Por Gervásio Luz
Cinema e livro brasileiros
Desde guri, curti bastante o produto nacional em termos de cinema. Além das chanchadas do Oscarito e Grande Otelo e as fitas que tinham pouco enredo e intermináveis mais números musicais. Embora sério, longe da chanchada, - também pudera dirigido pelo ator italiano Adolfo Celi, nunca esquecerei Tico- tico no fubá, com a belíssima Tônia Carrero, a quem fui apresentado pelo então prefeito Renato Viana, no Grande Hotel Blumenau. Virou mania agora fazerem filmes sobre artistas de nosso país. A maioria cantores e cantoras. E lá vem, pelas tevês por assinatura, a biografia, pífios retratos desses "estrelos".
Dos que vi, registro:
Hebe, a mulher maravilha. A Hebe Camargo pode ter
sido uma mulher maravilha de programas de auditório. O filme não é um filme
maravilha. Foca mais os bastidores dos programas do que propriamente os shows e
entrevistas. A atriz lembra de longe a apresentadora. Uma Dercy Gonçalves,
apresentada pela Hebe como a mulher mais bonita do Brasil, e também pouquíssimo
parecida com ela, limita-se a levantar-se do desbundante sofá e expor seus
(flácidos?) seios.
Tim Maia - A atuação do ator fica a dever ao seu
enorme vozeirão, Fraco.
Wílson Simonal, que, embora negando, foi um
tremendo dedo- duro, entregando seus colegas "esquerdistas" ao regime
militar. Dispensável.
Chacrinha - Salvo engano, fizeram dois filmes sobre
o Abelardo Barbosa. Suportável o que é vivido pelo Stepan Nercessian
(ex-vereador no Rio e em plena atividade ainda na Sétima Arte.
Gonzagão e Gonzaguinha - Pai do Asa Branca e seu
filho cantor e compositor. Assistível.
Elis - Devo ter esquecido outros e outras, mas o
que com o qual a gauchinha que enriqueceu a música brasileira merece destaque.
Trata-se do melhor dos filmes citados acima.
Eu tinha na minha biblioteca o livro O Cinema em
Santa Catarina, do meu conhecido José Henrique Nunes Pires, cineasta
florianopolitano, que todos chamam de Zeca Pires apenas. A obra sumiu sem
explicação alguma.
Lembrei-me então do também amigo Adalberto Day. Ele
mantém, via internet, um arquivo histórico de Blumenau de deixar qualquer um
boquiaberto. E foi ele que me forneceu os dados necessários. A obra enviada -
Pioneiros do Cinema Catarinense - José Jullianelli e Alfredo Baumgarten, os
primeiros cinegrafistas da região do Vale do Itajaí. Ambos focalizaram o início
do século 20, anos de 20 e 30.
https://adalbertoday.blogspot.com/2018/02/blumenau-e-sua-historia.html
O comerciante Willy Siewert também filmou
cinejornais e documentários na década de 1960.
Portanto, se temos acesso a essas importantes
fontes para a memória de Blumenau e cidades vizinhas devemos a eles.
Na realidade, ficamos gratos aos descendentes de
italiano (Jullianelli) e a alemães (Baumgarten e Siewert).
http://www.jornalmetas.com.br/prosaeverso/cinema-e-livro-brasileiros-1.2271315
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Adendo de Adalberto Day - Cientista Social e pesquisador da história:
O Professor Gervásio Tessaleno Luz, foi (é) um dos grandes amigos e educador que tive o prazer na década de 1970, ter sido seu aluno,foi meu Mestre da disciplina de Português. Eu nunca fui muito bem na disciplina, mas conquistei o Mestre com minhas redações, embora com alguns erros, textos aprovados por ele sempre com as devidas correções. Lembro-me que após tantos anos, ele ao adentra-se a sala, dirigia-se direto ao quadro Negro? e escrevia um pensamento, uma frase, antes de terminar, eu em algumas oportunidades citava quem escreveu. Preferido dele, Vícios de Morais. Quero aqui me render e citar mais alguns grandes Mestres em "Português"; Professor Salles, Barbieri, Nilton Zosky, Bernadete Venera.
Agradecer ao Mestre Gervásio por citar meu nome no jornal Metas da vizinha cidade de Gaspar e também o envio do Livro "Máximas do Barão de Itapuí (ele próprio) Itapuí da rua frente ao 23 BI onde mora desde 2008. Crônicas e Apontamentos.
Obrigado Adalberto por enviar. Parabéns! Que legal! O teu trabalho servindo de fonte de pesquisa ao Professor Tessaleno. Bom dia!
ResponderExcluirSérgio Cunha
Tudo o que se disser sobre o Professor e jornalista Gervásio Luz é pouco para descrever o Mestre, o escritor e o ser humano que ele é. Obrigada, Adalberto, por compartilhar!
ResponderExcluirMeu caro Adalberto!!
ResponderExcluirConfesso que quando comecei a ler o texto estava enxergando tão somente uma critica cineasta, após entender do que se tratava o texto, comecei a ver que não somente eu o admiro como professor e historiador dentre outros... Parabéns por mais uma bela colaboração para enriquecer o referido texto.