Rua Amazonas próximo ao final por volta do ano 1900
A rua Amazonas
recebeu esta denominação através da lei n° 124 de 16 de abril de 1919. Para os
moradores de antanho era o local da ¨Gente do Garcia¨ e conhecida como o portal
de entrada do Bairro Garcia ( Antes identificado como ¨Die Kolonie” – A Colônia
) e como via de acesso à toda região do Vale do Garcia, banhado pelo ribeirão
do mesmo nome.
Foto:
Charles Schwanke Antigamente em Blumenau
A casa retratada na rua Amazonas era a de
Rodolfo Goemann e esposa Vilma, que a vendeu ao Luiz Medeiros- farmacêutico,
este marido da Grete Baumgarten. Frente ao EEB. Santos Dumont.
Com pouco mais de 05 km de extensão, detém
variado, vasto e dinâmico comércio e indústrias.
Foi primeiro
conhecida como estrada geral do Garcia até 1919 e, depois, como rua Amazonas em
nossos dias correntes. A denominação rua
Amazonas foi atribuída em razão de ser
usual, na época, homenagearem os então Estados da União ( posteriores unidades
federativas) com seus nomes.
Sua pavimentação
foi iniciada em 1954, durante o governo do prefeito Hercílio Deeke, De 1956 a 1960, no governo do
prefeito Frederico Guilherme Busch Júnior, outras etapas foram realizadas,
quando o asfalto empregado foi recebido provindo dos Estados Unidos da América
do Norte, importação que havia sido encomendada em 1954, porquanto asfalto
nacional ainda não existia.
Trecho executado com paralelepípedos como referência a antiga "Tecelagem União" de Christiano Theiss
Em alguns trechos,
em virtude de divergências com os confrontantes, foram colocados
paralelepípedos, como referência na seção defronte à antiga Tecelagem União –
de Christiano Theiss e, outro, em frente à empresa Souza Cruz.
A conclusão
definitiva – em toda sua extensão – ocorreu em 1962, novamente no governo de
Hercílio Deeke.
Consta do
Relatório Público Administrativo do ex prefeito Hercílio Deeke, referente ao
ano de 1954, página70. :
¨ PAVIMENTAÇÃO
ASFÁLTICA - Além do serviço de conserva
mantido em caráter permanente e que no ano alcançou 51.192,00 m2 ,
foram pavimentados com PINTURA ASFÁLTICA
2.139,00 m2
a rua Amazonas. Como serviço de
conserva devem ser computados a SEGUNDA PINTURA
DE UM TRECHO DA RUA AMAZONAS, de
um trecho da rua Hermann Hering, da rua 4 de Fevereiro e da rua Maranhão. Foi
consumido um total de 20.400 kg de asfalto – 132 tamboretes “ .
Trecho em frente ao antigo 23 RI atual 23 BI - execução da camada asfáltica
O Sr. Niels Deeke
ao recordar-se, vagamente, dos serviços, aponta que considerou exagerado o
embasamento do asfalto, que foi procedido mediante o assentamento maciço de
fragmentos ciclópicos de granito – talvez na espessura de 70 centímetros ou
mais – para só então , após a aplicação
de camada de pedra britada, a recobrirem com a conveniente camada asfáltica.
Portanto foi obra muito bem assentada e
supostamente perene, necessitando, por evidente, ao decorrer seu intenso e
opressivo uso, nada mais que elementar recapeamento da superfície de rolamento. Certamente uma escavação daquela
via, visando dotar o bairro com rede de água e esgoto, tornar-se-ia ( ou
tornou-se) algo significativamente oneroso, devido a compacta e densa camada de
fragmentos graníticos colocados no seu leito que foi, em parte, rebaixado para
acomodar tal suporte basilar.
Trecho em frente ao estádio do Amazonas e aos fundos E.I. Garcia. A Obra teve início do final da rua Amazonas sentido centro
Foi, sem dúvida,
obra de vulto e de custo elevado, na qual houve, nos anos 1956/60,
considerável participação financeira do
governo do Estado, época na qual Hercílio Deeke era Secretário da Fazenda de
Santa Catarina e Niels Deeke o seu
Oficial de Gabinete em Florianópolis, razão justificativa das lembranças.
CLIC - RBS
Em o ano de 2007,
no governo de João Paulo Kleinübing,
após exatos 45 anos de uso ininterrupto,
teve início a sua reurbanização com o saneamento básico, sem que lograsse a sua
conclusão até 2012, ao termino do seu mandato.
Colaboração: Niels
Deeke memorialista em Blumenau
Arquivo: Adalberto
Day/Arquivo Histórico/Charles Schwanke/José
Geraldo Reis Pfau/Facebook Antigamente em Blumenau.
Belo comentario. Uma rua que se tornou importante com o passar do tempo. Hoje meio estrangulada pelo grande numero de população que reside no bairro. O Garcia só tem uma válvula de escape e que, tomara que seja feita logo, que é a ligação Garcia-Velha.Que saia das promessas e se torne realidade.
ResponderExcluirBom dia Adalberto
ResponderExcluirgostei da matéria.
muito boa.
Morei durante 32 anos na Rua Amazonas e hoje tem um trânsito intenso.
Acredito que com a reurbanização ficará melhor, até porque esta importante via do Garcia merece.
Interessante saber que até 1954 esta via ainda não era pavimentada.
Abraço
. Adalberto !
ResponderExcluirMuito bacana a reportagem. Que coincidência, estava hoje de manhã no Hospital Santa Catarina com minha mãe que está internada (mas graças a Deus quase boa), e fomos com a fisioterapeuta dar uma volta até na sacada. Mostrei a elas algumas características geográficas do Garcia, em especial o Morro dos Porcos que separa a Velha do Garcia. Elas ficaram surpresas com as informações.
Um abraço e muita saúde,
Theodor Darius
Muito bom conhecer a historia da rua onde moro atualmente...
ResponderExcluirBela matéria Beto.
ResponderExcluira Garcia merece essas informações que muito bem resgata a memoria do passado
Pedro Prim
Asfalto importado, quem diria!? E a camada de sete centímetros logo abaixo, daria até pra pousar aviões ali!Um exemplo de planejamento com proveitos duradouros, visionário.
ResponderExcluirCom o crescimento, Blumenau longe de ser uma São Paulo, já apresenta congestionamentos diários e incômodos.
Imaginem se no passado não tivessem investido tanto nessa via, como seria a vida dos moradores do bairro hoje em dia?
Bela matéria!
ResponderExcluirAdalberto e Sr. Niels Boa noite mestres. Estou lendo, e adorando, as pesquisas sobre a rua Amazonas. Mais uma vez parabéns pelo resgate e registro.
Alexandre Farias
ResponderExcluirDay Quando eu era mais novo passava horas lendo no seu blog sobre Amazonas, Olímpico, etc e A história do futebol catarinense.
Augusto Ittner
Meu avô saturnino Fernandes machado , morou nesta rua com a esposa em 1941 ela faleceu consta o endereço na certidão de obito , depois se mudou para fazenda maravilha , na época, conheceram doutor Wilson funfas, médico que chegou em Londrina e fundou o hospital nossa senhora do Carmo, ele ajudou cuidar da minha Falecida avó Leoncia Pereira em 1955
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