Transcrito na integra com a grafia da época.
O Amazonas na realidade é de 1910, porém foi
registrado em 19 de setembro de 1919 - depois passou um período de turbulência
com nome de Aimoré no final dos anos de 1940, e retornou em 1952 com o nome de
Amazona, suprimindo por lei o "S".
Ata de fundação do Amazona (S) Esporte Clube
Aos tries (3) dias do mês de
junho de 1.952, nos salões de propriedade do Snr. João Iten Junior, no bairro
do Garcia, nesta cidade de Blumenau, Estado de Santa Catarina, reuniram-se
varias pessoas, com o fim de fundar um sociedade Esportista, e Recreativa,
senão preliminarmente, por aclamação, escolhido o nome de José Silvino da
Cunha, para presidir a reunião, declarando tratar-se da fundação de uma
Sociedade Esportista, tendo por finalidade incentivar a vida recreativa e
esportiva e esportista desta Bairro, promovendo festejos sociais e outras
diversões entre seus associados.
Pelo Snr. Presidente foram
submetidos aos presentes as seguintes questões, sobre as quais deveriam
deliberar, denominação, fins e sede da Sociedade, bem como o modo pela qual será a mesma administrada, o tempo de
duração dos Estatutos e sua reforma, si os sócios respondem ou não
subsidiariamente pelas obrigações da Sociedade, e, o tempo de duração da mesma,
finalmente, o destino de seu patrimônio, caso a mesma venha a extinguir-se,
depois de minuciosamente estudados os pontos em questão, ficou deliberado o
seguinte:-
Que a
Sociedade passará a denominar-se “AMAZONA ESPORTE CLUBE”, com finalidade já
exposta, tendo como sede os Salões de propriedade do Snr. João Iten Junior, que
a Sociedade será administrada por uma Diretoria que à representará ativa e
passivamente, judicial e extra-judicialmente, que os Estatutos vigorarão por
tempo indeterminado e que poderão ser reformados em qualquer época em
Assembléia Geral, desde que for comprovado
a sua necessidade, que os sócios não respondem subsidiariamente pelas
obrigações da Sociedade, e, que a Sociedade só deixará de existir quando o
número de seus sócios não ultrapassar de vinte (20) pessoas, sendo que, neste
caso seu patrimônio reverterá em benefício de outra Sociedade ou de uma
instituição de caridade a escolha dos últimos sócios.
Em seguida foi deliberado
eleger-se a Diretoria provisória da Sociedade, sendo resolvido que a eleição
seria por aclamação o que foi aceito por todos, e, aclamada a seguinte
Diretoria: - Presidente de Honra – Gustavo Maas Snr., Presidente – Alberto de
Oliveira, vice-Presidente – Jeremias Poli, 1º Secretário – Francisco Siegel, 2º
Secretário – Francisco Salles de oliveira Junior, 1º Tesoureiro – Nélio da Silva Fontanela, 2º Secretário - Walmor Tiburcio Victorino.
Em seguida foi empossada a Diretoria eleita, e, nomeada
uma comissão para elaborar os Estatutos da Sociedade, tendo a escolha recaído
nos Srs. Alberto de Oliveira, Nélio da Silva Fontanela e Djalma Fontanela da
Silva os quais aceitaram e prometeram o trabalho em breve tempo.
Nada mais havendo a tratar,
o Snr. Presidente agradeceu o comparecimento de todos congratulando-se com os
presentes pela fundação da Sociedade , e dando por encerrada a reunião, após
lavrar a presente ata, que depois de lida e achada conforme, vai por todos os
presentes assinada, eu Francisco Siegel Secretário que a escrevi e assino.
Confere com o original que
acha-se transcrito no livro de atas nº 1 as folhas 1 e 2.
___________________
FRANCISCO SIEGEL
1º Secretário
Histórico e fundaçãoO Amazonas EC, foi do bairro do Garcia,
fundado em 19 de setembro de 1919 mas que de fato era muito mais antigo porque
existia desde 1910, muito conhecido pelo nome de "Jogadores do
Garcia".
O clube
Alvi – Celeste - ou anilado como era conhecido o Amazonas, fundado por
empregados da Empresa Industrial Garcia ,já praticavam o futebol desde o inicio
do século XX, era o time proletário do bairro Garcia, teve como primeiro
estádio por alguns meses, onde hoje é o batalhão do exercito. Depois se
transferiu para as proximidades da Rua Ipiranga (conhecida como Rua Mirador),
por quase cinco anos, posteriormente por alguns meses, na rua Progresso próximo
a Artex, onde existia um bar conhecido como Bar do Iko, e, finalmente, em 1926,
mudou-se para o definitivo local, próximo a Empresa Garcia, até ser aterrado
pela Artex, em 1974.
O nome da praça de esportes Amazonense, se chamava
estádio da Empresa Industrial Garcia, o mais belo de Santa Catarina até então.
Relembro com muita tristeza a enxurrada de 31 de outubro de 1961, que destruiu totalmente toda praça esportiva, inclusive o salão, e ali foram encontradas quatro vitimas fatais presas ao alambrado. O reduto Amazonense ficou em ruínas, tal a violência da água que transbordou do curso normal do ribeirão Garcia, para causar destruição geral e deixar um rastro de calamidade. O gramado praticamente sumiu, tal o acumulo de areia, pedras, lama, árvores, móveis, balcão frigorífico, material esportivo, troféus, tudo ficou inutilizado.
Relembro com muita tristeza a enxurrada de 31 de outubro de 1961, que destruiu totalmente toda praça esportiva, inclusive o salão, e ali foram encontradas quatro vitimas fatais presas ao alambrado. O reduto Amazonense ficou em ruínas, tal a violência da água que transbordou do curso normal do ribeirão Garcia, para causar destruição geral e deixar um rastro de calamidade. O gramado praticamente sumiu, tal o acumulo de areia, pedras, lama, árvores, móveis, balcão frigorífico, material esportivo, troféus, tudo ficou inutilizado.
Observação:
Nessa tragédia ocorrida no dia 31 de outubro de 1961, tivemos o caso do Soldado Moacir Pinheiro (morador da rua Almirante Saldanha da Gama, bairro Glória) que acabou caindo próximo a passarela (pinguela) após tentar atravessa-la, devido a forte correnteza, da hoje rua Hermanan Huscher (Valparaiso) cujo nível da rua era inferior ao da pinguela. Era água pelo joelho, mas ele caiu e foi arrastado para uma cerca de arame próxima onde ficou preso junto ao entulho e veio a óbito para a atual rua que empresta seu nome, ( Rua Soldado Moacir Pinheiro) no bairro Garcia em sua homenagem..
Outro fato foi uma tentativa feita por um morador da rua Emilio Tallmann, de salvar três crianças que vinham pelo ribeirão abaixo nos destroços da casa em que moravam. Este senhor foi HELMUTH LEYENDECKER que se atirou nas águas barrentas e com muita correnteza. Seu ato de heroísmo não foi suficiente pra salvar as quatro crianças, pois a ponte com estrutura muita baixa não permitiu, elas foram encontradas mortas no estádio do Amazonas Esporte Clube de propriedade da E.I. Garcia.
Colaboração Valter Hiebert/Marcos Salles Leyendecker
Neste
período de recuperação do estádio, que se tornou mais bonito, sediando até
competições dos primeiros jogos abertos em Blumenau em 1962, o Amazonas
treinava num estádio construído provisoriamente próximo de onde hoje é a praça
Getulio Vargas Nos jogos oficiais, o mando de campo era no estádio do Palmeiras
E.C, O Estádio foi reinaugurado em 23 de setembro de 1962, com a realização de
um jogo amistoso entre o Amazonas e o Marcilio Dias, com a praça esportiva
completamente tomada pelos torcedores, mas o placar foi desastroso para o
Azulão que após fazer um bom primeiro tempo, perde por 6x2 na fase derradeira.
Mas nada que ofuscasse o brilho das festividades, em seu magnífico estádio.
O esquadrão de peso no cenário Catarinense
Composto por grandes jogadores que trabalhavam na
Empresa Industrial Garcia ou Cooperativa de Consumo dos Empregados, em sua maioria, residia em casas de propriedade da Empresa localizadas nas
imediações, o time Amazonense foi bom de bola, principalmente no amadorismo,
quando enfrentava várias agremiações de todo estado, obtendo resultados
expressivos, qualificando-o como um dos melhores clubes de Santa Catarina, no
período compreendido entre 1919 e 1944 principalmente, o chamado antigo
Amazonas Esporte Clube.
Revivendo o passado encontramos como 1º Presidente
da Sociedade o Sr. José Heuschen e 2º o Sr. João Batista Moritz seguindo os muitos
outros como o Sr. Willy Hauer, João Medeiros, José dos Santos, Oswaldo Butzke,
Erich Gaertner, Alberto de Oliveira, Acrisio M.da Costa, Alfredo Kumm, Alfredo
Iten, Jorge Luiz Buechler, Rolf Elke, Henrique Moritz, João S. Gomes, Nelson
Salles de Oliveira,Gerhard D Kertischka , Valdir Riguetto, Werner Krauss,
Olavio Antonio Costa.
A primeira equipe do Amazonas formou mais ou menos
na seguinte ordem: Guilherme G. da Luz , Bertoldo Rosembroch,
Reinoldo Mass, José J. da Silva, José Vinotti, Fausto Lobo, Alfonso Moritz,
Henrique Machado, Oswaldo Moritz, Belírio Rebelo e Getúlio Machado e entre
outros como Feliciano G. da Luz, Rudolfo Wunsch, Marcos Moritz, Helmuth Sutter,
Alfredo Kertischka, Walter Sutter e outros. Possuindo inclusive na ocasião sua
torcida uniformizada.
Em toda a década de 1920 e 1930, o Amazonas foi
campeão em diversos torneiros, e devemos ressaltar quando o clube era presidido
pelo notável empresário João Medeiros Jr., que deu a cidade durante muitos
anos, com seu raro espírito empreendedor , muitas alegrias, sendo ele
responsável por ter introduzido várias melhorias no estádio proletário, como
também fundador da PRC4 Rádio Clube de Blumenau em 1932.
Em 1939, o Grêmio Esportivo Olímpico promoveu um
torneio no dia 09 e 10 de abril para a inauguração de seu estádio.
Carteirinha de sócio de 1952
O Amazonas
sagrou-se campeão do 1º torneio disputado neste estádio.
Em 1972 o Amazonas é campeão da LBF- 1ª divisão de
amadores. Em 18 de junho morre José Pêra ex-jogador, dirigente, técnico, em um
trágico acidente na rodovia Jorge Lacerda.
Em 1973 o Amazonas é bi-campeão invicto da LBF – 1ª
divisão de amadores, clube então presidido por Valdir Righeto que queria levar
o clube anilado a disputa do Estadual, mas com a incorporação da Empresa Garcia
á Artex, ficou frustrado o sonho e em conseqüência o desaparecimento do Clube.
Entrega das faixas foi em 10 de fevereiro de 1974, num jogo contra o
vice-campeão do Estado o Juventus de Rio do Sul, placar 2x2, o Amazonas vencia
por 2x0 gols de Assunção e Nilson (Bigo), deixando escapar a vitória.
A última conquista do Amazonas
A conquista derradeira com o nome de Amazonas foi
em 1974, na Taça Governador Colombo Machado Salles, também disputado pelo
União, Marcilio Dias, Carlos Renaux, Tupi e Humaitá. A campanha do Amazonas,
que treinava na atual associação Artex, antigo pasto do Sr. Bernardo Rulenski,
se desenvolveu em maus e bons momentos, culminando com a conquista a 14 de
julho, ao vencer o Humaitá, por 5x1 no estádio do Palmeiras. Só o avante Nilson
(Bigo) fez quatro gols, que serviu para compensar a tristeza pela perda do seu
estádio, o outro foi de Tigi (José Egidio de Borba).
Neste
jogo derradeiro o Amazonas formou com Gaspar,
Girão,Luiz Pereira (Nena), Vilmar e Assunção, Cavaco e Nelsinho,
Werninha, Nilson (Bigo) Tarcisio Torres e Ademir. Também atuaram Deusdith, Eloi,
Adir, e Tigi.
Quantos jogos memoráveis, que os torcedores
Amazonenses presenciaram durante muito tempo. Ver os gols do grande Nena Poli,
Leopoldo Cirilo, as defesas de Rudolf Rosumek , do Antonio Tillmann, do Nino do
Ziza, Valdir, Deusdith, Gaspar, a zaga firme Oscarito, Tenório,Osny, Cilinho
Corsini, Eloy, Vilmar Heiden (que jogou na meia esquerda,ponta),
Elizeu,Nicassio muita classe e o Malheirinho talentoso, os chutes fortes do
Chico Siegel, Ivo Mass, Tarcisio Torres, e os pênaltis cobrados pelo Jepe
...que categoria! O Arlindo Eing, Rizada, enfim, tantos que fizeram a glória do
Amazonas. "Dizem os mais idosos, que jogou por aqui algumas partidas, o
jogador Patesko, jogador do Botafogo do R.J., que também jogou na Seleção Brasileira”.
Como esquecer os gols de bicicleta do Filipinho, e
aquele gol de calcanhar que o Dico fez contra o Palmeiras, as arrancadas
fulminantes do Meyer, que quase sempre se transformava em gols, o Celinho,
Dulfes artilheiros natos, Nilson (Bigo) – maior artilheiro da história do
clube) era zagueiro, fazia tantos gols que foi jogar de centro avante assim
como tantos outros artilheiros que passaram pelo Amazonas.
Curiosidades
Da vida futebolística Amazonense, alguns momentos a
registrar; em 23 de julho de 1939, o torneio que o Brasil (Palmeiras-Bec)
realizou para comemorar o 20º aniversário de fundação, o Amazonas teve o prazer
de ganhar o 50º troféu de sua existencia até aquele momento, vencendo o
torneio.
Já nos últimos dias de Amazonas, quando da fusão
com a Associação Artex, em um jogo decisivo do campeonato do Sesi, o
Amazonas/Associaçao Artex venceu o Moveis Cimo de Rio Negrinho e se tornou
campeão Sesiano. Neste jogo tudo previamente combinado, Wilson Siegel atleta, e
Adalberto Day, levam a bola do jogo como recordação. Após o término do jogo, o
juiz põe a bola em baixo de seu braço, e Siegel vai por trás, e com um leve
toque consegue tomar posse da bola e jogá-la por cima do alambrado para mim que
a levo direto ao ônibus.
Certa vez por volta de 1957, após uma vitória de
2x1 sobre o seu arqui-rival do bairro, o já extinto time do Progresso, os
jogadores do Amazonas vieram a pé do campo do Progresso (hoje Canto do Rio),
cantando a seguinte marchinha :
Passa pra lá;
Passa pra cá;
Arreda do caminho que o Amazonas quer passar;
Nosso goleiro é um destemido;
Os nossos beques de real valor;
Alfaria vai chutando pra frente;
E a nossa linha vai marcando gol.
O fim melancólico
A incorporação da Empresa Garcia a Artex em 15 de
fevereiro de 1974 marcou o começo do fim de uma era brilhante no esporte
blumenauense. Os dirigentes da Artex acabaram com o clube, mas ergueram um novo
e moderno estádio, no antigo campo do América, que anteriormente era conhecido
como pasto do Sr. Bernardo Rulenski, seu antigo proprietário. Por volta de
1970, a Artex comprou este local e fundou em 1971 a Associação Artex.
O fim foi inevitável, mas trouxe muita revolta por
parte de dirigentes, jogadores e torcedores, que ao saber do enceramento das
atividades, alguns saquearam a sede e levaram tudo que pudessem, para ter
alguma coisa como recordação, sem interferência da direção para o ocorrido,
tanto é verdade que nada existe na Associação Artex, que mostre a existência da
agremiação sou sabedor deste episódio, pois trabalhava na área de Recursos
Humanos, onde possuía acesso a estas informações.
O
principio do fim oi em 26 de maio de 1974, um domingo bonito com sol, mas sombrio pela
circunstância, que o Amazonas se despediu para sempre do seu magnífico estádio,
uma baixada que foi impiedosamente aterrada, pela Artex, em trabalhos de
terraplanagem executado por duas possantes maquinas da Construtora Triângulo, o
Amazonas vence o Tupi de Gaspar por 3x1, com 2 gols de Bigo e um de Tarcisio
Torres, pelo campeonato Taça Governador Colombo Machado Salles.Os últimos jogadores a pisar o gramado do majestoso
estádio da Empresa Industrial Garcia, foram: Gaspar, Girão, Eloi, Nena, e Adir, Nelsinho e Cavaco, Werninha (depois Poroca),Nilson (Bigo),
Tarcisio e Ademir.
As comemorações juninas e natalinas, como também
dia do trabalhador, dia da criança, patrocinadas pela diretoria do Amazonas e
da Empresa, estando à frente da organização, o inesquecível Jose Pêra, e em
novembro de 1968, as comemorações do Centenário da Empresa Industriai Garcia S/A,
foram acontecimentos que marcaram época.
Autor -Adalberto Day – Cientista Social-
Historiador e Pesquisador
Fonte – Jornal “A Nação” período 1919-1975 -
Arquivo Histórico José Ferreira da Silva, Teresinha Zimmermann.
Colaboradores
Aurélio Sada (Sadinha)
Arquivo: Adalberto Day
Colaboração Álvaro Luiz dos Santos e Mozart Badia
Para saber mais acesse:
Olá, Adalberto, e parabéns pela divulgação de mais este aspecto do universo esportivo blumenauense. Além do caráter histórico, enalteço outro, também muito importante: o genealógico. Familiares e descendentes das pessoas mencionadas poderão encontrar na postagem importantes informações sobre seus entes queridos. Grande abraço!
ResponderExcluirOi Beto. Boa noite. Muito interessante essa historia do clube que, nos tempos aureos, tanto se destacou no esporte catarinense. Faço ideia quanto o amigo sofreu assistindo e acompanhando a extinção do seu clube do coração onde teve a felicidade de atuar como esportista e incentivador. Deve ter sido doloroso e angustiante. Mas é isto, nada é para sempre. Um grande abraço e obrigado por mais esta pagina.
ResponderExcluir________________________________________
Oi Beto...
ResponderExcluirQue legal ver a assinatura do meu avô Francisco na ata. E que legal mais uma ver ler sobre o sucesso do meu tio Bigo em campo. E que alegria me dá só em imaginar meu pai, Wilson, roubando a bola de um dos últimos jogos do Amazonas, hehehe, danado, ele gostava tanto, sempre falava com muita saudade dessa época... Sabes onde anda essa bola? Obrigada pelo registro mais uma vez Beto! A história do Amazonas se funde com a história da minha família... Ótimo fim de semana!
Abraço, com carinho,
Fernanda Siegel.