Imagem Sônia Baier Gauche
O
empreendedor dr. Blumenau
Sumário
das precessões locais motivadoras à Colonização
do
território no médio Vale do Itajaí pelo dr. Blumenau
Sucinta exposição responsiva de Niels
Deeke
Visão do dr. Blumenau ao chegar à
região da futura colônia ao longo do Itajaí Açu que, na época colonial,
estendia-se por território com de 10.610 Km² dos quais, atualmente, o
município de Blumenau ocupa 519.8 Km² .
O dr. Blumenau partiu de Desterro,
atual Florianópolis, até a Freguesia do Santíssimo Sacramento, hoje cidade de Itajaí.
Em Itajaí informou-se sobre a região com Agostinho Alves Ramos, o qual recomendou-lhe contratasse como guia, para a
expedição exploratória, Ângelo Dias de
Arzão que era então capataz do Coronel Henrique Flores, proprietário de 05 léguas à margem
direita do rio Itajaí, entre o ribeirão das Canas e a foz do ribeirão Luis Alves, onde, desde 1835, dedicava-se à plantação de
cana de açúcar e a produção de açúcar
para exportação à metrópole.
Como
era o Vale do Itajaí na chegada de dr. Blumenau em 1848?
Ao longo do rio Itajaí Açu já havia
colonos transmigrados da colônia alemã de São Pedro de Alcântara, que se
assentaram, espontânea e espaçadamente, a partir da atual Ilhota até o Capim
Volta. Além desses, havia na Região de Carijós e do Rio Morto (Indaial) um
insípido assentamento, aliás, muito precário - faltava-lhes tudo, até panos de
roupa e anzóis - de luso-brasileiros,
vindos da região de Barra Velha pelo rio Itapocu e que foram chamados de
¨Cabeças de Bagre ¨ – uma pungente história de sofrimentos que ainda não foi
divulgada.
Nos terrenos adjacentes à atual Casa
Flamingo, na Rua XV de Novembro, Valentin Theiss, a mando de Peter Wagner, este
estabelecido na Praia Grande do Capim Volta , estava fazendo uma derrubada
florestal.
O
que dr. Blumenau viu nas margens do Rio Itajaí-Açu?
A montante da foz do ribeirão Luis
Alves, onde residia o reinol português Dom Luis Alves, e após observar a ruína
da malograda tentativa da colonização Belga, em 1845/46, tentame levado a
efeito por Charles van Lede em Ilhota, avistou contínua e exuberante floresta,
com madeiras que possibilitariam recursos financeiros e as terras, após
desnudadas, ofereceriam ótimas condições para a implantação de uma colônia agrícola, que era seu objetivo
inicial.
Além do mais, em 1848, as terras da futura colônia ainda estavam disponíveis para aquisição mediante negociação com a presidência da Província de Santa Catarina, transação que realizou-se.
Para
saber mais acesse:
Colaboração de Niels Deeke memorialista
em Blumenau e Adalberto Day cientista social e pesquisador da história.
Uma história interessante.
ResponderExcluirSim, Sr. Blumenau foi negociante, para isto esqueceu até sua função, no momento que veio pela primeira vez ao Brasil.
Ele era um agente, entre outros do governo alemão para observar e investigar as denúncias de maus tratos a imigrantes alemães, que chegavam à Europa. O Brasil, era um pais jovem, independente e possui uma região sul muito fragilizada e exposta, como também um exército inexperiente. Pagavam passagens a ex soldados , que pretendiam recomeçar a vida em paz e estes recebiam a informação que receberiam terras para cultivar e passagens. Em alguns casos, eram colocados em quartéis no Rio de Janeiro e não poderiam sair , sem antes pagar a passagem que tinham recebidos. Isto é narrado muito bem no livro O Rio de Janeiro como é 0 1824 1826 por C. Schlichrhorst - um destes soldados. É um livro muito bom que apresenta a descrição do Rio de Janeiro sob a ótica de um alemão, sua população, danças, comidas, música, relações sociais e este peculiar fato. O Sr Blumenau, como agente, desembarcou no Brasil e ficou encantado, não somente com a natureza do país, mas com a possibilidade de abrir seu negócio. Conversou com autoridades, tinha estreitos traço com o imperador brasileiro. Retornou à Alemanha, contanto maravilhas e não os fatos, mediante a idéia de formar sua empresa e fundar uma colônia a partir da vinda de conterrâneos seus, negociando lotes coloniais. Recebeu apoio do governo brasieleiro e retornou a Alemanha fazendo propagando positiva, já então encaminhando seus negócios...
Oportunizou uma viagem de trabalho, que envolvia o bem estar dos imigrantes alemães, paga pelo governo alemão em detrimento de seus negócios e mudou o discurso, para o êxito do mesmo. Assim, a colônia de Blumenau surgiu a partir de um grande loteamente avalizado pelo governo brasileiro, em troca de propagando positiva que incentivasse a vinda de mais alemães, pois o sul precisava ser povoado, do contrário, os "gringos", como diziam, poderiam tomar este território que pertencia ao Brasil.
É uma parte da história de Blumenau que eu acho triste...
Abraços.
Prezado Adalberto,
ResponderExcluirMais uma página da interessante colonização do país e, especialmente da fundação de Blumenau.
Ótimas também as explanações da Sra. Angelina e mesmo que, na sua opinião, considere uma página triste da história de Blumenau, o resultado do empreendimento do fundador justifica, com sobras, os meios empregados.
Parabéns,
Flavio Monteiro de Mattos
Oi amigo,
ResponderExcluirimportante documento para nossa história.
abraço,
Antunes Severo
Boa tarde Adalberto
ResponderExcluirgostei da matéria de reconhecido valor histórico.
Em 16 de março de 1848 o Dr. Blumenau entregou ao Governo da Província de Santa Catarina em Desterro como representante da "Sociedade de Proteção aos Imigrantes Alemães no Sul do Brasil" uma proposta de iniciar no Vale do Itajaí uma colônia agro-industrial, requerendo para tanto uma área de 50.000 hectares. O empreendimento porém não se concretizou em face da dissolução daquela sociedade na Alemanha.
Assim, restou ao Dr. Blumenau formar uma sociedade com Ferdinand Hackradt, para numa iniciativa particular, colonizar o imenso Vale do Itajaí.
Para este empreendimento voltou à Alemanha em 1849 com o intúito de trazer mais imigrantes para colonizar o Vale do Itajaí.
Este foi o Dr. Blumenau, que não desistiu de seu projeto e hoje temos a cidade que está aí com projeção nacional.
Abraço