sexta-feira, 27 de setembro de 2013

- A casa de Grevsmuhl

Foto colorizada por Anthar Cesar
A imagem por volta de 1920 mostra uma das casas em que morou a família de Johann Heinrich Grevsmuhl A família imigrou da Alemanha para o Vale do Garcia em Blumenau em 1860 e deu grande impulso ao desenvolvimento socioeconômico da região, inicialmente na Agricultura e depois com a fundação em 1868, da primeira Indústria Têxtil de Blumenau, a Johann Heinrich Grevsmuhl & Cia., que mais tarde viria a ser a Empresa Industrial Garcia (incorporada a Artex em 15 de fevereiro de 1974).
Morou nesta casa o filho do fundador da EIG Johann Heinrich Grevsmuhl , que tinha o mesmo nome do pai.
Também morou nessa residência Otto Huber um dos fundadores da Artex em 1936, e que trabalhou por 30 anos na Empresa Industrial Garcia, Albert Hiemisch e filhos. 
Esta residência se localizava na Rua Progresso em frente à antiga Comercial Mistura, onde foram edificadas construções da Artex S/A
Em setembro de 1994 a família Zadrozny perde o controle acionário da empresa, que é vendida para o grupo GP Investimentos (Garantia Partners--->sócios do Banco Garantia), lavrado em ata em 28 de abril de 1995, desaparecendo o nome Fabrica de Artefatos Têxteis S/A .ARTEX – para então somente ARTEX S/A .
Em 01 de junho de 2000, a empresa é novamente vendida desta vez ao Grupo Coteminas - e doravante a empresa passou a possuir uma nova razão social passando a denominar-se Toália S/A - Indústria Têxtil . - Filial da Empresa Toália de João Pessoa – Paraíba, mas ainda com participação do grupo Garantia. A ex empresa Artex S/A muda de razão social para atender interesses próprios e de seus acionistas, com o nome de Kualá S/A em junho de 2000.
E finalmente em 09 novembro de 2001, o grupo Garantia, sai do controle acionário, e a empresa adota o nome de COTEMINAS – Companhia de Tecidos Norte de Minas. E finalmente em 06 de janeiro de 2006, COTEMINAS S/A. 
Artex em 1966 já sem a elevação e a casa
Localiza-se mais próximo ao Ribeirão Garcia em uma pequena elevação (colina) em cujo topo foi construída a casa, com um belo pasto, jardim e arvores a sua frente e belas Palmeiras.
A casa foi demolida e transportada e remontada em 1960, em frente do atual 23 BI na Rua Quilombo, 95.
"Segundo Valter Hiebert todo o barro e muitas pedras foram usados no aterro da baixada onde ficava o antigo salão do Clube  Amazonas que foi destruído na enxurrada de 31.10.1961. Essa casa ficava um pouco afastada da rua Progresso e a imagem que tínhamos era a de um castelinho, muito bonito naquele local maravilhoso. Tudo isso ocorreu no inicio do processo de ampliação do parque fabril da Artex". 

Depoimento de Edson Mauricio da Silva:
“Estive na Rua Quilombo e conversei com o Sr. Ronaldo Olegário e sua esposa Sra. Tereza Olegário, atuais proprietários desta residência”.
“Conforme o Sr. Ronaldo, esta casa foi comprada pelo seu pai, o Sr. Carlos Olegário (filho de Luiz Olegário, conhecido por Luca e Helena Olegário, sendo o Sr. Carlos o responsável pela transferência da casa para seu atual endereço em 1960)”.
Ele confirma também que a família de Albert Hiemisch foram os moradores anteriores, mas não sabe precisar dados mais antigos.
“Quanto a posição da casa, ele afirma que foi remontada em sentido inverso ao que era antes, ficando os fundos da casa como sendo a frente da mesma”. 
Fiz uma montagem com uma foto postada pelo Djalma Fontanella da Silva  no  Facebook – Antigamente em Blumenau e outras que consegui hoje 13/setembro/2013.
Foto 1 – Antigo endereço na Rua Progresso;
Foto 2 – Atual endereço na Rua Quilombo, 95 imagem da década de 1980 acervo do Sr. Ronaldo Olegário;
Foto 3 e 4 – Atual endereço registradas em 13/09/2013.
Quero agradecer ao Sr. Ronaldo Olegário e a Sra. Tereza Olegário pelas informações prestadas, bem como foto cedida para postagem e também pela autorização para registrarmos em fotos a casa nos dias atuais. 
Montagem da comparação da foto Edson Mauricio da Silva/ Acervo de Adalberto Day/Ronaldo Olegário/Ilse Tallmann Grevsmuhl.
Colaboração da pesquisa: Valter e Carlos Hiebert, Djalma Fontanella da Silva, Alexandra Olegário, Edson Mauricio da Silva, Ester Bevian, Antigamente em Blumenau, Adalberto Day.
Para saber mais acesse:

domingo, 22 de setembro de 2013

- Enchente em Blumenau 2013

Foto: James Evandro
Foto: Jaime Batista da Silva
Acompanhe por aqui as previsões sobre enchente em Blumenau e região setembro de 2013.
Medição do nível do Rio Itajaí Açu em Blumenau:
Dia 20 já existia o alarme das previsões que não seriam boas para o final de semana.
Dia 22 de setembro/2013
Domingo
Hora:
10:00 =   7,34 m Estado de Alerta
11:00 =   7,70 m
12:00 =   8,07 m Estado de Prontidão
13:00 =   8,45 m
14:00 =   8,79 m
15:00 =   9,05 m
16:00 =   9,38 m
17:00 =   9,59 m
18:00 =   9,85 m
19:00 =  10,00m
20:00 =  10,13m
21:00 =  10,27m
22:00 =  10,36m
23:00 =  10,42m
24:00 =  10,47m
Segunda Feira
Começou com boa noticia
23/setembro/2013
01:00 =  10,50m
02:00 =  10,51m PICO
03:00 =  10.42m começou a baixar
04:00 =  10,44m
05:00 =  10,46m
06:00 =  10,33m
07:00 =  10,28m
08:00 =  10,17m
09:00 =  10,04m
10:00 =    9,92m
11:00 =    9,79m
12:00 =    9,66m
13:00 =    9,53m
14:00 =    9,40m
15:00 =    9,26m
16:00 =    9,13m
17:00 =    9,00m
18:00 =    8,86m
19:00 =    8,70m
20:00 =    8,62m
21:00 =    8,49m
22:00 =    8,37m
23:00 =    8,25m
24:00 =    8,13m
Terça~Feira
24/setembro/2013
01:00 =   7,99m
02:00 =   7,89m
03:00 =   7,77m
04:00 =   7,63m
05:00 =   7,53m
06:00 =   7:45m
07:00 =   7,34m
Foto: Lucas Amorelli
Foto: Jaime Batista da Silva
Foto: Gilmar de Souza
Foto: Odair José
Foto: Patrick Rodrigues
Site da Prefeitura com medição de hora em hora:
Para saber mais acesse:

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

- Blumenau na História da aviação Comercial brasileira

BLUMENAU NA HISTÓRIA DA AVIAÇÃO COMERCIAL BRASILEIRA 
Mais uma participação do Escritor e Jornalista Carlos Braga Mueller
Que hoje nos relata sobre o quanto Blumenau contribuiu com a aviação comercial brasileira.

É bem verdade que foi por acaso, mas Blumenau participou ativamente da história da aviação comercial brasileira.
Primeiro, através de um ilustre conterrâneo catarinense, Victor Konder, advogado que morava em Blumenau na década de 20 do século passado e que havia assumido o Ministério da Viação e Obras Públicas no governo do presidente Washington Luiz.

Foto do Ministro Victor Konder.
Legenda: Victor Konder morava em Blumenau e era Ministro da Viação e Obras Públicas. Foi ele que formalizou a primeira concessão de um vôo comercial no Brasil, em 1927.

Segundo: pelos céus de Blumenau voou o primeiro avião a ser utilizado em rotas comerciais no Brasil, o hidroavião “Atlântico”, em viagem que foi inclusive filmada por um cinegrafista carioca, de dentro do avião, mostrando a bucólica Blumenau de 1927, com as curvas sinuosas do Itajaí-Açú vistas lá de cima, uma verdadeira preciosidade histórica.

Como foi que tudo aconteceu?
Foto do Hidroavião Atlântico.
Legenda: Hidroavião Atlântico, primeira aeronave para passageiros a voar nos céus do Brasil (1927). 

A LUFT HANSA E O PIONEIRISMO NOS ARES DO BRASIL
Em janeiro de 1926 foi constituída na Alemanha a Deutsche Luft Hansa A.G., que fez uma parceria com o Condor-Syndikat, empresa  que queria explorar uma linha aérea ligando a Colômbia aos Estados Unidos, empreendimento que não deu certo.
Na sociedade, a Condor entrou com 2 hidroaviões, um deles o “Atlantic” (depois Atlântico), que passou a fazer parte da história da aviação brasileira.
Estas duas aeronaves foram as primeiras a serem equipadas com poltronas para passageiros e por questões de peso as poltronas foram fabricadas de vime.
Para mostrar a eficiência dos vôos, a Luf Hansa transportou dois “aerobotes” Dornier-Wal, como eram conhecidos estes aviões, até Montevidéo, no Uruguai, e foi dali que o Atlântico iniciou uma viagem até o Rio de Janeiro, então capital da República.
A missão durou 10 dias, porque no trajeto foram examinados os locais para os futuros pousos e decolagens. A bordo vinha o ex-chanceler alemão Dr. Hans Luther.
Em seguida, Luther entrou em contato com as autoridades brasileiras e foi solicitada uma autorização para se iniciar o serviço aéreo no Brasil.
Quem recebeu o pedido na capital federal foi o então Ministro da Viação e Obras Públicas, Dr. Victor Konder, catarinense que residia em Blumenau, onde exercia a advocacia e estava envolvido nas lides políticas.
A Luft Hansa ofereceu ao Ministro uma viagem a sua escolha e ele escolheu sua terra natal, Santa Catarina .

DO RIO A FLORIANÓPOLIS, DE HIDROAVIÃO
O hidroavião “Atlântico” permanecia fundeado na enseada da Guanabara, Rio de Janeiro,  defronte ao Iate Clube, naquela época “Yatch Club”, a espera da viagem/teste do Ministro.
Assim, no dia 1º de janeiro de 1927 o experiente piloto Rudolf Kramer Von  Clausbruch, vindo diretamente da Alemanha para esta missão, assumiu o comando da aeronave, tendo como co-piloto Franz Nulle e como mecânico Max Sauer.
O hidroavião Atlântico alçou vôo em direção a Santos, sua primeira escala.
A bordo, além do Ministro, viajavam um jornalista, redator do jornal “O Paiz”, um representante da Agência Americana de Viagens e o cinegrafista Alberto Botelho, que registrou em filme os momentos históricos da viagem.
O hidroavião desenvolvia uma velocidade de 120 km por hora.
Em Santos  tripulação e passageiros fizeram um lanche e seguiram para o sul, passando pelo litoral de São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Sobrevoaram Itajaí, terra natal do Ministro, e seguiram em direção a Florianópolis, onde o Atlântico amerissou.
Foram recebidos no Palácio Estadual pelo então Governador Adolfo Konder, irmão do Ministro.    
A partir dali o Governador passou a integrar a comitiva e a viagem prosseguiu.
O Atlântico tomou o rumo norte e voltou a sobrevoar Itajaí, seguindo então, orientando-se pelo leito do Rio Itajaí Açu, em direção a Blumenau, domicílio do Ministro.
O sobrevôo foi registrado pelo cinegrafista Botelho.
Finalmente, de volta a Itajaí, o Atlântico fez mais uma parada e a população e familiares do Ministro receberam os visitantes com manifestações de grande alegria.
De Itajaí o Ministro seguiu por terra até Blumenau, onde a população o recepcionou em frente ao Hotel Holetz.
Foi saudado pelo advogado Dr. Luiz de Freitas Melro e discursou, agradecendo a acolhida. Depois levou os visitantes até sua residência, situada na Itoupava Seca, cuja região hoje é conhecida como bairro Victor Konder.
Por que o Atlântico não amerissou no rio em Blumenau? Certamente por falta de maiores informações sobre a profundidade do leito, especialmente o perigo das pedras que até hoje estão atrapalhando a navegação.

MISSÃO CUMPRIDA  
No dia 4 de janeiro de 1927 o Dornier-Wal realizou a viagem de regresso ao Rio, sem qualquer contratempo.
Esta viagem aérea acabou sendo considerada como o início da aviação comercial brasileira e em sua homenagem o Correio lançou 3 anos depois selo postal comemorativo.
As autoridades brasileiras, convencidas da viabilidade do projeto, outorgaram a licença pleiteada pela Condor-Syndikat, subsidiária da Luft Hansa.
A primeira linha foi implantada no Rio Grande do Sul, entre as cidades de Rio Grande e Porto Alegre, a “Linha da Lagoa”.
Logo em seguida, no dia 3 de fevereiro de 1927, teve lugar a inauguração da primeira linha regular de transporte aéreo cobrindo o território nacional. Mas isto já é outra história ...

Para acessar o filme realizado pelo cinegrafista Botelho, pesquise no Youtube: “Victor Konder Do Rio a Florianópolis de Hidroavião”. São 4 filmetes, totalizando 35 minutos de duração. 
FontesPrimórdios da Aviação Comercial no Brasil (Oswald Heinrich Müller), in Informativo da Sociedade Germânia/Rio, Ano 5, nº 30 – Nov/Dez 2005. 
Botelho Filmes/Rio de Janeiro – Cobertura cinematográfica da viagem do Ministro Victor Konder a Santa Catarina em 1927. 

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

- Encontro com a infância


Recebi o livro autografado pela historiadora e escritora Urda Alice Klueger dia 10 de setembro 2013, antes mesmo do lançamento da 2ª edição. Privilegio de poucos, mas eu recebi e estou aqui relendo, e me transportando a infância na garupa - bagageiro da bicicleta do meu sempre amigo e herói (foi bombeiro voluntário), o meu pai. Meus cabelos não esvoaçavam, era comum o corte tipo “soldado”.
As Ruas dos bairros eram em suas transversais e até a Rua da Glória, Progresso todas no barro lamacento, ou esburacadas. Somente os 5 Km da então pavimentada (asfaltada) Rua Amazonas nos proporcionava mais leveza. Mesmo assim alguns trechos eram em paralelepípedos, em frente a Souza Cruz e Tecelagem União
Alguns dos títulos do livro fizemos a postagem em meu blog. Apresento o texto escrito na contracapa do livro. Vale a pena a adquirir o livro e se deliciar com os títulos que relaciono.
Índice: Encontro com a infância; Tio Osvaldo e as noites encantadas; Melado com farinha; História do Bicho–Papão; A morte do Ribeirão; A vida com alegria é outra coisa; Os Klueger e a África; Peter Land; Carmem; O portão do pasto do tio Júlio; Altos da Rua XV; Seu Licurgo; Costa; Copa do Mundo de 1970; A Guardiã dos nossos sonhos; Fevereiro na Praia Grande do Itapocoroy; Mães que se reciclam; Os Sambaquianos; O chá dos imortais; A última Horta do Centro de Blumenau. 
Urda,
“Andar em pé no bagageiro da bicicleta do meu pai era o meu orgulho, a minha marca, já que nenhuma outra criança andava assim”! Ficava cheia de pose, arriscando passos de trapézio, sem o menor medo de cair.  
Aquele bagageiro de bicicleta era como se fosse um palco onde eu podia viver todas as fantasias, e respirando profundamente eu as vivia na imaginação. Penso que naquela Blumenau da década de 1960, com seus 60.000 habitantes e suas ruas sem calçamento, não havia quem não prestasse atenção naquela menina corajosa que não temia andarem pé no bagageiro da bicicleta de seu pai!”
- Adquira um livro na livraria citada abaixo ou mandando e-mail para a autora: só clicar  urda@flynet.com.br
Livraria Blulivro, situada à Rua XV de novembro Centro Blumenau. 
Blumenau Editora Hemisfério Sul Ltda. Rua Hermann Huscher,377/1201
Também pode ser comprado na www.livrariascuritiba.com.br .
Arquivo Urda Alice Klueger/Adalberto Day  

domingo, 8 de setembro de 2013

- 21ª Gincana Cidade de Blumenau

André e Gilson anunciando os vencedores
Equipe Capitão Caverna é a grande campeão da 21ª Gincana Cidade de Blumenau 2013. 

Foto: Jaime Batista da Silva
Comissão de apuração 
Foto: Jaime Batista da Silva
Foto: Jaime Batista da Silva
Mais uma vez parabéns a todos os amigos Gincaneiros e seus autores, administradores e organizadores.
Apesar de ser a 21ª edição, este ano completou 20 anos de #GCB.
A vigésima primeira edição – GCB - sempre com muito sucesso, Realizada dias 07 e 08 DE SETEMBRO/2013) em sua parte derradeira das competições. A cada ano que passa, tanto gincaneiros como a comunidade se interessam mais e com mais qualidade. A aceitação e credibilidade pela comunidade, a cada ano aumenta, sendo este uma conquista para a manutenção de nossa cultura, tradição e história. 
Em 2012 foi emocionante ser chamado ao palco, pelo André e Gilson, e dizer algumas palavras de coração a todos meus amigos #Gincaneiros cidade de Blumenau.
Fui as lagrimas quando mais de 2mil pessoas gritavam meu nome num coro só : “Adalberto!!! Adalberto!!! Adalberto!!! “Beto!!! Beto!!! Beto!!!...Depois um garotinho de uns 8 anos, com sua mãe veio pedir permissão para bater uma foto comigo, dizendo ser meu fã. Obrigado a todos. Mesmo com toda minha debilitação em tratamento de câncer na rinofaringe, e com a voz fraca, fui e foi emocionante. Este ano 2013 minha vontade era grande de estar lá, mas não pude devido ainda não estar bem. Porém procurei ajudar da forma como deu.
    Foto Josie Cenci
 Resultado da 21ª Gincana Cidade de Blumenau
1º - Capitão Caverna
2º - Safari
3º - Arromba
4º - Coringa
5º - Amigos do Barney
6º - The Neanderthais
7º - Elite 007
8º - Mik Dundee
9º - Tribo dos Anjos
10º - Scherlock 77
11º - Amigos da Onça
12º - Spy
13º - Senha
14º - Ecossistema
15º - Lambda Lambda
16º - Dr. X
17º - Degraçados
18º - Kamikaze                   
História:
No ano de 1993, A Gincana foi organizada pela Assessoria para  assuntos da  Juventude da Prefeitura de Blumenau  (em comemoração ao aniversário do município), pois naquela época ainda não existia a Liga de Gincaneiros. Na ocasião os irmãos Nico e  Fabrício Wolff  que era o Assessor, que coordenou o evento com a ajuda do Cláudio  (Caco) Peixer  e o Vinícios
Todos eles participaram da primeira edição.
No primeiro ano, foram 366, em seis equipes participantes. Hoje, chega a sua 20ª edição ininterrupta, com a participação de mais de 950 inscritos em 15 equipes, além de colabores, que totalizam cerca de 2000 pessoas participando no evento. É importante salientar que boa parte das equipes se mantêm estruturadas o ano inteiro, participando de diversas outras atividades beneficentes.
Apesar de o evento ainda ser apoiado pela Assessoria da Juventude, hoje em dia é organizado pela Liga Blumenauense dos Gincaneiros, composta por 1 integrante de cada equipe, presidida pelo Gincaneiro Gilson da Motta Soares. A criação da LIGA foi um importante passo na consolidação da gincana, que passou a contar com administração independente para garantir estabilidade e continuidade da gincana.
Precedem a gincana às provas com objetivos filantrópicos. Toneladas de alimentos já foram arrecadadas ao decorrer da gincana, além de brinquedos, livros, produtos de higiene, agasalhos e cobertores. Todo ano os gincaneiros participam maciçamente do Pedágio da APAE, cobrindo diversos pontos de arrecadação e contribuem com o hemocentro através da prova de doação de sangue.
Já no final de semana do evento, acontecem as mais esperadas provas, compostas por charadas inteligentes que envolvem variedades, conhecimentos gerais, cultura e principalmente a história da cidade.
Do outro lado das equipes está a Comissão de Provas, coordenada desde 1997 (salvo em 2 edições) por André Mrozkowski, responsável pela elaboração e execução das tarefas. A CP vem cumprindo com êxito sua tarefa de fazer desta uma gincana diferenciada, com aspecto distinto das convencionais. As provas que acontecem neste evento se diferem da concepção tradicional de gincana. São provas muito mais complexas, em que as equipes têm que desvendar enredos, geralmente policiais ou de terror, através de interpretação de pistas distribuídas por toda a cidade.
Dentre estas provas, se destaca a prova da madrugada (a mais esperada), que tem duração até as 05 da manhã. Criptografia e sustos rolam a noite toda, inclusive em cenários que são preparados especificamente para esta prova, como sítios ou casas abandonadas, aumentando o suspense. E, por incrível que pareça, muita gente gosta destes sustos.
 Por suas peculiaridades, a gincana de Blumenau acabou virando referencial e modelo para diversas gincanas do Brasil, que buscam suporte em nosso evento.
Primeira Diretoria - Presidente - Humberto José de Paiva / Vice - Rodrigo Cirino / Primeira Secretária - Dominique Pires Ibbotson / Primeiro Tesoureiro - Rafael Coutinho dos Santos 
Diretoria atual - Presidente - Gilson Soares / Vice - Fernando Reinert / Primeira Secretária - Janete Valéria Jensen / Primeira Tesoureira - Danielly Gomes
Meus agradecimentos a todos os gincaneiros, pelo carinho. A minha esposa Dalva pelo seu empenho. Também agradeço em nome do André e Gilson, pela confiança em nosso trabalho e a toda equipe #GCBlu2013
Arquivo: Liga Gincaneiros de Blumenau/Jaime Batista da Silva/Adalberto Day

terça-feira, 3 de setembro de 2013

- Blumenau, 17 décadas de existência

BLUMENAU, 17 DÉCADAS DE EXISTÊNCIA!
Por Carlos Braga Mueller
Na história do Universo os anos se contam aos milhares, porque existimos há milhões de anos.
A propósito, festejamos em setembro mais um aniversário da fundação de Blumenau.
Nada mais, nada menos que um pouco mais de 17 décadas de existência. 
Enquanto a humanidade vivencia mais de duzentas e vinte décadas da era cristã, aqui nos conformamos com dezessete décadas.
Então, é preciso ter bastante paciência com o assentamento dos nossos costumes e tradições. Enquanto nossos avós falavam bem a língua da mãe-pátria europeia, hoje temos que procurar de lupa alguém que fale apenas o alemão e não consiga entender nada de português.

Quando se queria ver a área rural do município, íamos a Itoupava Central; isto há apenas 5 décadas. Hoje, o que resta de rural por ali é muito pouco e para ver os colonos e suas plantações temos que subir a serra e ir até a Vila Itoupava, onde o tempo parece ter parado por algumas décadas....
Foi o prefeito Lazinho que restaurou, para não dizer reinventou, os clubes de caça e tiro, há apenas 4 décadas, para relembrar tradições da Alemanha, que nem existem mais na Heimatland !
Beto Carrero lamentava que não tivessem dado a ele a oportunidade de localizar no terreno da antiga Companhia Jensen o seu parque tão sonhado, que acabou sendo o Beto Carrero World, hoje mola propulsora do turismo no litoral norte do Estado. A primeira atração do seu parque: uma Vila Germânica na Penha !
Temos um parque germânico bem no centro, que encanta a quem nos visita. Mas tem raízes alemãs ? Claro que não, porque de alemão Blumenau tem muito pouco. O Parque Vila Germânica se originou da FAMOSC – Feira de Amostras de Santa Catarina, que construiu o pavilhão A para mostrar a pujança industrial e comercial de Blumenau. E foi por ali que começou a nossa festa da cerveja, com o ponta-pé inicial dado pelo prefeito Dalto dos Reis em 1984.
Assim como a arquitetura blumenauense dos nossos antepassados perdeu-se com as cruéis demolições, incentivando a construção de arremedos do enxaimel,  também a Oktoberfest é pura fantasia.
Lembro que por volta de 2001 surgiu um movimento interno na PROEB questionando a validade ou não dos brinquedos da Planetapéia nos desfiles da “festa alemã”. Felizmente alguns empedernidos questionadores acabaram se convencendo que os brinquedos do Nerino não eram tradições alemãs; mas sim tradição da  própria festa, à qual estavam incorporados há anos !
E assim, ano após ano, nossas gerações vão vivendo suas vidas, acompanhando as mutações culturais, aplaudindo ou criticando, mas sempre amando a nossa querida cidade.
Parabéns Blumenau, pelo teu aniversário. De coração!
Carlos Braga Mueller Jornalista e escritor
Arquivo Adalberto Day