Em Histórias de nosso cotidiano apresentamos o Sr.
Estanislau
Sliwiensky nascido em Erechim – RS em 14
de abril de 1921/ falecido 08 de agosto de 1988 – foi funcionário (montador
mecânico) da Souza Cruz no Garcia em Blumenau e região. Foi a única empresa que
trabalhou. Torcedor do Internacional de Porto Alegre - fanático, (em Blumenau
do Palmeiras).
Lia todos os dias o Jornal Correio do Povo de POA e quando encerrou as
atividades "aceitou" ler o Zero
Hora (RS). Ouvia a Rádio Gaúcha e curtia a cerimonia de tomar seu
chimarrão pela manhã e no final do dia. Assim que chegou a Blumenau, anos
depois construiu sua casa na Rua Goiás (perto da Souza Cruz). Foi um técnico em
manutenção tendo participado na construção de unidades da Cia Souza Cruz em Santa Catarina. Fumava bastante e ganhava
da Cia pacotes de cigarros que os funcionários de carreira recebiam.
Teve relacionamento pessoal com
diretores nacionais e internacionais da Cia também por ser um tradicional
colaborador. Texto enviado por José Geraldo Reis Pfau/Publicitário em Blumenau.
Transcrição do texto acima
Memória
Oficina da História
Ele começou a trabalhar com mecânica ainda criança e
aprimorou este gosto ao servir no exército, quando fez um curso.
Nesta época em 1946, a Segunda Guerra Mundial já havia
terminado e Estanislau Sliwiensky estava à procura de emprego em Santa Cruz do
Sul. Foi quando encontrou um conhecido que trabalhava na Antiga Companhia
Brasileira de Fumo e Folha. O amigo faz o seguinte convite: “Venha trabalhar
com a gente. Escreva uma carta para a CBFF”. Dito e feito. E assim Sliwiensky
foi chamado, entrevistado e assim assumiu o seu oficio mecânico. Sliwiensky
entrou no dia 04 de fevereiro de 1947 e foi transferido depois de quatro anos
para Blumenau.
É que neste período a Unidade de Blumenau estava sendo
deslocada do Bairro Itoupava Seca para o Bairro Garcia onde está até hoje. A Fábrica fechou no bairro Garcia em 03 de setembro de 2019.
Sliwiensky, que chegou a Chefe Geral das Oficinas da Unidade
de Blumenau, onde se aposentou em 1975, montou com sua equipe toda estrutura da
fábrica no Bairro Garcia.
Ele fala desse tempo: “Na avenida (rua Amazonas) que hoje vai até a Souza Cruz, dois carros
não se cruzavam de tão estreita. E na área onde é o recebimento da Unidade, existia um morro, que
foi removido por um trator”.
Sliwiensky trabalhou na montagem de linhas secadoras,
caldeiras, tanques, prensas e instalações elétricas. O trabalho tinha que ser
feito rapidamente, pois a nova Unidade estava para ser inaugurada.
Souza Cruz 1952 na construção - Imagem Wilmar M.Filho
Souza Cruz 1955 - Imagem:Abelardo Luiz dos Santos
Cia. Souza Cruz - Garcia- Blumenau 1962
Ele recorda que as atividades duraram um ano, sendo que as
duas caldeiras a óleo vieram transportadas de São Paulo por caminhão. “Durante
mais de um mês tivemos que trabalhar com os pés na lama, durante todo o tempo a
atividade era intensa, com trabalho no Natal e Ano Novo”, lembra Sliwiensky.
Apesar de algumas dificuldades de peças que tiveram que ser
fabricadas localmente, tudo acabou no prazo certo e a safra de 1954 já foi
recebida na nova Unidade. Graças ao esforço de Sliwiensky e a dedicação de sua
equipe, como ele gosta de destacar: “Sempre tive uma equipe de Elite”. A
determinação de todos compensou. A Unidade que processava 18,000 fardos
De fumo de 75 Kilos, na Itoupava Seca, passou no Bairro
Garcia para 45.000 fardos no ano seguinte. Sliwiensky ajudou na implantação das
Unidades de Tubarão, Brusque e Rio Negro.
Gaúcho de Erechim, hoje com 67 anos (1988) mesmo ano em que
veio a falecer em 08/08/1988, Sliwiensky gosta de passear pela cidade onde
mora, Blumenau, onde reencontrar velhos amigos, ler jornal e tomar chimarrão.
Casado com Cecilia, ele tem três filhos, Elaine, Miriam e Gilberto, e sete
netos. Com seu trabalho e empenho, Sliwiensky impulsionou a História da
Empresa.
Informativo Souza Cruz nº 08 – agosto de 1988:
Departamento de Fumo.
Arquivo José Geraldo Reis Pfau/Adalberto Day
Meu amigo Grande Historiador Adalberto
ResponderExcluirFico muito contente em receber o relato e historia deste cidadão, pois o conhecia
Pessoalmente , muito obrigado que Deus te muita força.
Abraços
Edemar Faht
Faht Export
Adalberto
ResponderExcluirConheci ele de vista, fui varias vezes na Sousa Cruz.
Atenciosamente,
Henry Georg Spring
Muito bom Beto.
ResponderExcluirUma história de dedicação a empresa Souza Cruz,gaúcho, leitor do Correio do Povo, com seu chimarrão diário e torcedor do Internacional. Era meu sogro e um grande cidadão. Muito obrigado.
José Geraldo Reis Pfau
Adalberto,
ResponderExcluirMe chamo Rodrigo Sliwienski. Filho de Gilberto Luiz Sliwienski e neto do Estanislau. Acho que único neto a carregar o sobrenome deste GRANDE HOMEM. Também torcedor do Internacional de POA.
Hoje moro em Cuiabá, Mato Grosso. Completo 34 anos em setembro e tenho uma filha linda que tem 10 anos e também carrega o sobrenome Sliwienski.
Gostaria de agradecer por escrever parte da história da minha família que eu não conhecia.
Me emocionei muito ao saber mais sobre meu avô. Ouço as histórias que meu pai me conta e todas me deixam muito orgulhoso.
OBRIGADO mesmo.
Rodrigo Sliwienski
djpiruka@hotmail.com
Olá Adalberto, sou irmã do Rodrigo, neta também do Estanislau.
ResponderExcluirSempre escuto histórias sobre meu avô, histórias que meu pai e minha avó Cecilia contam, e essa foi mais uma e a uma das mais emocionantes!
Obrigada pela homenagem feita a este grande homem que eu, infelizmente, não tive a oportunidade de conhecer pois nasci dois anos após à sua morte!
Abraços, Alice Póvoas Sliwienski
Uma justa homenagem para um verdadeiro cidadâo.
ResponderExcluirUm apaixonado torcedor do Internacional que por aqui também dedicava sua torcida para o saudoso Palmeiras.
Conheci muito bem o Sr. Estanislau que com seu jeito calmo e de muita reflexão era um exemplo por seu comportamento.
Um abraço Adalberto e meus cumprimentos pelo bom trtabalho desenvolvido mantendo a história de nossa cidade.
Luiz Henrique Reis Pfau
luizh@terra.com.br
Sou Gilberto Luiz Sliwienski, filho de Estanislau e pai de Rodrigo e Alice, que ja comentaram o seu artigo. Agradeço de coração á lembrança/homenagem feita a ele. Acrescento uma das paixões dele, que era a pescaria de traíra......ele era um apaixonado pela pesca desse peixe, descobria "pesqueiros" em todo canto de Blumenau e fora de Blumenau. Na ânsia de conhecer cada novo pesqueiro descoberto, ele sempre procurava alguem para compartilhar o achado, muitas vezes a "vítima" era eu, ou um dos genros dele o José Geraldo Reis Pfau ou então o Laudelino Marcos Silva....em aglumas dessas pescarias vivemos situaçõa realmente hilárias.......um abraço e obrigado pela lembrança
ResponderExcluir