Bandeira do time Grená
O paredão do Grêmio Esportivo
Olímpico de 1964/1966.
Enquanto por aqui esteve, Barreira
foi um goleiro respeitado até pelos adversários.
A meu pedido novamente o Grande
Goleiro Grená escreve um texto para nosso Blog, confiram:
Por Lourival Barreira
Eterno goleiro Barreira com a camisa centenária do Olímpico - recebeu de presente do presidente Grená, Braulino Pontes.
No próximo dia 26/03/2018 estarei completando 76
anos. Será uma data que me surpreende, vez que jamais pensei que iria atingir
esta meta. Ao mesmo tempo traz muitas reflexões do meu passado. Durante esta
minha caminhada tive três atividades de que me orgulho com muito prazer e
satisfação do dever cumprido. Foram 10 anos como atleta profissional de futebol
(1960 à 1970); de (1970 à 1988) 18 anos de uma carreira estável e com muito
sucesso na Johnson & Johnson em São José dos Campos; de (1990 à
2014) 24 anos advogando na área empresarial, totalizando 42 anos de
trabalho. Hoje estou aposentado e curtindo minha família e netos. Sou formado
em Direito com pós graduação na área empresarial e formado pela Faculdade Mauá
de Engenharia de São Paulo com pós graduação e Especialização na área de
materiais.
Barreira no América do RJ - Antiga Guanabara - 1960
Tudo começou em 1960 ano que iniciei minha carreira
como atleta profissional de futebol, estava com 18 anos de idade, fazia parte
do plantel do América Futebol Clube do Rio de Janeiro, na categoria de júnior.
Os goleiros titulares eram Ari e Pompeia eu era o terceiro goleiro e revezava
na reserva, ora de um ora de outro, pois o técnico Jorge Vieira fazia
revezamento entre eles. Exatamente naquele ano o Rio de Janeiro passou a ser o
Estado da Guanabara, e Capital Federal passou ser Brasília. Foi um dos melhores
campeonatos do futebol carioca, e justamente naquele ano o Campeão foi nada
mais nada menos o América, tornando-se o primeiro clube campeão do Estado da
Guanabara, e com muito orgulho fiz parte daquele plantel campeão, ( foto no
Maracanã por ocasião do jogo contra o
Bangu).
Barreira no São Paulo.
Em 1961 fui convocado para servir o Exercito,
oportunidade que voltei para São José dos Campos – SP. Em 1962 fui procurado
pelo Sr. Virgílio Gaspareto dizendo ser representante do São Paulo,
convidando-me para fazer um teste no Morumbi. Ao final do primeiro treino
coletivo fui encaminhado a diretoria do São Paulo no qual firmei meu
primeiro contrato de futebol profissional por duas temporadas 1962/1963 e lá
permanecendo até final de 1963. Entretanto, o período que mais me envaidece foi
no período de 1964 à 1966, oportunidade que tive o prazer e satisfação de
residir em Blumenau para defender as cores do Grêmio Esportivo Olímpico, onde
só fiz e deixei muitos amigos, houve uma integração muito grande, foi muito
bom. Estas recordações hoje acalentam a minha velhice.
Lembro-me perfeitamente da minha chegada em Blumenau
março de 1964, houve uma carreata desde a matriz até o Estádio do
Olímpico, com carro de som informando a todos os blumenauenses da minha
chegada. Entre muitas informações a mais importante era que eu tinha vindo do
São Paulo Futebol Clube e que fui indicado pelo Vicente Feola, que
naquela época ele era diretor de futebol do São Paulo. Desta forma para mim era
algo inusitado, vez que eu era reserva no Suli o goleiro titular do São Paulo.
Assim sendo, não tive dificuldades para atingir a titularidade da equipe, o
entrosamento foi muito rápido. O Olímpico havia reforçado a equipe com vários
jogadores do Curitiba ,tais como; Rodrigues, Jóca, Ronald, e Barreira, Robertão e Bira do
São Paulo, Jurandir do Paraná e outros que me fogem da minha lembrança,
enfim formou uma bela equipe. O sucesso desta equipe foi coroada pelo
campeonato de 1964 que conquistamos a mercê de um ótimo trabalho de equipe sob
a coordenação do Aduci Vidal grande técnico, que soube administrar nossas
vaidades e o espirito de companheirismo.
Hoje acompanho quase todos os campeonatos e como não
poderia deixar de ser torço pelo São Paulo, clube do meu coração,
entretanto, jamais poderia deixar de esquecer o meu Grande Olímpico com o qual
sagrei-me campeão catarinense de 1964/65, tendo sido titular em todas as
partidas, com atuações de boas para ótimas, desculpe-me a modéstia.
Um grande abraço do seu amigão;
Barreira.
Uma das escalações
do grupo que foi campeão estadual de 1964. Foto gentilmente doada por Roberto
Pereira Nascimento (Robertão). Em pé da (E) para (D): Massagista
Capela, Robertão, Nilson, Mauro, Orlando, Barreira e
Jurandir; Agachados: Lila, Rodrigues, Paraná, Joca e Paraguaio.
Alguns bons momentos de Barreira
Barreira treinando forte ...
Barreira na sede do G.E. Olímpico e matando as saudades do tapete verde impecável da Baixada. Este dia foi 21 de setembro de 2017