A imagem de 1913 mostra o interior da Tecelagem da Empresa Industrial Garcia & Probst, em Blumenau no bairro Garcia. Teares rudimentares, mas com o auxilio e habilidade feminina teciam toalhas, ajudando a construir o progresso da cidade.
A Industrialização fez a mulher sair de casa e encarar o mercado de trabalho mais cedo. E ajudar na renda familiar.
A imagem da década 50, mostra a fiação da Empresa Industrial Garcia, a mulher fiandeira.
História:
O trabalho da mulher era imprescindível no desenvolvimento da Colônia Blumenau, esse era o entendimento do Colonizador, que não gostava de ceder terras aos solteiros porque sozinhos não progrediam visto que não tinha quem cuidasse da casa, horta, roupas e quem lhes confortasse nos momentos difíceis, situação confirmada pelos imigrantes, conforme constatamos nos relatórios do Dr. Blumenau e em correspondências dos colonos aos parentes.
- Tear em miniatura apresentado em 1950 no centenário de Blumenau, pela E.I.Garcia - Emblema da E.I.Garcia e da Artex - Toalha confecionada na E.I. Garcia e máquina de costura de 1927.
Além do trabalho doméstico cuidando dos filhos, casa, roupas e comida, as mulheres trabalhavam na roça, eram responsável pela horta, pelos animais domésticos e ainda costuravam, faziam tricô e crochê; para que a esposa se aperfeiçoasse nestas artes de agulha é que Julius entre outros motivos agilizou o casamento, visto que em casa a noiva não tinha tempo. (BAUMGARTEN, 1855, (1988): 24). ......à época e de esposa e companheira; ainda sobrava tempo para cuidar do jardim, aos sábados faziam quitutes para reunir a família para o lanche de domingo e quando não tinham nada para fazer, bordavam e costuravam; sem dúvida, é forçoso concordar com o Dr. Blumenau, a mulher realmente era imprescindível para o progresso do imigrante. A indústria têxtil garantia trabalho às mulheres, diretamente na fábrica ou em casa, conforme relata Johanna Baier Muller, (apud RENAUX, 1995: 161) ela e familiares costuravam para a firma Hering em casa, trabalhavam desde a manhã até as vinte e duas horas, cada uma fazia uma parte da peça: “Para a fábrica eu costurei alguns anos, minha avó, eu e a Tante Delminda. Hermann Muller-Hering nos trazia a costura cada segunda-feira ao mesmo tempo em que levava a que já ficara.
Hoje em dia uma moça é independente até para casar, mudou muito, a mulher se sente mais valorizada. Realmente muita coisa mudou e para melhor, hoje a jovem se prepara, constrói para si uma carreira profissional, faz universidade, para ter sua própria autonomia financeira. E então, ela admite a vida a dois. Os costumes mudaram, a sociedade mudou, pelo menos na maioria dos casos principalmente em uma cidade politizada como a nossa Blumenau. As mulheres constituíam a maioria das operárias na indústria têxtil, os homens dedicavam-se à agricultura, pecuária, comércio e transporte, no início da Colônia Blumenau.
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Maria de Lourdes Leiria
Arquivo de Adalberto Day e família Klueger
Beto,
ResponderExcluirAchei muito interessante este texto. Me remeteu para os anos 60, quando eu era funcionário da Renaux em Brusque. Como auxiliar de laboratorio eu circulava nos corredores da tinturaria e pela secção de acabamento da fábrica executando varias tarefas de controle de qualidade. A Renaux, acredito, empregava grande parte da população brusquense e a minha famila quase toda trabalhou e se aposentou por lá. Obrigado por me fazer recuperar bons momentos.
Aliás, todos trabalhavam a partir dos 14 anos e nimguem jamais reclamou da exploração de menores.
Cá pra nos: trabalhar nunca matou nimguem.
Abraço.
Olá Beto, tudo bem?
ResponderExcluirParabéns pelo seu blog. Aprendi muito!!
Me chamo Jane Gariba, sou lagunense, artista plástica, pesquisadora e pedagoga. Estou reunindo material, principalmente fotográfico, das antigas profissões e da história do nosso Estado, pois estou trabalhando num projeto com miniaturas que contará parte da nossa história. Consegui grande acervo com um amigo português, mas ficaria muito grata se você tbém pudesse me ajudar. Posso salvar essas fotos dos objetos (ferro, rádios...) que há no seu blog?
Um abraço,
Henrique Santos
ResponderExcluirEssa empresa inovou muita coisa em Blumenau na área produtiva, pessoal muito criativo
Luciano Artur
ResponderExcluirSensacional . Obrigado pela postagem !
Wilma Chalupp Bittencourt
ResponderExcluirMulheres heroínas. Dupla jornada de trabalho.
Sonia Ruth Anton Bauler
ResponderExcluirForam guerreiras mesmo. Dizem que o calor era insuportável . Aliás,continuam guerreiras e muitas vezes, pouco reconhecidas
Helcio Nicoletti
ResponderExcluirShow....👏👏👏👏👏 obrigado por compartilhar momentos tão sublimes da história blumenauense.
Marilena Lana
ResponderExcluirJuca Deschamps meu avô e seu irmão vieram instalar umas máquinas na tecelagem.
Eram suíços.
Gostaram das blumenaueses e acabaram ficando. Os doi irmãos constituíram famílias aqui.
Eu sou neta do Meinradt Jacob Iten
Minhas irmãs podem contar mais.
Moravam com ele.
Gilmar Bulh
ResponderExcluirTop essa foto ... imagino o orgulho de trabalhar num lugar assim na época ... coisa para poucos ... karaca !!
Catarina Tecla Mistura
ResponderExcluirSempre mostrando e relatando coisas boas do passado, que para mim que trabalhei nessa Empresa, fiz uma viagem ao passado, trabalhei de 1962 a 1968 , obrigada Adalberto...
ResponderExcluirCarlos Saltore
Catarina, interessante seu depoimento. Acredito que sentiu o desconforto pelas condições de trabalho da época, mas tenho certeza que o sacrifício valeu a pena não valeu? Você deve ter aprendido muitas lições através do seu trabalho. lições que a ajudaram na Vida.
E certamente tudo o que você aprendeu compensou o sacrifício das condições de trabalho.
E ainda, reconhecendo isso através deste agradecimento que postasse.
Parabéns!
Obrigado ao Adalberto pé compartilhar
Catarina Tecla Mistura
ResponderExcluir´`É que na época eu era muito jovem, e nunca senti o meu trabalho um sacrifício, mas sim um aprendizado muito bom, onde aprendi e muito e sempre agradeço as coisas boas em minha vida. Obrigada a você por achar o meu depoimento interessante...
Gisele Aparecida Nicoletti
ResponderExcluirComo é legal conhecer essas histórias!
Renate Pereira
ResponderExcluirObrigado Beto pela dedicação pelo seu lindo trabalho e por esse presente maravilhoso para que a gente possa ter essas lembranças inesquecíveis, não trabalhei com teares mas sim na fiandera com a minha grande amiga Dóris saudades.