terça-feira, 8 de setembro de 2020

- Armin Zimmermann

 GALERIA BLUMENAU

 por Carlos Braga Mueller - Jornalista e Escritor


E
sta "galeria" tem a honra de destacar nomes de blumenauenses, aqui nascidos ou que adotaram nossa terra como sua, e que pelas suas ações ficaram na história do município.

ARMIN ZIMMERMANN, UM BLUMENAUENSE QUE FOI CHEFE DO ESTADO MAIOR DAS FORÇAS ARMADAS FEDERAIS DA ALEMANHA

(FOTO DIVULGAÇÃO DO ALMIRANTE ARMIN)
Filho de Erich Zimmermann, um professor alemão que lecionava na Neue Deutsche Schule (Escola Alemã) de Blumenau no início do século XX, e de GenI Altenburg, de tradicional família blumenauense, Armin Zimmermann nasceu no dia 23 de dezembro de 1917 no então pacato município de Blumenau.

Em 1919 a família mudou-se para São Paulo, onde o professor Erich tinha um contrato para lecionar no Colégio Visconde de Porto Seguro.

Em 1927 esse contrato acabou e a família viajou para a Alemanha, onde Erich continuou a lecionar, desta feita em Leipzig.

Armin desde cedo interessou-se pelas atividades náuticas.

Conta-se que em 1924 o cruzador alemão Von der Tann ancorou no Porto de Santos. Entre as centenas de pessoas que foram à recepção estava também o professor Zimmermann com seus dois filhos, dos quais o mais moço, Armin, então com apenas sete anos de idade teve despertado seu entusiasmo pela marinha. Tanto assim que em 1937, então com 20 anos, ingressou na Marinha Alemã. Em 1939 já era ajudante de um Almirante que comandava uma frota de captadores de minas.

Uma biografia oficial fornecida pelo Ministério da Defesa da Alemanha nos anos setenta dava a lista de seus postos: 1937, entrou para a Marinha; do início da 2a. Guerra Mundial até 1943, passou de cadete a tenente e a comandante de um caça minas. Nos dois anos seguintes foi comandante de um esquadrão de caça minas. Quando a guerra acabou foi feito prisioneiro pelos ingleses. Libertado em dezembro de 1945, teve uma carreira rápida até ser promovido a Almirante em 1972, o posto mais alto da hierarquia militar alemã.

De 1957 a 1960 foi Adido Militar em Londres e Dublin.

De 1962 a 1963, exerceu um Comando no Quartel General da OTAN.

De 1970 a 1972 foi Comandante em Chefe da Frota Alemã.

De 1º de abril de 1972 a 30 de novembro de 1976, quando morreu, ocupou as funções de Chefe do Estado Maior das Forças Armadas Federais da Alemanha.

Seu falecimento ocorreu na cidade de Bonn. Estava com apenas 58 anos de idade. 

VISITA A BLUMENAU

No dia 21 de novembro de 1974, já como Chefe do Estado Maior das Forças Armadas Federais da Alemanha, Armin Zimmermann visitou Blumenau, sua terra natal. Foi carinhosamente recepcionado pela comunidade blumenauense, recebendo merecidas homenagens tendo a frente o então prefeito Felix Theiss.

HOMENAGEM PÓSTUMA

Perpetuando seu nome na história blumenauense, uma via pública situada no bairro Itoupava Norte, em Blumenau, foi nominada de "Rua Almirante Armin Zimmermann". 

Fontes: 

- Revista "Blumenau em Cadernos", Tomos XV (novembro 1974) e XXVII (agosto 1986);

- Revista "Realidade" (setembro 1972), artigo "De Blumenau ao comando das tropas alemãs".

Para acessar tudo que o Jornalista e escritor Carlos Braga Mueller escreveu em meu blogger acesse o link:

https://adalbertoday.blogspot.com/2008/01/artigos-carlos-braga-mueller.html  

7 comentários:

  1. Meu caro Adalberto!! Por isso gosto destas histórias, nunca saberemos todas, mas as que sabemos são sempre muito interessantes. Não imaginava que tínhamos um cidadão Blumenauense com tal título. Muito boa história, parabéns.

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  2. Muito bom parte da história que se transforma em educação. Parabéns
    Antônio Rocha!

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  3. Estimado Adalberto, minha gratidão ao amigo Braga Mueller por preservar a memória deste blumenauense ilustre, e a você, por ceder a ele espaço em seu precioso blog. Grande abraço a ambos!

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  4. Muito boa matéria!!!

    Anelore B. Tolardo
    Nova Era Consult e Treinam em RH

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  5. Recebemos sua visita há anos atras...Sua mãe foi tante GENI Altenburg Zimmermann..
    Dieter Altenburg

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  6. Um nazista. Praticava comm orgulho a ideologia nazista. Vcs deveriam ter vergonha de chamá-lo blumenauense ilustre. A cidade deveria ter vergonha desse cidadão.

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    Respostas
    1. Você tem razão. Afinal não existiu nazista bonzinho.

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