quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

- A tomada de Blumenau no movimento de 1930

A tomada de Blumenau no movimento de 1930
Mais um importante Texto para pesquisas sobre a revolução de 1930, enviado por Rafael José Nogueira.
Nome: Rafael José Nogueira
Local de Nascimento: Joinville e residente na mesma cidade.
Idade: 23 anos (em 2017).
Grau de Instrução: Licenciando-se em História pela Univille.
Profissão: Estudante.
Sobre o tema da Revolução de 1930 tem outras publicações em revistas e sites.

            Blumenau nos primeiros dias da revolução ficou um pouco distante do movimento, porém conforme foram chegando às tropas do Rio Grande do Sul, ela foi se inserindo. O governo de Blumenau Curt Hering teria decidido ficar do lado de quem ganhasse quando tomou conhecimento do início do movimento. A afirmação vem do conhecido periódico Blumenau em cadernos de 1960. O pesquisador Eduardo Gotzinger sobre a chegada das tropas em Blumenau diz que:
De acordo com o periódico Blumenauer Zeitun presente no Arquivo Histórico Profº José Ferreira da Silva, as tropas rebeldes chegaram à Blumenau na madrugada de um sábado, 11 de outubro. Eram 220 homens que, sem lutas, tomaram conta do município [...] Os 50 policiais, enviados por Florianópolis para proteger a cidade bateram em retirada. (GOTZINGER, 2013, p. 8).

            O diário de José Deeke já apresentado aqui no blog (leia aqui) pelo professor Adalberto Day confirma sobre os 50 soldados da força pública ao registrar sua chegada e retirada: “08 outubro: Chegam aproximadamente 50 homens das tropas do Governo. 09 outubro: A tropa se retira, sentiram-se muito fracas para lutar com os revolucionários. ” (DAY, 2010). Portanto juntando as duas fontes chegaram 50 homens da força pública enviado de Florianópolis que chegaram aqui no dia 8 de Outubro e acabaram partindo já no dia seguinte vendo que não teriam efetivo suficiente para travar combates com os revolucionários que estavam a caminho de Blumenau. Como foi dito acima pelo pesquisador Eduardo Gotzinger chegaram 220 homens na madrugada do dia 11 de Outubro na cidade. Novamente o diário de José Deeke nos traz uma complementação importante diz ele: “10 outubro: A noite, de Jaraguá, chegam Tropas Revolucionárias; mas no correr dia tornam a partir. Alguns dizem que eram 400 homens, outros estimam que seriam 600. ” (DAY, 2010). Os números estimados parecem exagerados seria mais uma especulação. Ele registra que foi na noite do dia 10. É provável que ele tenha classificado a madrugada como noite, pois Beatriz Pellizzetti também afirma que foi no dia 11 de Outubro que chegaram as tropas de Jaraguá, sem no entanto dizer se foi de madrugada: “De Jaraguá dirigiu-se para Blumenau uma coluna da revolução, que tomou a cidade no dia 11 de Outubro. De fato, “o 15º B.C ocupou Blumenau. ”(PELLIZZETTI, 1988, p. 100). O pai de Beatriz Emembergo Pellizzeti imigrante italiano e político catarinense no seu diário relata que recebeu a notícia a caminho de Blumenau que ela foi tomada as duas da manhã no dia 11 de Outubro pelos revolucionários e detalha sobre esse dia:
Chegando a Blumenau a primeira coisa que avistamos é uma bandeira encarnada sobre o edifício Municipal e logo em seguida muitas outras sobre casas particulares e de negócios. [...] Estrada de ferro, telegrafo, correio, municipalidade estão em poder dos revolucionários que já colocaram gente de confianças em ditas repartições. Existe já um comitê de Ordem pública com muitos membros que levam uma fita no braço com está designação. Existe um comitê, para assim dizer central, composto de Kersanack, Roberto Grossenbacher e Figueiredo. [...] sou informado que é justamente do Rio do Sul que é esperado o verdadeiro núcleo dos revolucionários. O Dr. De Lotto [...] me diz que os soldados que ocuparam hoje de manhã eram todos bem equipados e lhe deram uma boa impressão de disciplina; eram uns 300, pertenciam do 14º batalhão de Curitiba. (PELLIZZETTI, 1988, P. 145-146, 148).

            Antes de falar do dia 11 um fato interessante é que do então recém-criado município de Rio do Sul que tinha sido desmembrada no dia anterior 10 de outubro por força de lei estadual n.º 1.708[1], de Blumenau, que se esperavam o efetivo maior. Segundo José Deeke essa força chegou no dia 21 de Outubro, diz ele que teria chegado a Blumenau: “[...] uma força revolucionária de cento e poucos [ Homens ] vinda de Rio do Sul- SC.” (DAY, 2010).
            Voltando agora para o dia 11 de Outubro, com o cruzamento das fontes fica claro que Blumenau foi tomada na madrugada do dia 10 para o dia 11 de Outubro. Também nas palavras de Pellizzetti fica nítido que no dia 11 de Outubro a cidade estava totalmente pelos revolucionários e que houve no dia 11 a ocupação da cidade pelas forças rebeldes. Ela fala em torno de 300, número bem próximo do apontado por Gotzinger: 220. Números que cruzando as fontes parecem ter mais coerência, frente os 400 ou 600 homens por José Deeke. Continuando ainda no dia 11 de Outubro pela manhã ao meio-dia essas mesmas forças revolucionárias acabaram retornando a Jaraguá do Sul. Na parte da noite nos diz José Deeke: “[...] que chegam Revolucionários provindos de Moema, até Otto ou Alto [ Quase ilegível] Baier. Cerca de 100 homens. ” (DAY, 2010).
            Emembergo Pellizzetti nos fala que ainda nesse mesmo dia também a noite de tropas do Batalhão patriótico do Coronel Severiano Maia na cidade de Blumenau:
As 22 horas [...] vejo comparecer na rua, ai na volta da igreja, luzes de autos e caminhões; passam rapidamente; estão cheios de gente armada. Paisanos, tem regular povo, especialmente de Itajaí e Gaspar; gritam viva: viva!! Creio que os recém-chegados são pouco mais de 200 homens, levam no pescoço, lenços vermelhos, vão desembarcar no edifício do Centro Frohsin. (PELLIZZETI, 1988, p. 148).

            Chama a atenção à participação do “regular povo” vindos de Itajaí e Gaspar em sua maioria, já que a participação popular foi reduzida em Santa Catarina. Num primeiro momento pensei que Deeke e Pellizzetti, falavam do mesmo grupo de soldado diante da comparação das fontes.
Entretanto, analisando com atenção chegue à conclusão que são grupos diferentes, apesar de estarem lutando pela mesma causa. Um dos indícios é uma fotografia bem conhecida do movimento em Blumenau que eu tinha suspeitas de serem falsas a princípio, mas descobri a original no trabalha de Eduardo Gotzinger e que acabou confirmando a presença do batalhão patriótico em Blumenau.

IMAGEM A: Sem informações. Fonte: Desconhecida.

IMAGEM B: Legenda de Gotzinger: “Rapazes blumenauenses aderem à causa Revolucionária. Com seus lenços vermelhos posam diante do antigo prédio do Theatro Frohsinn - Fonte: AHJFS” Fonte: REVOLUÇÃO OU GOLPE: A PASSAGEM DAS TROPAS DE GETÚLIO VARGAS POR SANTA CATARINA EM 1930 de Eduardo Gotzinger.
            Reparem que na imagem A não temos nenhuma informação o que colocava em cheque a credibilidade da fonte, mediante ao que chamamos na historiografia de crítica externa. Na imagem B, ao contrário, observa-se a inscrição “Blumenau – a revolta – 1930” o que já remete ao movimento de 1930 em Blumenau. E o mais importante na legenda de Gotzinger ele afirma que a foto foi tirada perto do prédio do antigo prédio do Theatro Fronsinn e foi fotocopiada no arquivo José Ferreira da Silva. Que nos leva a crer que a imagem passou por todos os procedimentos de classificação arquivística antes de ser considerada uma fonte para consulta. O nome do teatro aparece no relato de Pellizzetti como vimos anteriormente: “vão desembarcar no edifício do Centro Frohsin.” (PELLIZZETI, 1988, p. 148). Creio ser o mesmo espaço, ditos de forma um pouco diferentes. E que na verdade os “rapazes blumenauenses” são os soldados do batalhão patriótico Severiano Maia vindos de Mafra. Não estamos afirmando que não houveram jovens de Blumenau que se alistaram voluntariamente, é que não parece essa imagem ter relação com isso. Ainda assim a foto parece ter sido tirada durante o dia. Postulo então que se Pellizzeti só fala deles na parte chegaram no dia 11 de Outubro à noite, a foto foi tirada possivelmente a partir do dia 12 de Outubro em diante. Ou eles podem ter chegado dia 11 à tarde e Pellizzetti, não estava presente no local, e consequentemente não viu a foto.
            Emembergo faz ainda observações de cunho antropológico sobre o batalhão: “São quase todos gente moça, forte; tem alguns quase velhos e diversos que são rapazes, tem pardos, alguns mesmos pretos, tem bastante tipos de teutos e também de Ítalos. [...] A maioria dessa gente é a meu ver Paranaense. [...] A gente é séria, não faz barulho, fala pouco. ” (PELLIZZETTI, 1988, p. 148).
            O autor descreve a diversidade étnica e racial, característica marcante do nosso estado e até fala do comportamento sério e mais reservado. Ao mesmo tempo quando diz que a maioria são jovens, fortes e com bastante vigor físico, penso que se contradiz quando ele diz que são sérios e mais reservados. Ele mesmo fala que eles gritavam: viva! Quando os observou na rua. Então ele usa uma saída dizendo que a maioria é do Paraná, já que o batalhão se originou em Mafra perto da divisa com aquele estado e o próprio também tinha afirmado que o batalhão tinha muitos populares de Santa Catarina em especial de Itajaí e Gaspar. Parece ser um recurso, para construir uma boa imagem dos catarinenses e de Santa Catarina, por quem ele nutria afeto. O mais importante é que diante de tudo isso é sempre o olhar de um estrangeiro, mesmo estando incorporado ao nosso estado.
            No dia 13 Outubro Curt Hering que como foi dito tinha preferido a neutralidade é pressionado pelo Coronel Severiano Maia para entregar o cargo de prefeito a João Kersanach, o que de fato acontece. A tática de jogar do lado de quem estava ganhando não parece ter dado certo para Curt Hering. No dia 16 de Outubro é instalada em Blumenau a sede do primeiro governo provisório de Santa Catarina, fazendo a cidade tornar-se a capital do movimento depois do General Plinio Tourinho comandante da 5ª região militar e das forças revolucionárias em Curitiba nomear em 14 de Outubro através de um documento como governador provisório Arnoldo Mancebo filho. Ocasionando um mal-estar com os catarinenses que viram na atitude de Tourinho intromissão e desrespeito com Santa Catarina. Contudo, na noite do dia 16 de Outubro Mancebo assumiu o governo provisório. E no dia seguinte de fato assumiu o comando em Blumenau.
            São editadas várias medidas proibitivas para manter a ordem como não poder consumir bebidas alcoólicas, não se apossar de bens públicos entre outros. Um especial era a convocação de reservistas das primeiras e segundas categorias dos anos 1900 e 1906 respectivamente. Quanto José Deeke nos apresenta um episódio de recrutamento forçado:

19 outubro: De noite são capturados e incorporados [ à revelia ] ao exército revolucionário Hercílio [ Deeke] e Victor [ Deeke ] que seguem logo para a frente. [ Cf. Hercílio Deeke relatou, sua captura deu-se quando, no cinema (Cine Busch) com Victor Deeke, tranquilamente assistia um filme. Repentinamente acenderam as luzes e, baionetas em punho, uma escolta revolucionária de requisição de recrutas apossou-se do recinto, mandando que todos os homens solteiros com idade superior a 18 e inferior a 50 se apresentassem sob risco de fuzilamento pela inobservância da convocação. Apresentando-se ambos receberam uma tira de pano vermelho, que obrigatoriamente tiveram que laçar em volta do pescoço, qualificando-os como Recrutas das Forças Revolucionárias. Tomaram-lhes os dados e endereço em caderno e deram-lhes uma hora para retorno, novamente sob pena de fuzilamento no caso de inobservância. Retornados de casa foram jogados em caminhões de carga distintos e levados para o front de batalha no litoral catarinense, fronteiro à Ilha de Santa Catarina. (DAY, 2010).

            Apesar das notícias de cidadãos que se apresentaram voluntariamente, houve episódios de recrutamento forçado. As movimentações de tropas na região de Blumenau continuaram até meados de novembro de 1930, quando Getúlio Vargas foi organizando o país aos poucos. Faltava ainda tomar Florianópolis que parece ter ocasionando o recrutamento impelido apontado por José Deeke. A cidade resistiu até o dia 24 de Outubro, quando finalmente foi deposto o presidente Washington Luís. Diante disso o governo catarinense fugiu no dia 25 de Outubro nas primeiras horas desse dia para o Rio de Janeiro, deixando livre o caminho para a coluna de Ptolomeu de Assis Brasil entrar na ilha neste mesmo dia pela manhã: “Com a saída do Presidente do Estado e sua equipe, Nereu Ramos e Ernesto Lacombe chegaram ao Palácio do Governo e foram recebidos pela Junta, quando prepararam a entrada, das tropas vitoriosas, chefiadas pelo General Ptolomeu de Assis Brasil o que se deu às 07h30min do dia vinte e cinco, diante de aclamação popular.” (CORRÊA, 1984, p. 72)
            No jornal “República” do dia 26 de Outubro se observa uma “Nova ordem” materializada na primeira capa por um editorial exaltando Vidal Ramos. Era a ascensão da família Ramos na política catarinense. Outro detalhe que exemplifica isso é que nos cantos superior esquerdo e direito aparecem respectivamente, Ano 1 e Número 1. Desde 1889, o jornal quando iniciava outro ano, começava do número 1. Porém, o ano se mantinha: Ano V, VII... Agora, era um novo tempo, uma ruptura tinha se instaurado acabando com as velhas oligarquias e começava assim uma nova república. O passado e sua interpretação como negócio tem como moeda de troca o sentido da subjetividade. Sendo assinala a relação entre lembrança e esquecimento na construção da cultura histórica. Sendo assim a política catarinense pré-1930 foi relegada ao esquecimento e o passado ficou distante.
            Com a subida da família Ramos no cenário político do nosso estado, a família Konder de Itajaí com ligações grandes em Blumenau entra em rota de colisão com os Ramos. Essa questão que dizem alguns, ser o motivo dos vários desmembramentos de territórios de Blumenau é história para outro texto.

Referências:
CORRÊA, Carlos Humberto. Um estado entre duas Repúblicas: a Revolução de 30 e a política catarinense até 35. Florianópolis: Editora da UFSC; Assembléia legislativa de Santa Catarina, 1984.

DAY, Adalberto. Transcrição parcial da tradução dos apontamentos de José Deeke. Disponível em: http://adalbertoday.blogspot.com.br/2010/08/forcas-revolucionarias-getulistas.html. Acesso em: 28 Jan. 2017.

GÖTZINGER, Eduardo. Revolução ou Golpe: a passagem das tropas de Getúlio Vargas por Santa Catarina em 1930. Blumenau em Cadernos, v. 54, p. 53-68, 2013

SANDES, Noé Freire. O passado como negócio. O tempo revolucionário (1930). Estudos Históricos (Rio de Janeiro) v. 43, p. 125-140, 2009

PELLIZZETTI, Beatriz. Memórias de um Italiano na Revolução de Trinta em Santa Catarina. Editora da FURB. Blumenau, 1997.
Para saber mais acesse:
  


[1] Sua instalação só efetivamente ocorreu em 15-04-1931. O imigrante italiano Emembergo Pellizzetti participou da cerimônia: “As 11 horas chega a comitiva com o Dr. Juiz e o Promotor. [...] Tendo um orador mencionado o meu nome, lembrando os meus significados e lutas para obter a emancipação. “ (PELLIZZETI, 1988, p. 218) 

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

- Adelina Hess de Souza

Texto produzido por  Jacqueline Hess e me enviado gentilmente para que eu pudesse postar em meu blog. Uma riquíssima história de sucesso. Este trabalho servirá de pesquisas. Eu Adalberto Day adquiri a minha primeira camisa nas Lojas DUDALINA na Rua XV de novembro em 1968, mesmo ano que a empresa veio para  Blumenau. Lembro-me que no inicio o tecido da qual adquiri a camisa, foi comprado pela senhora Adelina na antiga empresa Industrial Garcia. 
Os Moldes do Sucesso
Adelina 
A história de empreendedorismo, luta e sucesso de Adelina Clara Hess de Souza, Mãe de 16 filhos e fundadora de uma das maiores empresas brasileiras.
A palavra empreendedor é de origem francesa, entrepreneur, e denomina aquela pessoa que assume riscos e inicia algo novo.
O Brasil é um dos países onde mais se criam negócios. Nós brasileiros somos um povo muito empreendedor.
Nestas páginas Você conhecerá um caso real de empreendedorismo. A história de uma mulher verdadeiramente empreendedora, uma catarinense cuja vida foi dedicada a grandes ideias, costuradas com talento, amor e muito trabalho.
A história começa nos últimos anos da década de 19(40), quando um jovem casal apaixonado, Adelina e Duda, iniciava uma vida de sonhos e esperanças na pequena cidade de Luís Alves, num cantinho do Vale do Itajaí, em Santa Catarina.
Eles planejavam uma família de 20 filhos; tiveram 16.
Não havia telefone e nem energia elétrica. Mas o que poderia ser um drama rural brasileiro foi o princípio de uma história de grande sucesso pessoal e empresarial.
O relato de vida apresentado nas páginas a seguir é uma homenagem à memória de Dona Adelina Clara Hess de Souza, mulher à frente de seu tempo, que teve coragem, força e ousadia para dar início ao seu próprio empreendimento e torná-lo um negócio muito bem sucedido.
Mas este texto é também dedicado a todas as pessoas criativas e empreendedoras que constroem diariamente o nosso Brasil, do Norte ao Sul, do Leste ao Oeste.
A história de vida aqui contada é fonte de inspiração às mulheres e aos homens, jovens, adultos ou idosos, pois é através da ideia, do estudo, da vontade, da perseverança e da esperança, e do amor, que todos nós podemos deixar nossa marca no mundo, fazendo-o um lugar melhor do que estava quando nascemos.
Vejamos como tudo aconteceu!
Adelina era uma jovem inteligente, feliz, aplicada nos estudos, tinha muitos amigos e ajudava em casa nas tarefas do mésticas.
Era a década de 40 e a adolescente morava em Luís Alves. Mas, durante 6 anos estudou em escola interna na vizinha cidade de Blumenau.
Leopoldo e Verônica, pais de Adelina
Aos 14 anos ela  terminou o ginásio e resolveu, a partir de então, ajudar seus pais no pequeno comércio de secos e molhados da família em Luís Alves.
Observando a gestão da casa de comércio, Adelina notou que era preciso mudar a forma de organizar a loja e que era necessário motivar os vendedores que estavam muito acomodados. Além disso ela começou a implantar alguns controles, tais como o livro de estoque.
Os pais ofereceram a Adelina 1% de comissão sobre todas as vendas que ela fizesse e isso a motivou a ampliar os negócios.

Com muita disposição, ânimo e força de vontade ela conseguiu, num curto prazo ,obter sucesso nas vendas, melhorando o atendimento aos clientes, e com essa nova postura de negócios as vendas da lojinha foram aumentando.
“Já de manhã, por volta das 5 horas, estávamos de pé e começava a nossa lida: os carroceiros tratando os animais e buscando os produtos agrícolas; os operários iniciando a secagem do açúcar na eira e os balconistas abrindo a venda, para atender os primeiros colonos que já nos aguardavam com suas carroças.”
Adelina
Ao final de cada dia de expediente Adelina reuni aos balconistas e todos juntos colocavam em ordem as mercadorias, para que no dia seguinte a loja estivesse perfeita para os clientes.  Aqueles eram tempos difíceis, nos anos 1940. Luís Alves não tinha luz elétrica e as notícias podiam ser ouvidas no rádio à bateria.
Mas havia muita alegria também! Aos 15 anos Adelina fundou o Clube de Vôlei Luisalvense e a juventude passava os domingos jogando, pedalando bicicleta, fazendo passeios e piqueniques.
Quando da II Grande Guerra, Adelina quis se incorporar ao Corpo Expedicionário da Cruz Vermelha para prestar socorro às vítimas de guerra, mas seus pais não deixaram que ela fosse.
Entre 1944 e 1945, então com 18 anos, Adelina ficou em Blumenau para cursar corte e costura, bordado à máquina e economia doméstica. Terminados os cursos ela voltou para casa e retomou suas funções na loja, no balcão e no escritório da casa comercial de seus pais.
Em 1945 Adelina conheceu Rodolfo (o Duda) com quem casou em 24 de maio de 1947. Iniciava-se uma história de amor que durou meio século!
Após o casamento, os pais de Adelina ofereceram ao jovem casal a aquisição da pequena loja. Naquele momento iniciou-se uma saga de muito trabalho, determinação, inovação e visão de negócios  A jornada de trabalho na loja de secos e molhados era de 18 horas diárias e embora estivesse constantemente grávida Adelina não perdia o entusiasmo. Em 1955 ela e o marido decidiram fechar o açougue mas mantiveram a casa de comércio, abriram uma serraria e compraram um caminhão para transportar a madeira. O comércio e a serraria davam suporte ao sustento da família que aumentava, afinal em 1955 já tinham seis filhos.
Contudo, Adelina só pensava em fazer os negócios crescerem e para isto não media esforços. Duda se dedicava ao contato com os colonos, com os clientes e cuidava do abastecimento dos produtos para a venda.
Adelina se encarregava do setor de tecidos, confecções, sapatos, perfumaria e armarinhos. Para manter a loja abastecida, Adelina costumava buscar os produtos em São Paulo e nos atacadistas catarinenses.
Numa dessas viagens ela não pôde ir devido à gravidez adiantada. Então Duda teve que viajar a São Paulo sozinho e foi quando um dos fornecedores, um turco da Rua 25 de Março, o convenceu a comprar um grande lote de tecidos por um preço vantajoso e prazo a perder de vista. O turco falou ao Duda:
“Tenho um saldo bem ‘baratinho’
Que o ‘brimo’ leva de graça;
Umas peças de faill e xadrez,
‘Breço’ assim não tem na ‘braça’;
Negócio como este hoje, ‘brimo’
A gente procura e não acha.”
Quando as peças de tecido chegar amem Luís Alves Adelina levou um baita susto, pois não haveria consumidores para tanto tecido.
Bem, o que fazer então?
Colocou-se um preço baixo no tecido, fizeram uma promoção, mas a quantidade era muito grande.
Foi quando Adelina teve um estalo, percebeu uma oportunidade e pensou:
“Se não consigo vender o tecido em metro, vou transformá-lo em confecção, já que um dos cursos que fiz quando jovem era de corte e costura !”
Era maio de 1957 quando Adelina chamou 2 amigas, Lídia e Gertrudes, que eram costureiras e propôs um negócio: elas trariam suas duas máquinas de costura e juntas as três transformariam aquele tecido todo em camisas!
As amigas gostaram da ideia e as máquinas foram instaladas num dos quartos da casa de Adelina e foi iniciada a produção.
Trabalhavam durante o dia e à noite as máquinas eram retiradas para recolocar as camas.
Naquele período estava em construção a linha de transmissão de energia da Usina Jorge Lacerda para Joinville, que passava por Luís Alves.
Um grande número de trabalhadores foi deslocado para a obra e abrigavam-se perto da loja de Adelina. Eles foram os primeiros compradores das camisas e rapidamente o estoque de tecido acabou, estimulando a visionária Adelina a continuar com sua confecção.
Ela alugou a casa em frente à sua loja, comprou mais tecidos e iniciou a sua indústria. É preciso lembrar que naquela época não havia incentivos do governo; o casal não possuía capital e a cidade ainda não tinha eletricidade. Eram tempos duro se para manter o empreendimento era preciso enfrentar toda sorte de desafios e dificuldades

A alternativa encontrada foi contratar as costureiras e pagar aluguel pelo uso de suas máquinas.

Em 1959 Adelina e Duda instalaram um gerador elétrico e esta iniciativa possibilitou que fossem compradas máquinas industriais usadas, o que foi um novo impulso na fábrica. “Para crescer é preciso investir”, Adelina dizia.
Ela própria ia com seu caminhão vendendo as camisas para comerciantes de diversas regiões de Santa Catarina.
Adelina resolveu também contratar representantes que logo colocaram a produção no comércio da região Mas, com seu espírito sempre inovador, ela queria aumentar a produção de camisas e para isso foi adquirindo máquinas semi automatizadas. A fábrica primava pela qualidade para conquistar o mercado. O trabalho da confecção era quase artesanal. Adelina pessoalmente revisava peça por peça. Os filhos todos a ajudavam na revisão das camisas e corte dos fios
Nessa época foi criada a primeira logo marca e o nome DUDALINA (junção de DUDA com AdeLINA).
Em 1965 Adelina e Duda adquiriram duas lojas em Balneário Camboriú, SC. Numa loja o atendimento era feito por Duda e 4 filhos; na outra loja estava Adelina com mais 4 filhos e eram estabelecidas competições entre as equipes para ver quem vendia mais e os vencedores eram premiados.
O atendimento prestado pelos filhos e filhas, já perfeitamente entrosados com a arte do comércio, encantava os turistas, que sempre voltavam no ano seguinte para prestigiar a família que trabalhava unida.
Adelina revezava-se entre a fábrica de Luís Alves e as lojas de Balneário Camboriú. Os filhos menores ajudavam na loja de Luís Alves, atendendo os fregueses, pesando alimentos, medindo tecidos, revisando as camisas prontas, datilografando as etiquetas.
Porém, o estudo das crianças preocupava o casal e também o crescimento da indústria demandava maior infraestrutura (transporte, telefone, suprimento de matéria-prima e serviços bancários). Adelina, face a essas necessidades, já planejava a mudança para Blumenau.

Blumenau, anos 60
Ela poupou tudo o que pôde e quando já tinha o dinheiro suficiente adquiriu uma loja em Blumenau (era o ano de 1968). No mesmo ano Adelina e Duda compraram uma residência em Blumenau e em 1969 transferiram a família e a fábrica para a cidade. Com um espaço e uma equipe maior a confecção começou a se consolidar no mercado.

Os filhos mais velhos assumiam cada vez mais responsabilidades na empresa. Os filhos mais novos cuidavam da loja de Blumenau e também desenvolviam inúmeras atividades na fábrica e nas demais lojas.
Com isto a indústria seguia crescendo e novas praças iam sendo abertas.
Em 1983 Adelina achou que era hora de transferir o comando da empresa para seus filhos e a partir disso ela dedicou-se à administração do Himmelblau Palace Hotel, em Blumenau, recém adquirido pela família. Adelina dirigiu o Himmelblau até 1991 quando então passou tal incumbência aos filhos.

Nem mesmo as grandes enchentes de 1983 e 1984 em Blumenau derrubaram o espírito empreendedor da Família Hess de Souza.
A DUDALINA edificou uma nova sede em Blumenau, no bairro Fortaleza, inaugurada em 1984. Em 1985 foi construída mais uma fábrica em Luís Alves. E em 1986 uma unidade industrial em Presidente Getúlio.
Também a abertura de um escritório de vendas em São Paulo visou aumentar a presença da DUDALINA na região Sudeste.
Ainda nos anos 90 Dona Adelina iniciou mais um empreendimento: a confecção de “patchwork” até então inédita no Brasil. Montou a fábrica nos fundos de sua casa em Blumenau e pessoalmente fazia os desenhos e compunha os mosaicos. Ela revendia os produtos no hotel e também para várias lojas do Brasil e exportava para a Argentina e o Chile.
Dona Adelina faleceu em 2008, aos 82 anos de idade. Teve uma trajetória de vida marcada por trabalho, visão e disciplina, legado este ao qual seus filhos e filhas, netos e netas, dão continuidade com respeito, carinho e competência.
Adelina
Uma mulher de visão, que sempre soube que bons empresários são aqueles que não se intimidam diante das adversidades. Eles acreditam nas suas ideias, tomam iniciativas, assumem riscos e passam por cima dos problemas.
 “Devemos ter uma postura franca e buscar êxito nos negócios, o que só se consegue com muito empenho, determinação e vontade de vencer.
E claro, é preciso ter criatividade.”
Adelina
COMPROMETIMENTO é criar tempo, quando não existe nenhum. Passar horas após horas, anos após anos, ficando no mesmo, é estacionar e não procurar progredir para si e para os outros.
Comprometimento é formado pelo caráter de cada um, é o poder de mudar a cara das coisas. É o triunfo diário da integridade, do interesse próprio e da empresa. O orgulho é um comprometimento pessoal. É uma atitude que separa a excelência do inferior. Ele nos inspira a entrar na frente dos outros, mas devemos é entrar na frente de nós mesmos.”

Este relato:
CENTRO DE MEMÓRIA FAMÍLIA HESS DE SOUZA –DUDALINA


Texto e fotos  Enviado gentilmente por Jacqueline Hess 
Adelina nasceu em Luís Alves, em 20 de março de 1926 e faleceu no dia 31 de outubro de 2008 aos 82 anos.
Veja vídeo:

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

- Promenor

Histórico
A PROMENOR foi fundada em 23 de julho de 1974 (Prefeito Felix Theiss) na cidade de Blumenau, com a finalidade de promover e estimular a criança economicamente necessitada, num incentivo de inclusão social, proporcionando-lhe oportunidades de educação integral, formando-a e orientando-a de acordo com os princípios básicos de cidadania.
Inicialmente, uma pequena Associação de Engraxates, como entidade civil, sem fins lucrativos, desenvolveu suas atividades na garagem do prédio da antiga Prefeitura, situada no início da Rua XV de Novembro. Na ocasião, amparou 20 crianças, filhos das “Margaridas” – Mulheres Garis de Limpeza de Ruas – que necessitavam trabalhar e não tinham um local seguro para deixar seus filhos. Nesses primeiros anos de trabalho, a PROMENOR encaminhava para estágio nas empresas os alunos com idade inferior a 14 anos.
Apoio pedagógico 

Após dois anos com número bem mais elevado de adolescentes, os atendimentos passaram a ser realizados na então PROEB, local que atualmente é ocupado pelo parque Vila Germânica. Com as enchentes de 1983 e 1984, a PROMENOR teve que, novamente, mudar sua sede, pois o local havia sido atingido e apresentava-se sem condições de uso.
Precisando, portanto, de outro local para abrigar seus alunos, solicitou a Paróquia São Paulo Apóstolo, situada no centro da cidade, que cedesse parte das dependências do Salão Paroquial Porta Aberta o que, na ocasião, foi prontamente atingido, considerando a importância do trabalho então realizado. Até 25 de fevereiro de 1986, o Salão Paroquial serviu de sede para a entidade. A partir dessa data, houve a mudança para a sede própria, construída na Rua Humberto de Campos, 170, no Bairro da Velha.
A partir de então, a Entidade passou por várias reestruturações no que diz respeito ao sistema de atendimento. A comunidade blumenauense, que delineava um novo perfil no que se refere ao atendimento à criança e ao adolescente, passou a encaminhar ao estágio laborativa também os alunos maiores de 14 anos.
Oficina de escultura

Em 1993, houve cessão por parte da ABAM das instalações na Rua Araranguá e a SEMED assume a direção das atividades neste local.
A partir de 1997, a Entidade observou que, dentro do município, outras necessidades de atendimento às crianças e adolescentes haviam surgido. Com alterações na rede regular de ensino, as crianças de 6 anos, que já iniciavam a pré-escola, ficavam sem atividades no outro período, uma vez que as creches não podiam mais ser frequentadas por essa clientela. Assim, a PROMENOR reformulou-se e passou a atender crianças a partir dos 6 anos de idade e não mais a partir dos 7 anos.
As crianças e adolescentes eram integradas em diversos programas (oficinas), em horários opostos ao escolar e, para a admissão dos mesmos na Entidade, era fator decisivo a assiduidade escolar. Eram atendidas crianças e adolescentes oriundos de todos os bairros do município. Entretanto, em cumprimento as exigências do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), somente eram encaminhados ao estágio laborativo os alunos maiores de 14 anos.

 Projeto  Atletismo
Em 1997, ocorreu o surgimento da unidade II da PROMENOR. Para ampliação das atividades, foi reformado o prédio de propriedade da Associação Blumenauense de Amparo ao Menor (ABAM), localizado na Rua Araranguá, 648, no Bairro Garcia. Em 04 de abril de 1998, houve sua inauguração. Essas instalações foram cedidas à PROMENOR por meio de um contrato de comodato com a ABAM. 
Projeo Basquete 
Em meados de 2001, iniciou-se uma nova fase para a PROMENOR, situada no Bairro da Velha quando, em novembro de 2001, houve a inauguração da nova sede da Entidade que conta com 3.336,55m² de área construída, em espaço organizado para bem receber e atender as necessidades dos alunos. A nova sede da PROMENOR situava-se na Rua Itapiranga, 368, no Bairro da Velha, sede que abriga atualmente a Fundação Pró-Família.
Como a PROMENOR situava-se num ponto estrategicamente comercial, o seu prédio foi cedido para a construção de um supermercado, instalando-se na sua atual sede, na Rua Itapiranga, 368, a partir de novembro de 2001.
Projeto dança

Em 2005, sentiu-se a necessidade de transformar a PROMENOR que era uma ONG em uma Fundação Pública (OG) para melhor gerenciar o dinheiro público e também para aumentar o atendimento da Entidade. Portanto, a partir desta data a Fundação do Bem-Estar da Família Blumenauense – Pró-Família atende crianças, adolescentes, os grupos organizados de voluntários (Clubes de Mães) e a Terceira Idade.
A primeira presidente da PROMENOR foi a senhora Murita Úber que dirigiu a Entidade até meados de 1978. Na Gestão do prefeito JPK, a  presidente foia senhora Patrícia Kleinübing.
Projeto Flauta e Teclado
A Fundação Pró-Família foi criada pelo prefeito municipal, Sr. João Paulo KLeinübing, por meio da Lei Complementar nº 515, de 18/3/2005. O objetivo geral da Instituição é promover o bem estar da família blumenauense por meio dos programas da criança e do adolescente, da terceira idade e voluntários em grupos organizados, orientados pelas políticas públicas a cada público alvo, no que diz respeito ao desenvolvimento e promoção humana. Dentre os programas da criança e do adolescente, é propiciado o acesso às atividades que contribuem para o processo de desenvolvimento dos mesmos que estão em situação de risco social ou com situação econômica comprometida.
Em Janeiro de 2007 passou a ser administrada pela Secretaria Municipal de Educação com denominação de Jornada Ampliada que viabilizou equipe técnica pedagógica, docentes e estrutura física disponibilizando as crianças e adolescentes um atendimento educacional de qualidade.
Projeto Judo

Em 17 de junho de 2008 a convite do Secretário Municipal de Educação Dr Maurici Nascimento assumiu a direção da referida Instituição a pedagoga Maria Luiza Oliveira Machado, a qual reformulou em parceria com a Secretaria Municipal de Educação toda a estrutura física e pedagógica. Neste período a Secretaria Municipal de Educação encaminhou a Instituição sugestões de três nomes que através de votação, deveriam ser escolhidos pelos alunos, surgindo assim, o Centro Municipal de Ampliação do Tempo e Espaço Pedagógico da Criança e do Adolescente – CEMATEPCA.
O Centro Municipal de Ampliação do Tempo e Espaço Pedagógico da Criança e do Adolescente – CEMATEPCA, está localizado na área central do bairro Ribeirão Fresco (Beco da rua Araranguá).
Paradoxalmente, nesta região, existem poucos espaços Institucionais disponíveis para atender o número significativo de crianças, sendo que o referido centro comporta a oferta deste serviço. 
O Centro atende aproximadamente 500 crianças e adolescentes oriundas de diversos bairros de Blumenau, com idade entre 06 a 14 anos. O acesso se dá através da matrícula e rematrícula durante o ano letivo e no final do mesmo. O horário de atendimento no período matutino é das 7h30min as 11h30min e no período vespertino é das 12h30min as 16h30min. È oferecido duas refeições diárias em cada período e vale transporte. O referido Centro desenvolve Projetos Educacionais com duração de 60 minutos cada modalidade, sendo os seguintes: Apoio Pedagógico(alfabetização, inglês, matemática, língua portuguesa e hora do conto), Atividades Esportivas (atletismo, basquete, futsal, futebol de areia, psicomotricidade, capoeira, ginástica artística, recreação e judô), Atividades Artísticas (teatro, artes visuais, dança contemporânea, percussão e coral). Os recursos utilizados para o desenvolvimento dos Projetos estão contemplados com materiais esportivos, pedagógicos e tecnológicos. Muitas das crianças e adolescentes que participam do Programa são de famílias em situação de vulnerabilidade social, tornando o nosso compromisso maior na compreensão das questões educacionais e sociais.
Diante das ações que a Jornada Ampliada vem desenvolvendo o nosso grande desafio é o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – (PETI). O mesmo é um dos Projetos Sociais do Governo Federal Brasileiro, concedido em 1996 pela Secretaria de Estado de Assistência Social vinculado então ao Ministério da Previdência Social e de acordo com o art. 136 do Estatuto da Criança e do Adolescente e da Lei Federal 8.069/90. Consiste em oferecer: 1º – renda às famílias (Bolsa Criança Cidadã) que tenham crianças e adolescentes envolvidos com trabalho infantil e em situação de risco social; 2º – apoio social e orientação a programas de geração de emprego e renda a estas famílias e 3º – atividades educacionais, culturais e esportivas complementares ao ensino regular, ampliando em três horas ou mais, sua permanência nas dependências da escola ou outro prédio público (denominada Jornada Ampliada). Estes objetivos são atingidos por uma rede de parcerias envolvendo diversos setores dos governos estaduais, municipais e sociedade civil.
Dulce Maria Lehnen
Diretora
FONTE: https://www.facebook.com/pg/Cematepca-413680755402508/about/
Cematepca - Centro Municipal de Ampliação do Tempo e Espaço Pedagógico da Criança e do Adolescente.
Com funciona atualmente (2017)
Fundação do Bem-estar da Família Blumenauense
E-mail: pro.familia@blumenau.sc.gov.br
Telefone: (47) 3381-6972
Endereço: Rua Itapiranga, 368 - Velha CEP 89036-230 Blumenau – SC
Presidente
Nome: Karin Zadrozny Gouvêa da Costa
 (47) 3381.6972 | 99968.9927
Missão
Promover, por meio de programas voltados à criança e ao adolescente, terceira idade e grupos voluntários organizados, o bem-estar da família blumenauense. Permitir o acesso às atividades que contribuem para o desenvolvimento da criança e do adolescente, promovendo sua socialização e o exercício da cidadania. Proporcionar à pessoa idosa proteção à vida, bem como saúde física e mental, o que contribui para um envelhecimento digno e saudável. Valorizar e promover o incentivo às habilidades manuais para voluntários dos grupos organizados e clubes de mães.
Crianças e Adolescentes
Programas Internos e Externos
A Fundação Pró-família oferece às crianças e adolescentes, com idade entre 6 e 16 anos, diversas oficinas. Este programa tem o objetivo de proporcionar lazer e a prática de modalidades como dança, capoeira, ballet, violão, judô, entre outros. Estes programas funcionam interna e externamente, atendendo toda a demanda de Blumenau.
Vale destacar que todas as atividades são gratuitas e a criança ou adolescente poderá optar por mais de uma atividade. O material pedagógico, inclusive o violão e o violino, por exemplo, são emprestados para os alunos que desejam exercitar o instrumento musical e não tem condições financeiras de comprá-lo.
Além das oficinas internas. Mais de 100 núcleos estão à disposição da comunidade Blumenauense, atingindo 29 bairros da cidade.
Mais informações por meio do telefone (47) 3381.6973 ou e-mail profamiliaexternos@blumenau.sc.gov.br 
Adolescente Aprendiz
A Fundação Pró-família oferece a comunidade blumenauense o Programa Adolescente Aprendiz. O projeto visa inserir os jovens no mercado de trabalho e suprir necessidades das empresas de Blumenau, foi criado em 2005, e desde então tem proporcionado emprego a mais de 5.100 adolescentes. Hoje, são mais de 275 aprendizes e em torno de 100 empresas parceiras.
O programa Adolescente Aprendiz oferece os cursos Aprendiz em Serviços Administrativos, Aprendiz em Alimentação, Aprendiz Auxiliar de Produção e Aprendiz Assistente de Vendas a jovens entre 14 e 18 anos incompletos.
Nossa estrutura se encontra no prédio do Pró-adolescente, localizado na rua Jacó Brueckheimer, 370 - Velha, que funciona das 8h às 12h e das 13h às 17h30. É necessário que o adolescente resida no município de Blumenau e esteja frequentando a escola.
SEJA UMA EMPRESA PARCEIRA
O Programa Adolescente Aprendiz oferece uma série de vantagens, tanto aos adolescentes como às empresas participantes. Os aprendizes têm garantia de todos os benefícios previstos a empregados, como registro na CTPS, vale transporte, FGTS entre outros. Além disso, têm a oportunidade de crescer profissionalmente e adquirir experiência para futuros empregos. As empresas, por sua vez, recebem o Selo Empresa Amiga do Aprendiz, que é concedido a quem oportuniza o trabalho dos adolescentes.
Fotos da entidade.
Colaboração Carlos Braga Muller e Dalva Day