Hoje apresentamos uma bela crônica sobre Futebol e a história relacionada em Blumenau e região com a Estrada de Ferro.
Quem nos presenteia é o publicitário José Geraldo Reis Pfau.
Por Zé Pfau:
A
história da nossa família desde as suas origens, é assunto cujos detalhes são
fascinantes. Saber de onde veio os nossos pais é uma curiosidade superinteressante.
É importante registrar que aqui em Blumenau com a Estrada de Ferro
tivemos algumas origens de famílias que pelo futebol e pelo trem fizeram
história.
O meu pai é apenas um deles. Já falecido, Osmênio
Pfau (foto), filho de ferroviário nascido em São Francisco do Sul,
foi mecânico de locomotivas e vagões quando jovem morando em Mafra, no extremo
norte do estado e sempre perto dos trilhos.
Ainda
solteiro foi jogador com certo destaque, acredito, na defesa do Clube dos Ferroviários
- o Peri de Mafra, que animava as torcidas nas tardes ensolaradas de
finais de semana daquela região. De saudosa memória Antonio Vitorino
Avila Filho, era o engenheiro chefe da Estrada de Ferro em Blumenau e dirigente
do time de futebol Brasil, depois o glorioso Palmeiras Esporte
Clube, mais tarde em 1980 Blumenau Esporte Clube BEC.
Num jogo amistoso ou de campeonato, pouco
importa, o dirigente conhece o jogador na defesa do Peri – Pfau -
e faz o convite. Este convite era na verdade um compromisso duplo.
Essa
estreia aconteceu lá pelo início dos anos 19(40). Mais tarde, ele nos contava
com orgulho, que fez parte de uma série de equipes que fizeram bons espetáculos
na história do futebol em Blumenau. Lembro-me de ouvir histórias como a
de que firmes e responsáveis à dupla Pfau e Schramm afirmavam que
lá na defesa “só a bola passava”.
São estes
pequenos tópicos e detalhes da história que nos coloca ligados ao trem e
ao futebol. Na Blumenau de hoje são duas posições bem saudosistas, pois
nenhum dos apitos, tanto do trem como o do futebol não soam mais
como soavam naquele tempo. O publicitário paranaense Ernani Buchmann usando de
seu talento lançou o livro de memórias dos times ferroviários brasileiros
com o titulo “Quando o Futebol andava
de Trem”. Faz citações interessantes, pois diz que o primeiro trem a
rodar no Brasil foi em 1852 e a primeira bola no Brasil foi com Charles William Miller¹ (Nascido em São Paulo, 24 de novembro de 1874 — e falecido em 30 de junho
de 1953) em 1894 que trouxe da Inglaterra, logo após o término
dos estudou e que nos times ferroviários é onde estariam as origens do esporte
no Brasil.
¹ Charles
Miller
Introdutor
do futebol no Brasil
Charles Miller (imagem) foi
jogador, árbitro, dirigente e é considerado o pai do futebol no Brasil.
Apaixonado por esportes, também foi o fundador da Associação Paulista de Tênis.
Nascido no bairro paulistano do Brás, filho de um escocês e uma brasileira de
origem inglesa, Charles Miller viajou para Hampshire, na Inglaterra, aos nove
anos de idade para estudar. Lá aprendeu a jogar futebol, rugby e críquete.
Aos 17 anos, Charles já se destacava no futebol, o que lhe deu a chance de
disputar 34 partidas pela Banister School, marcando 51 gols. Pelo St. Mary ele
jogou 13 partidas e fez três gols. Pelo Condado de Hampshire também emplacou
três gols, só que em seis partidas. Isso, além de enfrentar por duas vezes o
famoso time inglês Corinthian (sem o "s"), que serviria de inspiração
aos paulistas em 1910.
Charles Miller retornou
ao Brasil em 1894 para trabalhar na São Paulo Railway Company (companhia
inglesa de ferrovias), tornando-se também correspondente da Coroa Britânica e
vice-cônsul inglês em 1904.
Na
época do seu retorno, havia apenas um clube na cidade, o São Paulo Athletic,
fundado em maio de 1888 pela colônia britânica, que oferecia a prática do
críquete. Como havia trazido duas bolas da Inglaterra, uniformes e um conjunto
de regras, Miller tentou difundir o futebol. O primeiro jogo foi realizados em
15 de abril de 1895 entre Funcionários da Companhia de Gás X Companhia
Ferroviária São Paulo Railway.
Como
artilheiro do São Paulo Athletic Club (SPAC), Charles Miller ganhou os três
primeiros campeonatos em 1902, 1903 e 1904. Foi também o criador do drible ou
passe com o calcanhar, jogada que viria a ser conhecida com o nome de
"Charles", em sua homenagem.
Miller foi fundamental na montagem da Liga Paulista de Futebol, a primeira do
Brasil. Foi ele que sugeriu o nome do primeiro presidente do Sport Club
Corinthians Paulista.
Para saber mais sobre Osmênio Pfau acesse:
Texto e arquivos: José
Geraldo Reis Pfau/Adalberto Day
ResponderExcluirNos anos 60, tivemos a oficina que já falei anteriormente.
Como o Simca era um automóvel de pessoas mais afortunadas para época, então tivemos nomes como estes na relação de clientes.
Abel Ávila dos Santos do antigo MDB, padrinho político de Mario Bagatolli. Em memória.
Também um cliente Pfau, na época gerente da extinta Hermes Macedo, talvez este tenha relação. Outro era Agostinho Schramm, (casa Flamingo) tanto quanto recordo envolvido com esporte, talvez tenha também relação.
Você com certeza saberá melhor informar.
Quanto o dizer, a bola passa mas o atacante fica era bastante usual.
Os zagueiros normalmente na época eram um armário, (e não saiam do armário)
Simplesmente um armário em tamanho como em postura.
Um bom dia.
Henry Georg Spring
Essas histórias são nteressantes.
ResponderExcluirParabéns Zé.
Essas são histórias reais que retratam o que um dia aconteceu. Maravilha. O passado faz parte da vida de todos. Na minha juventude ouvi muito falar da dupla Pfau e Schramm. Seo Osmênio conheci como gerente da Hermes Macedo, as Lojas Famosas da cidade. Já Orlando Schramm foi meu treinador nos juvenis do Guarani. Na foto lembranças saudosas do seo Miguel Guapiano que foi meu vizinho na Rua Frei Stanislau Schaete quando casei; de Augusto José de Souza, o velho Augusto como era carinhosamente tratado. Foi diretor comercial da Rádio Nereu Ramos quando comecei no´rádio. Um dia fui entrevista-lo em sua residência na rua 7 de Setembro e ele me exibiu orgulhosamente a "bola do Centenário". Arnoldo Correia,conhecido Seo Arno que também marcou época como Lúcio Amorim, Seo Klitzke, Seo Juca Coelho entre outros. Isso sem falar do joinvillense Ernani Buchmann (autor do livro Quando o futebol andava de trem) que conheci aqui em Curitiba como publicitário e presidente do Paraná Clube. Parabéns Pfau e Adalberto por mostrarem aos jovens de hoje o que muitos não tem a mínima idéia de um dia ter ocorrido.
ResponderExcluirEdemar Annuseck
Curitiba - PR
Meu caro Adalberto,
ResponderExcluirFantástica história tendo em vista que na mesma é citado o nosso glorioso Corinthians, se não me falha a memória tem este fato de primeiro presidente, no DVD de 100 anos do Corinthians. Agora sei que o finado Dr . Sócrates certamente leu o livro mencionado no texto, daí começou a dar os passes de calcanhar kkkkkkk. ..Parabéns, mais um excelente trabalho.
Alo Beto espero que este comentário passe pois este para mim especialmente é importantíssimo pela oportunidade que nosso amigo Zé Pfau me deu de falar desta grande familia, Zé teu pai fez isto tudo no futebol ótimo pois o mesmo sempre teve a força de uma locomotiva e a coragem de um trem para entrar no túnel sem medo , o Sr Pfau sempre enfrentava todas as crises do comercio sem medo era forte par nos encorajar digo nos pois eu fazia parte daquela grande equipe de funcionários da H.M que o adoravam Sr Zé por favor não esqueça ele fez historia no futebol, na ferroviária, e era um gigante no comércio Frei Brás da paroquia que o diga foi o único que venceu o mesmo pois ganhava muitos brindes para a festa do Divino de Blumenau, ele convencia o Dr Hermes Macedo para dar os brindes, eu fui feliz por ser seu funcionário por mais de nove anos, e poder também viver com sua familia aquela santa a Dona Lurdes sua esposa, seus filho o Luiz Henrique exemplo de homen, as meninas especialmente a Gina se eu posso ter a liberdade de assim a chamar, pois nos nós adorávamos quando era aquela pequenina maravilhosa, oi Zé desculpe mas sabes quanto te admiro quando nos fazíamos novela gravando la dentro da loja com nossas próprias historias até de terror lembras? da licença vamos falar mais um pouquinho só do grande homem Sr Pfau ele era mecânico de locomotiva por isto no futebol na defesa só passava a bola quando passava mas vamos dar também as glorias para seus colegas Sacharam, grande velho Augusto e Juca e os outros. pois é Viva o Zé e sua família abraços
ResponderExcluirValdir