Digitadoras da Empresa Industrial Garcia/Artex atrás das máquinas de cartões perfurados, em 1975. No Carnaval era comum levar os picotes dos cartões para jogar no lugar dos confetes. Da esquerda para a direita a equipe do Centro de Processamentos de Dados (CPD): Fátima, Ana, Roseli, Elizete, Teresinha, Vera, Lea , Neuza e Edete. (Foto: Arquivo de Adalberto Day e Teresinha Zimmermann).
Publicado no Jornal de Santa Catarina - Segunda-feira 28/09/2009, coluna ALMANAQUE DO VALE do jornalista Sérgio Antonello
Disketes
Depoimento de Teresinha Zimmermann:
Nós digitávamos os cartões, depois eram levados para outra sala, onde era feita a conferência dos dados. A caixa de cartões continha 2000 cartões, e no início as máquinas só perfuravam, e não imprimiam os caracteres em cima. E um dia, alguém deixou cair no chão à caixa de 2000 cartões já perfurados. Imagina o trabalho que deu para colocar na ordem que foi digitado. Tínhamos que saber toda a combinação dos furinhos, por exemplo: Zero e um correspondia à letra A, zero e dois a letra B, e assim por diante. Cada combinação de furinho era um caractere.
Mais tarde veio às máquinas perfuradoras que além de perfurar, imprimiam os caracteres acima. Isso era uma grande evolução pra época. Ficamos muito felizes com isso, porque se um cartão se extraviasse da ordem era fácil de colocá-lo no lugar novamente.
Até hoje mantemos a amizade com algumas dessas da foto. Nós namoramos, casamos, tivemos nossos filhos, mas a amizade continua.
Na década de 90 fizemos um encontro de toda turma que trabalha na Artex no CPD. O encontro foi lá na Associação da Hering. Foi muito emocionante, porque nós nos encontramos depois de 25 anos mais ou menos. Havia alguns que nós nem conhecia mais, outros não haviam mudado tanto. Éramos uma turma muito unida, passamos muitas emoções juntos, mas a rotina da vida distanciou a maioria. Nesse dia da foto, estávamos muito tristes, pois havia sido demitida a Maria dos Santos, que fazia parte de nossa equipe.
Terminal TVA 2830
Sérgio Pontaldi
Sala chamada de consistência de dados.
Não podia ninguém entrar lá, a não ser pessoas autorizadas. Nessa sala eram gerados os relatórios, as folhas de pagamentos, enfim, todos os dados confidências das empresas. A temperatura era muito baixa lá dentro.
Arquivo de Teresinha Zimmermann e Adalberto Day