quinta-feira, 30 de abril de 2009

- O “23ª BI Batalhão de infantaria no contexto histórico do Vale do Garcia”.


 Foto e edição : Luiz Ricardo Dalmarco

Ficamos muito honrados com o convite que recebemos da SAB 23 – Sociedade Amigos do Batalhão, e o 23° Batalhão de Infantaria, para proferir uma palestra sobre o Vale do Garcia. O convite foi feito pelo II Tenente Odilon Tadeu Dalla Costa, que já conhece nosso trabalho em visita a nossa residência no dia 07/abril/2009.
Convite:
Palestrante: Adalberto Day – Cientista Social e pesquisador da História, e sua esposa Dalva Day Assistente Social .
Tema: O “23ª BI Batalhão de infantaria no contexto histórico do Vale do Garcia”.
Data e Horário: 29/abril/2009 – 20:00 horas.
Local: auditório do 23º BI – Batalhão de Infantaria.
José Henrique de Cássio Ruffo – Ten. Cel. Comandante do 23º BI.
Carol Buhr Presidente SAB
Apresentamos inicialmente um breve histórico da fundação de Blumenau, em seguida O Vale do Garcia. Destaque para a história de cada bairro, com fotos e ilustrações. Minha esposa Dalva, comentou sobre a importância dos trabalhos junto a comunidade.
História:
O Vale do Garcia
Para os moradores, era o local da “Gente do Garcia”. Como portal de entrada do bairro e de acesso a toda região do Vale do Garcia, a Rua Amazonas, com mais de 5 Km detém hoje um vasto e variado comércio e industrias. Foi conhecido primeiro por estrada geral do Garcia até 1919 e depois a ser a Rua Amazonas dos nossos dias correntes, que juntamente com a Alameda Rio Branco, foram as primeiras ruas da cidade a receberem asfalto. Em torno dela a vida socioeconômica do bairro cresceu.

Adalberto Day recebendo das mãos do Comandante Ten. Cel. Ruffo, um diploma de participação. Também foi entregue pelo presidente da SAB - Carol Buhr, um Troféu em 3D Crystal, alusivo a comemoração aos 70 anos do 23º BI.
As primeiras famílias que aqui se estabeleceram, vieram das margens do rio "Garcia” (hoje Rio Camboriú), da cidade de Camboriú, por isso o nome do BAIRRO, da Ex Empresa Industrial Garcia, e do ribeirão, passou a denominarem-se Garcia.
As primeiras atividades produtivas foram extraídas da agricultura, engenhos e moinhos manuais. Mais tarde foram introduzidas as serrarias, olarias, atafonas e outras atividades artesanais. Na região Sul a colonização foi pioneira e os responsáveis do empreendimento denominaram o nome da principal Rua de Die Kolonie (a colônia).
“Os primeiros dias na nova terra, foram cheios de surpresas para aqueles alemães, que se seguiram aos primeiros imigrantes que entre espanto e até certo receio e comentavam: o que significa aquela fumaça proveniente da região Sul, para os lados daquele ribeirão caudaloso (de até então) águas cristalinas? Serão indígenas se preparando para combate? exclamavam os mais céticos. Que nada finalmente descobriram: eram brancos e alemães, as famílias Grevsmuhl, Gauche e Sandner que juntamente com outros principalmente os Açorianos, Tijucanos, estavam trabalhando na “Empresa” que acabavam de instalar em 1868. Esse é um relato apenas mitológico mas que pode ter ocorrido, e que devem ter causado curiosidade àqueles imigrantes alemães que acabam de chegar e se estabelecer na década de 1860.
Em 1860, com a chegada do imigrante alemão Johann Heinrich Grevsmuhl o Vale do Garcia tomava novo impulso. Não satisfeito com os trabalhos agrícolas, passara a explorar a madeira da região, constituindo uma serraria, e com o represamento do Ribeirão Garcia, pode instalar uma atafona movida à força da roda d' água, (energia elétrica veio em definitivo para o bairro somente por volta de 1914). Os compensadores progressos do empreendimento levaram-no a associar-se com dois vizinhos, que conheciam a técnica da tecelagem, para a organização de uma fábrica. Nascia naquela região, a semente da indústria têxtil por volta de 1868, solidificando-se mais tarde com o nome de Empresa Industrial Garcia.
O Vale do Garcia, possui uma característica de um grande condomínio, talvez por isso ser tão charmoso, encantador e cheio de belas histórias. Sempre quem chega a essa localidade, seja por qualquer motivo, se faz necessário seu retorno devido o acesso ser praticamente inexistente para outras localidades. E é essa diferenciação com outros bairros, (que ao contrario muitas vezes apenas passamos por necessidade na busca de outra região), que representa tanto para a nossa comunidade.
23º BI – Batalhão de Infantaria
O então Ministro da Guerra, Hermes da Fonseca, envia a Blumenau em 1909 o 55º Batalhão de Caçadores, Sob o comando do Coronel Crispim Ferreira, e se instala em um galpão onde hoje é o Hotel Rex. No ano de 1921 instala-se no Bairro Garcia a 9ª Companhia de Metralhadoras Pesadas; em 1924 a 18ª Companhia de Metralhadoras Pesadas; em 11 de abril de 1939 (Data considerada oficial do 23 BI) é instalado 32º Batalhão de Caçadores; em 1949 o 1º Regimento de Infantaria; em 1950 o 23º Regimento de Infantaria e em janeiro de 1973 o 23º Batalhão de Infantaria. Defronte este quartel militar foi construído uma praça, em 1939, que foi denominada de Praça General Osório.
Arquivo: Dalva e Adalberto Day

terça-feira, 28 de abril de 2009

- Um Zeppelin no céu



 Passagem do dirigível Graf Zeppelin em julho de 1934, assusta e emociona a população.
Blumenau acordou mais cedo naquele dia 1º de julho de 1934. Ainda de madrugada, milhares de pessoas, ansiosas, se posicionaram em pontos estratégicos da cidade. O motivo de tanto alvoroço surgiu imponente, no céu junto com os primeiros raios do sol. Exatamente às 6h45 min, segundo relatos da época, o ronco dos motores anunciou a chegada do LZ 127 Graf Zeppelin, uma das grandes maravilhas que a tecnologia humana havia conseguido criar até então.
Um dos símbolos mais utilizados pela Alemanha nazista para convencer o mundo de seu poderio, o lendário dirigível significava muito mais que isso para as pessoas comuns, que o admiravam, como um ícone da modernidade. A noticia de que ele passaria por Blumenau, vindo de Buenos Aires rumo ao rio de Janeiro, se espalhou rapidamente dias antes. A população preparou até bandeirinhas para recepcioná-lo e o Zeppelin não decepcionou tanto empenho. Tornaram aqueles poucos instantes inesquecíveis.
O Graf Zeppelin surgiu sobre o Morro do Aipim (sentido Gaspar/Blumenau) e a cerca de 120 km/h sobrevoou o rio Itajaí-Açu. Para delírio dos observadores no solo (que o acenavam com gritos e bandeiras agitadas), quando estava bem no Centro da cidade o dirigível ficou parado no ar durante alguns minutos, antes de sumir da vista das pessoas no sentido das Itoupavas. Mas ele ainda voltaria a surpreender os blumenauenses. À noite, quando ninguém mais esperava, voltou a voar sobre a cidade, mas desta vez mais rápido, rumo a Itajaí. Ainda de acordo com relatos daquele dia, o vôo do Zeppelin provocou reações curiosas nos mais desavisados. Não foram poucos os casos de pessoas que se esconderam imaginando que o gigante no céu sinalizava o fim do mundo.
Carlos Braga Mueller, que também se interessa pela nossa história, tem algumas interessantes colocações sobre a passagem dos zeppelins por Blumenau:

Texto Carlos Braga Mueller escritor e jornalista.
A passagem por Blumenau dos dois maiores símbolos da conquista do espaço aéreo pelos alemães, o Graf Zeppelin e o Hindenburg, revelou a importância que esta região tinha aos olhos de Adolf Hitler, cujos sonhos de grandeza incluíam a conquista do Universo.
O sobrevôo sobre o Vale do Itajaí em 1934, diz a lenda, seria para mapear um terreno pelas bandas de Hansa-Hammonia (hoje Ibirama), onde Hitler pretendia construir seu "Ninho de Águia" no Brasil.
Alguém devia ter soprado ao Führer que, subindo as escarpas da Serra do Mar, o clima seria tão saudável quanto o dos Alpes, onde ele tinha o seu famoso bunker na Alemanha.
Para disfarçar a intenção, continua a lenda, o Comandante Hugo Eckener teria parentes em Hansa-Hammonia e foi divulgado então que ele aproveitou para vir saudá-los do alto. Realmente, passando por Blumenau o dirigível seguiu em direção ao médio e alto Vale do Itajaí. O que seria verdade ou mentira?
Certamente jamais saberemos ao certo. Os que viveram naquela época não estão mais aí para contar. E os arquivos nazistas foram confiscados e destruídos pelos aliados, que ganharam a guerra.
Minha tia Nitinha (Antonietta Braga) sempre me contava a emoção de ter acordado cedo para ver o grande charuto voador despontar por sobre o Morro do Aipim e depois sobrevoar Blumenau.
Parabéns, Adalberto, por recordar este assunto.
Dirigível Hindenburg

Segundo o senhor Rolf Dieter Buckmann esta foto é da casa de Gustav Walter Buckmann em Brusque, genro do Consul e realizador do Berço da Fiação. A Casa ainda existe (2018).  
Dois anos mais tarde, no dia 1º dezembro de 1936, Blumenau receberia a rápida visita do dirigível Hindenburg  da época, e que seis meses depois se incendiaria em pleno vôo sobre Nova Jersey, nos Estados Unidos. A tragédia iria antecipar a aposentadoria do Graf Zeppelin, que ainda passaria mais uma vez por Blumenau, em 1937, antes de fazer sua ultima viagem em 18 de novembro do mesmo ano.
OS TRAUMAS DA SEGUNDA GUERRA

Constantemente somos consultados, principalmente por estudantes, que buscam dados sobre o período em que Blumenau vivenciou momentos dramáticos, provocados pela Segunda Guerra Mundial.
Se quando Hitler assumiu o poder na Alemanha, em 1933, a expectativa era de euforia, depois, ao eclodir a guerra, os descendentes de alemães, considerados nazistas, sofreram dura perseguição dos governos estadual e federal.
Por isto, postamos recentemente as matérias (clicar) - Traumas da Segunda Guerra Mundial

Fontes: Nico Wolff (Diretor de Cultura FCB) 3326 7582 e 9936 3977 e Kátia Klock (Direção e Roteiro) 48 9989 4202.
Jornalista: Marilí Martendal – MTb/SC 00694 JP. 3326 8124 e 9943 0235.
Fonte: Suplemento do Jornal de Santa Catarina, sábado e domingo 30/31 de agosto 2003 Volume 1 – Emoções.
Arquivo Histórico José Ferreira da Silva/Cássio R. Splitter/Osmar Hinkeldey Adalberto Day

domingo, 26 de abril de 2009

- ACIB – Associação Empresarial de Blumenau

ACIB
Prestação de Contas :
- Diretoria Gestão 2007/2009 - Foto: Ricardo Silva/Photuspress
- Diretoria Gestão 2009/2011 - Foto: Ricardo Silva/Photuspress - assumem no dia 27/abril/2009.
Durante duas gestões consecutivas, 2005/2007 e 2007/2009, a Diretoria da Associação Empresarial de Blumenau (Acib) não mediu esforços para bem atender aos associados e à comunidade, sob o comando de Ricardo Stodieck e Carlos Tavares D’Amaral. Neste ano, ele deixa o cargo do presidente para Ronaldo Baumgarten Junior, mas sai com a sensação do dever cumprido.
Nesses últimos quatro anos, a representatividade política da Acib alcançou níveis significantes, fazendo com que a entidade estivesse envolvida na maioria dos mais importantes projetos para a região, em âmbito municipal, estadual e federal.
O acesso aos parlamentares estaduais e federais se tornou mais intenso e eficiente e a Acib pôde participar ativamente de pleitos e decisões que diziam respeito à infra-estrutura, desenvolvimento econômico e sustentabilidade.
Não podemos deixar de citar o trabalho de integração junto às demais entidades locais, criando um discurso único e forte para os pleitos empresariais e comunitários.
Nesta publicação, deixamos um breve relato das principais ações empreendidas entre maio de 2005 e maio de 2009. Nosso objetivo foi sempre atender às funções previstas no Estatuto Social da Acib e atrair ainda mais o empreendedor blumenauense para a mais antiga entidade empresarial do Estado. Fizemos isso por meio de um trabalho sem cor partidária, numa política de buscar objetivos comuns para a cidade e a comunidade empresarial.
Nosso trabalho foi baseado em valores como ética, pioneirismo, justiça e apartidarismo. Por esse motivo, estamos certos que fizemos o que estava ao nosso alcance para honrar o nome da associação e lutar pelo desenvolvimento de Blumenau e região.
A Diretoria
Gestões 2005/2007 e 2007/2009
- Ações para evitar queda da atividade econômica pós-tragédia
No final de 2008 a diretoria da Acib teve de enfrentar um problema completamente inesperado: a enchente e os deslizamentos de terra que atingiram Blumenau e região não representaram uma tragédia apenas para o povo, mas também para a classe empresarial e a economia da cidade. Pensando nisso, a Acib, em conjunto com as demais entidades empresariais e sindicatos patronais e laborais se uniram para elaborar uma carta de reivindicações, entregue pessoalmente ao presidente da República Luís Inácio Lula da Silva e ao governador do Estado Luiz Henrique da Silveira. Os pedidos visavam à retomada das atividades econômicas das empresas afetadas pela enchente e a garantia de emprego aos trabalhadores.
Entre os pedidos remetidos ao presidente Lula estavam a liberação imediata do Fundo de Garantia por Tempo de Serviços para os trabalhadores; a postergação do prazo para o pagamento de impostos federais; criação de linhas de empréstimos com carência de 12 meses e juros subsidiados abaixo de 0,5% ao mês para pessoas físicas e jurídicas; e a criação de linhas de crédito específicas para pagamento de aluguéis, férias, folha de pagamento de novembro e dezembro e 13º salário. Além disso, as entidades solicitaram a suspensão da cobrança de juros e multa dos títulos com vencimento entre 22 de novembro e 31 de dezembro de 2008; criação de linhas de crédito especiais para reconstruir as empresas atingidas pela enchente; doação de mercadorias apreendidas pela Receita Federal e Polícia Federal para os flagelados; a liberação emergencial de recursos do Sistema PAR para a construção de no mínimo 3.000 moradias para as famílias atingidas pela catástrofe; e ajuda financeira aos hospitais da região.
Ao governador do Estado, a Acib, conjuntamente com as demais entidades, solicitou a postergação por 120 dias do ICMS e demais impostos estaduais; a liberação de recursos para refazer a infra-estrutura da cidade e região; a interferência junto ao Governo Federal para agilizar a liberação de recursos federais do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar); e a transferência de créditos acumulados de ICMS.
A maior parte dos pedidos foi atendida, tanto pelo Governo Estadual quanto pelo Federal, o que amenizou as conseqüências da tragédia na economia regional, destacadamente a liberação integral do FGTS.
- Participação no projeto de reconstrução
- Parceria entre entidades:
Uma parceria importante firmada no último ano diz respeito à Revista Empresário. Desde maio de 2008 o veículo de comunicação que leva informação de qualidade sobre indústria, serviços e comércio à comunidade blumenauense é divido entre Acib, Sindilojas e Câmara de Dirigentes Lojistas. O lançamento dessa parceria ocorreu há um ano, na Casa do Comércio. Nesses últimos anos, também foi ampliado e fortalecido o relacionamento com Intersindical Patronal, Sintex, Ampe e Sescon, além da CDL e do Sindilojas, em diversas atividades realizadas em benefício da classe empresarial.
- Ajuda para o Corpo de Bombeiros
Em agosto de 2006 o 3º Batalhão de Bombeiros Militares de Blumenau recebeu uma nova viatura com a ajuda da Acib. A Acib foi também a responsável pela instalação do Corpo de Bombeiros em Blumenau. Em 1958, a entidade alugou o prédio para abrigar a corporação e promoveu campanhas junto à comunidade, com o objetivo de arrecadar o dinheiro necessário para a aquisição dos equipamentos.
- Envolvimento político
Num momento decisivo para o futuro da cidade, a Acib esteve envolvida no processo eleitoral de forma democrática, ouvindo as propostas dos candidatos e firmando compromissos de acordo com os anseios das entidades, a fim de beneficiar a população não só de Blumenau, mas de toda a região. Em 2008, em parceria com CDL e Sindilojas, a Acib convidou candidatos a exporem as propostas e assinarem uma carta de compromisso com as entidades.
Da mesma forma, a Acib participou da luta pela duplicação da BR-470, reformas no Complexo Desportivo do Sesi, viaduto da Mafisa e Parque Vila Germânica. Além disso, manifestou apoio à assinatura de um novo convênio com o Governo Federal para manutenção e recuperação das barragens de José Boiteux, Taió e Ituporanga.
Nos quatro anos em que esteve à frente da diretoria da Acib, Ricardo Stodieck fez cerca de 20 viagens a Brasília, além de inúmeras viagens a Florianópolis, a fim de estreitar os laços com a classe política e levar reivindicações da região.
- Ponte do Vale
O problema de trânsito enfrentado por quem precisa passar pela cidade de Gaspar, especialmente nos horários de maior movimento, atinge de forma direta também aos blumenauenses. Por isso, obras como a Ponte do Vale e o anel de contorno de Gaspar foram pleiteadas seguidas vezes pela Acib, em parceria com a Associação Empresarial de Gaspar.
- Blumenau 2050
A cidade começou a se preparar para o futuro com o Projeto Blumenau 2050, um conjunto de ações para planejar Blumenau a curto, médio e longo prazo, lançado em 2007. Com o slogan “O futuro da cidade já começou”, a proposta apresenta as diretrizes para o desenvolvimento planejado da cidade até o ano de 2050. A Acib participou da elaboração do projeto, representada pelo engenheiro Jorge Rodacki e pelo arquiteto Alfredo Lindner Junior.
- Prefeito reeleito ouve pleito de entidades empresariais
Foto: Reunião prefeito. Crédito: Cristiane Soethe - Legenda: O prefeito João Paulo Kleinübing e o vice Rufins Seibt (centro) se reúnem com empresários
Logo após as eleições municipais de 2008, as entidades empresariais receberam na Acib o prefeito reeleito João Paulo Kleinübing e o vice Rufinus Seibt. Eles ouviram os pleitos de representantes de sindicatos como o das Indústrias de Cristais e Porcelanas, das Gráficas, das Indústrias de Artefatos de Plástico, das Indústrias Mecânicas, Metalúrgicas e de Material Elétrico, além do Sinduscon, Ampe, CDL, Sescon, Intersindical Patronal e Acib. “Passadas as eleições, é hora de começar a transformar o que foi pensado em ações. Algumas ainda neste ano”, apontou o prefeito. Ele destacou como prioridades a discussão de um modelo de desenvolvimento para a cidade em conjunto com as entidades e uma parceria para implantar melhorias na educação. João Paulo citou exemplos de municípios em que a gestão das empresas foi para dentro das escolas e promoveu o desenvolvimento dessa área. O prefeito ainda afirmou que daria continuidade ao projeto Blumenau 2050 e pediu o apoio das entidades.
A imagem (E) do dia da eleição 06/abril/2009 , Pedro Prim , Ronaldo Baumgarten Junior, Ricardo Stodieck. A Imagem a (D) Adalberto Day, Ronaldo Baumgarten Junior, Ricardo Stodieck.
- Jantar de bairros
A cada ano a Acib tem promovido um jantar reunindo empresários em diferentes bairros da cidade. Esses encontros já ocorreram nos bairros da Velha (com apoio do diretor Avelino Lombardi), na Itoupava Central (apoiado pelo presidente do Conselho de Desenvolvimento da Itoupava Central, Paulo César Lopes) e na Itoupava Norte (que contou com auxílio da conselheira Claudete Mafra Wanderck). Todas as edições do evento foram organizadas pela diretora Haida Siegle e reuniram sempre mais de 100 pessoas para conhecer de perto a entidade e os benefícios oferecidos aos associados. Entre os objetivos da Associação Empresarial de Blumenau com esses eventos está o de promover e incentivar o relacionamento entre a classe empresarial e apresentar os objetivos e as soluções empresariais da Acib.
- Encontros de integração
Outra ação da Acib visando à aproximação dos empresários é o Encontro de Integração dos Núcleos Setoriais, promovido anualmente. Na ocasião, as empresas nucleadas têm a oportunidade de ampliar a rede de relacionamentos e cada Núcleo pode mostrar o trabalho que vem desenvolvendo, promovendo interação e troca de experiências.
- Combate à Pirataria
Na luta contra a pirataria, os blumenauenses também passaram a contar com aliados importantes: dois números de disque-denúncia que vão atender e encaminhar os pedidos. O Procon atende pelo número 151 e a Polícia Civil pelo 181.
- Acib contra CPMF
A Contribuição Social da Saúde (CSS), que tentava recriar a CPMF, recebeu o repúdio da Associação Empresarial de Blumenau (Acib). Em 2008, quando tramitava no Congresso Nacional, a entidade enviou correspondência a todos os deputados federais e senadores por Santa Catarina, pedindo o voto contrário da bancada catarinense à matéria. “Nossa posição é contrária à criação de novos impostos e ao aumento da carga tributária que já pesa consideravelmente sobre a classe empresarial e toda a sociedade brasileira”, afirmou, na época, o presidente da Acib Ricardo Stodieck.
- Encontro Brasil-Alemanha
Empresários e autoridades do Brasil e da Alemanha estiveram reunidos em Blumenau de 18 a 20 de novembro de 2007 no Encontro Econômico Brasil-Alemanha, o mais importante encontro bilateral na área econômica entre os dois países. Os anfitriões do evento foram o presidente da Confederação Nacional da Indústria Armando Monteiro e o presidente da Fiesc Alcântaro Corrêa. Na delegação alemã de negócios estavam Jürgen Thumann, presidente da Confederação das Indústrias Alemãs, e Uriel Sharef, membro do Comitê Executivo Corporativo da Siemens. O tema do evento foi: “Cooperação Tecnológica e Inovação: Fortalecendo a Competitividade Internacional”.
- Benefícios aos associados
Resultados na prática
Com tantas ações em favor da classe empresarial, a Acib conseguiu, nestes últimos quatro anos, elevar o número de associados em 6,22%. Os núcleos aumentaram de 23 para 27. Além disso, foi criada uma área específica dentro da Acib para cuidar dos eventos e outra voltada ao comercial.
1. Para saber mais clique : ACIB - Associação Empresarial de Blumenau
2. Arquivo: ACIB, Cristiane Soethe, Ricardo Stodieck, Adalberto Day

sexta-feira, 24 de abril de 2009

- O Empresário Ernesto Stodieck, marcou história na cidade de Blumenau












Ernesto Stodieck nasceu em Florianópolis em 05/agosto/1907 e faleceu em Blumenau em 29/maio/1999 aos 91 anos.

Nos últimos anos Ernesto Stodieck concentrava suas atividades na Distribuidora Catarinense de Tecidos S.A. ( Dicatesa) , na qual era acionista. Ele participou da extinta Lojas Moellmann Comercial S/A. onde em 1973 chegou a ser presidente do conselho.
Na comunidade sua atuação foi marcante. É lembrado por ser um dos fundadores do Rotary Club de Blumenau. Seu último projeto foi aos 88 anos, a idealização e criação do empreendimento turístico de Porto Belo, em Porto Belo. Stodieck começou suas atividades profissionais em São Paulo como representante comercial.
Complexo industrial da Empresa Industrial – Estádio do Amazonas, reconstruído por Stodieck em 1962 após a enxurrada em 1961 que destruiu literalmente suas dependências. 
Observação:
Nessa tragédia ocorrida no dia 31 de outubro de 1961, tivemos o caso do Soldado Moacir Pinheiro (morador da rua Almirante Saldanha da Gama, bairro Glória)  que acabou caindo próximo a  passarela (pinguela) após tentar atravessa-la, devido a forte correnteza, da hoje rua Hermanan Huscher (Valparaiso) cujo nível da rua era inferior ao da pinguela. Era água pelo joelho, mas ele caiu e foi arrastado para uma cerca de arame próxima onde ficou preso junto ao entulho e veio a óbito para a atual rua que empresta seu nome, ( Rua Soldado Moacir Pinheiro) no bairro Garcia em sua homenagem..

Outro fato foi uma tentativa feita por um morador da rua Emilio Tallmann, de salvar quatro crianças que vinham pelo ribeirão abaixo nos destroços da casa em que moravam. Este senhor foi HELMUTH LEYENDECKER que se atirou nas águas barrentas e com muita correnteza. Seu ato de heroísmo não foi suficiente pra salvar as tquatro crianças, pois a ponte com estrutura muita baixa não permitiu, elas foram encontradas mortas no estádio do Amazonas Esporte Clube de propriedade da E.I. Garcia.
Colaboração Valter Hiebert/Marcos Salles Leyendecker
– Cooperativa de consumo e Casas Populares na década de 40, quando em sua gestão chegou a ultrapassar 240 unidades.
Em 1940 veio para Blumenau e assumiu a função de diretor gerente da Empresa Industrial Garcia até 1967.Em 1965, recebeu o diploma de Cidadão Blumenauense. Entre 1967 e 1995 , Stodieck teve participação acionarias nas empresas : Cristal Blumenau, Porcelana Schmidt S/A e na Distribuidora Catarinense de Tecidos (Dicatesa) Entre 1944 e 1945 foi presidente da Associação Comercial e Industrial de Blumenau (ACIB) hoje na presidência seu neto Ricardo (2005- 27/abril/2009)que assume a partir do dia 28/abril/2009, a diretoria técnica da SC Parcerias. Nas décadas de 40 e 60, Stodieck participou da criação de sindicatos patronais têxteis e outras categoria, bem como de sindicato de trabalhadores.
Alunos homenageiam empresário do Garcia
A imagem de 1965 mostra alunos do antigo Grupo Escolar São José - atual Celso Ramos -, no Bairro da Glória, em Blumenau, na passagem dos 25 anos de serviços prestados à Empresa Garcia pelo então diretor Ernesto Stodieck Jr. A homenagem foi feita no Estádio do Amazonas. Era comum esse tipo de apoio e respeito aos empresários de Blumenau. Na faixa os dizeres típicos da época: "As crianças desse bairro apresentam parabéns ao chefe de seus pais". 
Foto enviada por Oscar Ewald - arquivo Geonilda Ewald
A Empresa Industrial Garcia, através do Sr. Ernesto Stodieck, colaborou na construção da Igreja Nossa Senhora da Glória que também deve muito ao Padre Beta Koch (ajudou na fundação da igreja Nossa Senhora da Glória) e da escola São José hoje Escola Básica Governador Celso Ramos.
Arquivo de Dalva e Adalberto Day

quarta-feira, 22 de abril de 2009

- Hotel Brasil

Hotel Brasil em Blumenau, em 1927.
Ficava na Alameda Duque de Caxias, mais conhecida como Rua das Palmeiras. Por muitos anos prestou relevantes serviços à comunidade de Blumenau e região. (Foto: Arquivo de Adalberto Day e Cleide Terezinha de Oliveira)
Publicado no Jornal de Santa Catarina – Quarta feira. 22 de Abril/2009; coluna Almanaque do Vale do Jornalista Sérgio Antonello.
Hoje apresento na Coluna Almanaque do Vale do Jornal Santa Catarina – o antigo Hotel Brasil . Então aproveitei a data alusiva ao Descobrimento do Brasil do Blog do Hamiltom Antônio, e postei...boa leitura.
- O Descobrimento do Brasil
Em 22 de abril de 1500 chegava ao Brasil 13 caravelas portuguesas lideradas por Pedro Álvares Cabral (foto).
A primeira vista, eles acreditavam tratar-se de um grande monte, e chamaram-no de Monte Pascoal. No dia 26 de abril, foi celebrada a primeira missa no Brasil.
Após deixarem o local em direção à Índia, Cabral , na incerteza se a terra descoberta tratava-se de um continente ou de uma grande ilha, alterou o nome para Ilha de Vera Cruz.
Após exploração realizada por outras expedições portuguesas, foi descoberto tratar-se realmente de um continente, e novamente o nome foi alterado. A nova terra passou a ser chamada de Terra de Santa Cruz. Somente depois da descoberta do pau-brasil, ocorrida no ano de 1511, nosso país passou a ser chamado pelo nome que conhecemos hoje: Brasil.
A descoberta do Brasil ocorreu no período das grandes navegações, quando Portugal e Espanha exploravam o oceano em busca de novas terras. Poucos anos antes da descoberta do Brasil, em 1492, Cristóvão Colombo, navegando pela Espanha, chegou a América, fato que ampliou as expectativas dos exploradores.
Diante do fato de ambos terem as mesmas ambições e com objetivo de evitar guerras pela posse das terras, Portugal e Espanha assinaram o Tratado de Tordesilhas, em 1494. De acordo com este acordo, Portugal ficou com as terras recém descobertas que estavam a leste da linha imaginária ( 200 milhas a oeste das ilhas de Cabo Verde), enquanto a Espanha ficou com as terras a oeste desta linha.
Mesmo com a descoberta das terras brasileiras, Portugal continuava empenhado no comércio com as Índias, pois as especiarias que os portugueses encontravam lá eram de grande valia para sua comercialização na Europa.
As especiarias comercializadas eram: cravo, pimenta, canela, noz moscada, gengibre, porcelanas orientais, seda, etc. Enquanto realizava este lucrativo comércio, Portugal realizava no Brasil o extrativismo do pau-brasil, explorando da Mata Atlântica toneladas da valiosa madeira, cuja tinta vermelha era comercializada na Europa.
Neste caso foi utilizado o escambo, ou seja, os indígenas recebiam dos portugueses algumas bugigangas (apitos, espelhos e chocalhos) e davam em troca o trabalho no corte e carregamento das toras de madeira até as caravelas.
Foi somente a partir de 1530, com a expedição organizada por Martin Afonso de Souza, que a coroa portuguesa começou a interessar-se pela colonização da nova terra. Isso ocorreu, pois havia um grande receio dos portugueses em perderem as novas terras para invasores que haviam ficado de fora do tratado de Tordesilhas, como, por exemplo, franceses, holandeses e ingleses.
Navegadores e piratas destes povos, estavam praticando a retirada ilegal de madeira de nossas matas. A colonização seria uma das formas de ocupar e proteger o território.
Para tanto, os portugueses começaram a fazer experiências com o plantio da cana-de-açúcar, visando um promissor comércio desta mercadoria na Europa.
Arquivo de Adalberto Day
Colaboração: Hamilton Antônio

segunda-feira, 20 de abril de 2009

- O Cinema em Blumenau – Parte X


Introdução: Mais uma participação exclusiva e especial do renomado escritor e jornalista Carlos Braga Mueller, que hoje nos presenteia sobre Cinema e o Cine Farol – Cinema de Rua . A considerada sétima arte, nos fascina a cada instante. Já nos anos 60, ainda eram feitas essas exibições. E eu mesmo tive a oportunidade de testemunhar a narrativa do Braga Mueller.
Adalberto Day
CINE FAROL, O Cineminha de Rua de BLUMENAU
Por Carlos Braga Mueller

Nos anos cinqüenta do século 20 o cinema ainda era considerado a maior diversão da humanidade.
Certa feita encontrei-me com um elder, da religião mórmon, que estava fazendo sua pregação no Brasil. A “Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias” tinha um programa na PRC-4 RádioClube, onde eu era locutor comercial.
Devia ser o ano de 1957, por aí, e quando eu, em conversa com o elder, me referi ao filme “Helena de Tróia”, realizado em 1955 com a atriz Rossana Podestá , que eu havia assistido aqui em Blumenau, ele imediatamente referiu-se ao mesmo filme, que ele havia visto em um cinema da sua cidade, Salt Lake City, nos Estados Unidos.
O cinema é universal. Suas imagens permanecem na retina de um cidadão na China, assim como na lembrança de um brasileiro, ou de um norte americano, porque quando um filme começa a ser exibido, tem início a magia do cinema!
Pois foi lá pelos anos cinquenta que o Gilberto Schneider, o Bebeto teve uma idéia genial.
Todos os domingos à noite, das 19 ás 22 horas, a Rua 15 de Novembro em Blumenau era interrompida para o tráfego de veículos e ali acontecia o “footing”, a passeata dos blumenauenses. As pessoas ficavam caminhando para cá e para lá, olhando as vitrines, os rapazes tentando namorar as meninas que desfilavam; ou então se ficava conversando com os amigos, tomando cafezinho no Pinguim, sorvete no Polar ou refrigerante no Bar Flórida.
O Bebeto resolveu projetar filmes naquele horário, de graça para o público.

Começou a funcionar, assim, o CINE FAROL. O projetor de filmes, equipamento16 mm, era montado numa sala no primeiro andar do prédio onde se situava o Café Pingüim. A tela ficava no lado oposto da rua, em cima da marquise da Casa Buerger. Ela podia ser enrolada para cima e só era esticada aos domingos à noite. Assim, o filme era projetado de um lado para o outro da Rua 15 de Novembro. o proprietário do Cine Farol era o Gilberto "Bebeto" Schneider, um aficcionado pelo cinema. Pintava cartazes para os cinemas Busch e Blumenau, aqueles painéis de 3 metros que ficavam na fachada com letras grandes. Ele era um excelente letrista.
Bebeto, mestre em fotografar no sistema diapositivo, montava os “slides” comerciais dos patrocinadores: Germano Stein, Móveis Ideal, Casa Buerger, Café Urú e os exibia no intervalo entre os filmes. Estes, eram sempre de curta metragem, geralmente alugados na cinemateca da casa Willy Sievert.

Foi ali que muitos blumenauenses ficaram conhecendo o Gordo e o Magro, Bud Abbot e Lou Costello, Charles Chaplin, Os Três Patetas, os desenhos animados do Pica Pau, além de muitos documentários e comédias curtas.

Raramente Bebeto Schneider exibia um filme de longa metragem. Mas quando isto acontecia, ele dividia o filme em vários capítulos e ia exibindo aos poucos, até ás 10 horas da noite.
Para se saber que estava na hora de assistir ao filme, havia um prefixo musical, uma marcha de John Philip Souza, muito conhecida na época. Era a marcha começar a tocar e todo mundo corria para a frente da tela. Alguns se sentavam no paralelepípedo mesmo.
Para melhorar a visão dos espectadores, Bebeto tinha um interruptor especial e podia apagar a luz da Rua 15 que ficava ali perto.
Um dia, quando o “footing” acabou, o Cine farol também se despediu.
Gilberto Schneider trabalhou depois, durante muitos anos, no Cine Blumenau como cartazista.
Era também um pintor de letras de mão cheia e os painéis que adornavam a frente e a lateral do Cine Blumenau tinham sempre a sua marca.
Arquivo de: Adalberto Day/participação especial do Escritor e Jornalista Carlos Braga Mueller

sexta-feira, 17 de abril de 2009

- Jornal “O GARCIA” Edição nº 8



Cine Garcia
Introdução: Adalberto Day
- Nesta edição de Abril/2009, o jornal, continua com belas matérias e merece nossa aprovação e divulgação - Os destaques desta edição são para as Seguintes matérias:
Artigos: - Cantinho da Saudade: a Antiga Praça Getúlio Vargas,página 5,- Inovação: Crise? Que crise?página 6, - Amigo Bicho: Brinquedo Bom pra Cachorro,página 7, - Contribua com a ABLUDEF, página 7, - Saúde em Movimento: Por que realizar a avaliação física, página 10, - Gente do Garcia: José Osmar Neumann, página 13, e muito mais.

O Cantinho da Saudade

A Antiga Praça Getulio Vargas
A imagem de 1967 mostra a antiga Praça Getulio Vargas,na parte de cima a esquerda, era o estádio do Amazonas e a ponte antiga com acesso a Rua Emilio Tallmann, ao centro E.I.Garcia e abaixo inicio da Rua da Glória com suas casas populares. Antes de ser praça, existiu neste local um Hotel de propriedade da E.I.Garcia, e o Ribeirão Grevsmuhl , com uma pequena ponte coberta, que desembocava no Ribeirão Garcia.
.Até 1976 a Rua Amazonas passava por dentro do parque fabril da E.I.Garcia, no entroncamento que fazia a divisória entre os bairros Garcia, Gloria e Progresso. Neste entroncamento existia uma Praça com o nome de Getúlio Vargas, que desapareceu junto com o aterro para a incorporação das duas empresas Garcia e Artex. A mudança do traçado da Rua Amazonas, foi importante no processo de incorporação das duas empresas, porque ambas tinham que pagar ICMS, por transitar com mercadorias, de um lado ao outro da rua.
Foi o primeiro local no Garcia na década de 1960, a se estabelecer um ponto de Táxi. Um automóvel da marca DKV e o motorista conhecido como Nino Massaneiro. Palco de apresentações teatrais e políticos, como também de encontros de namorados. As linhas de ônibus funcionavam somente até às 22h30min horas, justamente para que os empregados pudessem retornar logo ao seu lar, e participar de poucos lazeres e poder estar em boas condições de trabalho para o dia seguinte.
Segundo o jornalista e escritor Carlos Braga Mueller , ao longo das décadas a cidade foi crescendo e as praças continuaram fora do panorama da urbe. Foi assim que, há muitos anos, começou a circular uma lenda urbana. Ele conta que alguns governantes de antigamente, mancomunados com empresários tantos, não viam com bons olhos as grandes praças públicas, porque ali os operários ficariam a mercê dos prazeres proibidos: bebida em excesso, ócio nada criativo e, por conseqüência, noites mal dormidas, muita preguiça ao acordar, rendimento péssimo no trabalho do dia seguinte!
Claro que nunca se provou nada, nem ninguém assumiu a culpa pela falta de praças. Esta, foi sempre atribuída à nossa topografia acidentada e ao conturbado espaço físico disponível para tais excentridades ! Curioso é notar que praticamente desde a fundação, a cidade mantém as mesmas praças de sempre.
Adalberto Day cientista social e pesquisador da história e colaboração do jornalista e escritor Carlos Braga Mueller.
Expediente:
- Criação e Redação: Grande Agência Publicitária Ltda
- Impressão: Gráfica Médio Vale
- Distribuição Tiragem : mensal e gratuita
- Circulação : Distrito do Garcia, Centro e Região
- Jornalista responsável: Liliani Bento
- Gerente comercial: Carlos Ubiratan
- Designer Gráfico:/Diagramação : Michael Diderot /: Yuri Apolônio
- Endereço: Rua Ignácio dos Santos, 83 – Bairro Glória.
Fone: (47) 3329 2143
Arquivo: Adalberto Day

terça-feira, 14 de abril de 2009

- A Ponte da Rua Santa Maria III

(Foto) Atual ponte da Rua Santa Maria
RESGATE HISTÓRICO
Ponte para o passado
Assembleia discute viabilidade para erguer estrutura de madeira que relembraria histórica Ponte Preta RAFAEL WALTRICK
Rudolf Hollenweger idealizou a ponte coberta construída na década de 20

Antiga Ponte Preta - 1934 - Acesso a Rua Rua Rui Barbosa

Em primeiro Plano o professor Rudolf Hollenweger

Foto(s): PEDRO PRIM/ARQUIVO PESSOAL de Adalberto Day

BLUMENAU - No lugar das usuais estruturas de concreto, madeira. Ao longo dos 19 metros de comprimento, uma cobertura que parece emoldurar o caminho dos pedestres e veículos remete ao passado não tão distante, ainda vívido na memória dos moradores da região. E como inspiração, a antiga Ponte Preta, marco do Bairro Progresso durante cinco décadas, na Rua Rui Barbosa. Assim é o projeto elaborado ano passado, que pretende resgatar parte da história da região Sul da cidade através da construção de uma ponte na Rua Santa Maria, no Recanto Silvestre. A possibilidade de viabilizar a obra através de convênio com o Ministério da Cultura será discutida hoje, em Assembleia Geral Ordinária.O projeto da ponte, que substituiria uma já existente no local, foi elaborado com verbas da prefeitura e é encabeçado pelo ex-secretário distrital do Garcia, Pedro Prim. A construção aos moldes das antigas estruturas cobertas, de madeira, é discutida desde a década de 90. A partir de 2003, a iniciativa avançou e contou com o apoio de moradores da região, que ajudaram nos estudos técnicos e históricos. Agora, os esforços concentram-se na busca de R$ 530 mil para a obra.– A ponte vai ser uma atração a mais para quem passa por lá. Seria um presente pra região Sul da cidade, que foi a mais afetada pela tragédia – defende Prim.O convênio com o Ministério da Cultura viria através da Lei Rouanet. O Instituto Parque das Nascentes (Ipan) assumiria a responsabilidade pela obra.– Vamos abrir para discussão na Assembleia Geral, a iniciativa é boa, mas não temos apetite para isso agora – adianta o presidente do Ipan, Nelcio Lindner.Idealizadores buscam apoio da iniciativa privadaComo opção para viabilizar a ponte, estão sendo feitos pedidos para políticos e empresários da região. Semana passada, o grupo que defende o projeto se reuniu com o prefeito João Paulo Kleinübing e Associação Empresarial de Blumenau (Acib). Não há, porém, recursos assegurados até o momento.– É um projeto muito bonito, mas que só pode ser discutido a partir do ano que vem. Temos primeiro que reconstruir o que foi destruído e a ponte da Rua Santa Maria não foi afetada – avalia o presidente da Acib, Ricardo Stodieck.– Não é uma obra só para o Garcia, mas para toda a comunidade e turistas que visitam a região. Temos que mostrar que, por trás da reconstrução, podemos fazer coisas novas, boas – opina o cientista social Adalberto Day.

A Ponte acima (foto) é a atual da Rua Santa Maria.

Assembleia Geral Ordinária - Hoje (14/abril/2009), às 19h, na Casa Brasil (Rua Progresso, 167). Temas para debate: renovação do convênio do Ipan com Furb e Faema para repasse mensal de R$ 4 mil; ações educativas na Nova Rússia em parceria com o Samae; viabilização da ponte próximo ao Recanto Silvestre.
Arquivo: Pedro Prim e Dalva e Adalberto Day

segunda-feira, 13 de abril de 2009

- Traumas da Segunda Guerra Mundial

Introdução:
Por solicitação através das centenas de e-mails que recebi de estudantes de Blumenau e região, vamos abordar através de uma série, a IIª Grande Guerra Mundial, e seus reflexos à Blumenau. De acordo com os estudantes, as pesquisas relacionadas ao tema são para os trabalhos escolares, sugeridos pelos professores.
Adalberto Day
Artigo do Jornalista e escritor Carlos Braga Mueller
Por Carlos Braga Mueller
Nos seus sonhos de grandeza, Adolf Hitler tinha uma atenção muito especial em relação à América do Sul..
Um livro recente do jornalista Jens Glüsing, correspondente da revista “Der Spiegel” no Brasil, cita planos nazistas para invadir o Suriname e a Guiana Francesa com tropas que desembarcariam na Amazônia brasileira. O livro tem o título sugestivo de “Das Guyana-Projekt (O Projeto Guiana) e revela que entre 1935 e 1937 cientistas alemães visitaram a região e levaram para Hitler a idéia de se criar uma “área nazista” na região. O autor também esclarece que o plano não foi adiante porque os nazistas tinham outros projetos mais importantes a realizar e a Guiana Francesa estava sob o comando do regime de Vichy, na França, que era uma marionete dos nazistas. Submarinos alemães usaram a Guiana Francesa como base, para atacar navios que trafegavam na região.
Quando o líder alemão invadiu a Polônia em 1939, deflagrando a segunda guerra mundial, a Alemanha já havia implantado importantes núcleos do Partido Nazista na América, especialmente nas colônias fundadas pelos alemães. no Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Os núcleos do NSDAP (Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães) em Santa Catarina foram sendo fundados, com o incentivo do Consulado Alemão, acenando com atividades sócio-culturais e em breve despontavam em cidades como Hansa-Hammonia (hoje Ibirama), Rio do Sul, Blumenau e até na capital, Florianópolis.
Em 1937 o NSDAP de Blumenau reuniu todos os clubes do município e submeteu a eles um calendário das festividades que seriam realizadas durante o ano.
Muitas destas datas eram significativas para os nazistas e por isto a organização deveria ser exemplar. Apenas os feriados da Independência, 7 de Setembro, e da República, 15 de Novembro, podiam ser organizados exclusivamente pelos clubes. As outras datas seriam festejadas de acordo com a orientação do núcleo do NSDAP e do Consulado Alemão, inclusive a comemoração do dia 1º de maio, festejado também na Alemanha e, portanto organizado em conjunto.
Muitos clubes, cujos sócios brasileiros não concordaram com esta “intromissão”, protestaram. Mas no fim, acabaram assinando sua concordância ao calendário.
Neste documento, foram apostas as assinaturas dos presidentes de praticamente todos os clubes de Blumenau.
Não está na lista o nome do Esporte Clube Brasil, depois Palmeiras Esporte Clube, talvez até em virtude da sempre declarada brasilidade da sociedade.
A confiança dos alemães era tão grande em relação à conquista de novas terras, que o quartel-general de Hitler já havia, inclusive, elaborado um novo mapa da América do Sul, com divisões estratégicas, para que os futuros conquistadores administrassem corretamente as terras latinas.
Enquanto os alemães plantavam a semente da conquista de novos territórios, grupos brasileiros começaram a interessar-se pelos ideais nazistas. Foi assim que até partidos políticos abraçaram a filosofia e as atitudes do nazi-fascismo.
Em 1932 o brasileiro Plínio Salgado fundou a AIB – Ação Integralista Brasileira. Logo depois a AIB transformou-se em um partido político, cujos adeptos usavam camisas verdes e uma braçadeira onde estava estampado um emblema, o “sigma” , símbolo do integralismo. A saudação entre seus membros era feita, levantando-se o braço direito, dizendo-se “anauê” !
Na imagem o movimento integralista em Blumenau – Plínio Salgado – Cartaz anauê – e Congresso Integralista em Blumenau.
Em 1935 a Ação Integralista Brasileira promoveu um Congresso em Blumenau que ficou famoso pelo grande número de integralistas que vieram de todo o país. As cenas foram fotografadas e filmadas pelo blumenauense Alfredo Baungarten, sendo um dos registros mais importantes de um cine jornal daquela época em nosso Estado.
Um desfile imponente aconteceu na Rua 15 de Novembro, na frente do qual vinham Plínio Salgado, presidente nacional do partido, e Alberto Stein, prefeito de Blumenau, também integralista.
Em Blumenau, integralistas e nazistas se interligaram, até que em 1937 Getúlio Vargas (foto) decretou o “Estado Novo” e extinguiu a Ação Social Integralista.
Mas nas sociedades de atiradores (Foto acima), igrejas, outros clubes de Blumenau, a ação implantada pelos nazistas continuava em plena efervescência...mesmo porque o Brasil só iria declarar guerra à Alemanha em 1942, muito depois da conflagração ter iniciado, em 1939.
É natural que todo este clima fosse seduzindo os alemães daqui, que viam na ascensão da Alemanha, sob a batuta de Hitler, o ressurgimento da supremacia da raça ariana.
E quando a guerra eclodiu, muitos alemães que haviam migrado para o Brasil começaram a ser convocados para se alistarem no exército do Terceiro Reich.
Alguns, entusiasmados, atenderam ao apelo e disseram adeus ao Brasil. Foram lutar nas fileiras nazistas. Os que se recusaram, foram declarados “desertores” por Hitler. Anos mais tarde o governo da República Federal da Alemanha reconheceu que estes cidadãos foram, isto sim, verdadeiros patriotas, rejeitando as loucuras de Hitler, reabilitando-se oficialmente sua honra.
1945. Terminada a Segunda Guerra Mundial, Blumenau recebeu de volta inúmeros soldados, muitos mutilados de guerra.
Ao invés do que aconteceu com nossos pracinhas da Força Expedicionária Brasileira, que foram recebidos com flores e beijos e desfilaram triunfantes pela Rua 15 de Novembro, os que lutaram ao lado de Hitler acabaram preservados no anonimato, protegidos por ex-simpatizantes do nazismo.
Antes de o Brasil entrar na guerra, o presidente Vargas já havia determinado uma série de medidas “nacionalistas” para toda a região sul do país, colonizada por alemães. Jornais em língua alemã foram proibidos de circular; escolas que ensinavam em alemão foram fechadas; cultos religiosos deviam ser realizados só na língua portuguesa.
O “Der Urwaldsbote”, o mais tradicional jornal de Blumenau, despediu-se dos leitores em língua alemã e passou a ser impresso somente em português. Logo depois fechou em definitivo e seu maquinário foi adquirido pelo saudoso jornalista Honorato Tomelin que fundou o jornal “A Nação” em 1943. Cerca de ano e meio depois, “A Nação” foi adquirida pelo empresário e político Assis Chateaubriand, dos Diários Associados. Era diário, circulou até os anos 80 e Chateaubriand fez questão de colocar, logo embaixo do nome do jornal, o sub-título “O Mensageiro das Selvas”, que era a tradução de “Der Urwaldsbote”.
A partir de 1942, com a entrada do Brasil na guerra, a perseguição aos alemães nesta região foi intensificada, transformando-se em uma página negra da história de Blumenau e do Vale do Itajaí. Não se podia falar a língua alemã e quem fosse flagrado falando, era preso.
E se insistisse, as “autoridades” despejavam óleo de rícino goela abaixo do insolente.
Houve casos em que os alemães, pelo simples fato de pedirem “brot”, ao invés de pão, no balcão da venda, eram obrigados a engolir o papel onde tinham anotado o rol das compras.
Há alguns anos os arquivos da época da ditadura getulista foram abertos aos historiadores e muitas coisas sobre a repressão aos alemães e seus descendentes vieram a público. Inclusive sabe-se agora que existiam dois campos de concentração em Santa Catarina para onde eram encaminhados os “nazistas de Blumenau e do Vale do Itajaí”. Um ficava em Florianópolis, na Trindade, onde hoje se situa o campus da UFSC. O outro, situava-se em Joinville e o prédio foi demolido quando o local foi ocupado pelo principal cemitério da “Cidade dos Príncipes”.
Arquivo Adalberto Day texto e colaboração do Jornalista e escritor Carlos Braga Mueller