Colaboração do amigo Sérgio Cunha
HISTORIAS DA INFÂNCIA
Reprodução
FELIZ PÁSCOA:
Fröhliche Ostern, se fala em alemão para Feliz Páscoa.
Farei uma breve descrição, para aquelas pessoas que conhecem aquela região
hoje, saberem como ela era antigamente. A época era por volta de 1963. Ali onde
é a Cooper Garcia, não tinha nada (veja foto abaixo). Somente um barranco, no
topo desse barranco tinha uma árvore bem grande, que pendia sobre a rua. Na
beirada do barranco, tinha uma cerca de arame farpado para evitar que pessoas e
também cavalos, vacas que pastavam, viessem a cair.
Morávamos na rua Emílio Tallmann. Nosso caminho até a
Igreja (Kirche) Nossa Senhora da Glória, era percorrer essa rua, passar na
ponte que existia ali ao lado da antiga Cooperativa da Empresa Industrial
Garcia, passar no meio da fábrica até na Praça, aí virar a esquerda em direção à
rua da Glória e chegar na igreja.
Estávamos indo a missa de domingo de Páscoa, de manhã bem
cedinho, eu e a tia Martha. A gente sempre saía ali pelas 5:30, para não chegar
atrasados. A missa começava ás 6 horas. Nesses dias próximos da Páscoa e nesse
horário, ainda era escurinho e também friozinho e o clima anunciava que logo
entraríamos no inverno (Wintera).
Exatamente quando estávamos passando ali, naquele domingo,
em frente da grande árvore (grosse Baum), sentimos que passou por nós tirando
um “fininho” e quase nos atropelou, um vulto do tamanho de um homem, com
bastante velocidade, causando vento ao passar e também aquele “arrepio na
espinha”. Perguntamos um ao outro: O que foi isso? Não sei! Olhamos para trás,
para ver melhor, e o vulto já estava voltando em nossa direção. Demos uma
corridinha para evitar que colidisse conosco. Paramos, aguçamos nossa visão e
percebemos com dificuldade que o vulto estava pendurado na arvore por uma
corda.
Em seguida ouvimos gargalhadas vindas do barranco, onde
estava a arvore. Uuufa, era um Judas! Um grupo de jovens, moleques, haviam
feito um boneco de pano que representava Judas e o penduraram na arvore para
assustar quem passasse, e se deleitavam dando gargalhadas pelo nosso susto e
aflição.
Apressamos o passo em direção a igreja, pois o padre João
costumava ser pontual. Quando voltamos para casa, ao passar pelo local, vimos
que o boneco tinha sido queimado, destroçado e jazia espalhado pelas beiradas
da estrada.
Feliz Páscoa a todos
Sergio Cunha - 09/02/2018
Rua da Glória onde estava a árvore, logo depois onde é a atual Cooper
Foto: Acervo
Adalberto Day
Schönen Ostersonntag, ein gesegntes Osterfest. Mit GrÜssen
ResponderExcluirAlda Niemeyer
Meu caro Adalberto,
ResponderExcluirQuando comecei a ler o texto pensava que seria um conto qualquer. No entanto também lembro dos dias em que se batiam no JUDAS,o inforcavam, faziam muitas estripulias com o mesmo. Eu mesmo já participei destas surras no JUDAS. Com tudo , o mais admirável é a foto, ali está a casa que era de meus avós paternos, que saudades, inclusive deste trajeto por dentro da empresa. Parabéns pelo texto.
Amigo Adalberto e Familia rb desejo uma....
ResponderExcluirFrohe Ostern für Sie und Ihre Familie (Feliz Páscoa pra vc e toda a familia)
Edemar Annuseck
Obrigado e igualmente
ResponderExcluirFeliz páscoa
Ilson Borba e família
Muito legal!!
ResponderExcluirAcabei de ler pra minha mãe, Geonilda, ela está internada aqui no hospital Santa Catarina.....
Fez um úlcera perfurada, mas já está melhorando!!
Abraços e feliz Páscoa!!
Dr. OSCAR EWALD
Oftalmologia Clínica e Cirúrgica
Alo amigo Beto e Famillia,como não sei mandar foto e desenhos e não sei falar outo Idioma,escrevo em um fraco Portugues, a voce sua Familia, e estes simpaticos seguidores, Feliz Pascoa e espero que o coelhinho escontre no teu novo endereço ha ha ha ha , Quanto as lembranças e contos anteriores lidas, tenho a dizer o seguinte muitas lembranças eu tenho em que nos nesta época subiamos o morro do Seu Tidre e o morro do Looz para colher marcela para tinjir Ovos de gALINHA PARA SERVIR DE Ovos de Pascoa os tão disputados em peso e tamanho em Chocolates Hoje, em tempo tambem la na rua da Gloria tambem penduravamos o Judas mas nos colocavamos um nome no mesmo nome este da pessoa mais Antipatica da época. e Viva Nos Abraços Valdir.
ResponderExcluirBeto, recordar é viver. Através da foto que você publicou vislumbrei a casa onde nasci e convivi com os irmãos, Gilberto, Gicelda e Gilda já falecida.feliz Páscoa ao amigo e familiares e obrigado pelas recordações.
ResponderExcluirBom dia! Muito legal o Texto. As missas das 6:00 aff levantar é que era o problema rs,o Sino da igreja que se ouvia de longe em diversos horários do dia.Muitas tradições ao longo vão ficando no esquecimento,lembro que roubavam as criações dos vizinhos e o convidavam pra comer rs. Acho que a que se mantem ainda forte é mesmo a DE JUDAS,pois todos os anos temos diversos Judas Traindo suas próprias ideologias,principalmente no senário politico e na Justiça.Parabéns por nos lembrar de épocas que vivem adormecidas em nossas mentes e acordam quando lemos textos, histórias de uma época maravilhosa de nossas vida. Grande abraço!
ResponderExcluirFeliz Páscoa para o Senhor e sua querida família.
ResponderExcluirInfelizmente as tradições estão sendo perdidas pela visão de mundo errada dos brasileiros, que só querem o novo de outros
países. Hoje se festeja mais o Dia das Bruxas americanas, as músicas jamaicanas (batizadas de africanas), etc. etc.
Saúde e paz
maria helena O Flexor
Bom dia, muito curioso Sr. Adalberto, obrigado por prestar essas informações. Isso é o "Progresso".
ResponderExcluirAbração
Giovani Luebke
Que história legal, me fez voltar a ser criança, todos temos histórias do passado e que relembrando nos fazem melhores nos hoje.
ResponderExcluirQue possamos com estas histórias transformar o mundo trazendo valores do passado para os dias de hoje.
Grande abraço e sempre a disposição para lhe auxilar!
Neilor José Hostins (Nei)
Obrigado a todos pelos comentários. Fiquei feliz pelo objetivo alcançado, por trazer uma lembrança aos que leram, do lugar onde vivemos e nos criamos e também por trazer um belo sorriso no rosto de cada um pela tradicional brincadeira do Judas. Abraços. Sergio Cunha.
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