumenauenses principalmente na parte de grande memorialista que foi o senhor Frederico Kilian. morou por muitos anos na rua amazonas próximo a antiga fábrica TECELAGEM união.
Por Urda Alice Klueger.

Meu tipo inesquecível
Ele nasceu no finalzinho do século passado, e seu sonho era o de viver em três séculos diferentes. Com o maior bom humor, planejava alcançar o ano 2.000, coisa difícil, que acabou não dando certo, mas que o fez sonhar muito.
Seu Frederico Kilian tinha 54 anos quando eu nasci, mas só fui conhecê-lo quando ele já passara dos oitenta. Era um homem pequenino e baixinho, que parecia ter encolhido com a idade. Como não o conheci quando mais jovem, fiquei sempre com a impressão de que encolhera mesmo.
Seu Frederico Kilian me deu a maior lição de vitalidade e de amor à vida que jamais tive. Lúcido, alegre e brincalhão quase até o fim, cheio de incontestável energia física, ele me impressionou desde o dia em que o conheci. Fiquei a observá-lo com muita atenção por algum  tempo, até que nos tornamos amigos. Que amigo que era seu Frederico! Beirando os noventa anos, tinha um pique difícil de acompanhar. Todas as tardes podia se encontrá-lo a caminhar pelas ruas, no seu passinho ágil e miúdo, sempre com destino certo.
– Para onde vai, seu Frederico?
Ia sempre visitar alguém, e parava para me contar que na véspera visitara o amigo tal, que tivera um derrame e estava paralítico, e abanava a cabeça com pena:
– Os meus amigos estão acabando! Quase todos estão doentes ou morreram!
Era uma constatação lúgubre, normal na avançada idade dele, mas ele não se deixava abater. Mudava logo de assunto:
– Hoje à noite...
Sempre tinha um plano para a noite, depois da visita da  tarde. Comparecia a todos os coquetéis, vernissages e outros eventos que acontecessem na cidade. Eu freqüentava os mesmo ambientes que ele, e nas festas, abismava-me com o seu pique: se havia uísque, ele bebia uísque: se havia vinho, ele bebia vinho; se havia cerveja, ele bebia cerveja, e assim por diante, numa demonstração de vitalidade que a gente julga presente só nos jovens.
Nas manhãs, ele trabalhava. Exercia sua antiga profissão de fazer inventários, fazia traduções para a revista Blumenau em Cadernos, escrevia textos. E era galante o nosso velhinho, ah! como era! Não perdia manifestação pública, e lembro bem da Copa do Mundo de 1986, quando, numa das primeiras vitórias do Brasil (só houve as primeiras, mesmo), eu fui com minha turma festejar no carnaval que, aqui em Blumenau, acontece na Rua XV de Novembro. Seu Frederico Kilian, com seus 88 anos, lá estava no carnaval do Brasil, dançando e fotografando. Dançou samba comigo no meio da rua, num arrasta-pé que abriu a roda e fez todo o mundo por perto aplaudir. Agradeceu, depois, a ‘marca’, como se estivesse em elegante salão de baile.
Ele gostava da minha companhia, e, galantemente, convidava-me para festas mais solenes, aos sábados, aonde íamos de braços dados. Tenho as fotografias dessas ocasiões para lembrar-me com saudade.
Mais que ninguém, seu Frederico gostava de viajar. Beirando os noventa anos, decidiu fazer viagem em navio de turismo até o extremo sul da América do Sul. Era um mês no mar, e a família julgou que voltaria morto. Preocupados, os familiares sequer o deixaram volta com o navio até Santos: forma de carro, buscá-lo no porto de Rio Grande/RS. Esperavam encontrar lá um velhinho derreado, mas seu Frederico saltou do navio lépido e faceiro, delirantemente aplaudido por todos os passageiros. Tinha sido eleito o passageiro mais simpático, tinha gravado entrevistas com todo o mundo do navio, e, ah! ele delirava ao contar! – num baile à fantasia, fantasiara-se de beija-flor para poder beijar todas as moças! Assim era seu Frederico!
Depois dos noventa anos, ainda fez muitas viagens. Creio que a mais ousada foi ter ido conhecer o Egito, e se aventurado a andar de camelo, lá pelos 92 anos. A família já não o deixava viajar sozinho, e a gente via que aquilo não lhe agradava muito.
Ele faleceu nos primeiros dias de 1995. Só ‘baixara a bola’ nos últimos meses, e quando o vi pela ultima vez antes da sua morte, ele ainda estava planejando escrever um romance. Contou-me todo o enredo do romance, sobre uma moça que se suicidara em Blumenau no final do século XIX. Talvez, algum dia, eu escreva o romance por ele.
Seu Frederico Kilian sonhava em viver em três séculos diferentes, e não conseguiu. Mas como viveu intensamente os 96 anos de vida que Deus lhe deu! Quero, um dia, ser uma velhinha como ele!

Blumenau, 17 de agosto de 1996.
Urda Alice Klueger
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Adendo do Ecólogo Lauro Eduardo Bacca
Obrigado Urda por nos fazer lembrar do amigo Kilian, que caracterização bonita e perfeita do homem e cidadão, parabéns!
Reforço o seu gosto por passear: Kilian foi numa excursão da Acaprena ao Pantanal Mato-grossense aos 88 anos. A certa altura da viagem ele "desapareceu". Cadê seu Kilian? está no banheiro do ônibus? Não! estava lá na frente, com o motorista, sentado sobre o capô do motor, caderninho à mão, tomando notas, não é fantástico? Depois, em Porto Jofre, o pessoal saiu prá caminhar. Bem consciente da sua condição física, ainda que invejável para a idade, participou, mas, ao invés de caminhar 1,5 hora de ida e outro tanto de volta, fez 45 mim respectivamente. Vou enviar uma foto dele bem longe, na transpantaneira!
Depois, aos 90 anos, foi conosco a Urubici e morro da Igreja. Dormiu sobre uma carroça, num galpão de fazenda com uma fresta de mais de meio metro de altura entre o chão e a grande porta de madeira de entrada, junto com todos, alguns em saco de dormir no chão batido, outros sobre montes de capim seco para o gado. Dia seguinte lá foi ele, com mais alguns que não foram a pé, sobre uma espécie de "galhota" (carroça de duas rodas) puxada a trator, atravessar por dentro do rio Cachoeira.
No morro da Igreja, no tempo em que ainda era possível adentrar na área da Aeronáutica, caminhando por quase um km pela via interna, uma rajada de vento de quase 100 km/h o derrubou sobre umas pedras, felizmente, sem consequências maiores que um muito pequeno corte em uma das mãos. Grande Kilian!