Um ser humano do bem💗!
Foto de novembro 1994
Nascido na cidade de Brusque. na localidade (bairro) Bateas,
em 25 de Abril de 1930, filho de Carlos
e Izabel Day - tiveram 9 filhos:
Letra de Nicolao Day
José (faleceu com menos de 1 ano), Alberto, José, Olga,
Hedvig,, Oscar, Nicolao, Catarina e Maria. Todos falecidos.
Nicolao Day em 1942 em Brusque com a cachorra "Diana"
Observação: Meu pai sempre gostou de cachorro, principalmente o de caça. Os dois últimos tinham o nome de Nero e Teimoso, ambos dado a ele pelo meu irmão João Carlos Day. Teimoso recebeu este nome por não obedecer meu pai. Então ele indagou: "que nome vamos dar ao cachorro?", meu irmão respondeu: "Teimoso", ... rapaz isso não é nome de cachorro.. O nome prevaleceu e depois obedecia meu pai. Não fugia, mesmo com o portão aberto. Porém quando meu pai faleceu, no outro dia pulou o muro e nunca mais o vimos. Existem relatos que foi visto em seu tumulo, outros que o viram na Rua da Glória.
*****
Nicolao Day, veio para Blumenau em 1948. Por uns tempos morou na Rua
Emilio Tallmann, então Beco Tallmann. Logo em seguida foi morar em uma
transversal da Rua Belo Horizonte (conhecida à época como rua do Pfiffer), residência
de seu amado irmão Alberto Day,
até casar em fevereiro de 1951, indo residir na Rua Almirante Saldanha da Gama –
então bairro Garcia (Glória) onde permaneceu até seu falecimento em 08 de setembro
de 1995.
No RJ - na Aeronáutica
Certificado de Reservista: na cidade do Rio de Janeiro de 12 de novembro de 1948 até 13 de fevereiro
de 1950. Unidade onde serviu Quartel General da 3ª Zona Aérea
Nicolao Day com sua amada e eterna esposa Augusta
Casou-se em 21 de
fevereiro de 1951 na Igreja Nossa Senhora da Glória, com Augusta Deschamps (Barz) Day (nascida em 09/10/1929 e falecida em 09/03/2017).
Tiveram 3 filhos: Dóris
Day casada Seubert, Adalberto Day
e João Carlos Day.
Antes de vir para
Blumenau trabalhou nas empresas:
Indústria Têxtil Buettner
S/A – 09/07/1945 até 22/09/1945. Função de passador de fios.
Indústria Têxteis
Carlos Renaux S/A – 10/01/1946 até 26/06/1946. Servente de Fiação.
EIG - 1967 - e antiga Praça Getúlio Vargas
Lançadeira utilizada na Sala 16
Em Blumenau trabalhou
na Empresa Industrial Garcia depois
incorporada pela Artex em 15 de fevereiro de 1974 – Período 09/03/1948 até 28/12/1980.
Funções: Auxiliar de Tecelão, Tecelão, Mecânico, Ajudante de Contramestre e por
final Contramestre, na conhecida Sala
16 - Tecelagem.
1965 - Bombeiros EIG
A Empresa Industrial Garcia mantinha uma equipe de bombeiros considerada uma das melhores
de Blumenau, que prestaram relevantes serviços à comunidade não só do Grande
Garcia, mas de toda Blumenau. Essa equipe de corpo de bombeiros era formada por
funcionários da empresa, e que também residiam próximo as casas da própria
empresa. O bombeiro era avisado pela sirene
que tocava várias vezes e bem forte e, como moravam próximo a empresa,
conseguiam ouvir até uma distância de 3 Km. O período de atuação dessa guarnição
de bombeiros da Empresa Industrial Garcia,
foi anterior a implantação da corporação de bombeiros de Blumenau, que iniciou
suas atividades a partir de 13 de agosto de 1958.
Muito organizada, a corporação de Bombeiros da E.I. Garcia atuou de 1929
a 1974, quando da incorporação pela Artex
S/A, sendo esta a mais antiga organização de corpo de bombeiros de
Blumenau, e não como consta no Livro “ACIB
100 anos construindo Blumenau” ao dar referências a antiga Fábrica de Gaitas Alfredo Hering como sendo a pioneira. Eu tinha
muito orgulho de ter o meu pai, Nicolao Day (primeiro em pé no FORD,
de braços cruzados), como um dos bombeiros voluntários da empresa, atividade muito
importante para a sociedade.
Entre os sinistros que acompanhei e ainda me lembro, foi o da
antiga Prefeitura de Blumenau em novembro
de 1958, da vizinha empresa Artex em 26 de dezembro de 1964 e outras casas
de toda região do Garcia e Blumenau.
26 dias após Nicolao faleceu
Como já descrito, desde seu casamento em 1951, morou na Rua Almirante Saldanha da Gama – a primeira
transversal a direita da Rua da Glória em casas populares produzidas pelos
próprios funcionários da Empresa Industrial Garcia. Em 1967 a EIG vende as
casas aos seus colaboradores. Todas eram equipadas com saneamento básico e água
encanada, com coleta de lixo duas vezes por semana.
Casas populares da EIG - e onde morou Nicolao e família
A nova e definitiva casa desde 1987
Em 1987 incentivado pelos filhos, constrói a casa de seus sonhos.
Dizia ele, “sinto-me rico em ter essa
casa”. Na realidade dizia isso pois teve uma infância pobre, mas digna, a
casa tinha 89 m² em seu corpo principal e mais uma garagem.
Considerado amigo, conselheiro dos empregados, correto,
honesto e amigo da comunidade. Criativo, incentivador, colaborador. Lembro-me que meu pai sempre com sua bicicleta
(quando falamos dele todos lembram ele pedalando), visitava seus amigos.
Poderia citar muitos, mas prefiro não o fazê-lo pois não saberia mais o nome de
todos.
Um dos grandes orgulhos que eu nutria por ele, foi que com
todos que conversei, falaram sempre bem a seu respeito. Comigo foi meu pai
herói, que educava com poucas palavras, atitudes, exemplos e com o olhar.
Sempre procurava ensinar com muita educação sem proferir algum
tipo de palavra de baixo calão.
Era muito revoltado com a situação das desigualdades sociais
no Brasil.
Divertimento tinha poucos, era pacato, gostava de pescar,
caçar (na época era “cultura”? deixou de praticar logo que foi proibido), adorava
filmes de faroeste, músicas sertanejas, ouvir noticiários. Assistir jogos do
Amazonas Esporte Clube. Comigo jogou muito futebol em um pequeno gramado, e as
vezes dentro de casa mesmo.
Adorava os netos (as). Era amoroso e afetivo.
Adorava uma boa feijoada, saladas, aipim, churrasco,
torresmo, linguiça, morcilha, amendoim, pão caseiro que assava, goiabas,
pitangas. Araçás.
Faleceu de câncer nos intestinos aos 65 anos.
Futebol
Em 1949/50 ao assistir um jogo no estádio Vasco da Gama,
mais conhecido como São Januário, apaixonou-se pelo Clube de Regatas Vasco da
Gama, então Bicampeão Carioca e melhor time do Brasil, além de ter o maior estádio.
Time base do Vasco:
Barbosa, Augusto, Laerte, Eli, Danilo e Jorge; Alfredo, Tesourinha, Ipojucan,
Ademir Meneses, Maneca, Dejair, Chico.
Em Blumenau torcia pelo Amazonas Esporte Clube de Tillmann,
Nino, Ziza, Jepe, Malheirinho, Meyer, Arlindo Eing, Dico, Boião, Rizada, Oscarito,
Nicassio, Filipinho, Ivo Mass, Bigo,
Também gostava do G.E. Olímpico de Nicolau, Mauro, Paraná, Honório,
Joca, Nilson Greul,
Rodrigues, Quatorze ...
Em
1948 meu pai Nicolao Day (1930-1995) veio procurar
emprego na Empresa Industrial Garcia (1948 até 1951 - neste período
foi acolhido pelo seu irmão Alberto. Fato este e outros meu pai nutria um
carinho especial pelo irmão e em sua homenagem colocou meu nome de AdAlberto Day
Meu pai um dia me falou, pra que eu nunca mentisse,
mas ele também se esqueceu, de me dizer a verdade. Da realidade do mundo que eu
ia saber, dos traumas que a gente só sente depois de crescer, falou dos anjos
que eu conheci. No delírio da febre que ardia do meu pequeno corpo que sofria, sem
nada entender. Meu pai tentou encher de
fantasia e enfeitar as coisas que eu via. Mas aqueles anjos agora já se foram, depois
que eu cresci. Da minha infância agora tão distante, aqueles anjos no tempo eu
perdi. Meu pai sentia o que eu sinto agora. Depois que cresci agora eu sei o
que meu pai queria me esconder. Às vezes
as mentiras, também ajudam a viver. Talvez um dia pro meu filho, eu também
tenha que mentir pra enfeitar os caminhos, que ele um dia vai seguir.
Compositores: Erasmo Carlos / Roberto Carlos
Texto , pesquisas,
fotos de Adalberto Day
História de seu
irmão Alberto: